29 de dez. de 2014

6. Ultraviolence - Descobrindo novos prazeres


12:45 P.m - Enclos-St-Laurent, centro universitário Paris
– Eu só estou dizendo que pode não ser isso que ele queria dizer com esse monólogo. –Contestou Dale com seu sotaque irlandês horrivelmente carregado. Os lábios de Christopher, o professor de Filosofia se franziram levemente, ele era bonito, tinha ombros largos e braços fortes escondidos por trás de seu suéter cor de vinho. Sua íris esverdeada me encantava de forma que eu me sentia no dever de prestar toda atenção no que ele dizia em todas as aulas. Do púlpito ele cruzou os braços e olhou-me brevemente, pelo simples motivo de que o inconveniente do Dale estava sentado ao meu lado. Abaixei os olhos para minha anotação e mordi o lábio superior esperando que seus olhos se voltassem para Dale.

– Alguém discorda da observação do nosso amigo? –Ele perguntou alto para que todos pudessem ouvi-lo.
– Como não podia ser isso? –Uma voz feminina tomou atenção de todos, elevei meus olhos para a fileira da frente, Katherina tinha o lápis amarelo levantado na altura na cabeça, os cabelos faiscantes estavam presos em uma única trança. Aquela aula não poderia ser mais entediante. Escorei meu rosto na palma da mão e suspirei trazendo a atenção de Dale pra mim por alguns segundos.
– Então você quer dizer que todos que interpretaram e chegaram a essa conclusão a mais de duzentos anos estão errados? –Ela continua.
– Bem... Eu não disse que... –O barulho do sinal indicava que aquela discussão havia terminado ali. Sem esperar enfiei meu caderno e livro dentro da minha bolsa que um dia havia sido marrom. Nunca fiquei tão feliz por uma sexta feira como estou hoje, e isso não tem nada a ver com a minha decisão de sair com o perseguidor controlador. Tinha a ver com o simples fato de que amanhã eu teria a manhã e a noite de descanso, que eu acordaria depois das onze e que provavelmente passaria a noite com Sid no sofá assistindo AHS.
– Festa da cerveja na KAPA PHI. –Uma lourinha baixinha com um decote exagerado mostrando os robustos seios invejáveis e com a aparência de uma Americana de Nova Jersey me estendia um folheto rosa. Peguei-o mesmo tendo ciência de que não colocaria o pé dentro de qualquer festa de fraternidade nem que me pagassem. Olhei o folheto rosado e não havia nada escrito além de “FESTA DA CERVEJA GRATIS”, amassei o folheto e joguei na lixeira perto a porta da saída. Só fui em uma festa dessas apenas uma vez, e nunca me senti tão deslocada, sempre gostei de festas, boates e tudo mais. No entanto, festas de fraternidades me assustavam. Isso fez com que eu me lembrasse a primeira vez em que Zoehla, uma antiga amiga me levou em uma boate um tanto diferente e perversa. Era meu aniversário de 17 anos, um de nossos amigos nos ajudou a comprar uma documentação falsa. Zoehla tinha 21 anos, era minha vizinha de porta, então parecia frequentar muito aquele lugar.
Eu estava de pé em um barco grande ancorado no Tâmisa que funcionava como boate temática fetichista durante o outono.
– O que exatamente isso significa, fetichista? -perguntei nervosamente para Zoehla.
– Ah, nada de mais - disse ela. -As pessoas só usam menos roupas, mas pra valer. E são mais simpáticas.
Ela sorriu e me disse para relaxar de uma maneira que sugeria que eu fizesse exatamente o oposto. Eu estava usando um espartilho azul-claro, uma calcinha com babados e meias com uma costura azul na parte de trás das pernas até os tornozelos, chegando a um par de saltos prateados. Zoehla tinha feito cachos nos meus cabelos, dobrando o volume das minhas mechas carameladas, e equilibrou uma cartola no alto em um ângulo elegante. Ela marcou meus olhos cuidadosamente com delineador líquido, grosso e escuro, pintou meus lábios de vermelho vívido e brilhoso e passou purpurina prateada nas minhas bochechas com vaselina. Eu tinha dezessete anos mas ninguém suspeitaria com aquela maquiagem. O espartilho era um pouco grande e teve que ser apertado completamente para se modelar a minha cintura, e os sapatos eram um pouco pequenos, dificultando o caminhar, mas o efeito geral, eu esperava, era agradável. Eu estava usando suas roupas pelo simples fato de que não encontraríamos essas coisas na minha casa nunca.
