31 de jan. de 2014

Drummer Girl - capítulo 18

Estávamos próximos da sala de Matemática.
- O que você vai fazer? – perguntei, olhando para os lados, mesmo tendo a certeza de que não havia ninguém além de nós dois.
- Não sei ainda. – ele deu e ombros.
Adentramos a sala, e eu parei e olhei ao meu redor. Aquela sala parecia tão normal agora, mas de manhã era a pior coisa que existia. Havia as paredes de cor creme, quase que inteiramente vazias, tirando alguns pôsteres de campanhas estudantis. As carteiras eram posicionadas como de costume. Justin começou a abrir as gavetas da larga mesa do professor, tirando calculadoras e réguas.
- Ele não tem nada de interessante. – ele disse frustrado. – Talvez devêssemos deixar isso para lá.
- Tem uma gaveta que você não abriu. – eu disse, observando o trinco que apenas ela possuía.
- Interessante. – Justin observou, chegando mais perto e tentando abrir. Mas obviamente estava trancada. O velho estava velho, mas não caduca.
- Podemos conseguir essa chave na secretária. – ele falou e então era para lá que estávamos indo.
Chegamos até a porta e entramos. Estava destrancada, também. Creio que eles não trancavam porque não havia nada para roubar na escola. Amadores. A secretária era um amontoado de papéis e um cinza nas paredes que deixava o lugar realmente desanimador.
As tiazinhas que trabalhavam aqui eram gordas e nem todas simpáticas. Justin revirou as gavetas a procura de alguma coisa.
Vi em um dos computadores velhos que lá tinha um facebook aberto, mas não fiz nada a respeito. Elas nunca fizeram nada para mim, de qualquer forma. Enquanto Justin procurava a chave, observei planilhas sobre o baile e supostas sugestões de convite e uma banda confirmada. Isso me arrebatou. Aquilo, aquilo que eu odiava, estava acabando. Eu tinha que escolher meu curso da faculdade, mas não era tão simples.
Justin remexeu nas gavetas até ver o chaveiro perto de um armário. Ele pegou sem hesitar chave que tinha a etiqueta indicando nosso professor. Justin guardou no bolso do seu jeans:
- Vamos?

Assenti, então ele saiu da sala. Olhei para a mesa repleta de papéis e planejamentos mais uma vez. Meu coração palpitou umas tês vezes, então tomei a decisão e peguei o telefone. Dessa vez não para tentar escapar. Segurei minha respiração o máximo que pude enquanto falava. Sorri satisfeita - e aliviada - quando a chamada terminou. Talvez eu tivera feito a escolha errada - mas estava tudo bem, porque isso faria pessoas felizes. E se faz, que mal tem? 
Saí da sala e tentei manter minha expressão neutra. Justin estava escorado em um dos armários, brincando com a chave em seus dedos. 
- Por que demorou? - ele indagou, mas não havia traço de acusação em sua voz, apenas curiosidade. 
- Banheiro. - respondi automaticamente - Meninas não podem fazer xixi em qualquer lugar. - fiz uma careta. Era pela mentira de que eu contara, mas também pela verdade. Justin riu e eu também. Gostava da risada dele. 
- Seu vocabulário é parecido com o de criança. - ele disse, mas não havia maldade. 
- É por causa do meu irmão. - dei de ombros - Quero me vingar de uma pessoa. - ele arqueou as sobrancelhas - É de uma professora que uma vez expulsou Chaz por ele dançar funk carioca em cima da mesa. 
Ele riu, acho que provavelmente imaginando a cena. Seguimos para o outro lado do corredor, sabendo que estávamos seguindo para a sala de História. 
Joguei minha mochila em cima da mesa e peguei minha caneta permanente - aquela que eu sempre neguei ter. As pessoas têm um amor incondicional por canetas permanentes. Mas nunca compram uma. Será que que é assim com o amor? As pessoas amam observar o de outras pessoas, mas nunca procuram um para si próprias.
Olhei para o quadro verde e pensei no que escrever. Ficaria marcado para sempre. Sorri. 
"FUNK YOU!".
Chaz iria pirar quando visse. Justin me olhou com o cenho quase que unido. 
- Essa é sua vingança? - ele estava descrente? Ri e percebi que ele sorria também. Saímos de lá até que depressa, porque eu odiava a história exposta nas paredes.
- Minha mãe provavelmente falaria que estamos sendo ridículos. - falei nos corredores - Que estamos vivendo de passado. Mas essa professora nos provou que é possível fazer isso. - sorri e Justin riu baixo. 
- Sabe uma coisa que sempre quis fazer? - perguntei e ele negou com a cabeça. 
Saí correndo, como se dissesse a resposta ali mesmo. Demorou alguns segundos até que Justin estivesse do meu lado. 
- No way. - sussurrei, fazendo referência a ele me passar. Cheguei com uma diferença de segundos a porta da sala de música, a qual era a última daquele espaço. Estava ofegante e mais uma vez me odiei por ser tão gorda e sedentária. 
Justin estava com as bochechas pouca coisa coradas, mas com a respiração regulada. Mais uma vez, gorda.
- Você não quer se vingar da Eleanor, quer? - ele perguntou ao ver que estava ainda parada. Eu estar parada em frente a sala de música não quer dizer vingança, e sim que EU SOU UMA GORDA. 
- Não. - sorri com  patética hipótese. Então testei ver se a porta estava trancada. Estava aberta. Acho que essa sala seria uma das poucas a qual eu trancaria. Instrumentos custam caro.
- Mas música não tem valor - pensei na voz de Eleanor na minha cabeça. Ela falaria isso, com certeza. Ela era do tipo de pessoa que recusaria trancas naquelas portas. Ainda bem. 
A atmosfera daquela sala era diferente. Gostava daquilo. 
Justin passou por mim e fechou a porta. Observávamos os instrumentos ao redor da sala. O silêncio que nela era tocado. Sentei-me no chão e coloquei a bolsa sobre meu colo.
Apalpei os bolsos - coisa que costumava fazer e senti a agenda. A agenda de Justin. 
Era uma coisa que pertencia a ele, eu tinha que devolver. Entretanto fui consumida pelo medo. Como ele reagiria? Eu gostei de como Justin agira comigo nessa tarde - que ainda está começando. Era o que ele deveria ser, acho. Posso compreendê-lo e ser amiga dele. Não quero que isso seja quebrado agora. Sei que a amizade era nova, estava se moldando e sensível. Mas não poderia ser quebrada. 
Lembro de quando li as músicas e tentei procurar mais tarde. Não existiam, de  fato. E isso me deixava... Me sentindo bem, talvez. 
- Justin, eu gosto da banda. - falei de súbito. Porque era verdade e porque eu gostaria que ele soubesse. 
- Eu também, Summer. - ele falou, distraído com uma guitarra perto dele. Guitarra bonita, de acabamento amadeirado.
- Eu me importo com ela. - falei e ele não respondeu, apenas meneou a cabeça em afirmativa.
- Estou com seu caderno - prossegui - Acho que você compõe bem. 
Ele se virou para mim, como se tivesse acordado de algum transe. 
- O quê? 
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Oi gente! Como vocês são lindas, comentando tão depressa. Isso me surpreendeu, amei! Nenhuma novidade, mas segunda começam minas aulas. Báh, a do meu amigo começa só dia 17. DIA DEZESSETE! Muito troll a escola dele. 
- 09 comentários? 

