Treinamento –
Parte I.
Cher
P.O.V.
As nove e dez da manha eu estava
passando no Subway para pegar meu
sanduíche com bastante cebola e molho agridoce. Comprei um suco de laranja e um
cookie de gotas de chocolate. Peguei minha bandeja e me sentei à mesa do lado
da janela. James e as meninas me acompanharam. Era o nosso café da manha.
Tipicamente os 15 centímetros de sanduíche de Alanna era carregado de molho de
maionese e mel e o de Katrinna com tudo que tinha direito menos azeitona – ela
simplesmente odiava azeitona. Já James colocava tudo e mais um pouco.
Comemos juntos rindo e fazendo graça da comida como crianças de cinco anos de
idade ou como uma típica família que achava graça em tudo que não tinha graça.
Mas nada mudava o fato de sermos uma família. Porque no final de tudo só
tínhamos uns ao outros.
Cerca de uns vinte minutos depois,
nós estávamos no carro novamente, mas dessa vez em destino ao Delphi. Estava
atrás com James no carro enquanto Katrinna ia dirigindo e Alanna no carona.
Comia meu cookie como se fosse o ultimo do planeta e James tentou roubar um pedaço,
mas dei uma baita de uma tapa na mão dele que nem tentou novamente.
— Me dê um pedacinho Cher? –
perguntou-me Alanna virando seu corpo para me olhar.
— Porque não comprou um para você?
– respondi-lhe com outra pergunta.
— Esqueci…
— Só lamento por você, mas esse
aqui você não morde minha querida. – voltei meus olhos para meu precioso e
mordi um pedaço. Com comida não se brinca.
— Meu deus como você é ruim.
— Sabe de nada inocente.
Katrinna estacionou em frente ao
Delphi.
Delphi é um parque de diversões que
abria aos finais de semana e levava diversões às crianças dessas cidades que
ficavam enfurnadas dentro dos quartos nos computadores e videogames. Eu mesma
tinha vindo nele umas três a quatro vezes não foram muitas, um tempo depois um
dos brinquedos deu defeito e uma criança caiu. Não aconteceu nada de grave com
a criança, mas a mãe entrou com um processo e o parque fechou para reparos. Ele
não foi completamente fechado, mas teve que pagar uma multa para a mãe e a
justiça decretou que ele teria que fazer todos os ajustes e passar por vistoria
e se passasse no ‘’teste’’ poderia abrir novamente.
Vinte para as dez da manha nós chegamos ao
Delphi. Ficamos dentro do carro desligando-o. Só teríamos que esperar Justin e
companhia para depois irmos à arena.
— Trouxeram o detector de rastreador? – perguntei.
— Tá na mão. – Alanna tirou o equipamento da mala.
— Ótimo. Quando eles chegarem, Katrinna vai passar o detector no carro deles e
eu e Alanna vamos venda-los. James fique no carro e qualquer momento incerto ou
suspeito pode meter bala. Entenderam? – olhei-os e todos assentiram.
— Tem certeza que quer levá-los a arena? – perguntou Alanna pela quarta ou
quinta vez desde ontem.
— Já disse que sim. Vão ter o que merecem.
— Isso vai ser um massacre Cher. – Katrinna foi a favor de Alanna pela primeira
vez desde que essa discussão começou.
— Como se não tivéssemos feito isso várias vezes antes. – não conseguia
entender tanta relutância contra.
— Cher está certa, é preciso. – James foi a meu favor e a discussão acabou.
Um carro se aproximou da entrada do Delphi. Eu sabia que era deles por ser o
mesmo que correu na ultima vez que eles apareceram no Galho Quebrado e
competiram com Katrinna. Entraram no estacionamento e pararam a pelo menos dez
metros do nosso carro. Os dois desceram. Olhei para meus amigos e todos me
devolveram olhares que estavam prontos. Saímos eu e as meninas ao mesmo tempo
do carro. Alanna segurava as vendas e Katrinna o equipamento de detectava
rastreador. Paramos de frente a eles, olhei no celular a hora e eram exatos dez
da manha.
— Dez em ponto, eu gostei disso. –
sorri.
— Cumprimos com o que dissemos. –
disse Justin.
