2 de dez. de 2014

Trust Me - Capítulo X - Treinamento - Parte I



Treinamento – Parte I.

Cher P.O.V.

As nove e dez da manha eu estava passando no Subway para pegar meu sanduíche com bastante cebola e molho agridoce. Comprei um suco de laranja e um cookie de gotas de chocolate. Peguei minha bandeja e me sentei à mesa do lado da janela. James e as meninas me acompanharam. Era o nosso café da manha.

Tipicamente os 15 centímetros de sanduíche de Alanna era carregado de molho de maionese e mel e o de Katrinna com tudo que tinha direito menos azeitona – ela simplesmente odiava azeitona. Já James colocava tudo e mais um pouco.
Comemos juntos rindo e fazendo graça da comida como crianças de cinco anos de idade ou como uma típica família que achava graça em tudo que não tinha graça. Mas nada mudava o fato de sermos uma família. Porque no final de tudo só tínhamos uns ao outros.

Cerca de uns vinte minutos depois, nós estávamos no carro novamente, mas dessa vez em destino ao Delphi. Estava atrás com James no carro enquanto Katrinna ia dirigindo e Alanna no carona. Comia meu cookie como se fosse o ultimo do planeta e James tentou roubar um pedaço, mas dei uma baita de uma tapa na mão dele que nem tentou novamente.

— Me dê um pedacinho Cher? – perguntou-me Alanna virando seu corpo para me olhar.
— Porque não comprou um para você? – respondi-lhe com outra pergunta.
— Esqueci…
— Só lamento por você, mas esse aqui você não morde minha querida. – voltei meus olhos para meu precioso e mordi um pedaço. Com comida não se brinca.
— Meu deus como você é ruim.
— Sabe de nada inocente.

Katrinna estacionou em frente ao Delphi.
Delphi é um parque de diversões que abria aos finais de semana e levava diversões às crianças dessas cidades que ficavam enfurnadas dentro dos quartos nos computadores e videogames. Eu mesma tinha vindo nele umas três a quatro vezes não foram muitas, um tempo depois um dos brinquedos deu defeito e uma criança caiu. Não aconteceu nada de grave com a criança, mas a mãe entrou com um processo e o parque fechou para reparos. Ele não foi completamente fechado, mas teve que pagar uma multa para a mãe e a justiça decretou que ele teria que fazer todos os ajustes e passar por vistoria e se passasse no ‘’teste’’ poderia abrir novamente.
 Vinte para as dez da manha nós chegamos ao Delphi. Ficamos dentro do carro desligando-o. Só teríamos que esperar Justin e companhia para depois irmos à arena.


— Trouxeram o detector de rastreador? – perguntei.
— Tá na mão. – Alanna tirou o equipamento da mala.
— Ótimo. Quando eles chegarem, Katrinna vai passar o detector no carro deles e eu e Alanna vamos venda-los. James fique no carro e qualquer momento incerto ou suspeito pode meter bala. Entenderam? – olhei-os e todos assentiram.
— Tem certeza que quer levá-los a arena? – perguntou Alanna pela quarta ou quinta vez desde ontem.
— Já disse que sim. Vão ter o que merecem.
— Isso vai ser um massacre Cher. – Katrinna foi a favor de Alanna pela primeira vez desde que essa discussão começou.
— Como se não tivéssemos feito isso várias vezes antes. – não conseguia entender tanta relutância contra.
— Cher está certa, é preciso. – James foi a meu favor e a discussão acabou.



Um carro se aproximou da entrada do Delphi. Eu sabia que era deles por ser o mesmo que correu na ultima vez que eles apareceram no Galho Quebrado e competiram com Katrinna. Entraram no estacionamento e pararam a pelo menos dez metros do nosso carro. Os dois desceram. Olhei para meus amigos e todos me devolveram olhares que estavam prontos. Saímos eu e as meninas ao mesmo tempo do carro. Alanna segurava as vendas e Katrinna o equipamento de detectava rastreador. Paramos de frente a eles, olhei no celular a hora e eram exatos dez da manha.


