Fui para a casa andando, de alguma maneira. Quando estou
triste costumo ficar no modo automático, onde faço as coisas por instinto e não
por consciência. Por conta da chuva, a caminhada pareceu mais solitária. Meus
olhos estavam embaçados e parecia que eu tinha que usar óculos.
Depois de lavar meu rosto e comer alguma coisa, me acalmei e
tomei banho. Não sentia mais vontade de chorar, mas estava brava e confusa. Eu
já brigara feio com algumas pessoas, como meus parentes próximos. Nunca com
Justin. E brigar com pessoas que você ama é como uma guerra: todo mundo sai perdendo
porque todo mundo se machuca. O pior problema de brigar com pessoas próximas é
saber exatamente onde feri-los.
Justin sabia como ninguém.
Enxuguei-me e coloquei um moletom de ficar em casa, quando
meu celular tocou. Peguei o eletrônico rosa e o atendi:
- Alô?
- Alô! – o outro lado da linha respondeu. Era Clary, minha
colega até que próxima da aula de Biologia. Ela era ruiva e usava aparelho, mas
ao que tudo indicava, não a impedia de falar como uma matraca – Oi! Tudo bem?
Meu Deus, você viu a roupa do Edgar hoje? Tenho certeza que a camiseta estava
muito barata e ele comprou mesmo sendo pequena para ele. Ou encolheu na
lavagem. Aliás, com que roupa você vai na festa do Justin?
Fiquei em silêncio.
- Jane, aconteceu alguma coisa? – percebi seu tom aflito –
Eu sou uma péssima amiga! Nem percebi que você estava triste. Desculpa, eu...
- Está tudo bem, Clary. – interrompi-a.
- Pode me contar o que aconteceu. – ela falou e percebi pelo
seu tom meigo que só queria ajudar. Não gostava de compartilhar meus problemas,
porque não achava justo com quem ouvia. Clary não poderia ajudar, então por que
angustiá-la?
- Clary, muito obrigada pela ajuda, mas não foi nada muito
sério – então por que você estava chorando?
- Tudo bem. – disse contrariada. – Mas pensa com carinho.
Ele é seu melhor amigo.
- Tá. – murmurei e desligamos o telefone.
Deitei em minha cama. Todo ano fazíamos surpresas no
aniversário de nós três: ou íamos ao cinema, comprávamos alguma coisa ou o que
desse na telha. Às vezes, convidávamos mais gente, outras vezes não. Uma coisa
era certa: podíamos esperar algo no nosso aniversário. Por esse motivo, eu
sugeri que fizéssemos um dia antes, para ser de fato uma surpresa. Como Clary
tem mania de grandeza, ela quis uma festa em uma boate com quase a escola
inteira – não concordei com ela desde o princípio, mas iria de qualquer jeito
como convidada. Disse bem, iria.
Agora as coisas já não pareciam tão certas. Eu não estava
com vontade de ir à festa. Não queria ver Justin enquanto não estivéssemos bem
e eu estava me sentindo um lixo.
É fácil dormir quando me sinto um lixo, então apenas fechei
os olhos e deixei a mágica acontecer, e inconscientemente decidindo não ir à
festa idiota.
Mais tarde acordei com batidas insistentes na porta de casa.
Levantei sonolenta e um pouco irritada ao perceber que estava triste e um tanto
frustrada. Não queria que me acordassem. Olhei no espelho do meu quarto e
arrumei algumas mechas rebeldes. Desci as escadas e abri a porta.
Quase caí para trás ao ver os olhos castanhos claros me
encarando. Justin tinha o semblante sério e ouso arriscar um pouco confuso. Ele
estava vestindo uma jaqueta preta e camiseta da mesma cor, combinadas com um
jeans de lavagem clara.
- Posso entrar? – indagou e eu apenas dei passagem para ele.
Ele permaneceu de pé, quase que no centro da sala. Fechei a
porta e o encarei.
- O que você quer? – vi que minha voz carregava um pouco de
mágoa.
- Eu quero saber – ele passou a língua rosada entre os
lábios – por que você não estava na minha festa.
- Eu que te pergunto. – falei, dando um passo para a frente
– Por que você está e não lá?
- Perguntei primeiro.
- Fingidoras não são bem vindas lá. – arqueei as
sobrancelhas.