— Legal. Katrinna faça as honras. –
Katrinna ligou o aparelho e foi andando na direção deles.
— O que é isso? – perguntou o amigo
dele que eu ainda não consegui guardar o nome.
— Isso é um equipamento e detecta
rastreadores, qualquer tipo de rastreador. – Alanna respondeu por mim. Eles se
olharam brevemente, travaram o maxilar, mas mantinham os músculos do corpo
aparentemente relaxados. Katrinna continuou a andar e começou a passar o
detector pela lataria do carro. O aparelho não apitou nem fez um ruído alto
então isso significa que não tinha rastreador, eles estavam limpos. Katrinna
voltou para nosso lado e em seguida Alanna me passou uma das vendas e andei em
direção ao Justin e ela ao amigo dele, Justin deu um passo atrás com minha
aproximação.
- Fique tranquilo, só estamos
cobrindo seus olhos por precaução. – sorri.
Andei até suas costas e coloquei a
venda em seus olhos amarrando-a em seguida. Acidentalmente eu acabei apoiando
minhas mãos no ombro dele por alguns milésimos de segundo e pude sentir seu
corpo relaxar ao meu toque.
Mas agora eu iria guia-lo até o
carro e eu precisava toca-lo. Segurei uma de suas mãos e coloquei a outra em
seu ombro novamente e senti e vi seus ombros subirem e descerem numa respiração
profunda. Empurrei levemente minha mão que estava no ombro para indica-lo que
precisava andar. James deixou o banco de trás e sentou na frente ocupando o
acento do motorista. Justin e o amigo foram para a traseira e eu sentei no
carona. Alanna e Katrinna iriam ao carro deles seguindo o nosso.
[...]
Todo o trajeto até a arena eles
ficaram em silêncio como um bom aprendiz. Apenas Justin perguntou se demoraria
ainda mais para chegar ao local desejado. A arena era entre a nossa e a cidade
vizinha, dentro da floresta, era ainda mais longe que o galpão então posso
dizer que ficamos muuuuito tempo
naquele carro. James e eu evitávamos falar, quando tínhamos que nos comunicar
fazíamos isso por gestos. Era engraçado olhar para trás e ver os dois vendados
olhando para os lados como se conseguissem ver algo.
Quando finalmente chegamos,
estacionamos os carros na garagem improvisada e ajudamos Justin e o amigo
descer do carro. Katrinna e Alanna estavam guiando eles enquanto eu que James
abríamos a porta dupla de ferro. Eles entraram e fechamos a porta de ferro.
Katrinna e Alanna tiraram a venda dos homens e eu bati palma duas vezes e as
luzes se acenderam parcialmente apenas ali na entrada.
- Reconhecimento de voz. – disse a
voz eletrônica de computador.
- Cherry Bomb. – disse devagar e
mais claramente possível.
- Reconhecimento de voz aceito. Bem
vinda de volta Cherry. – o computador disse como de costume.
- Obrigada Sammy. – disse por puro
costume.
Todas as luzes acenderam e tudo foi
ligado. Tinha um tempo que qualquer um de nós tenha estado ali, a poeira era
fina, mas ainda assim visível. Assim como o cheiro que não estava lá dos
melhores. Alanna logo se moveu para a central da arena onde tudo era
controlado. Nerd total. Mas não éramos nós que íamos ser testados e sim eles.
Os dois olhavam tudo com muita
admiração e eu só fiz rir internamente, James parou ao meu lado e deu um beijo
na minha testa. Abracei sua cintura.
- Gostam do veem? – perguntei a
eles que não conseguiam manter o olhar em apenas uma coisa.
- Tá de brincadeira? Onde vocês
conseguiram isso tudo? – o amigo que eu ainda não recordava o nome falou.
- Isso é o de menos… vamos começar?
– perguntei.
- Começar o que? – perguntou
Justin.
- O seu treinamento.
- Que treinamento? – perguntou o
amigo.
- Qual seu nome mesmo? – aproveitei
a deixa.
- Chaz. – ele disse simples ainda
com os olhos em duvida.
-Chaz, vocês precisão de
treinamento.
- Não acharam mesmo que era só
chegar e bum, vão nos ajudar. Vocês não tem noção com o que estão lidando. –
James completou.
