INTROMETIDO - PARTE I
O toque do celular era irritante
aos meus ouvidos. Deus amaldiçoe a vida desse mal amado que me ligaste essa
hora da manha. Resmungando uns bons palavrões e me arrastando para o outro lado
da cama eu atendi o bendito barulhento.
- Quem é o filho da mãe que me
perturba essa hora da manhã?
- Manhã? Cherry já são duas da
tarde e você ainda dorme.
- Mãe você está viva? Ou é uma
reencarnação? Ou será meu patrão do trabalho? – disse com a voz rouca por conta
de acabar de acordar. – Ah é, eu sou meu próprio chefe, então porque alguém me
perturba mesmo?
- Porque temos que treinar na
simulação. Já era para você está aqui há duas horas. Katrinna está
irritadíssima! – bufei.
- Eu mandei uma mensagem ontem há
noite dizendo que só iria fazer a simulação de noite. Tive problemas com um dos
compradores e tive que ficar até de madrugada fazendo um acordo.
- Mas conseguiu o que queria? –
como sempre duvidosa.
- Alanna eu sempre consigo o que
quero.
- Como sempre. Que horas vem para o
galpão?
- A qualquer hora. – desliguei por
fim.
Não tinha jeito, teria que
levantar. Fui arrancada de um sonho com Ashton Kutcher quando estávamos prestes
a nos beijar. Desliguei o ar-condicionado e entrei no banheiro para um banho
renovador. Eu não fazia o tipo que dormia com camisola ou pijama, eu apenas
dormia de calcinha – isso quando me lembrava de coloca-la, quando não, dormia
como vim ao mundo. Entrei na banheira já cheia e com meus sais de banho a
postos. Liguei o radio do banheiro com o controle e na rádio tocava “Diamonds –
Rihanna”. Cantava enquanto brincava com a água da banheira. Dorotéia – minha
empregada de mais confiança que estava comigo há quase seis anos – entrou no
banheiro como de costume pelo menos uma vez na semana para levar a roupa suja
para lavar. Ela já estava acostumada e me encontrar no meio de um desses banhos
então nem ligava mais. Lembro-me claramente da primeira vez que isso aconteceu
e ela ficou pedindo desculpas o dia todo e, no final do dia veio até meu
escritório perguntar se estava demitida. Brasileiríssima como minha mãe, eu
acho que é por isso que me sinto a vontade com ela. No final Dorotéia é como
uma mãe para mim.
- Dori – como fui acostumada a
chama-la. – que tal preparar um daqueles tacos que só você sabe fazer? – Dori é
especialista em culinária latina que é uma das minhas paixões.
- Você comeu tacos ontem, criança.
- E quero comer hoje também. Por
favor, quero com bastante queijo. – ela respirou fundo.
- Não acha melhor comer comida de
verdade? Vem comendo irregularmente o mês inteiro. Deve estar até com sua
anemia atacada. – ela agachou-se até mim e olhou nas minhas pálpebras
inferiores. – Está completamente branca Cherry. – revirei os olhos, por isso digo
que ela é como uma mãe.
- Oh meu Deus, vou morrer! –
dramatizei colocando a mão no coração.
- Irei fazer um feijão com
beterraba para você. – disse por fim deixando o banheiro.
- Dorotéia… - reclamei.
- Nem mais um pio Cherry.
- PIO! – gritei.
- Cale a boca passarinha. – não
pude conter a risada.
Minha bunda estava quadrada naquela
poltrona no escritório. Fazer um negócio no mercado negro era mais difícil do
falavam. Pelo menos quando se negocia com gente da alta inquisitória. Pessoas
que está há muito tempo, mais tempo que eu, mais tempo que qualquer pessoa. É
tempo demais para qualquer cidadão. Nesse ramo se não souber exatamente com que
pessoa faz negocio e qual confia, você pode ver o dia nascer quadrado dividindo
a cela com mais três mulheres pelo menos. Tem sempre que estar um passo a
frente e ser mais esperto. Já tinha feito umas seis ligações e recebido oito
sobre a compra de um vaso chinês centenário. Não entendia como coisas como essa
podiam ser tão valiosas. Uma velharia!