Ele começou a falar uma frase, mas parou de repente. Ficou
alguns segundos em silêncio.
- Eu não devia ter falado aquilo.
- Então por que disse? – percebi a acidez em minha voz.
- Porque eu te amo. – ele falou tão baixo que eu tinha quase
certeza de que estava alucinando.
Ele avançou em minha direção e nossos lábios se tocaram. De
início, tive o ímpeto de me afastar. Mas eu não queria, de fato. Bom, pelo menos minhas pernas não me obedeceram.
Os lábios dele eram macios e quentes. Logo, eu estava com a mão no cabelo de
sua nuca. Eu nunca havia tocado assim em Justin. Éramos amigos que não
demonstravam muitos gestos afetivos, acho.
*atenção: parte hot aqui. Se não gosta, pode pular, lá embaixo eu aviso quando acabar ;) *
Seu cabelo era macio e sua mão em minha cintura parecia se
encaixar. O ritmo de nosso beijo era lento, mas meu coração batia forte. Eu o
amava. Claro. Mas naquele momento percebi que o amava mais do que amigos se
amam. Percebi que também tinha ciúmes dele e que talvez já tivesse imaginado
mais do que deveria. Com amor é assim, acho. Está lá, adormecido, então algo o
desperta.
Tudo o que descobri estava acontecendo em algum lugar do meu
subconsciente, porque na minha cabeça, só conseguia pensar nele. Melhor, só
conseguia senti-lo. Em certo momento, demos alguns passos para trás até eu
ficar no sofá. Foi a primeira vez que nos olhamos, depois dos beijos. Ele estava
com o cabelo um pouco bagunçado e com os lábios mais rosados do que o normal.
Eu deveria estar pior. Sorri e Justin sorriu de volta, logo
voltando aos beijos. Ele me deitou no sofá e ficou por cima. Senti seus dedos
por baixo da minha blusa, o toque era mais gélido do que a minha pele. Vi em
seu olhar uma pontada de incerteza, mas confirmei com a cabeça e ele tocou meus
seios por cima do sutiã.
Mordi meu lábio inferior. Justin fez menção de tirar a
camiseta dele, mas impedi com um toque em seu braço.
- Não aqui. – percebi que minha vos estava arfante. Então
ele, em uma velocidade surpreendente, me pegou no colo e subiu as escadas até
meu quarto. Lá, ele me deitou na cama e depois fechou a porta, passando um
trinco. Ele tirou sua camiseta e jogou em um canto.
Veio em minha direção e eu já estava tirando minha camiseta
também. Assim que a arremessei, Justin estava perto de mim e colou nossos
lábios. Agora já nos beijávamos com mais velocidade, mais desejo. Justin se
afastou de mim e me fitou. Talvez eu nunca me esqueça de seus olhos naquele
momento. Estavam mais escuros, mais vorazes e apesar de tudo, ainda eram os
olhos do meu melhor amigo, o qual eu podia confiar. Ele colocou as costas por
trás de minhas costas, me levantando e logo tirando meu sutiã rosa. Encarou por
alguns segundos eles desnudos e avançou em direção a eles, lambendo meus
mamilos. Arfei.
Passei a mão por seu abdômen definido e ele se levantou como
se não pudesse aguentar mais. Tirou sua calça jeans, ficando apenas de cueca
boxer branca. Apreciei seu corpo, que me lembrou das esculturas da Grécia Antiga,
mas não. Era mais bonito. Em seguida, deslizou minha calça, me deixando apenas
com a calcinha, e em questão de segundos, mais nada.
Justin, então, massageou meu clitóris com dedo e depois
passou a por a língua lá. Percebi que
estava gemendo com os movimentos circulares e mal reconhecia minha voz rouca.
Justin parou subitamente e após isso, introduziu seu pênis em mim. Ele ficou
parado por um tempo, talvez para que eu pudesse me acostumar com a sensação.
Ele passou a mão por meu rosto, antes de começar a se movimentar:
- Você é tão linda. – sussurrou e eu fechei meus olhos, sorrindo.
Então ele começou, devagar a princípio, mas profundamente.
Sentia sensações jamais sentidas antes por mim. Aquilo estava uma delícia.