– Uau, Você está gostosa.
O vestido de Zoehla era decotado na frente, de forma que os seios fartos e uma sombra provocante de mamilos ficavam visíveis quase completamente. O lubrificante que ela se banhava tinha aroma de canela, e por um momento fiquei tentada a dar uma lambida nela. Reparei que ela não colocou calcinha, embora o vestido mal cobrisse a bunda. Zoehla era ousada, não havia dúvida, mas eu admirava a confiança dela e, depois de um dia em sua companhia, comecei a me acostumar, eu não era diferente de Zoehla, pensávamos e sentíamos as mesmas vontades e coisas, a única diferença era que ela tinha coragem e eu me escondia por trás dessa fachada de calada e introvertida. Zoehla era uma das poucas pessoas que eu conhecia que faziam exatamente o que gostavam sem ligar para o que os outros pensavam. Com meus sapatos de saltos de 15 centímetros apertados demais e Zoehla usando enormes plataformas vermelhas, tivemos que nos agarrar no braço uma da outra quando descemos com hesitação a escada íngreme de metal para o barco.
– Não se preocupe - disse Zoehla -, você vai estar relaxada antes de perceber.
Será?
Chegamos por volta de meia-noite, e Fiquei meio sem jeito ao tirar o casaco e entrar na festa com mais do que a quantidade normal de pele em exibição pública, mas Zoehla insistiu que eu não ficaria deslocada. Mostramos nossas entradas em troca de um carimbo no pulso, guardamos nossos casacos, subimos as escadas, passamos por portas duplas e chegamos ao bar principal.
Em todos os lados, homens e mulheres estavam vestidos com trajes de fazer saltar os olhos. Havia abundância de látex, mas também lingerie de estilo vintage, cartolas e casacas, uniformes militares, até mesmo um homem usando apenas um anel peniano, com o pênis flácido balançando alegremente enquanto ele andava. Uma mulher baixa usando uma saia volumosa e mais nada, com os seios fartos em total liberdade, passou pela multidão segurando uma coleira com um homem muito magro e alto na extremidade, as costas e os ombros encolhidos para ela conseguir puxá-lo sem esticar a correia. Ele me lembrou o Sr. van der Vliet. Durante meus dezessete anos eu nunca havia visto tanto peito e pênis na minha vida, e ainda mais de pessoas aleatórias como se nudez fosse completamente normal. Tentei não ficar com medo, pensava na ideia de que eu precisava relaxar e não ficar assustada com aquilo. Acho que ninguém nunca passou um aniversário nesse lugar, mereço palmas pela criatividade da minha amiga.
– O que quer beber, querida? - perguntou Zoehla, afastando minha atenção das pessoas. Tentei com todas as minhas forças não olhar fixamente para ninguém, mas senti como se tivesse sido largada no set de um filme porno, ou como se tivesse entrado sem querer no corredor para um universo paralelo onde todas as pessoas eram como Zoehla e não davam a menor bola para o que o resto do mundo achava delas.
– Só martini para mim - respondi.
Eu não queria tirar vantagem da generosidade dela, e queria absorver tudo com lucidez, para não acordar no dia seguinte achando que fora apenas um sonho. Zoehla deu de ombros e voltou poucos minutos depois com nossas bebidas nas mãos.
– Venha - disse ela. - Vou mostrar o lugar