O pior de tudo é um objeto valer
mais que um ser humano. Já vi pessoas morrerem por artefatos preciosos como
este vaso chinês que se encontra na minha frente. Não sabia de fato seu
precedente, mas de fato tinha sido de uma família importante e o vaso foi
passado de geração para geração por dezenas e até centenas de anos.
Nesse momento naquele cofre onde
encontrei meu precioso, encontra-se uma réplica idêntica do vaso.
O mesmo irá a leilão em um pouco
mais de um mês.
- James? – pergunto assim que uma
voz grave soa do outro lado da linha.
- Quem deseja?
- Cherry Bomb, caso ele ainda se
lembre de quem é.
- Como poderia me esquecer? Sonhei
com você essa noite Princesa. – informou.
- Provavelmente deve ter sido algo
erótico, só pensa em sexo. Não sei por que não mora logo em um puteiro.
- Eu não gosto de comer putas e
você sabe bem disso. Por outro lado gosto das santinhas, essas são as piores. –
podia ouvir seu sorriso safado.
- Então porque fica me perturbando?
Não sou santa, era para você gostar de Alanna não de mim.
- Secretamente tenho uma paixonite
por mulheres ladras de preciosidades. – era sempre assim, sempre falávamos de
alguma forma que ele gosta de mim. Não me incomodo, pelo contrario. James é
perfeitamente lindo. E já era costumeiro.
- Você é um idiota.
- E você um diabo, ou devo dizer
diaba?
- Cuidado posso te levar para o
inferno querido.
- Creio que já me levou Princesa. –
e essa era uma das poucas vezes que eu não sabia o que dizer. – Adoro esses
momentos em que consigo deixa-la sem fala.
- Não os suporto. – ele gargalhou
do outro lado da linha.
- São quase quatro da tarde, se bem
te conheço, está enfurnada no escritório e as meninas estão tento o trabalho
pesado no galpão.
- Trabalho pesado? – soltei uma
risada. – Eu que resolvo todas as vendas, eu que vou aos encontros. Eu que
coloco minha cara a tapa, e você me diz que elas são quem tem o trabalho
pesado?
- Você só se arrisca mais Cherry.
Mas elas é que tem o trabalho de equipar as máquinas, achar prédios abandonados
com estrutura parecida com a dos bancos. Criar toda a situação, roubar o sinal
das câmeras, entre outras coisas, amorzinho.
- O quê? – não pude crer. – James
eu vou desligar, é bom que esteja no galpão antes de mim, se não…
Concordo que as meninas tem um
grande trabalho em organizar tudo, mas o que eu faço é muito mais importe. Sem
mim elas estariam perdidas (não quero me gabar, mas é a pura verdade). Eu quem
me arriscava e fazia as transações. James era um aproveitador, ele sim não
fazia merda alguma. Raramente ajudava as meninas, e a única coisa que fazia de
útil era me dar cobertura nos roubos. Um ótimo atirador, apesar de que nunca
tivemos que usar uma bala, nós levávamos armas apenas por precaução.
Meu celular tocou novamente eu já
ia atender e xingar James quando vi que era Alanna no visor. Cocei os olhos e
recusei a chamada mandando uma mensagem rápida depois. Levantei da minha
poltrona extremamente confortável e fui até a cozinha pegando um energético.
Voltei ao escritório e peguei uma arma colocando no cós da calça na parte de
trás. Passando pelo hall da casa Dori estava e braços cruzados na porta
principal impedindo minha passagem. Respirando fundo pedi para que ela me desse
licença educadamente.
- Comeu a comida toda, Cherry? –
ela me desafiava com o olhar.
- Comi sim, Dori. – eu omiti, eu
comi só um pouco.
- É mesmo? Então porque achei isso
no lixo, Cherry? – ela exibia em sua mão um saco de lixo onde eu joguei a
comida com o prato e tudo. Não eu não sofria de bulimia ou algum distúrbio
alimentar, é só que eu não sentia fome, e quando sentia eu não gostava de comer
comida com todas as letras, preferia uma besteira de fast-food. Sorri para amenizar o esporro. – Eu cansei de brigar com
você por conta disso Cherry, se você quer ser tratada como uma criança, assim
será. – depois disso ela saiu da frente da porta indo em direção á cozinha.