Respondendo aos comentários: 
Anônimo: Sério? Poxa, muito obrigada! Espero que tenha gostado desse! Beijos!
Duda: Oi Duda! Tudo bem? SAPECUDOS?! KKKKKKKKKKK Nunca tinha ouvido essa antes. De verdade, eu ri! Beijos!
Melany: Que diferente seu nome! Eu tenho uma personagem de outra fic que tem quase o mesmo nome que você, mas... Acho que você não iria gostar dela hehe. Seu apelido é Mel? Amo esse apelido em outras pessoas!
Isadora: Obrigada! :D 
Lu (que sou vip e quase me fez chorar lendo o comentário): Muito obrigada, lu. De verdade. Eu que agradeço. Sem o apoio de vocês eu já teria parado, talvez. E isso é o que me faz feliz, de qualquer jeito... Sou grata por poder "gastar" esse tempo com vocês. E eu que sou grata por ter vocês como leitora e você, também tem sido muito gentil. Obrigada! Também sou louca para te conhecer, choraria um monte! E obrigada por ser uma fofa sempre! Espero não parar mesmo...  
Carol: KKKKKK Que bom que você gostou! Eu?! Imagina ;) (às vezes acho que não sei fazer isso direito, de manter a expectativa... Mas escrever é uma coisa que eu amo, então...). Obrigada por comentar Carol, fico feliz. :D
Carla: Obrigada! ;)
Anônimo: Isso realmente me alegrou! Obrigada! E obrigada por comentar!
Gaby: Ah, obrigada! Hehe. Beijos!
Sheila: Oi! Oba! :D 
Michele: Poxa, muito obrigada! Beijos! 
BelieberSwag: Muito obrigada! :D   

Beijos, 
Audrey. 

30 de jan. de 2014

Drummer Girl - prévia

- Calma, vou ligar para Chaz. – Justin disse e pegou o celular do bolso, se afastando enquanto esperava Chaz atender.
- Espera aí! – falei e corri atrás dele – Deixa eu falar com ele primeiro...
Justin olhou para mim e me entregou o celular sem antes questionar nada. Estava chamando e eu estava nervosa – tinha Pedro, eu estava responsável por ele.
- Alô? – ouvi a voz sonolenta de Chaz do outro lado da linha. Estava dormindo, claro.
- Chaz eu estou presa na escola. Eu tenho um irmão pequeno para cuidar. Eu tenho uma mãe que está no hospital. Eu estou presa. – falei pausadamente e senti o desespero me consumir. Respirei fundo e Justin pegou o celular da minha mão.
Deixei, afinal o celular era dele. E eu estava sentindo o controle fugir. Eu poderia ter gritado com Chaz – que só queria me ajudar (eu tinha que ficar lembrando isso constantemente). Joguei minha cabeça para trás e fechei os olhos. Vida, isso é uma brincadeira?
Ouvi os passos de Justin se aproximando e abri os olhos. Ele me entregou o celular e eu respirei fundo.
- QUE PORRA CHAZ! – gritei no telefone e não me importei. Não tinha ninguém para ouvir ã
- Desculpa. – ouvi a voz dele do outro lado da linha. – Vai dar tudo certo, eu e Justin já arquitetamos um plano.
Não respondi, então ele continuou:
- Eu pego Pedro na escola, a mulher já me viu com você outras vezes. Ele fica com Pattie e eu dou uma desculpa, para ambos. E sobre Justin eu falo que ele foi dormir na casa de Ryan, e peço para ele nos dar cobertura. É o plano perfeito.
Umedeci meus lábios.
- Você não pensou em um jeito de nos tirar daqui? – perguntei, com o coração saltando.
- Deus, Summer, não. Vocês podem dormir aí por uma noite e no outro dia fingir que vieram de casa. Eu não tenho contato com a diretora e não quero chamar o corpo de bombeiros, porque vocês podem se virar. É meio que um sonho. – ele concluiu.
- Sonho? Ficar presa na escola? Esse é meu pior pesadelo.
- Ficar preso na escola sem estudar é um sonho. Façam o que quiser. – ele disse e quase senti ele dando uma piscadinha para nós. – E não se preocupe, eu vou visitar sua mãe hoje.
Ele disse e então desligou o telefone e eu estava de fato mais aliviada. Chaz ia dar um jeito em tudo, esperava. Olhei para Justin, devolvendo o celular. Observei ele enfiar no bolso de sua calça jeans.
- Estamos presos. – falei tentando disfarçar a tensão em minha voz e quebrar o silêncio desconfortável, claro.
Ele me estendeu a mão, ajudando a me levantar. Seus dedos eram quentes.
- Valeu. – agradeci baixo.
Nós caminhamos sem rumo pelo corredor logo e ele parecia repassar algumas coisas em sua cabeça. O silêncio pairou entre nós de novo, por alguns instantes. Ele se virou para mim, e sorriu de modo sinistro:
- Então, de quem você quer se vingar primeiro? – ele perguntou.
Balancei a cabeça. Ele estava falando sério?
- Summer – ele disse e sorriu – É nosso último ano, e nossa última chance. Eu estudei aqui antes de tudo acontecer. – esperei ele prosseguir.
- Teve o professor de matemática. Reprovei o segundo ano por meio ponto na matéria dele. – ele limpou a garganta, mas sorriu – Ele sabia o por quê de eu não estar envolvido nas aulas. Mas me reprovou do mesmo jeito. É só um acerto de contas.
Senti um frio avassalador na minha barriga. Que velho cretino. Então decidi que faria e senti a adrenalina subir no meu sangue. Pode parecer bizarro, mas quero ter histórias para contar.
- Nossa escola não tem câmeras? – questionei.
- Não. – ele respondeu convicto.
Hesitei. Não gostava de hesitar, mas...
- Vamos. - resolvi e então fomos. 
--- 
Oi, tudo bem com vocês? Aqui as coisas estão melhorando gradativamente (alívio).  Desculpa gente, sério. Vocês não mereciam isso, vou tentar melhorar (mimimi de escritora ninguém merece). Espero que tenham gostado e fiquei muito feliz com o feedback que recebi de vocês!
- 7 comentários? 

Respondendo aos comentários: 
Gaby (chique com "y"): Obrigada, está tudo melhor que antes! Obrigada pelo apoio! E obrigada por sempre comentar, isso significa muito para mim.
Anônimo: Hey, muito obrigada! Como é seu nome? 
Carla: Obrigada, sério! :D 
Feer: Obrigada! :D 
Anônimo: Como é seu nome? Muito obrigada!
Jujuba azul: TCHANÃ! Seu cabelo deve ser divo! E vc mais ainda por comentar hehe. 
Duda: ;D Duda, amo esse apelido (e ó que não é bajulação não, hein!). KKK! E sim, é a sua marca registrada! 
Janii: Oi! Poxa, espero que sim :D Obrigada por comentar! 
Imagine Belieber: Muito obrigada! Como é seu nome mesmo? Fico muito feliz de te ver comentando... 
Anônimo: Como é seu nome? NÃO BRINCA COM MEUS SENTIMENTOS! JHDUEYGD Muito obrigada! 
SwagDaBelieber: Chaz é outro nível! Sinta meu pé pisando no seu, assim que eu danço KKKK. Brincadeira! Muito obrigada por tudo, você é uma fofa e tenho muita sorte por ter vc como leitora. 
Michele: Obrigada! :D
BelieberSwag: Muito obrigada! :D 
Isadora: Obrigada! :D :D 
Lu (SOU VIP GENTE!): Muito obrigada pelo apoio, Lu. Ta dando tudo certo, sim. Muito obrigada por ler e comentar, sério. Ah, e sobre responder os comentários, acho que eu faço o mínimo, juro. Vocês que fazem bastante comentando, pq eu sei que dá a maior preguiça! E gosto de conversar com vocês, vocês são importantes para mim - não quero deixar vocês falando sozinhas. No começo eu não fazia isso, pq não tinha tempo... Mas agr vou sequestrar Cronos! Beijos Lu! 
Anônimo: Obrigada :D
Carol: Ah, obrigada! Ele é muito gato! Dá vontade de ficar observando ele sempre! Que bom que você gostou! Beijos Carol!

Mais uma vez obrigada por tudo!
Beijos, 
Audrey. 

Classic - 01

           -Você não vai comer nada? – Jas chamou minha atenção assim que deslizei sob a mesa

          - Estou sem fome. – respondi enquanto colocava os livros ao meu lado.