Ela me levou pela mão por outras portas duplas, que levavam à proa descoberta do barco, onde alguns fumantes e homens vestidos com casacos militares grossos e de aspecto quente estavam de pé, fumando ou relaxando, ou as duas coisas. As mulheres, que em geral usavam bem menos roupas, estavam reunidas em volta de dois aquecedores a gás. Duas delas usavam saias de látex com a parte de trás aberta, e suas bundas brancas cintilavam sob a luz a gás como luas gêmeas. Agora eu havia visto bundas, poderia entrar para listas isso também. Bundas, peitos e pênis, um bom modo de comemorar os dezessete anos.
Senti Zoehla tremer.
– Vamos – ela olhou-me - Está frio aqui.
Voltamos pelas portas duplas para o bar principal e depois passamos por outro par de portas a caminho da pista de dança. Observei de boca aberta quando uma mulher bonita de cabelos escuros e aparência vampe se cobriu de gasolina e soprou fogo no ar acima da cabeça enquanto fazia pole dancing ao som de uma música sexy. Ela exalava sexo. Na companhia de Zoehla e na presença de tantos outros que pareciam não ter vergonha do corpo e até ter orgulho da sexualidade, eu senti, pela primeira vez na vida, tensão sexual por uma mulher. Seus seios cobertos por gasolina soltavam com forme o modo como ela dançava e se movia, ela era bonita, confesso, muito mais bonita do que Zoehla ou qualquer outra mulher que já vi antes por toda minha cidade. Seus cabelos negros brilhavam intensamente, senti um desconforto e a umidade em minha calcinha. Mordi o lábio inferior e respirei fundo tentando não pensar naquela mulher daquela forma.
Zoehla agarrou minha mão me tirando do transe e me levou por um corredor pequeno e com uma cortina vermelha até um bar menor, cheio de pessoas com roupas no mesmo estilo, e depois descemos um lance de escadas.
– Aqui é o calabouço. -disse ela, sem duvidas ela parecia ir muito naquele lugar.
O aposento não era como eu esperava que um “calabouço” fosse, apesar de eu não ter uma ideia prévia de como um calabouço moderno deveria ser e nem mesmo saber que tal coisa existia. Parei de andar e olhei ao redor, absorvendo tudo, para o caso de nunca mais voltar a ver alguma coisa parecida.
A decoração era como a do bar de cima, só que com algumas peças extras de mobília de aparência estranha. Havia uma cruz acolchoada e vermelha em forma de X em vez de crucifixo. Uma mulher nua estava encostada nela com as pernas e os braços abertos, enquanto outra mulher batia nela com um instrumento parecido com um açoite que Zoehla explicou ser um flogger. Eu não conseguia ver o cabo, pois estava coberto com firmeza pela mão da mulher, mas, em vez de uma tira só, como em um chicote, havia várias tiras de couro de aparência macia. A mulher com o flogger revezava entre bater e acariciar a bunda da outra mulher com a palma da mão, e às vezes passava as tiras de couro com suavidade pelo corpo dela. A mulher nua gemia de prazer e se contorcia ao longo do processo, e a que a açoitava se curvava para a frente e sussurrava em seu ouvido o que eu imaginava serem palavras doces e vazias. Ela estava rindo e inclinando o corpo em direção à parceira na cruz. Elas estavam cercadas por um pequeno grupo de curiosos, mas pareciam estar em seu próprio mundo, quase como se houvesse uma tela invisível entre elas e as pessoas ao redor. Era algo novo para mim, parecia estranho ver aquilo, como alguém poderia sentir prazer com aquilo? Com toda aquela exposição? Como a dor poderia ser prazerosa? A minha resposta vinha logo a seguir.
Zoehla, reparando em meu interesse, se aproximou de um homem de pé perto da cruz e deu um tapa no ombro dele de leve tendo sua atenção, depois fez sinal para mim.
– Mark - disse-lhe ela-, esta é Lizzie. É a primeira vez dela aqui.
Mark me olhou de cima a baixo, mas de uma maneira apreciativa, e não predatória.