Cuido disso depois, ao menos ela
não deu seu discurso de duas horas de o quanto isso faz mal para mim. Sai e fui
para a garagem pegando minha moto – uma Ducati
Diavel Carbon com detalhes em vermelho. O galpão ficava nos arredores da
cidade, na parte mais afastada e longe da civilização possível. Levava pelo
menos 1 hora de moto desviando do transito desgovernado dessa cidade, nisso em
boa velocidade. De carro era quase 2 horas e uns quebrados. Sempre optávamos
por ir de moto, por ser mais rápido. Entrei na estrada de terra e agora seriam
penas mais 15 minutos.
Desliguei a moto quando cheguei ao
meu destino e tirei o capacete, levando-o comigo. Parei em frente à porta dupla
e grande blindada e andei para o lado esquerdo para me identificar. Coloquei a
senha o painel e logo depois coloquei meu polegar para identificação digital. A
luz verde acendeu e em seguida a porta dupla se abriu o suficiente para que eu
passasse e depois fechasse. Andando mais adentro do galpão tive a típica visão
de sempre. Alanna nos computadores e Katrinna nos carros. Não vi James em
nenhum lugar, e nem mesmo no setor das armas como ele ficava de costume. Ele
vai se ver comigo.
- Olha a princesa decidiu sair do
castelo Alanna. – Katrinna logo criticou.
- Olha a princesa está pálida de
ruim. Parece que está prestes a desmaiar. – Alanna me olhava franzindo.
- Parem de me chamar de princesa,
que merda!
- Quando James a chama assim, você
não reclama. – dei um olhar matador para Katrinna.
- Não me diga que você e ele… -
Alanna esperou que eu protestasse, mas como não disse nada ela arregalou os
olhos e colocou a mão na boca. – Oh meu Deus, Cherry não pode ser…
- Ah garota cale a boca, até parece
que você não sabia, estava na cara. – Katrinna cruzou os braços na altura do
peito e me encarava. Por alguns segundos jurava que vi raiva nos seus olhos que
rapidamente sumiram.
- Não que eu deva satisfação da
minha vida para vocês, porque não devo. Mas para matar essa necessidade das
duas, eu e James já ficamos algumas vezes.
- Mas vocês ficaram… ou FICARAM. –
ela ressaltou o ultimo ‘ficaram’.
- Se você quer fazer se já fomos
para cama, sim, nós já transamos. Mas qual é a utilidade de vocês saberem disso
tudo mesmo? – comecei a ficar na defensiva. Odeio quando as pessoas ficam
insistindo em assuntos relativamente pessoais.
- Nada… - respondeu apenas Alanna.
– Mas vendo como uma pessoa sem nenhum interesse pessoal nisso, apenas um
observador… qual é o tamanho do pênis dele?
- O quê? – não acreditei nos meus
ouvidos.
- Ah, só me diga se é normal,
pequeno ou grande. Claro sem nenhum interesse pessoal. – Alanna voltou a
ressaltar e eu não pude conter a gargalhada que dei. Essa menina é uma safada
mesmo.
- O que é normal, pequeno ou
grande? – perguntou James atrás de mim.
- Nada. – dissemos todas juntas e
ele nos olhou estranho e começamos a rir. “Mulheres…” ele disse e passou por
nós e eu fiz o tamanho do pênis com as mãos e as meninas colocaram as mãos na
boca impressionadas. Começamos a rir e ele olhou para trás e nós paramos de
rir. Ele voltou a andar em direção as suas amadas armas e a risada continuou
entre nós.
Não fazia ideia de quantas horas já
estávamos ali fazendo a simulação. Sei que já a concluímos umas cinco vezes
pelo menos. Na primeira, James disparou os alarmes colocando as mãos em um dos
lasers que protegiam o anel. Briguei afoitamente com ele, tinha repetido para
ele dezenas de vezes que não poderia tirar o anel direto. Teria que tirar por
cima. Sim, muito complicado. O anel ficava no centro de uma sala e um quadrado
cheio de lasers envolta dele. Não poderíamos pegar ele com os pés no chão. Isso
se Alanna não conseguisse desligar os lasers, caso contrario teríamos que fazer
desse modo mais difícil.