- E aí, como foram as aulas? – ela perguntou mordendo um pedaço do Cheeseburguer.
.- Tudo normal. – dei de ombros. – E as suas?
- Um tédio. – ela largou o sanduíche de lado. - Eu não sei como alguém pode dizer que Sociologia não é chato. Sociologia é algo muito irritante. – Jas começou a falar, mas eu não prestei atenção. Eu estava pensando em outra coisa: o meu parceiro de anatomia. Só de pensar que eu teria de passar oito semanas com ele, o correspondente a um período, uma vontade de vomitar me subia pela garganta. Eu não sabia explicar, mas ele me irritava bastante. Que tipo de parceiro não te ajuda? O Mr. Phillip havia passado um trabalho e ele nem havia se importado. Mas se ele pensa que estamos no colegial, ele está totalmente enganado. Eu não iria fazer tudo sozinha, não mesmo. Eu iria tomar uma providência. - O que você acha? – Jas chamou minha atenção.
- Pode ser. – eu respondi tentando parecer normal.
- Você não ouviu uma palavra do que eu disse, não é? – ela sorriu.
- Não mesmo. – sorri de volta.
- Tudo bem, me diga. – ela semicerrou os olhos. – O que está te preocupando tanto, senhorita Smith?
- É o meu parceiro da aula de anatomia. – eu disse.
- Então quer dizer que agora você tem um parceiro? – ela sorriu meio que maliciosa. – Uh, interessante.
- Não. – neguei com a cabeça. – Não é isso que você está pensando.
- Eu não estou pensando em nada. – ela levantou as mãos em forma de rendição.
- Eu te conheço, Jas. – disse. - E, se você quer saber, ele é um idiota.
- Por que? – ela tomou um pouco do suco de laranja que estava na caixinha.
- O professor passou um trabalho e, bem, o imbecil deve estar achando que eu vou fazer sozinha. – eu disse. – Ele está muito enganado, muito mesmo.
- Você está certa, Morg. – Jas bateu a mão sob a mesa. – E se ele estiver mesmo achando isso, então nós vamos fazer com que ele nunca tenha filhos. –Ela se aproximou de mim. – Se é que você me entende.
  - Eu quero incapacitá-lo de ter filhos agora mesmo. –grunhi.
- Mas você não quer uma advertência logo no primeiro dia de aula, certo, garota? – Jas me encarou.
- Certo. – assenti. – Mas, de qualquer forma, eu vou falar com ele. – comentei e no mesmo instante vi Bieber entrando no refeitório acompanhando por uma garota. – E vai ser agora. – me levantei.
- Espera. – Jasmine segurou a minha mão. – O que você vai fazer?
- Vou resolver as coisas. – olhei para ela, uma linha de preocupação se formando em sua face. – Relaxe, não vou socá-lo.
Não ainda.
- Ei. – chamei a atenção do meu parceiro de anatomia que estava olhando descaradamente para os seios da garota ao seu lado.
- Ei! – ele se afastou da garota. – Megan, não é?
- Morgan. – eu cruzei os braços contra o peito, impaciente. - Meu nome é Morgan.
- Ah, é. – ele coçou a nuca. – Pode falar, Morg.
Revirei os olhos.
Que tipo de intimidade ele pensa que tem comigo?
- Escuta, quando nós vamos fazer o trabalho de anatomia?
- Trabalho? – ele pareceu tentar se lembrar. – Ah, sim. Hoje eu estou livre.
- Que seja. – dei de ombros. - Esteja na biblioteca, às 15:00h.
- Você não acharia melhor se fosse no meu quarto, Morg? – ele sorriu.
Naquele momento, uma raiva me subiu pela espinha. Esse era o tipo de garoto mais patético do mundo. Minha mão formigou e a adrenalina invadiu meu corpo. Eu queria bater nele, queria muito, mas me contive. Eu não queria uma advertência no primeiro dia, então apenas disse:
- Você não acharia melhor se eu te batesse agora mesmo?
- Ah... - ele colocou o braço ao redor do meu ombro e eu o tirei no mesmo instante. – Não banque a difícil, Morg.
- É Morgan pra você, imbecil. – revirei os olhos e voltei para a mesa em que Jas e eu estávamos.
- Sim, sim. – Jas falava ao telefone. – Eu também amo você. – ela sorriu. Obviamente era Luke que estava do outro lado da linha. – Uhum. Tchau, amor. – ela suspirou e desligou.
Luke era o namorado dela. Eles começaram a namorar desde que ela tinha 15 e parecia que o namoro era bem sério. Luke e Jas formavam um casal  perfeito e, apesar da Jas muitas vezes brincar elogiando outros caras, ela realmente gosta dele. Eles se conheceram na nossa antiga cidade, mas depois que eu e a Jas nos mudamos para Montreal, ele resolveu se mudar também e está morando num apartamento perto da faculdade.
- E aí, como foi? – ela voltou sua atenção para mim.
Dei de ombros.
Não havia acontecido nada demais, além de eu ter me segurado para não socar Bieber bem no meio do rosto.
         
Depois de pegar as minhas chaves do dormitório, os livros, e deixar uma mensagem para a Jas, fui em direção à biblioteca. A biblioteca da faculdade era como todas as outras: grande e empoeirada. As paredes eram brancas, mas o chão era de mármore, e predominava. Os livros ficavam em estantes, separados pelo conteúdo, as mesas eram redondas e se concentravam no meio do cômodo, enquanto, atrás do balcão, a bibliotecária observava tudo.
Assim que cruzei a porta, pude ver Bieber perto de uma das grandes janelas que tinham por lá. Ele estava de costas e falava ao telefone, mas desligou o aparelho assim que se virou e me viu.
- Você quer ajuda? – ele se referiu aos livros.
- Não. – passei reto por ele e me sentei em uma das mesas. Ele se sentou logo em seguida. – Você fica com a setorial e eu com a sistêmica, ok?
Bieber me encarou confuso.
- E onde eu posso encontrar alguma coisa sobre isso? – ele perguntou e eu pensei em ignorar. Estávamos em uma biblioteca, onde será que ele poderia encontrar alguma coisa?
- Nos livros? – eu lhe perguntei, a obviedade em minhas palavras.
- E por que nós não pesquisamos isso na Internet?
- Eu prefiro procurar nos livros. – respondi. – Mas se você quiser, pode ficar a vontade e ir procurar na Internet.
- Não, Hon. – Bieber disse com a voz um pouco rouca. – Eu prefiro ficar aqui com você.
- Que diabos é ‘’Hon’’? – vociferei.
- É uma abreviação de honey. – ele sorriu sem mostrar os dentes. – Você gostou?
Não respondi.
Eu ainda estava me perguntando: Que tipo de intimidade ele pensa que tem comigo?
Levantei-me e procurei por alguns livros na sessão de Ciências. Mas eu não conseguia alcançar o livro que eu queria. Senti Bieber ao meu lado. Ele pegou um livro que estava no alto da estante.
- Você precisa de algo, Hon? – Bieber tinha um sorriso brincalhão nos lábios.
Fiquei na ponta dos pés e peguei o maldito livro.
- Não. – revirei os olhos e depois voltei para a mesa. Bieber me seguiu e se sentou ao meu lado.
Coloquei o livro sob a mesa. Passei a mão em cima da capa, parecia que havia anos que ninguém o abria. Hoje em dia eu costumo me perguntar: Por que as pessoas utilizam mais os livros do que a internet? Tudo bem que a Internet é uma rede bem mais rápida, mas eu acho que a nossa história está nos livros e tudo aquilo que nós somos também.
Folheei e folheei até encontrar o que eu queria. Comecei as anotações.
‘’Anatomia Sistêmica é o estudo do corpo humano através dos sistemas orgânicos...”
Encarei Bieber. Ele estava totalmente concentrado. Os olhos atentos, fixos no papel à sua frente. Percebi que ele era canhoto e, enquanto escrevia com a mão esquerda, utilizava a direita para manter o livro aberto. Ele inclinou a cabeça na minha direção e eu virei rapidamente a atenção para o meu livro.
Pude ouvir sua risadinha nasalada.
- O que é, hein? – me virei para ele.
- Você estava me observando, Hon? – ele perguntou e eu revirei os olhos.
Apelido idiota.
- Eu não quero que você me chame assim. – eu disse. – Isso é patético.
- Do que você quer que eu te chame então, Hon? – ele se aproximou. – Eu queria te chamar para ir ao meu quarto e realizar os meus desejos.
Revirei os olhos.
Qual era o problema com esse garoto?
- Que pena, porque você vai ficar só querendo mesmo. – rebati.
Ele riu. Na verdade, gargalhou. E gargalhou muito alto.
Até a bibliotecária nos lançar um olhar que dizia: ‘’Fiquem quietos!”.
        - Você não tem vontade de realizar os meus desejos, Hon? – Bieber sussurrou.
       - Sabe o que eu tenho vontade de fazer? 
      - O quê? - Bieber se aproximou, um sorriso esperançoso se abriu no canto de sua boca. 
      Então eu o soquei.