– Que espartilho legal! –Ele sorriu, me beijando nas bochechas ao estilo europeu. Era um pouco baixo, não era lá o homem mais bonito do mundo,todavia tinha um rosto simpático e um brilho atraente nos olhos. Usava botas pesadas sem salto e um avental com colete de látex. O avental tinha vários bolsos, que guardavam uma série de diferentes acessórios, cada um, ao primeiro olhar, similar ao flogger usado na cruz.
– Obrigada - respondi. - Prazer em conhecê-lo.
– O prazer é todo meu — respondeu ele, rindo enquanto eu enrubescia.
– Mark é o mestre do calabouço – Explicou Zoehla.
– Basicamente - disse ele -, eu tomo conta para que tudo fique bem aqui embaixo e ninguém aja como um babaca.
Eu assenti e coloquei o peso do corpo sobre o outro pé. Apesar de ser mais alta do que eu, Zoehla usava um número menor de sapato e meus pés estavam começando a doer. Olhei ao redor em busca de uma cadeira vazia, mas não vi nada além de uma moldura de metal com uma parte achatada e acolchoada na altura da cintura, que desconfiei não ser um assento. Quer dizer, nada ali era o que parecia.
– Posso sentar naquilo? - perguntei, indicando a moldura.
– Não -disse Zoehla. - Não se pode sentar no equipamento. Alguém pode querer usar. — E então o rosto dela se iluminou. — Aaah! — Ela me lançou um sorriso malicioso e cutucou Mark nas costelas. — Você podia bater nela, Mark. Aí ela poderia descansar os pés.
Mark olhou para mim. Qual era a porra do problema de Zoehla? Como assim me bater? Eu não poderia passar o que aquela mulher estava passando, por mais que eu tivesse ficado curiosa pra caralho aquilo era loucura.
– Seria um prazer -disse ele- , se a dama quiser.
— Ah, não… Obrigada, mas acho que não.
Mark respondeu com educação:
– Não tem problema.
Ao mesmo tempo, Zoehla insistiu, não calando a merda da boca:
– Ah, vai. Do que você tem medo? Ele é especialista, não vai te machucar, pelo contrário vai te mostrar como ter prazer com a dor. Experimenta.
Olhei de novo a mulher na cruz, que agora parecia estar em estado de êxtase, sem se preocupar com o tipo de espetáculo que oferecia ao público. Droga, eu não era daquele tipo fetichista. Entretanto não queria passar como covarde, muito menos como medrosa, eu era a única menor de idade ali e não deveria agir como uma.
– Estarei lá com você - acrescentou Zoehla, certamente vendo minha hesitação. — Qual é o pior que pode acontecer?
Por que não? Experimentar é algo normal, por mais que aquilo me desse um puta medo decidi ceder. E, além do mais, estava curiosa. Se fosse tão ruim, não haveria tanta gente fazendo.
– Tudo bem - concordei, exibindo um sorriso. - Vou experimentar.
– Que instrumento você prefere? - perguntou Mark, balançando a mão em frente aos acessórios que tinha no avental. Segui o movimento da mão dele. Apesar de não ser um homem alto, tinha mãos grandes e fortes. Elas pareciam grosseiras, do tipo de mãos que trabalhavam com alguma atividade física ao longo do dia, não sobre um teclado de computador, digitando e ficando flácidas.
– Acho que ela é do tipo que prefere mãos nuas – Apressou-se Zoehla me salvando. Eu concordei. Zoehla pegou minha mão de novo e me levou para o banco. Mark gentilmente desviou-me de Zoehla, a fim de que olhasse para ele.
– Muito bem - disse ele. - Vou começar muito, muito devagar. Se você ficar desconfortável a qualquer momento, levante a mão e eu paro imediatamente. Zoehla vai ficar ao seu lado. Entendeu?
– Entendi - respondi. Ele explicava de modo como se eu tivesse dez anos, e estava fazendo minha primeira consulta em um ginecologista.
– Ótimo - concordou ele. - Isso não vai dar certo com uma calcinha de babados. Você se importaria se eu a tirasse?