Cansada, finalizei as simulações.
Voltamos para o galpão e me joguei no sofá de couro preto que tinha.
- É uma pena não podermos pedir
para entregar uma pizza aqui. – Katrinna falou.
- Pizza, é tudo o que eu preciso
nesse momento. – Alanna concordou. Eu e James também concordamos nos olhando.
James é extremamente gato. Cabelos
na altura dos ombros e escuros como o céu as três da madrugada. Olhos na mesma
cor e uma boca relativamente fina. Uma barba mal feita que o deixa sexy. Sua
pele era de um bronzeado leve e natural, e tinha um corpo atlético. Ele me olhava
e eu conhecia esse olhar e posso jurar que o olhava do mesmo jeito. O querendo.
Alanna me olhou e depois olhou James, suspirou em desdém e logo levantou.
Katrinna olhou confusa e a mesma fez um movimento para que ela a seguisse.
- Estamos sobrando, vamos embora. –
Alanna pegou suas chaves na mesa e andou até a saída. – Vamos Katrinna, não
tenho a noite toda. – reclamou assim que viu que ela estava nos olhando torto.
– Você está sem veículo já que você fez o favor de bater os dois carros.
- Quantas vezes eu vou ter que
dizer que estava bêbada e decidi fazer um teste com o air-beg? Que droga! – ela seguiu Alanna saindo do galpão.
Meus olhos se voltaram novamente a
James que por sua vez não tirou os olhos de mim uma vez se quer. O verde de
seus olhos irradiava desejo e eu não me cansava de admira-los. Ainda mais
porque sabia que todo aquele desejo era direcionado a mim. Não foram muitas
vezes em que fui amada por James, mas foram vezes inesquecíveis de fato. O fogo
já estava acesso dentro de mim. Para evitar um movimento involuntário – como ir
até ele e beija-lo – eu deitei no sofá e suspirei fechando os olhos e colocando
as mãos acima da cabeça.
Eu não escutava nenhum barulho se
quer, nem mesmo da respiração de James e isso me levou a abrir os olhos.
Justamente nessa hora, James estava deitando-se em cima de mim me fazendo levar
um baita susto. Ele estava sério, sem nenhuma expressão no rosto. Os olhos
negros impenetráveis, como se ele tivesse montado um muro para que eu não
soubesse o que ele estava pensando. Eu tinha a habilidade de conseguir entender
o que os outros queriam apenas com um olhar, mas James era o único que
conseguia colocar essa barreira me deixando totalmente às cegas. Sem saber como
me comportar e acabando sendo eu mesma.
Sim, isso não acontecia com frequência.
Tirando o cabelo do meu pescoço
James depositou um leve beijo. Olhou-me e depois sorriu o sorriso que eu mais
do que ninguém conhecia, o sorriso tinhoso e safado. Ele percebeu que eu
havia-me arrepiado toda apenas com aquele pequeno beijo, mas para me defender o
pescoço é o meu ponto fraco.
Os beijos partiram do meu pescoço
para minha bochecha e parando no canto da minha boca. Olhou-me mais uma vez e
pude me sentir corar, eu não gosto de fiquem me olhando muito, não assim tão
intimo e de tão perto. Não com aqueles olhos impenetráveis.
- Já disse o quanto gosto quando
fica assim? – ele perguntou do nada.
- “Assim” como?
- Tão menina, tão inocente. Tão…
você mesma. – virei o rosto para não encara-lo. – Eu gosto. Você fica tão
minha, Cherry. – ele voltou a beijar meu pescoço. – Poderia ser minha para
sempre. Oficialmente, Cher. – sussurrou no pé do meu ouvido. – Só precisa dizer
‘sim’, querida. Vamos diga… diga o que queremos. – eu estava completamente
arrepiada. Mas eu não queria nada sério, não agora. Não me sentia aberta a um
relacionamento sério. James é o maior gato, me tratava muito bem e em certos
momentos – momentos certos – era romântico. Mas dai eu entrar em algo sério,
dando satisfação aonde eu vou e o que deixo ou não deixo, era severamente mais
complicado. – Eu posso ser seu até quando você quiser, e você será minha
também. É só dizer uma palavra, apenas uma palavrinha e terá tudo. Então me
diga Cher… diga-me agora, por favor. Eu não aguento mais esperar.