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She's confident oh no no oh no no.
Vocês já viram o clipe? Está di-vi-no.
Bom, eu gostaria de agradecer por todos os comentários que vocês deixaram na introdução. Isso me deixa muito feliz, sério. Tão feliz que eu resolvi postar este primeiro capítulo somente um dia depois. Eu realmente espero que vocês estejam gostando, e é isso. 
Comentem aí que eu continuo rapidinho.
Ah! Meu instagram é: http://instagram.com/victst          ps. ignorem minha feiura.
Beijinhos da Vic. xx

29 de jan. de 2014

Classic - Introdução

Oi, gatinhas!
Aqui estou eu, Vic, novamente.
E dessa vez não é para dar uma notícia ruim.
Eu passei a madrugada inteira acordada só pensando no que eu ia fazer e cheguei a uma conclusão: nova fanfic. Essa eu não vou abandonar, juro. Se eu abandonar, vocês podem me bater. Enfim, eu espero que vocês gostem e tudo o mais porque eu estou escrevendo essa fic com muito carinho e dedicação. Eu já tinha deixado a introdução lá no social spirit, mas decidi que vou começar a postar aqui e lá.
O trailler tá bem ruinzinho mesmo, mas lá vai: https://www.youtube.com/watch?v=8xz3-rYnhY4
E sobre a história: Bem, eu sou horrível em fazer sinopses, então, como eu não sei o que falar, vou deixar a introdução para vocês.

         - Tudo bem, eu já estou indo. - gritei para Jas.
Ela estava na porta do nosso dormitório me esperando para irmos pra aula. Jas era a minha melhor amiga e esse era o nosso primeiro dia na faculdade. Cidade nova, pessoas novas, vida nova, tudo novo. Longe de tudo e de todos, e principalmente dos problemas do meu passado. Fora justamente por isso que eu havia me mudado para Montreal: para esquecer tudo. Eu não queria que nada me fizesse lembrar do que tinha acontecido. E agora, em uma cidade nova, ninguém ficaria sabendo quem eu era e muito menos sobre o que tinha ocorrido comigo.
Eu peguei alguns livros de acordo com o meu horário de aulas. Vesti um casaco e só. Montreal costumava fazer mais frio do que a cidade em que eu morava e eu ainda estava me acostumando com isso.
- Pronto. - eu tranquei a porta e verifiquei. 
- É só relaxar. - Jas me encarou enquanto entrávamos no elevador. O nosso prédio era composto apenas por meninas e havia várias no elevador naquele momento. - Ninguém vai reconhecer você. - ela sussurrou para mim, ciente de que nenhuma outra menina que estivesse ali pudesse ouvir.
- É o que eu espero. - saí do elevador e apertei os livros nos braços. Aquilo não era uma forma de me assegurar para que eles não caíssem, era mais uma tentativa de me assegurar das pessoas e do mundo.
- Morg, não tem como saberem sobre você. 
- Uh-hum. – eu disse um pouco receosa.
- Qual é a sua aula de agora? – Jasmine olhou ao nosso redor e eu olhei também. Eram tantas meninas conversando ao mesmo tempo e nos olhando como se fôssemos alienígenas. Quero dizer, estavam olhando para mim. Não tinha como estarem olhando para a Jas.
Ela era linda. Tinha cabelos loiros e brilhosos que iam até o busto, olhos verde claro e um corpo que qualquer menina gostaria de ter. Além disso, ela tinha autoconfiança de sobra e, por onde ela passava, as pessoas admiravam. Diferentemente de mim, que sempre fui um desastre total.
- Anatomia e a sua?
- Sociologia. – Jas respondeu. Ela cursava Direito e eu, Medicina. – Nos vemos no intervalo?
Assenti.
Nós atravessamos o campus e nos despedimos.
Eu fui para o prédio de Ciências Humanas e peguei o elevador. Pelo que eu havia pesquisado, o prédio de Ciências Humanas era o mais antigo de toda a faculdade. Ele fora construído no final do século XIX e seu estilo era uma mistura eclética de gótico e vitoriano. As janelas eram estreitas e em arco, com vidros trabalhados. A fachada de pedra era multicolorida, mas o cinza predominava. Caminhei por aqueles corredores com um pouco de medo, mas depois que eu percebi que as pessoas não estavam falando sobre mim, suspirei aliviada. Algumas meninas conversavam sobre garotos, outras sobre matérias, mas eu não estava a fim de saber. Fui para a classe de anatomia e me sentei numa cadeira dupla que estava na frente. Era tão bom não estar no colegial e saber que ninguém ali me conhecia, saber que as pessoas não estavam preocupadas com a minha vida.
Pelo menos ainda.
Eu nem sei o que faria se elas descobrissem sobre o meu passado.
Aos poucos, a sala de aula foi se enchendo pela massa. Pessoas em todos os lugares que logo se sentaram quando o professor chegou.
‘’ Mr. Phillip’’ Foi o que o senhor de cabelos grisalhos escreveu no quadro negro.
- Bom... -ele começou a dizer, mas sua atenção logo foi voltada para o garoto que estava na porta. Ele tinha cabelos castanhos claros e olhos de cor caramelo. Era alto, com grandes músculos nos braços, possuía algumas tatuagens e seus traços eram diferentes de qualquer um que eu já havia visto. - Pode entrar, senhor Bieber. – o professor disse casualmente, como se aquilo fosse comum. O garoto olhou em volta e, como não havia mais nenhuma cadeira disponível, ele se sentou ao meu lado.


- Como eu ia dizendo, estou segurando um mapa da sala de aula, em branco. – Mr. Phillip disse. – Cada retângulo corresponde a uma mesa desta sala. Escrevam seus nomes no retângulo apropriado e passem adiante. – Ele jogou o mapa na mesa, à minha frente. –Espero que gostem de seus parceiros – observou ele – Vão passar oito semanas com ele.

Comentem aí que eu continuo.
Beijinhos da Vic. xx
Ah, me sigam no instagram: @victst. Sigo de volta.

27 de jan. de 2014

Aviso importante!

Oi :) .
Pra quem ainda não sabe, eu sou a Vic, a menina que escreve ' Sweet Canadian '. Bom, eu tenho uma notícia muito séria para dar e quero contar com toda a compreensão de vocês. Sabe, eu poderia simplesmente excluir a fanfic e sair do blog, mas eu não acho justo isso, então eu pensei em outra coisa. Eu simplesmente não tenho mais inspiração/vontade para escrever essa fanfic. Penso que ela se tornou muito comum, chata e enrolada. Eu sei como é ruim ver uma fic ser excluída, mas é isso o que eu vou fazer porque eu não consigo mais continuar. Quando eu tento escrever uma continuação para Sweet Canadian, as palavras não vêm e isso é horrível. Aposto que muitas de vocês que também escrevem já passaram por esse 'bloqueio criativo'. Então, a partir de hoje, Sweet Canadian está definitivamente excluída. A questão é que, como eu não quero deixar vocês na mão, pensei em postar uma fanfic que eu já escrevo a algum tempo. Sabe, aquela lá que eu deixei o link e tal. Enfim, essa eu prometo que não vou abandonar porque já estou cheia de ideias para ela. Isso é tudo.