— Dez em ponto, eu gostei disso. – sorri.
— Cumprimos com o que dissemos. – disse Justin.
— Legal. Katrinna faça as honras. – Katrinna ligou o aparelho e foi andando na direção deles.
— O que é isso? – perguntou o amigo dele que eu ainda não consegui guardar o nome.
— Isso é um equipamento e detecta rastreadores, qualquer tipo de rastreador. – Alanna respondeu por mim. Eles se olharam brevemente, travaram o maxilar, mas mantinham os músculos do corpo aparentemente relaxados. Katrinna continuou a andar e começou a passar o detector pela lataria do carro. O aparelho não apitou nem fez um ruído alto então isso significa que não tinha rastreador, eles estavam limpos. Katrinna voltou para nosso lado e em seguida Alanna me passou uma das vendas e andei em direção ao Justin e ela ao amigo dele, Justin deu um passo atrás com minha aproximação.
- Fique tranquilo, só estamos cobrindo seus olhos por precaução. – sorri.
Andei até suas costas e coloquei a venda em seus olhos amarrando-a em seguida. Acidentalmente eu acabei apoiando minhas mãos no ombro dele por alguns milésimos de segundo e pude sentir seu corpo relaxar ao meu toque.
Mas agora eu iria guia-lo até o carro e eu precisava toca-lo. Segurei uma de suas mãos e coloquei a outra em seu ombro novamente e senti e vi seus ombros subirem e descerem numa respiração profunda. Empurrei levemente minha mão que estava no ombro para indica-lo que precisava andar. James deixou o banco de trás e sentou na frente ocupando o acento do motorista. Justin e o amigo foram para a traseira e eu sentei no carona. Alanna e Katrinna iriam ao carro deles seguindo o nosso.

[...]

Todo o trajeto até a arena eles ficaram em silêncio como um bom aprendiz. Apenas Justin perguntou se demoraria ainda mais para chegar ao local desejado. A arena era entre a nossa e a cidade vizinha, dentro da floresta, era ainda mais longe que o galpão então posso dizer que ficamos muuuuito tempo naquele carro. James e eu evitávamos falar, quando tínhamos que nos comunicar fazíamos isso por gestos. Era engraçado olhar para trás e ver os dois vendados olhando para os lados como se conseguissem ver algo.
Quando finalmente chegamos, estacionamos os carros na garagem improvisada e ajudamos Justin e o amigo descer do carro. Katrinna e Alanna estavam guiando eles enquanto eu que James abríamos a porta dupla de ferro. Eles entraram e fechamos a porta de ferro. Katrinna e Alanna tiraram a venda dos homens e eu bati palma duas vezes e as luzes se acenderam parcialmente apenas ali na entrada.

- Reconhecimento de voz. – disse a voz eletrônica de computador.
- Cherry Bomb. – disse devagar e mais claramente possível.
- Reconhecimento de voz aceito. Bem vinda de volta Cherry. – o computador disse como de costume.
- Obrigada Sammy. – disse por puro costume.

Todas as luzes acenderam e tudo foi ligado. Tinha um tempo que qualquer um de nós tenha estado ali, a poeira era fina, mas ainda assim visível. Assim como o cheiro que não estava lá dos melhores. Alanna logo se moveu para a central da arena onde tudo era controlado. Nerd total. Mas não éramos nós que íamos ser testados e sim eles.
Os dois olhavam tudo com muita admiração e eu só fiz rir internamente, James parou ao meu lado e deu um beijo na minha testa. Abracei sua cintura.

- Gostam do veem? – perguntei a eles que não conseguiam manter o olhar em apenas uma coisa.
- Tá de brincadeira? Onde vocês conseguiram isso tudo? – o amigo que eu ainda não recordava o nome falou.
- Isso é o de menos… vamos começar? – perguntei.
- Começar o que? – perguntou Justin.
- O seu treinamento.
- Que treinamento? – perguntou o amigo.
- Qual seu nome mesmo? – aproveitei a deixa.
- Chaz. – ele disse simples ainda com os olhos em duvida.
-Chaz, vocês precisão de treinamento.
- Não acharam mesmo que era só chegar e bum, vão nos ajudar. Vocês não tem noção com o que estão lidando. – James completou.
- Chega de papo, quero os ver apanharem. – Katrinna disse já na área de tiro ao alvo. Sorri para ela, com certeza estava doida pra sua vez chegar de treina-los.

