MEU NOME É JUSTIN
Fechei os olhos e respirei fundo.
Os policiais começaram a gritar pedindo para que eu largasse a arma, eu não
iria largar. “Larga a arma ou atiramos.” Tive vontade de rir, tive sim. O som
de pneus derrapando me fez abrir os olhos. Era o carro azul, ele parou na minha
frente e a porta foi aberta. O homem lá dentro de olhos castanho claro gritava
me pedindo para entrar no carro. Eu não sei se devia, ele era o inimigo. Entrar
no carro dele era como pedir para morrer. Mas não tinha muitas opções. Entrava
no carro e tinha uma esperança de sair dali, mas eles podiam me sequestrar ou
algo assim. Ou não entrava e iria presa ou alvejada.
- ENTRA LOGO NESSE CARRO! – ele
gritava. Grunhi em ódio e entrei correndo.
Os policiais começaram a atirar
contra o carro, mas para minha sorte era completamente blindado. Ainda estava
para descobrir como mesmo de carro conseguiria sair sem passar por cima dos
policiais. Ele acelerou e virou na direção dos policiais, ele ira fazer
exatamente o que eu disse: passar por cima dos policiais. Eu não estava levando
muita fé que ele iria fazer isso até que ele enterrou o pé no acelerador.
Habilidosamente ele passou por entre dois carros da polícia e pelo que vi ele
atropelou um dos policiais que atirava contra o carro.
Na saída do Galho Quebrado ele
virou na direção direita indo para rodovia. Ele nem ao menos diminuiu a
velocidade quando estávamos muito longe do Galho Quebrado. Pelo retrovisor pude
ver o amigo dele olhando atentamente meus movimentos esperando que eu fizesse
algo ruim suficiente para ele ergue a merda da arma.
Comecei a pensar em James, se ele
conseguiu sair do local sem nenhum tipo de dano. Que ele conseguiria sair isso
eu sabia, mas em que condições não e isso me preocupada. Pensei em Katrinna e
Alanna se também conseguiram sair a tempo. Os equipamentos eram o de menos,
custavam caro e repor tiraria dinheiro do nosso bolso, mas nada que não pudesse
ser recolocado. Pensei em Chris e por alguns segundos pensei até mesmo em Anne,
claro que não passou de meros segundos e para ser bem sincera eu pensei como
Chris iria se sentir caso ela fosse morta ou presa. Procurei eu celular nos
bolsos e o amigo do motorista de olhos claros apontou a arma para mim.
- O que você está fazendo? –
perguntou. Ele tinha uma voz bem grave.
- Procurando meu celular. Abaixe
essa arma agora. – falei calma e baixa. Ele não abaixou a arma e aqui me
incomodou. – Abaixe a arma agora. – disse firme.
- Abaixe a arma Chaz. – falou o que
estava dirigindo. Respirei fundo e continuei a procurar pela calça e casaco,
mas não encontrei.
- Merda. – murmurei. Já estávamos
bem longe do galho quebrado e estávamos entrando na área de classe média da
cidade. Esperei até que ele passasse o mais perto do centro para manda-lo parar
o carro.
- Não vou deixar você aqui, é
perigoso.
- Tá de brincadeira né? – não pude
a grande risada que dei. – Não sou uma adolescente indefesa que não sabe de
cuidar. Pare o carro agora.
- Não vai dar princesa. – ele fala
sem me olhar.
- Se não parrar salto com ele em
movimento. – em resposta escutei as travas das portas sendo ativadas.
- Para o carro agora. – disse
começando a ficar seriamente estressada. Para piorar ele não disse nada e eu
com minha impaciência e doida para bater nele ou faze-lo sofrer um acidente
peguei no volante girando de um lado para o outro. – Deixe-me descer agora!
- Pare de fazer isso sua maluca,
vou bater o carro! – ele gritou comigo.
- Abre a merda da porta agora! – gritei
de volta. Girei com toda minha força para a esquerda e ele deu uma tapa forte
no meu rosto me fazendo ir para trás. – Filho da puta! – dei um soco em seu
rosto. Ele levantou a mão para me bater de novo, mas peguei sua mão torcendo o
dedão e com minha outra mão livre empurrei a cabeça dele contra o vidro da
porta do carro com força.
- Pare de fazer isso sua vagabunda!
– ele disse raivoso. Logo senti uma pancada na minha cabeça que me fez perder os
sentidos por pelo menos um minuto. O amigo dele, Chaz, tinha me acertado.
Quando enfim a moleza tinha passado eu vi pelo retrovisor de fora um carro
muito conhecido por mim. Dei uma leve risada.
- Está rindo de que? – perguntou
Chaz. Não respondi nada deixei que James respondesse.
Ele ultrapassou o carro de Chaz e
seu parceiro e freou o carro fazendo com que o motorista do meu carro fresasse
também. Logo o carro de James acelerou absurdamente e ele fez um drift parando o parou de lateral. Meu
carro foi freado bruscamente me fazendo ir para frente e quase bater com a
cabeça no vidro. James saiu do carro apontando duas armas para o carro e logo
vi Alanna e Katrinna também saírem do carro e para minha surpresa Chris
apareceu também e eu pude ver uma mancha bem grande de sangue na sua blusa. Ele
tinha levado um tiro e mesmo assim estava ali apontando uma arma para o carro
do meu inimigo.
- Se eu fosse você abriria a porta
desse carro. Para o seu bem sabe. – cruzei os braços. Ele pareceu avaliar as
opções e decidiu destravar a porta. Ia abrir a porta para sair, mas ele segurou
meu braço e meus pelos do braço se ouriçaram.
- Meu nome é Justin, a propósito. –
ele sorriu. Não fiz nada apenas sai do carro.
- Peguem o anel. Tem um amiguinho
com ele no carro. – Katrinna e Alanna foram pegar e James me abraçou forte
beijando minha testa.
- Você está bem? – murmurou no meu
ouvido. Apenas assenti com um movimento positivo apesar da dor de cabeça forte.
Dei um selinho nele e fui em direção a Chris que estava encostado no carro com
dor.
- Chris precisamos lhe levar para
um hospital rápido. – o sague tinha praticamente tomado conta da blusa toda.
- Eu estou bem. – ele colocou a mão
ensanguentada no meu pescoço. Fez feição de dor.
- Não está não. – tentei levar ele
até o banco do carro, mas sozinha não conseguiria. – James me ajuda aqui. – sem
falar nada ele apenas ajudou. Coloquei-o sentado no banco da frente do carro e
pedi para que James fosse ver logo as coisas com as meninas para irmos logo a
um hospital mais próximo.
Assim ele fez e eu fiquei com Chris
e seu sangramento não parava o que me deixava muito aflita. Se ele perdesse
sangue demais desmaiaria e isso só complicaria as coisas. “Rápido” gritei para
eles. Pude escutar barulhos de socos e armas sendo destravadas. Logo Katrinna e
Alanna entraram no carro ainda mirando neles e James entrou no banco do
motorista eu coloquei Chris o mais confortável possível e entrei atrás com as
meninas. James não economizou o pé no acelerador.
Chegando ao hospital eu não esperei
nem James estacionar direito. Abri a porta e depois a dele ajudando ele a sair
do carro, logo Katrinna veio me ajudar a subir as escadas com ele. James veio
correndo e tomou meu lugar passando o braço de Chris pelo pescoço e Katrinna
nem precisou mais ajudar. Assim que entramos com ele na emergência dispuseram
uma maca e logo enfermeiros correram para atendê-lo. James me abraçou
confortando-me.
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Gente, uma perguntinha.
O que vocês esperam dessa fic?
- Dricka.
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