Sinto muito.

26 de jan. de 2014

World Of Chances, capítulo 3 - Outra festa

- Olá Justin. - Falei pegando um casaco. Fazia muito frio, e eu já disse que não suportava ficar muito tempo no frio. 
- Olá Terry. - Ele estava me olhando curioso. - Oque faz com esse casaco ? 

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-Nada Justin. Estou com frio, só isso. - Ele assentiu.
-Quer sair? - Perguntou-me com um sorrisinho de lado. O olhei um pouco desconfortável, mas assenti. Ele novamente retirou as barras da janela, enquanto eu pegava meu celular. Queria tirar fotos. Eu amo fotos.
Segurei firme nele, e fomos novamente para o lago Spring. Estava congelado, e tinham uns casais patinando sobre o mesmo.
Tiramos umas fotos sorrindo, e ele arrumou patins para nós dois. Eu fiquei super animada. Amo patinar.
Enquanto patinávamos, ele me disse algo que me deu um pouco de medo, mas me deixou um pouco feliz (estranhamente feliz). Ele é um anjo de Lúcifer. Um anjo negro. Um anjo da escuridão.
Estava tocando uma musica de natal. Estávamos no final de novembro, então já era a hora de começarem a tocar essas musicas.
Ele me olhou, e eu sorri tímida. Sua voz era angelical, mesmo ele sendo um anjo negro.
Justin cantava olhando pra mim, e eu queimava de vergonha. Sempre fui muito tímida, e isso não mudou mesmo.
-É melhor irmos não é? - Ele perguntou, e eu assenti abaixando a cabeça um pouco decepcionada. Queria ficar mais um pouco no lago. Tinha muito tempo que eu não patinava.
- Voltamos amanhã. Prometo ! - Assenti sorrindo animada, como uma garotinha de 5 anos que ganha uma boneca nova.


                                                                      (...)
Estávamos na quadra. Era horário vago, então não tinhamos nada para fazer, a não ser conversar.
Estava conversando com Christian quando senti algo gelado nas costas, e depois ouvi risadas. Risadas de uma garota que não gosta nem um pouco de mim. Jayle .
- Ops, caiu. -Ela riu junto de uma garota, que eu nunca tinha visto aqui.
- Idiota. -Sai de lá, e fui pro meu quarto. Tomei um banho rápido, e voltei para onde estava.

Justin estava sentado ao lado dos garotos, e me chamou para ir até eles. E eu fui. Me sentei novamente ao lado de Christian que me deu um beijo na bochecha, e um abraço forte.
Chris é como um irmão pra mim. Ele não larga do meu pé, e eu o adoro muito.

-Porque saiu quando Justin estava cantando Terry? - Chaz perguntou curioso. Tinha mais um menino com eles. Ryan eu acho.
-Jayle sabe. -Chaz e Ryan se olharam furiosos, e levantaram irritados. Apenas Justin e Christian ficaram comigo.
Justin virou meu rosto para ele e segurou minhas bochechas. Isso incomoda bastante sabe?
-Me solta Justin. -Ele riu junto de Christian e me soltou.
Ouvi o mesmo barulho que ouço quando Justin abre as asas, e tentei olhar parra onde os meninos estavam, mas os dois não deixavam.
-Não olhe, você pode morrer. -Christian riu do que Justin dissera, e balançou a cabeça negando.
-Não olhe, não é agradável ver isso. -Eu assenti, e encostei a cabeça no ombro de Christian, que fazia carinho nos meus cabelos.
Justin brincava destraidamente com meus dedos, e quando um grito foi escutado, eu não olhei, pois Chaz e Ryan voltavam sujos de sangue nas mãos, e um pequeno corte nas testas.
-CHAZ ! RYAN ! Oque houve ? Por que estão assim ? - Perguntei os abraçando forte. Chaz sorriu doce e me deu um beijo na testa. Já Ryan me abraçou mais forte, e encheu meu rosto de beijos.
-Estamos bem Terry , só fomos resolver uns problemas. - Ryan disse e eu assenti. Me sentei ao lado de Justin, que me colocou em seu colo. Encostei a cabeça em seu peito, e fechei os olhos. Estava cansada, precisava dormir.
Dormi por alguns minutos, até Ryan me chamar.
-E então Terry ? O que acha? - Ele sorri animado.
-Sobre o que Ryan? - Ele riu.
-Festa hoje a noite? - Sorri animada assentindo.

                                                                    (...)
A noite, me arrumei , e fui para o quarto de Giullian. Ryan também a chamou, e nós iríamos juntas.
Giullian estava deslumbrante .
Ela sorriu, e eu também. fomos para o quarto de Ryan, onde seria a festa. Dava pra ouvir a musica de longe!
-Nossa ! - Falamos juntas. Estava INCRIVEL ! Logo Ryan veio até nós duas sorrindo, com alguma bebida que não identifiquei.
-Oi meninas! Toma Giullian. - Ele a entregou um copo da cor do cabelo dela, e ela sorriu saindo de perto.
-Os meninos não vem Ryan? - Perguntei curiosa.





CONTINUAAA !! 
Há u.u enfim, gente, pq vcs não comentam? mds isso desanima :( :( 
6 comentarios ?

24 de jan. de 2014

A ligação (one shot)