Soltava gemidos ocasionalmente e percebi que Justin fazia o mesmo. Agarrei-me
nos lençóis, tentando não me perder naquelas emoções. Justin aumentou o ritmo e
eu agradeci por aquilo. A cama rangia e o ruído se fundia a nossas exclamações.
Cheguei ao meu ápice e ele chegou segundos depois.
*fim da parte hot*
Nos recompusemos e deitamos um do lado do outro, respirando
profundamente. Olhei para o teto, com as luzes não tão fortes sobre nós. Peguei
a mão de Justin e entrelaçamos nossos dedos, ainda assim mantínhamos o
silêncio.
- Sim. – falei, me
lembrando do episódio que não falara “não” para Derek. Justin me encarou,
ligeiramente confuso – Você falou que eu não havia dito “não” para Derek, e eu
digo sim para você.
Os músculos de Justin se enrijeceram e ele soltou minha mão
como se a mesma estivesse em brasas. Ele se levantou e começou a se vestir. Não
esperava tal reação, na verdade eu queria que ele risse ou me beijasse. Eu
ansiava por seus lábios novamente.
Ele já estava vestido e olhou para mim, ainda na cama,
paralisada pelo meu poder de sempre estragar tudo.
- Tchau, Jane. Eu te amo. – falou e saiu.
Deixou-me chocada demais para fazer qualquer coisa que não
chorar.
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Oi! Como vocês estão? Eu tô bem, amo feriados! Vou para o Paraná amanhã de manhã, mas se vocês atingirem o número de comentários, amanhã posto final - não disse que era um short muito pequeno? Enfim, obrigada pelos comentários e quero saber a opinião de vocês sobre o documentário! Vocês são demais. Já disse isso?
- 8 comentários?
Respondendo aos comentários:
Feer: Já respondendo seus dois comentários (fiquei muito feliz!): primeiramente, obrigada! E essa fic é muito curtinha para eu explorar esse tema... Mas é uma ótima sugestão, espero um dia escrever algo mais nesse campo! Beijos!
Vivi: Oi! Muito obrigada, amei ver você comentando! Beijos!
Anônimo: Muito obrigada S2 (sei que s2 talvez seja muito época orkut, mas é o coração que dá para fazer :l. Orkuteiro ou não, é muito bonitinho e sincero hehe).
Nathalia: Seu sobrenome é Patrick? Se for, que demais! Muito diferente - em um sentido bom, claro. Obrigada por comentar, espero ver sua opinião novamente. Beijos!
Lari: SÉRIO QUE VOCÊ ACHOU ISSO? Muito obrigada! Muito obrigada mesmo! Espero que tenha gostado desse... Beijos!
Lu: Luuuu, minha bff! Tudo bem? Ah, que bom que você gostou, você sabe que eu amo seus comentários! Beijos, espero te encontrar um dia online no face! Obrigada!
Nicole: Você achou? Obrigada! Significa muito para mim... Beijos!
Anônimo: Obrigada! :D
Beijos,
Audrey.
AAAAAAH SÓ MAIS UM CAPITULO? :c mas que burrada que ela fez enh heueheue CONTINUA LOGO
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPoostaa Maaiis! #AnsiedadeAMiil Divulga? >http://imagineteen00.blogspot.com.br/<
ResponderExcluirPleeease amore continua ♥ ♥ bjooos da brubs ♡
ResponderExcluirContinuaaaaaaaaaa pfpfpfpfpf
ResponderExcluirContinua logo, adorei essa short fic!
ResponderExcluirAwnnn claro nas ferias agora vou ter tempo de sobra pra batermos papos ta bom amore!!! E sobre esse cap amei TUDOO so no final que fiquei triste como assim o Sr. Justin sai sem mais sem menos vontade de pegar e... trazer pra minha casa kkkkk Bjus flor!! Ahh e boa viagem tira bastante fotos e posta no face!! kk : )
ResponderExcluiraaaaaaaaaaah continua logo amo vc
ResponderExcluirmano continua
ResponderExcluirNão me maata do core, e isso na foi engra, coooontinuuua logo, ta perfeitooooooooooo
ResponderExcluir- Victoria Marques
Aaaah ta perfeito!! Mas eu fiquei com vontade de bater no Justin jsnavjdmsn e sim, meu sobrenome é Patrick jdndjdnsvj. Continue, please, to amando!
ResponderExcluir*bater no Justin e na Jane
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