- Apenas por essa noite James,
apenas essa noite. É tudo o que eu posso te dar. – olhei-o. Ele me olhava com
um pouco de decepção, mas ainda assim eu vi a chama do desejo lá dentro. Mas
logo o muro apareceu me bloqueando novamente. – Só posso ser sua esta noite.
Ele afundou novamente o rosto no
meu pescoço e mordeu um pouco forte fazendo com que eu trincasse minhas unhas
no seu braço. Ele pareceu não sentir a dor causada pelas unhas e levantou meu
corpo passando a mão por baixo dele.
- Então, assim será querida.
James me surpreendeu me pegando no
colo. Entrelacei minhas pernas em volta da sua cintura. Ele sentou no chão com
as costas apoiadas no sofá. Fiquei em seu colo e James como um típico
dominador, puxou meu cabelo para trás fazendo meu pescoço ficar totalmente
exposto a ele. Beijos e sugadas seguida por lambidas eram postos ali de uma
forma avassaladora. Arfadas e leves gemidos eram os únicos sons do local de
ambas as partes. Soltando meu cabelo sua língua invadiu minha boca
desesperadamente. James tinha uma língua particularmente grande do meu ponto de
vista e isso favorecia demais a ele quando explorava minha boca. O costumeiro
gosto de hortelã estava forte na sua boca e isso me deixava doida de tê-lo
ainda mais.
Meus quadris se mexiam
espontaneamente. Tirei a blusa de James mais rápido possível, eu precisava
sentir sua pele em minhas mãos. Uma pele morena e músculos a mostra me levavam
a loucura, especialmente os músculos muito bem definidos dele. Não controlei a
vontade de arranhar aquele corpo e James arfou forte. Antes mesmo de eu pensar,
James já tinha rasgado a blusa totalmente deixando meu sutiã vermelho com renda
a mostra.
- Sabia que vermelha é minha cor
favorita? – ele perguntou parando para respirar um pouco.
- O volume na sua calça deixou isso
bem claro. – sorri safada.
- Eu estou explodindo.
- Estou complemente molhada.
James apertou minha cintura contra
o volume do jeans e isso me fez gemer. Joguei-me contra ele e mordi o lombo da
sua orelha e puxei seu cabelo, em resposta ele esfregou meus quadris. Suas mãos
foram até minhas costas e habilidosamente abriram meu sutiã. Terminei de
tira-lo e não tive tempo de fazer nada, James simplesmente abocanhou um deles
soltando um longo gemido e agarrou o outro com a mão massageando-o. A mão livre
foi para minhas costas novamente e forçou meu tronco para frente para que meus
seios fossem completamente devorados. Minhas reboladas estavam cada vez mais
intensas e eu sabia que nesse ritmo eu não duraria muito tempo.
Com dificuldade por conta dos
espasmos que começaram a surgir no meu corpo, abri o cinto e a calça. E fui
saindo de cima do colo de James. Ele subiu um pouco os quadris e eu puxei a
calça junto com a cueca. James me olhou atrevidamente. Sem esperar ele já
estava em cima de mim e estávamos deitados no tapete de pele de urso. Era a vez
de ele tirar minha roupa e foi tão rápido quanto eu, tirando com calcinha e
tudo.
Os beijos de James estavam subindo
pela parte interna da minha cocha e eu já não conseguia conter os gemidos. A
língua invadiu minha intimidade com tudo e eu gritei, gritei de prazer. Isso
foi musica para os ouvidos de James que apertou ainda mais o rosto – mais
especialmente a língua – contra meu ponto mais frágil. Foram questão de
segundos – ou lambidas – e eu meu líquido desceu com força máxima. James fez
questão de engolir tudinho.
Minha respiração estava mais
acelerada do que nunca quando sem direito a intervalo James me invadiu.