A garota recebeu a ligação de madrugada, quando ainda estava dormindo. Esses últimos dias estavam sendo difíceis para ela. Acordou desorientada, e quando entendeu que era o telefone, praguejou mentalmente. Primeiramente por causa do seu sono, depois porque ligação àquela hora só podia significar uma coisa: morte. 
Ela não estava preparada para atender, não. Ela não queria mais uma notícia ruim - ninguém nunca quer. Sabia que se ignorasse a ligação, iriam retornar e ela nunca escaparia do que quisessem dizer. Como um band-aid, era mais fácil tirar de uma vez - talvez até menos doloroso.
- Alô? - atendeu o telefone branco. Sua voz soara normal, mas só Deus sabia como ela estava nervosa. 
- Alô - uma voz grave respondeu. - Delegacia de Stratford. Você tem três minutos. 
Esperou por um momento, tendo a certeza de que era engano. De que o policial discara o número errado, de que era um engano. Se alguém houvesse morrido não teria o tempo de espera. 
- Alô... - ouvi sua voz rouca dizer. Meu coração parou por alguns segundos e percebi que estava prendendo a respiração. Aquela voz, aquela voz que me transportava para tantas memórias estava ali, no meio da madrugada comigo. Mas não nas circunstâncias certas. Nunca nas circunstâncias certas. - Oi, sou eu.
Ele não se identificou mas eu conhecia seu timbre, sua respiração.
- Eu sei que é você. - disse. 
- Desculpa te ligar a essa hora, mas... - ele limpou a garganta - Você é a única em quem posso confiar. 
Silêncio. 
- Seu tempo é curto. - falei com um nó na garganta.
- Eu estive dirigindo bêbado e... A polícia me pegou. - ele esperou um tempo, talvez para eu absorver as palavras, mas em instante descobri que era para ele próprio tomar coragem - Eu preciso de  dois mil dólares e quinhentos.
- Eu não tenho esse dinheiro. - afirmei. 
- Arruma, por favor. - seu tom era de súplica. - Só você pode me ajudar. Eu te pago depois, eu juro. 
- Não Justin, eu não posso. - falei e com pesar e antes que pudesse me impedir apertei o botão vermelho. 
Posso dizer que aquela foi uma das coisas mais difíceis que fiz na vida, mas foi completamente automático.
Sentei novamente na cama e fechei os olhos. Eu não estava completamente surpresa, sabia que uma hora ou outra ele iria se meter em uma dessas. Sabia pela cor desfigurada de seus olhos - vermelhos. Ouvia seu carro arrancar na rua de casa, de madrugada. Mesmo sabendo disso, eu não estava preparada.
Se eu arrumasse o dinheiro, eu iria ajudá-lo. Mas eu estive tentando ajudar todo esse tempo, falando para ele não andar com aquelas pessoas.
Olhei involuntariamente para minha caixa lilás. Era minha caixa de lembranças. Eu tinha fotos com ele e tinha muitas fotos dele que pedia a Pattie quando Justin não estava por perto. Lembro dela me olhar com uma cara estranha, como se não precisasse delas já que ficaríamos juntos por muito tempo. 
Justin foi meu primeiro amor - mesmo que nunca tivéssemos namorado de verdade. Há um tempo pensei que ele era meu "para sempre". Acredito fielmente que cada um tem o seu na Terra. Mas ele não foi. Para mim, o para sempre é um estado de espírito que mantinha duas pessoas em sincronia com os mesmos sentimentos, bem,  para sempre.
Quando ficou mais velho Justin decidiu me deixar. Não foi de uma hora para outra, foi aos poucos. Cada centímetro de distância doía mais do que eu poderia imaginar. Não éramos mais amigos, nem inimigos, apenas duas pessoas com lembranças em comum.
Não conseguia pensar na cadeia ou em como ele reagiria lá - ele saberia reagir? Ele sabia o quão injusto fora me ligar de madrugada enquanto eu ainda me importava? Ele faria tudo isso de novo? Conseguiria o dinheiro?
Uma parte de mim desejava que não. Há coisas que o dinheiro não paga. Há coisas que só serão aprendidas quando vividas e eu queria que ele aprendesse. Pode soar cruel, mas toda escolha tem consequências e é injusto o dinheiro conseguir fazer alguém se safar.
Olhei para o céu que já amanhecia. Era outro dia, era outro Justin. Estava me distanciando cada vez da imagem que tinha del na adolescência, e como covarde estava sempre voltando as minhas fotos e lembranças.
Esperava que ele saísse dessa e nos encontrássemos de novo - eu como uma arquiteta e ele como alguém do bem - que eu soube que sempre fora.
Esperava que tudo isso fosse uma tempestade de verão -  daquelas que passam rápido e deixam o sol brilhar.
Esperava que conseguisse dormir em paz de novo.
Mas novamente, não consegui.
Só queria dormir, para sair desse pesadelo. 
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Oi gente! É, isso está tão óbvio que nem tem necessidade minhas notas finais hehe. Eu quero saber a opinião de vocês (como sempre), sobre o conto e sobre a realidade. Ele me decepcionou, mas de ceta forma acho que já esperávamos isso... Não vou me prolongar aqui, então beijos!
- 6 comentários? 

Respondendo aos comentários do meu outro one shot (casa da árvore, clica aqui se não leu :*)...
Anônimo: Oi! Sério? Eu gosto de escrever esses one shots, mas pensava que ninguém gostava. Justamente por isso pensei que não ia ter 7 comentários nem ferrando hehe. Muito obrigada por ter comentado, você disse que o que valia era a intenção e a sua valeu 1000. Beijos!
Feer: Muito obrigada! Mesmo! :D
Kah Santos: Sério? Muito obrigada! :* 
Isadora: Poxa, muito obrigada! Sim, exatamente. Eu também penso assim hehe. Você captou a mensagem e sempre fico muito feliz de te ver comentando! (uma vez eu estava lendo Turma da Mônica, aí o Cebolinha falou para o Cascão: captou? Aí o Cascão: capotei! KKKKKK sempre lembro disso). 
SwagDaBelieber: Oi! Ai meu Deus, fico tão feliz lendo seus comentários! Sinta-se a vontade para sugerir melhoras. Ah, que nada! Talvez seja só o dia mesmo, já eu sou mais sensível que celular touchscreen hehe). :D 
Luciana: Lu! Oi! Sendo uma fofa como sempre, hein! Muito muito obrigada! Fico feliz de você ler o que escrevo e pode ter certeza que sou grata por isso. Beijos! 
Victoria Marques: Que sobrenome chique! Eu acho chique, por algum motivo. Muito obrigada! :D
JBiebs OneD: Belieber e Directioner? Ou só fã dos dois? Eu não sou directioner, mas ouvi o novo álbum e amei happily (fica na minha cabeça!). Diana então... Tentei entrar no seu blog, mas está com acesso negado :( Ah, muito obrigada! 
Imagine Belieber: Oi! Muito obrigada! Amo te ver comentando! 

Beijos,
Audrey.

20 de jan. de 2014

World Of Chances, capítulo 2 - Musica

Terryene narrando (Terry aqui: ainda precisa colocar isso ?)
Nos dias que seguiram, foram todos a mesma coisa. Aula da velha chata Lee, História com o Sr.David, uma pequena pausa para comermos no almoço, e depois aulas extras.
Giullian estava passando mal desde ontem a noite. Claro, 3 garrafas de vodka!

Justin não soltou do meu pé hoje. Estava junto de Christian o baixinho, e Charles o mais alto.
Jayle estava nos olhando de longe, a muito tempo. Sim, isso está me incomodando, e muito.

-Justin, ela vai mesmo ficar me encarando? –Perguntei um pouco irritada. Ele olhou para Jayle, e voltou a me olhar. Seus olhos estavam escuros, e por um momento, pensei ver ele emanar uma luz violeta.

-Apena ignore-a. Ela sempre foi assim com novatas. –Ele deu de ombros, e estendeu a mão pra mim. Estávamos no pátio desse lugar. Aqui não tem sol. Não tem chuva. Não tem nuvens. Não tem nada!

Peguei a mão dele, e ele me puxou pra cima. Nossos corpos se chocaram fortemente, e ele passou a mão na minha cintura, me puxando mais pra perto... Pera, ele vai me beijar? Oi?

O empurrei levemente, e ele sorriu tímido (estranho, não? ), e assentiu, me dando um beijo na testa (estranho novamente) e me puxou pela  mão. Nossos dedos foram entrelaçados, e ele começou a correr estranhamente por causa das estranhíssimas calças que ele usava. Parecia que ele estava cagado (falo mesmo haha)!

Tinham uns 30 minutos que ele me puxava. Estávamos perto de uma sala, e pude ouvir música. Suave era a voz de quem cantava. Uma menina.

Entramos na sala, e vi Giullian cantando. Uma roupa branca caía perfeitamente sobre ela, e seus cabelos azuis estavam cacheados, fazendo-a parecer um anjo. Ela emanava uma luz branca e seus olhos estavam perfeitamente em um tom turquesa.

- Wow... –Falei baixo. Ela me olhou sorrindo, e me abraçou.

- Oi ! –Giullian me puxou pra cantar uma musica com ela. Uma musica MINHA! A olhei desconfiada. Ela anda mexendo nas minhas coisas!

Cantamos “ A Heart That Don’t Beat Anymore” (autora aqui: é minha mesmo meninas) . Justin nos olhava, e eu as vezes o olhava. Nunca senti uma energia tão boa, como hoje.

Quando terminamos de cantar, eu estava chorando. Escrevi essa musica pra um namorado meu. Ricardo. Ele fazia meu coração parar. Nós namoramos por 4 anos. Desde os meus 13. Sim ,até esse ano estávamos juntos, mas ele foi pra Itália, e nós nos separamos. 

Essa musica falava dos dias bons que tivemos, das besteiras que fazíamos, das nossas memórias... De tudo de bom, que passamos juntos. Sinto falta daquele sorriso de lado. 

- Terry! Acorda! -Ouvi Giu gritar, e caí sentada ao chão.