- Chega de papo, quero os ver
apanharem. – Katrinna disse já na área de tiro ao alvo. Sorri para ela, com
certeza estava doida pra sua vez chegar de treina-los.
Andamos até ela e entramos para
‘’sala’’ de tiro ao alvo. A parede era cheia de armas penduradas fora as duas
mesas grandes com mais armas. Tinha ali quase todo tipo de arma de fogo, para
você não ficar limitado a pouco manuseio dessas belezinhas. Num campo de
batalha você não sabe o que pode ou não parar na sua mão.
- Podem escolher uma. – James
disse. A partir de agora o comando era com ele.
- Qualquer uma? – perguntou Justin.
- Qualquer uma. – disse séria me
sentando um balcão ao lado de Katrinna. – disse vai ser engraçado disse a ela.
- Já posso ver James tirando as
tripas deles pela boca. – rimos.
Justin escolheu uma COLT Double Eagle.
Uma das minhas armas favoritas,
mas James sempre chamava essas armas de brinquedo. Com isso James soltou uma
risadinha de deboche.
- Qual é
isso é uma armazinha de brinquedo. – não disse?
-
Começou o recalque James? – ele apenas olhou para mim e sorriu, depois piscou o
olho.
-
Escolha outra arma. – James disse cruzando os braços. Justin revirou os olhos e
pegou uma pistola de grosso calibre. – Melhor… - olhou para mim e eu só fiz
revirar os olhos. – Atira. – ele disse a Justin.
Justin
se preparou e atirou, o alvo estava perto nos possibilitando a ver onde ele
acertou a olho nu sem precisar se aproximar. Ele não acertou no alvo. James
respirou fundo, ele não ia ser todo paciente como foi comigo, nós tínhamos um
tempo limitado para fazer deles bons.
- Atira.
– James disse a Chaz.
Chaz
mirou e atirou sendo um pouco melhor que Justin, ele chegou mais próximo do
alvo. Pela feição de James ele tinha ido razoavelmente bem, isso porque ele
continuou sério, quando Justin atirou ele entortou a boca.
[...]
Horas
depois eles ainda continuavam ali, Justin praticamente matava a James e o mesmo
a ele, Chaz foi liberado por ter se saído melhor e foi ficar com Alanna lá em
cima na central. Algo me diz que eles estão se pegando. James pegava em cima de
Justin e eu suspeitava que fosse também por implicância. Bem ou mal, ele
melhorou alguma coisa na mira dele. James gritava com ele e eu e Katrinna só
sabíamos rir da cara de ódio de Justin em não poder fazer nada a não ser o que
ele pedia.
- VOCÊ
ATIRA COMO UM POLICIAL. ISSO É RIDICULO! – gritou James. Comecei a rir e Justin
olhou para mim não gostando nada, mas era inevitável, o rosto dele estava
vermelho de tanta raiva. – É difícil acertar aquele circulo vermelho? – James
andou até a mesa de armas e apoiou as mãos na mesma e respirou fundo.
- Se
você é tão bom, atira você! – Justin jogou a arma na mesa. James olhou para
Justin sério, pegou qualquer arma a mesa e atirou sem olhar o alvo. Ainda
duvidam que ele tenha acertado sem olhar?
-
Acabamos por hoje. – James deixou a sala, antes que desse um soco em Justin. O
mesmo olhou para o alvo e não deu outra, James tinha acertado em cheio.
Continua
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Deeeeeeeeeeesculpem a demora!! Não me matem please!
Final de ano é sempre uma bosta p quem escreve fanfic. É provas finais, trabalhos, casa entre outras coisas que ocupam mais seu tempo que você mesmo.
Mas além disso tudo eu sofri uma decepção - se for realmente isso.
Mas no fim das contas eu sabia que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde mesmo, enfim, não são coisas que vocês querem saber.
RESPONDI ALGUNS DOS COMENTÁRIOS
Deem uma olhada no capítulo anterior.
Deem uma olhadinha nesses blogs:
xoxo - Dricka!
Adorei continuaa por favor . Há obrigado por te indicado meu blog
ResponderExcluirDe nada anjo, irei ler seu blog semana que vem ok?
ExcluirLeitora nova, amei a IB continua
ResponderExcluir