- James… meu Deus. – gemi.
- Isso, geme meu nome. Chame-me
Cher… isso me deixa louco. – ele enterrou o rosto no meu pescoço enquanto dava
entocadas fortes. – Estou alucinado, Cherry.
- Oh, baby. Sim você é meu homem,
James. Esta noite faço o que você quiser. – sussurrei no seu ouvido.
Ele gemeu em sequencia e a
velocidade com que saía e entrava em mim era absurda, e logo ele chamou meu
nome de uma forma tão rouca e animal e ai eu sabia que ele havia chegado a seu
ápice.
O som das nossas respirações
dominava o local. James foi para meu lado e me puxou para me aconchegar em seus
braços e assim eu fiz. Deitei com a cabeça no peito dele e o mesmo abraçou meu
corpo. Nenhum de nós dizia nada depois de uma relação amorosa, já era
costumeiro e eu estava quase pegando no sono mesmo.
- Dorme meu amor, eu ainda vou
estar te amando amanha de manhã. E você ainda vai me amar Cher. – foi a ultima
coisa que escutei ainda com consciência.
Com os sentidos do corpo de volta a
mim podia sentir que estava no sofá de couro. Tinha um cobertor por cima do meu
corpo nu e um travesseiro confortável na minha cabeça. Abri os olhos aos poucos
sem saber o quanto de claridade eu ia encontrar, mas só a luz na área da
mecânica estava acessa iluminando o suficiente para não afetar meus olhos.
Olhei em volta e não vi sinal de James.
Fui até o pequeno banheiro e tomei
um banho apenas para acordar e tirar o suor do sexo do corpo. Algumas vezes eu
dormia no galpão, ai eu pedi para colocarem um chuveiro. Enrolei-me na toalha e
sai do banheiro indo até o armário que era como aqueles de colegial, e pequei
uma muda de roupa que eu sempre deixava ali por precaução. Coloquei uma calça
preta e uma blusa vermelha, fiquei descalça mesmo. Ouvi os portões se abrindo.
- Trouxe café da manhã. – ele
suspendeu os braços com duas sacolas. Sorri.
- Sempre tão prestativo.
- É um dom.
- Por falar em dons, você tem o
típico dom de chegar atrasado e chegou ontem também. E eu sempre como uma
cumpridora de palavras disse que você ia se arrepender. E vai. É bom descansar
bastante hoje, pois amanhã meu amor, você vai suar a camisa. – peguei as
sacolas e coloquei na mesa olhando o que tinha dentro.
- No momento eu não me arrependo de
nada. – ele beijou meu pescoço e eu não evitei o sorriso.
- O que você trouxe? – me esquivei
um pouco.
- Trouxe Nachos, cupcakes, wafflers. Cappuccino, suco de laranja e
achocolatado.
- Nada de tacos? – perguntei
triste.
- Não sabia que queria tacos,
desculpe baby. – fiz um movimento qualquer para dizer que não tinha problema. –
Espera comer tacos de café da manhã? – fez cara feia.
- Um vício. Ultimamente é só o que
quero comer. – abri a caixinha de cupcakes e peguei um com glace de cor roxa.
- Bom saber… mas só trouxe isso
mesmo. Vai ter que comer. – falou rude.
- Já estou comendo, querido. –
disse sarcástica.
O silêncio se instalou. Na verdade
eu não estava muito para conversar, era bom que fosse rude. Eu adorava isso no
James, ele era romântico e gay só quando necessário. Por exemplo, ontem e agora
trazendo o café da manhã. Não foi bem romântico, mas ainda assim foi algo.
Comi mais alguns cupcakes e um
pouco de wafflers. Tomei o achocolatado quase todo e quando fui pegar um pouco
de nachos, James foi ao mesmo tempo em que eu e nossos dedos se tocaram. Olhei
para ele e desisti dos nachos. Ele empurrou o pratinho pra mim, mas eu empurrei
de volta a ele. Ele bufou pegando um pouco e enfiando dentro da minha boca com
brutalidade.
- Se eu quisesse eu pegava James. –
falei aborrecida.