- Oi Giullian, desculpa. Só... Me lembrei de um sorriso branco. -Sorri abobalhada. Vi Justin me olhar triste (estranho), mas não liguei. 

Voltei para meu quarto. Não me sentia muito bem. Minha cabeça parecia que iria explodir a qualquer momento, e eu já estava com os olhos apertados de dor. 

Me direcionei ao banheiro que havia no quarto. Precisava de remédios, ou então desmaiaria. Antes mesmo de chegar ao banheiro, senti um vento frio, e olhei para trás. - Justin?- Sussurrei, e senti meu corpo ficar gelado. Justin tinha os olhos escuros como a noite de hoje. Mas por um momento, me senti segura olhando para eles.
Ele me olhava intensamente, e isso me incomodava muito.

- Terry, preciso falar com você. - Ele se sentou em minha cama, e eu fiz o mesmo. Minha dor de cabeça tinha desaparecido. Como se eu tivesse tomado os meus remédios. 

- Fale então. - Eu o olhava curiosa, e ele continuava a me encarar.

- Quer dar uma volta comigo ? - Ele me estendeu sua mão, e automaticamente eu segurei a mão dele. 

Ele foi até a janela do quarto, e removeu as grades com uma enorme facilidade, como se elas fossem de plástico. O olhei espantada, e ele apenas riu. 

- Como fez isso ? - Perguntei. - És um vampiro Justin? -Outra pergunta e um riso baixo de Justin foi escutado. 

- Não, não sou um vampiro Terry. -Ele me deu a mão, e se apoiou na janela, como se fosse pular dela comigo. - Segura firme em mim. 

E assim fiz. Segurei firmemente nele, como o mesmo me pedira. Ouvi um barulho, como se fosse pele rasgando, e ele pulou da janela comigo. 
Tentei gritar, mas mal consegui respirar quando ele pulou. Apertei mais meus olhos, e ele riu de mim. Olhei pra baixo, e voávamos. OI? VOÁVAMOS? 

- Justin como... ? - Não terminei a frase. Ele apenas riu, novamente. 

- Sou um anjo sua lerda. - Ele me deu língua, e eu ri. 

- Que massa! Sabia que vocês existiam ! Sempre acreditei! - Ele sorriu, e foi voando até a cidade. Era noite, e a pequena cidade estava iluminada lindamente.

                                                                  (...) 


- Achei que você fosse pirar com isso. - Estávamos na beira do Lago Spring.

- Na verdade, não Justin. Eu sempre fui facinada por anjos. - Ele assentiu. Seus olhos agora estavam azuis, e ele estava com as bochechas vermelhas. Estava frio, e eu estava muito agasalhada. Apesar de amar frio, eu não consigo ficar muito tempo no frio. 

- Vem aqui. - Ele me puxou pra perto dele, e me abraçou. Seu corpo quente me esquentou rapidamente, e eu fui sentindo meus olhos cada vez mais pesados. Em poucos minutos adormeci em seus braços. 

                                                                   (...) 


Acordei no meu quarto. As grades estavam no lugar, e Giullian estava me sacudindo desesperadamente. 

- Anda! Estamos atrasadas! - Ela me puxou da cama, e eu caí no chão. 

- AI! Tá  Giullian, calma! - Corri para o banheiro, e tomei um banho rápido. Coloquei uma roupa mais quente, e sai correndo com Giullian.

Fomos para a aula. E assim passamos o dia todo. Estranhamente, Justin não falou comigo o dia todo. Na verdade, ele não foi pra aula hoje. 
Entrei em meu quarto novamente, e aquele mesmo vento da noite passada voltou. Senti o cheiro do perfume dele e olhei pra trás. Ele estava ali. 

- Olá Justin. - Falei pegando um casaco. Fazia muito frio, e eu já disse que não suportava ficar muito tempo no frio. 
- Olá Terry. - Ele estava me olhando curioso. - Oque faz com esse casaco ? 





OOOI MENINAS!! Haha 
Sentiram minha falta? eu senti a de vocês :( :( 
desculpem não postar esses dias, estava sem pc :( :( 
enfim, como esse capitulo está bem grande, eu quero comentários ok ? 10 comentários pra eu continuar u.u 
Beijos beijos, Ana :) 
E quem quiser me chamar no whats pra ter prévias pode chamar lá : 022992617371 