Eu prendi a respiração. Merda. Em que eu tinha me metido? Mas eu sabia que isso ia acontecer; obviamente, não seria a mesma coisa sobre o babado grosso da calcinha. MERDA, MERDA, MERDA. Agora eu me juntaria a lista de pessoas com a bunda aparecendo, e o mais constrangedor era que todos ali poderiam ver. Não que nudez fosse um problema pra mim, mas porra, a nudez das pessoas não é um problema pra mim, mas a minha, é um grande problema.
Respirei fundo, se eu aceitei não poderia desistir ali, não poderia dar para trás, então respirei fundo
– Vá em frente. –Disse dessa vez exalando coragem em meu tom.
Voltei-me para o banco e me inclinei contra a moldura acolchoada, tirando o peso dos pés e dando
um abençoado descanso a eles. Minha cintura e meu torso se apoiaram na parte achatada no meio, e havia mais duas partes acolchoadas para eu apoiar os braços, e suportes onde colocar as mãos. Senti um dedo no cós da calcinha de babados, que ele delicadamente puxou por minhas coxas em pelas pernas cobertas pelas meias. Mark aninhou um dos pés e depois o outro nas mãos, me ajudando a tirar a calcinha. Minhas pernas estavam bem abertas e supus que, agachado aos meus pés como estava, ele tinha uma visão clara de todas as minhas partes. Fiquei com as bochechas vermelhas e quentes, mas já conseguia sentir meu corpo começando a se render, e um calor agradável e latejante tomou conta da parte de baixo. Zoehla apertou minha mão.
Filha da puta me mete nas coisas e depois aperta minha mão.
Por um momento, não senti nada, só a leve carícia do ar contra minha bunda exposta e o olhar imaginário de estranhos em minha pele nua. E então uma mão forte aninhou o lado direito da minha bunda, circulou gentilmente na direção horária e senti uma leve brisa quando ela se afastou e em seguida bateu, primeiro em um lado da minha bunda, depois no outro. Um ardor penetrante, fechei os olhos.
Agora, o toque macio da mão fria dele na minha pele quente, acalmando, acariciando. Outra corrente de ar quando a mão se afastava de mim de novo. E outro golpe da mão na minha bunda, com mais força dessa vez. Segurei as barras de metal com as mãos, arqueei as costas, apertei as coxas contra o acolchoado, senti outro rubor queimar meu rosto quando percebi que estava encharcada e imaginei que Mark conseguia ver minha excitação e devia conseguir sentir o cheiro. Ele provavelmente sentia que meu corpo estava ficando dócil sob seu toque, minhas costas se arqueando mais para eu poder chegar mais perto. Outro tapa, dessa vez bem mais forte, genuinamente doloroso. O ardor intenso me fez dar um pulo, e por um breve momento pensei em pedir que parasse, mas então a mão dele estava em mim de novo, apoiada no lado em que ele havia acabado de bater, substituindo a ardência por uma estranha espécie de calor, que viajou pela minha coluna até a base do meu pescoço. Deixando uma das mãos sobre minha bunda, ele passou a outra gentilmente pelas minhas costas até meus cabelos espalhando os dedos e puxando devagar no começo, depois com mais força.
Agora, eu estava em outro lugar. O salão desapareceu; os olhares imaginários dos estranhos sumiram; Zoehla não estava mais lá; não havia nada além de mim e da sensação da mão puxando meu cabelo enquanto eu mexia o corpo no banco e gemia, e ele continuava me batendo. Mas, então, voltei. Havia duas mãos nos lados ardentes da minha bunda, apenas apoiadas gentilmente, e Zoehla apertando minha mão. O barulho do salão começou a penetrar na minha consciência. Vozes e música, cubos de gelo batendo nos copos e o som de outra pessoa levando tapas. Virei o pescoço para sorrir para eles e tentei ficar de pé, mas descobri que não conseguia andar. Senti-me tão cambaleante quanto um potro recém-nascido, e fiquei tão obviamente excitada que minhas pernas estavam escorregadias. Estava constrangida pelo nível da minha reação, mas nem Mark, nem Zoehla nem nenhum espectador pareceu minimamente incomodado ou surpreso. Era um evento de fim de semana (ou talvez diário) normal para eles. Naquele momento eu descobri como aquela mulher se sentia, e queria sentir de novo. Agradeço a Zoehla por me render a experimentar a melhor forma de prazer sem penetração de todas.