- Você não tem que querer, eu não
gastei dinheiro atoa. – ele pegou mais nachos e empurrou na minha boca. Dei uma
tapa na mão dele e o nacho caiu no chão.
- Então coma você mesmo.
- Mas eu comprei para você. – ele
me encarava, estávamos rosto a rosto.
- Qual é o problema? – eu não
estava entendendo porque ele estava tão ignorante comigo. Isso sempre acontecia
quando estávamos perto de um roubo. Ele suspirou pesado e sentou-se novamente
na sua cadeira sem responder a mim. – Eu te fiz uma pergunta James!
- Problema é seu.
- Meu Deus! O que eu te fiz? Porque
ficou tão rude de repente? Sei que você não é um amor de pessoa quando estamos
fora da cama, mas também nunca me tratou assim cara. – fiquei inconformada com
ele, e tudo o que ele fez foi virar o rosto. – Tá bom então.
Levantei e fui até meu casaco e
coloquei. Peguei as chaves e o capacete da moto, estava prestes a abri o portão
quando James segura meu braço e puxando para trás.
- Não vá. Desculpe. – ele disse
olhando nos meus olhos.
- Vai me contar o que está
acontecendo?
- Não. – virei novamente para sair.
– Eu não posso…
- Por quê?
- Porque não Cher, eu não posso.
Estragaria tudo.
- James… se você não me falar eu
vou passar por essa porta e pode esquecer tudo. – não que tivéssemos algo
realmente, algo oficial. Mas acho que algumas coisas deviam ser levadas em
consideração.
- Cher, você não entende. Eu não
posso simplesmente te contar, você não me olharia mais do mesmo jeito. – eu
podia ver a tortura nos seus olhos.
- Eu te prometo que tudo continuará
como sempre foi. – e iria mesmo. Ele respirou fundo e me puxou até o sofá.
- Cher, se você não percebeu eu
fico assim sempre que estamos perto de um roubo…
- Sim eu já percebi isso. –
interrompi.
- Só me escute ok? Não fale nada. –
apenas acenei com a cabeça. – Cher, eu gosto de você. Eu amo você Cherry. Antes
eu achei que era uma atração idiota, mas não é. É amor. Eu não quero que você
corresponda se não sentir o mesmo, e eu sei que não sente. Mas eu a amo. E eu
fico com o cu na mão quando saímos para roubar algo. Eu tenho medo de perder
você Cherry. Se pegar você algum dia, eu n sei oque eu faço. Tenho medo que se
machuque. – ele abaixou a cabeça e passou as mãos no cabelo.
Eu não tive reação de imediato, eu
ainda estava tentando entender o que realmente tinha acabado de acontecer. Ele
tinha acabado de se declarar? Eu devia dizer algo sobre o amor dele? Ou devia
simplesmente ignorar? Outras perguntas começaram a se formar na minha cabeça e
eu tratei de deixa-las no fundo da consciência e pulei para o colo de James e
levantei a cabeça dele com minhas duas mãos o fazendo me olhar. Tirei o cabelo
de seu rosto e beijei sua boca.
- Ei, nada vai acontecer comigo ok?
Nada vai acontecer e sabe por quê? – ele negou com a cabeça. – Porque você vai
estar lá para me proteger e cuidar de mim. Não vou me machucar, e nem ser pega
porque você não vai deixar James. Você vai deixar?
- Nunca! – ele segurou na minha
cintura.
- Então não tem o que temer amor. –
ele me puxou para um beijo extremamente apaixonado.
Meu celular tocou, mas eu o ignorei
e continuei beijando James. Logo a ligação caiu na caixa postal e novamente
voltou a chamar. Relutante eu parti o beijo e vi no visor Alanna. Atendi.
- Fala Alanna.
- Vai ser hoje à noite. Prepare-se,
avisa ao James. – ela disse apenas e desligou.
- Quem era? – perguntou James.
- Alanna, o roubo vai acontecer
hoje à noite.
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Ai ninguém comentou no prólogo, acho que vocês não gostaram :(
Bem ta ai mais um capítulo, só estou postando porque não fui para a escola.
- Dricka.
(o próximo deve sair sábado ou domingo)
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