18 de jan. de 2014

Drummer Girl - capítulo 17

No outro dia eu tive que vencer minha preguiça e ir para a escola. E isso soou muito estranho: toda vez que algo novo acontece você não é o mais o mesmo e não sendo mais a mesma não sei como agir.
Esperei sentada na frente de casa, o Chaz. Senti o vento bater no meu rosto. Eu estava com a sensação de vazio, a sensação de que sabia que algo deveria ser feito e ainda assim não saber como agir.
Vi o carro parar aos poucos e então caminhei até o banco de carona.
- Oi. – disse.
- Oi Summer. – ele sorriu e deu um beijo na minha bochecha.
Chaz foi silencioso quase que o caminho inteiro. Estava grata por ele não fazer perguntas e nem perguntar se estava tudo bem. Eu não queria mentir para Chaz e acima de tudo não queria ouvir que não estava. As palavras têm diferentes níveis de poder e as faladas eram o de nível máximo. Não queria dar esse poder a elas.
O resto do dia foi normal e tivemos aula de música. Eu estava cansada para disputar a bateria com Zack, então apenas sentei no chão. Tentei ignorar o olhar de Eleanor sobre mim, os olhos cinzentos que às vezes pareciam carregar tempestade me encarando.
No intervalo eu passei sentada em uma das mesas de fora do refeitório, com a cabeça abaixada e Chaz me fazendo companhia. Ryan também foi lá bagunçar meu cabelo, mas logo se afastou. Ele sempre fora meio disperso da banda, mas realmente gostava dele.
- Summer – Chaz me chamou do corredor – A minha aula agora é de história, qual a sua?
- Biologia. Infelizmente – franzi os lábios. Não queria estudar outra vida senão a minha.
- Depois na hora da saída você pode me encontrar na sala do Rick?
- Geografia? – ele assentiu com a cabeça – Tudo bem.
Não prestei muita atenção na dissertação do professor, mas era só mais um período. Já estava acabando. Recolhi meu material e esperei que a maioria saísse. Os corredores estariam intransitáveis naquele horário e quando me senti segura saí.
Fui até o outro corredor e entrei na sala de geografia. Eu gostava de lá, era uma das melhores salas por causa da iluminação clara. Os globos e alguns mapas mundi preenchiam o recinto e eu apoiei minha bolsa transversal em uma carteira. Sentei em outra carteira, desejando ir para a casa e desejando ver Chaz logo – provavelmente deve ter descoberto um jeito novo de colar ou alguma artimanha para aprontar na aula.
Passou-se um segundo até eu olhar ao redor da sala. Ele estava escondido, tinha que estar. Ele não se atrasa. Dei alguns passos, procurando e do outro lado da sala vi Justin sentado no chão, perto de uma cadeira. Quase gritei ao vê-lo, aquela nem era a escola dele.
- Oi. – ele disse primeiro.
- Oi. – respondi desconcertada. Olhei para ele e me recompus.
- Você viu o... – falamos juntos e então ouvimos a porta se fechar.
Corri até lá e vi que ele me olhava através da pequena janela de vidro que ela tinha. Ele murmurou um “desculpa”, e então ouvi o trinco da porta girar. Bati na porta a fim de conseguir sua piedade, mas ele balançou a cabeça em negativa.
Sentei e me encostei na porta, derrotada. Eu estava a beira de um ataque de nervos. Eu estava tão brava com Chaz que eu poderia gritar. Ele queria que fizéssemos as pazes. Ele queria nos obrigara a nos resolvermos.
Eu não queria isso.
Digo, eu não fiz nada até agora além de ser gentil. Eu não fiz.
Vi Justin olhar fixamente pela janelinha, mas não dizer nenhuma palavra. Imaginei se eles eram daqueles amigos que um olhar basta. Ouvi Justin se mexer e se sentar do meu lado.
- Summer – ele disse depois de um silêncio longo – Desculpa.
Senti a surpresa tomando conta de mim. Um pedido de desculpa não apaga ou conserta o que foi quebrado. Mas era um pedido de desculpas, de qualquer jeito.
- A Pattie te mandou dizer isso? – perguntei, mas percebi que soou rude.
- Mesmo que ela não tivesse, eu sei que te devo isso. – falou e analisei seu tom de voz, ainda não o encarando. O tom não denunciava sarcasmo ou acidez, apenas uma pessoa falando. E isso que ele era, uma pessoa.
- Ninguém me deve nada. – respondi – Você é dono dos seus sentimentos e escolhe o que fazer com eles. É dono de suas atitudes também.
Justin se silenciou. Talvez tivera se arrependido do pedido de desculpas e eu não liguei. Acho que “desculpa” tem que ser espontânea para ser verdadeira, aliás, é um sentimento. Não por pressão como acho que a Pattie fez. E eu estava com muitos problemas para me preocupar com ele.
- Tudo bem. – ele concordou e por um momento quase que levantei e falei para Chaz que não o odiava, mas que não dávamos certo também e que não adiantava quanto tempo ficássemos presos. – Mas eu te peço desculpas do mesmo jeito. Sei que estive agindo como um idiota.
Fiquei quieta.
- As coisas têm sido difíceis para mim, Summer. – ele falou, meio que de repente.
- Têm sido para todo mundo. – respondi pensando em minha mãe, em minha vinda para cá, no meu pai e no mundo.
- A morte não é um fardo que posso carregar. – ele disse e eu prendi minha respiração por um momento e ele parou como se só aquilo já bastasse para que eu compreendesse. Eu compreendia, acho. Eu poderia estar perto dela, nós sempre estamos.
- Ninguém nunca pode carregar a morte. – disse, mas não pareceu reconfortante. A verdade geralmente não é – A morte não é sobre carregar, é sobre deixar ir.
Ele não me respondeu. Talvez não houvesse resposta para aquilo.
- Ela era irmã do meu baterista antigo, o Luke. – ele respirou fundo – Nós éramos namorados, mas ela morreu em um acidente de carro... – assenti – Não queria que ela tivesse ido.
Pensei que ele começaria a chorar a qualquer momento, mas ele permaneceu em silêncio. O silêncio é duro às vezes.
- Depois as coisas mudaram. A morte entrou em mim. Fiquei assim por meses inteiros e ão sou mais o mesmo.
Estava surpresa, mas concordei.
- Depois de um grande acontecimento não somos mais os mesmos. Mas dá para criarmos versões melhores de nós, acho. – disse. Parecia fácil na teoria, mas não era assim tão simples. Não quando você é o protagonista da história. Ponderei se eu estava sendo justa ao pensar no que eu queria dizer. As coisas necessárias são as mais difíceis de serem ditas: - Não é porque você está machucado que tem que feri-los.
- Tem razão. – ele suspirou e eu não queria fazer perguntas para ele. Eu sabia que doía, eu sabia que ele se sentia desconfortável. – Então, aceita voltar para a banda? Precisamos de você lá.
- Sim. – respondi sem hesitar e me permiti sorrir. Um sorriso pequeno. Eu estava meio transtornada por toda aquela história e dos pensamentos que tive. Talvez ele fosse uma pessoa legal. Talvez agora ele estivesse abrindo espaço para outras pessoas. Eu queria descobrir isso. Percebi que ainda estávamos escorados na porta e trancados. Minha barriga já reclamava.
- Hey, Chaz. – falei em um tom mais alto. – Está tudo bem. Pode nos soltar agora.
Não ouvimos o barulho da chave girando e eu levantei.
- Chaz! – chamei de novo e girei a maçaneta.
A porta estava aberta.
Justin olhou para minha cara e eu olhei para ele.
- Não acredito que... – rimos baixo o que me aliviou porque tudo estava muito sério.
- Ele foi embora. – rangi meus dentes.
- Te dou uma carona. – quis negar, mas me detive. Se fosse de Chaz eu aceitaria e me ocorreu que também queria conhecer Justin. Poderíamos ser amigos, como eu e Chaz.
- Obrigada. – agradeci.
Chegamos até a saída principal, a última que se fecha. Empurrei e ela não se moveu. Empurrei mais uma vez e nada aconteceu. Justin empurrou e olhou pela janela que elas tinham. Tentei olhar também, apesar de Justin ser maior, e vi o que precisava ser visto: as correntes trancavam a saída.
- Estamos presos. – falei atônita.

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Oi, tudo bem com vocês? Primeiramente eu não estava\estou bem. Problemas familiares acho que são os mais dolorosos. Eu estou com esses problemas e dói muito. Mesmo. Não quero compartilhar isso com vocês porque é chato ouvir minhas tristezas. Só digo isso porque foi isso que atrasou minha postagem e eu acho que vocês mereciam uma explicação. Enfim, o que acharam? Me digam, por favor! A opinião de vocês realmente importa.
- 15 comentários? (não vou aumentar muito!)

Respondendo aos comentários: 
Feer: Oi Feer! Ih, não posso falar! Beijos ;)
Lari C.: Oi! Você me animou! Muito obrigada, você não sabe o quanto fico feliz de ler isso!
Gaby: Ai, acho muito chic quem escreve "Gaby" com "y". Mas como todos os mistérios a verdade aparece hehe. Beijos! 
BelieberSwag: Oi! Ah, sério? Muito obrigada!
Jujuba: Ah, sim!Oi Julia! hehe. TEU CABELO É AZUL? Mas é todo azul? Que maneiro, tinha uma época que eu queria pintar de azul mas minha mãe não deixou :( Ih, não posso falar! Mas muito obrigada! 
Duda: Oi! Acho tão legal quando você fala: "continua pelo Bieber amado", porque é tipo a sua marca registrada :D
Luciana: Oi! Ai meu Deus do céu! Não, você nunca tinha me dito! E fiquei muito feliz de você me dizer! MUITO FELIZ, A PONTO DE QUERER SAIR DANÇANDO! (olha que eu tenho ritmo zero, hein! hehe). Muito obrigada, Lu (ei, posso te chamar assim? amo diminutivos, mas meu nome é impossível de dar. Tipo "au". Iam pensar que estavam latindo quando me chamassem KKKKKK Tipo aquela música - escrota - da Valesca Popozuda)! 
SwagDABelieber: OI! Você fez eu querer dançar também! ESTOU NAQUELE MOMENTO QUE NEM CAPS LOCK DÁ CONTA! Fiquei muito feliz de ver seu comentário, e sim, todo mundo poderia ter um Chaz na vida. Ele é meu amigo do Justin favorito (não sei se sou só eu que tenho essas coisas kkkk). Você é uma fofa, e fiquei muito feliz de você ter dito isso! MUITO! Poxa, muito obrigada. Você e as outras beliebers são as melhores leitoras que eu poderia ter! (p.s.: percebe-se minha animação pela quantidade de pontos de exclamação). Beijos! 
Carol: Oi! Poxa, muito obrigada! Olha o link: https://www.youtube.com/watch?v=GUVd34_PVZg Agora que eu vi que é com Last Friday night, mas vê mesmo assim, porque eu amo a voz dele! E me conta o que achou depois ;) 
Anônimo: Ai, sério? Muito obrigada! 
Anônimo: (você é a mesma de cima, né? hehe) Muito obrigada! 
Anônimo: :D
Carla: isso... Obrigada por comentar! 
Janii: ...Há! Já tive essa impressão em várias fics hehe. ;) 
Isadora: Oi! Sério? Tem capítulos de outras fics que eu já escrevi chorando ou quase... Dias emotivos são difíceis! Mas fico feliz que gostou :D

Beijos, 
Audrey.