– Oi Lizzie. –Etieene estava escorado na parede da estação do metrô, onde eu flutuava em minhas vagas lembranças. Ele estava a menos de três passos de mim, tinha um olho extremamente roxeado de quem havia levado um belo murro, mas seu sorriso cafajeste de paquerador barato era presente.
– Etieene. –Balanço minha cabeça forçando um sorriso.
– Aparece lá na fraternidade hoje.
– Não posso. –Aperto a alça da minha bolsa- Tenho trabalhos pra por em dia.
– Qual é Lizzie? É sexta feira.
– Outro dia quem sabe. –Murmuro sem interesse.
07:03 P.M – Cafeteria Dex Deus Moullins
– Então Summer, é o que eu estou dizendo... É um livro fantástico, você deveria parar para –Parei de falar e meu sorriso se desmanchou, havia acabado meu expediente, Summer estava ao meu lado enquanto caminhávamos pela calçada na saída da cafeteria. Dominik o motorista do perseguidor estava parado em frente ao carro, ele tinha os braços cruzados para trás, e uma postura séria, droga ele veio mesmo, cheguei a pensar que aquele homem poderia ter criado juízo e percebido que uma servidora de café não valeria o esforço. Meu celular tocou na bolsa e eu pude tirar a atenção de Dominik, revirei minha bolsa a procura do mesmo e o número não estava gravado. Fechei os olhos suspirando e atendi
– Só estou ligando para me certificar de que irá entrar no carro. –Ele disparou.
– Você é um maluco. –Sussurro entre dentes.
– Entre no carro senhorita Elizabeth. –Ele disse calmamente.
– E se eu não quiser?
– A senhorita quer. Entre e nos falamos daqui a meia hora. –Ele era realmente um homem impossível, mal me deu tempo de rebater e desligou. Respirei fundo sem escolhas e me virei para Summer.
– Summer eu não irei poder ir com você, vou com um amigo. –Disse
– Há, tudo bem. –Ela me ofereceu um sorriso e beijou-me a face- Até amanhã.
– Até amanhã. –Acenei vendo-a se virar, esperei que ela dobrasse a esquina e caminhei até Dominik.
– Você não sabe onde é a minha casa... Sabe? –Pergunto rezando para que a resposta fosse não, ele estava tornando um jogo de sedução em um jogo de perseguição, mas ainda assim eu o deseja, e talvez todo esse interesse e essa perseguição possa resultar no melhor.

Continueeei, Só pra avisar que a potaria da fic começou. Vou abordar o tema sadomasoquismo mesmo de forma (grotescamente) ampliada, vou falar sobre tudo, sobre todo tipo de fetiche, sobre os prazeres de todos os tipos, tantos do Justin, quanto os da Lizzie. E realmente espero que gostem e comentem. cONTINUO COM +6 COMENTÁRIOS  

8 comentários:

  1. omg continua por favor flor super ansiosa pelo próximo capitulo

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  2. Cooontinua, ta perfeita, os detalhes tudo bem elaborado.
    gostei dessa coisa de sodamasoquismo kkk
    Posta logo :)

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  3. Porra jaakkznajakkssnaanaan to surtandooooo (leitora nova) que fic lacradora pqpqpqqppq continua n demora pra postar ta pfta potariaaaaa amooo jajznzssk 💕

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  4. Continue logo, tô adorando, fiquei até curiosa pra experimentar esse negócio aí kkkkllkllkkk continua flor

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  5. puta que pariu, isto está maravilhoso!!!! por favor, continue o mais rápido possível!

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  6. puts super ansiosa pra saber o que vai acontecer por favor não demora muito !!!!!

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  7. Esta parecendo 50 tons de cinza ...

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