Andamos até ela e entramos para ‘’sala’’ de tiro ao alvo. A parede era cheia de armas penduradas fora as duas mesas grandes com mais armas. Tinha ali quase todo tipo de arma de fogo, para você não ficar limitado a pouco manuseio dessas belezinhas. Num campo de batalha você não sabe o que pode ou não parar na sua mão.

- Podem escolher uma. – James disse. A partir de agora o comando era com ele.
- Qualquer uma? – perguntou Justin.
- Qualquer uma. – disse séria me sentando um balcão ao lado de Katrinna. – disse vai ser engraçado disse a ela.
- Já posso ver James tirando as tripas deles pela boca. – rimos.

Justin escolheu uma COLT Double Eagle. Uma das minhas armas favoritas, mas James sempre chamava essas armas de brinquedo. Com isso James soltou uma risadinha de deboche.

- Qual é isso é uma armazinha de brinquedo. – não disse?
- Começou o recalque James? – ele apenas olhou para mim e sorriu, depois piscou o olho.
- Escolha outra arma. – James disse cruzando os braços. Justin revirou os olhos e pegou uma pistola de grosso calibre. – Melhor… - olhou para mim e eu só fiz revirar os olhos. – Atira. – ele disse a Justin.

Justin se preparou e atirou, o alvo estava perto nos possibilitando a ver onde ele acertou a olho nu sem precisar se aproximar. Ele não acertou no alvo. James respirou fundo, ele não ia ser todo paciente como foi comigo, nós tínhamos um tempo limitado para fazer deles bons.

- Atira. – James disse a Chaz.

Chaz mirou e atirou sendo um pouco melhor que Justin, ele chegou mais próximo do alvo. Pela feição de James ele tinha ido razoavelmente bem, isso porque ele continuou sério, quando Justin atirou ele entortou a boca.

[...]

Horas depois eles ainda continuavam ali, Justin praticamente matava a James e o mesmo a ele, Chaz foi liberado por ter se saído melhor e foi ficar com Alanna lá em cima na central. Algo me diz que eles estão se pegando. James pegava em cima de Justin e eu suspeitava que fosse também por implicância. Bem ou mal, ele melhorou alguma coisa na mira dele. James gritava com ele e eu e Katrinna só sabíamos rir da cara de ódio de Justin em não poder fazer nada a não ser o que ele pedia.

- VOCÊ ATIRA COMO UM POLICIAL. ISSO É RIDICULO! – gritou James. Comecei a rir e Justin olhou para mim não gostando nada, mas era inevitável, o rosto dele estava vermelho de tanta raiva. – É difícil acertar aquele circulo vermelho? – James andou até a mesa de armas e apoiou as mãos na mesma e respirou fundo.
- Se você é tão bom, atira você! – Justin jogou a arma na mesa. James olhou para Justin sério, pegou qualquer arma a mesa e atirou sem olhar o alvo. Ainda duvidam que ele tenha acertado sem olhar?

- Acabamos por hoje. – James deixou a sala, antes que desse um soco em Justin. O mesmo olhou para o alvo e não deu outra, James tinha acertado em cheio.


Continua
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Deeeeeeeeeeesculpem a demora!! Não me matem please!
Final de ano é sempre uma bosta p quem escreve fanfic. É provas finais, trabalhos, casa entre outras coisas que ocupam mais seu tempo que você mesmo. 
Mas além disso tudo eu sofri uma decepção - se for realmente isso.
Mas no fim das contas eu sabia que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde mesmo, enfim, não são coisas que vocês querem saber.
RESPONDI ALGUNS DOS COMENTÁRIOS
Deem uma olhada no capítulo anterior.
Deem uma olhadinha nesses blogs:

xoxo - Dricka!

3 comentários: