Eu queria mudar isso, querida fazê-la feliz como a alguns anos atrás. Mas já que eu a incomodo tanto não acho que seja o certo continuar tentando.
Entrei no estacionamento do meu prédio no Brooklyn, e logo encontrei uma vaga onde estacionei o carro e diversos suspiros sai do estacionamento indo em direção a escada. Parecia que algo faltava em mim, era como se eu tivesse perdido algo e uma estranha tristeza me possuía inteiramente. Não sabia se era somente porque já não podia fazer Lisa feliz ou se era porque não me sentia o suficiente. Lisa diz que eu afasto as pessoas, diz que meu modo extremamente reservado faz as pessoas acharem que eu me sinto superior. Superior? Céus eu moro em um apartamento no Brooklyn, dou aula em uma única universidade e com meu salário mal da para leva-la em um bom restaurante no centro da cidade. Uma coisa que não me sinto é superior, é bem ao contrário, vivo sempre com essa sensação estranha de inferioridade, vivo sempre com essa estranha sensação de estar pedido. Tenho quase trinta anos e nunca fiz nada realmente marcante em minha vida, mas eu não sei se posso me arriscar a fazer. Após murmurar um “Boa noite” para o meu porteiro Acácio que estava quase a pegar no sono dentro da cabine por trás do vidro, e ser respondido com um breve “Boa Noite seu, Bieber” eu me direcionei até as escadas, meu elevador quase nunca funcionava. Era uma extrema raridade ver esse elevador funcionando, moro aqui a seis anos e só me lembro de ter entrado nesse elevador dez vezes, eu gostava de subir as escadas, meu apartamento era no quarto andar, era sempre cansativo mas eu gostava. Era meu tempo de pensar, pensar nas coisas que iriam acontecer no decorrer do dia, mas hoje, há hoje me emanava tanta preguiça e tristeza que a única coisa que me satisfaria seria esse elevador funcionando.
- Você não pode fazer isso comigo,Conrado –Gritara minha vizinha do apartamento ao lado quando em fim estava já em meu corredor.- Conrado por favor, eu sei que não estamos bem mas larga estas roupas aí homem. Podemos continuar mesmo sem dinheiro, não podemos voltar pro Chile. –Continuava Alexandra a gritar, por meses venho tendo de escutar essa gritara incansável de lamentações e brigas de Conrado e Alexandra. Nunca vi mulher como Alexandra, se Lisa um dia me apoiasse dessa forma eu seria o homem mais feliz do mundo. Eu podia em fim me sentir bem por estar com ela, e não certamente um fardo de quem ela esta obviamente cansada.
- E vamos viver do que mulher? Como vamos continuar pagando o aluguel? Quer morar de baixo da ponte? Ou tu vai comigo ou eu não lhe espero mais, fique aqui e morra de fome e vá parar em qualquer lugar de sem teto –Eu bufei e tirei minhas chaves do bolso chegando a minha porta, com toda aquela gritaria desse tal desistente de Conrado e essa sonhadora de Alexandra eu sabia que essa noite eu não dormiria tão sedo.
P.O.V Margo Campbell
Manhattan – 10:30 A.M
Balbuciei sentando-me naquela gostosa cama e cocei os olhos sentindo o sol inundar o quarto estranhamente grande do apartamento de Sthanley, a porta que dava de encontro a varanda estava aberta. Ao meu lado Sthanley não estava, mas isso não me importava, já tive oque queria por mais que tivesse custado ter de enrolar Shep por tempos. Lembro-me de poucas coisas da noite passada, mas me lembro de ter visto aquele homem em quem derramei margarita, ele tinha aquele olhar frio sobre mim, mas no momento eu estava bêbada de mais para me importar. Mas não pude deixar de notar que Shep havia chamado-o de professor, de repente meu interesse por ele havia aumentado intensamente. Há, professores, faz seis meses que não tenho um caso com um professor. E ele, é um dos mais bonitos que eu já havia me interessado. Levantei-me e pus minhas peças intimas, caminhei pelo quarto observando as coisas de Sthanley, ele tinha um enorme pote de camisinhas em cima de uma escrivaninha perto a sua cama, tinha um típico pôster de mulher nua colado na porta de seu quarto, mas estava arrumado. Havia alguns livros espelhados, e uma estranha estante repleta de livros, interessada caminhei até a estante e observei os livros. Alguns tinham nomes estranhos, era uma língua desconhecida por mim, havia também várias revistas de mangas. Mal passava por minha cabeça que alguém como Sthanley tinha uma prateleira só com mangas. Revirei os olhos e me virei ao ouvir a maçaneta da porta, Sthanley adentrava no quarto com seus braços torneados a mostra em uma camiseta, ele estava suado e eu diria que havia saído pra correr.
- Bom dia. –Ele disse em um meio sorriso tirando a camiseta, quase me fazendo babar com tudo aquilo, segurei meu queixo.
- Bom. –Suspirei
- Quer sair pra um café? Minha empregada não costuma vir aos domingos, se ela viesse eu até pediria para ela lhe trazer seu café na cama.
- Não me leve a mal mas... –Molhei os lábios, há, porque ainda havia caras que me ofereciam café da manhã? Era engraçado, mas certamente eu gosto de fugir disso. Digamos que sou uma versão feminina de todos os cafajestes das histórias de livros românticos. - Eu não... Costumo tomar café da manhã, sabe, isso inclui conversa e eu no momento estou fugindo disso.
- Então não vou te ver mais? –Ele sorriu divertido, eu caminhei até a cama pegando meu vestido.
- Não costumo repetir a dose, assim não a preocupações. –Comecei a por meu vestido enquanto ele ainda olhava-me divertido.
- Você esta ciente que me usou senhorita, Campbell? Como um objeto sexual?
- Estou –Disse rápido terminando de por meu vestido- E não finja que eu não te poupei uma desculpa qualquer. Sei que sua intenção não é meu numero.
- Você não vai por o pé pra fora do meu apartamento enquanto não me deixar te levar para um café, se tu tens uma regra eu também tenho. –Ele sorriu, eu o olhei desinteressada
- Eu não vou, e mesmo que quisesse eu não iria a lugar algum com esse vestido e esses saltos.
- Podemos fazer algo na cozinha.
- Oque esta pretendendo Cliford? –Olhei-o com os olhos semicerrados, ele continuou a gargalhar.
- Primeiro eu quero que quebre mais uma regra transando comigo novamente agora no banho, você ser como eu me deixou com vontade de arrancar-lhe a roupa, segundo você toma um café comigo e esta totalmente livre.
- Por que acha que eu aceitaria isso? –Ergui uma sombra-celha.
- Sei que essa é a sua vontade.
- Há ... –Desci novamente meus olhos para sua barriga desnuda e mordi o lábio inferior dando de ombros- Que se dane eu nunca criei regra nem uma mesmo. –Me levantei indo a até aquele ser cheio de testosterona e tatuagens.
* * *
13:00 A.M Mansão Campbell
- Você sabe o quanto deixou sua mãe preocupada, Margo? Você deixou sua irmã de dezesseis anos voltar sozinha de uma festa, e simplesmente sumiu, você tem noção do quão irresponsável foi, Margo? –Sentada tive que ficar a ouvir papai gritar para não perder meu cartão de crédito.
- Eu tenho dezenove anos e sei que posso fazer oque eu quiser, é a lei, enquanto a Bonnie, pouco me importa ela sabe se virar sozinha. –Ele parou a minha frente mais do que enfezado, uma mão pausada na cintura e a outra em sua testa. Eu estava cansada daquilo, cansada de ter de dar explicações, mas ele se recusa e me pagar um apartamento, se recusa a acreditar que eu cresci e que preciso viver sozinha.
- Onde você estava?
- Não vou repetir que tenho dezenove anos.
- E eu não vou repetir que se não me disser vai voltar a morar com sua tia em Dallas. –Gritou ele, eu respirei fundo cruzando minhas pernas. Mamãe na poltrona a minha frente certamente incomodada com todo aquele nervosismo de papai atreveu-se a dizer
- Querido não é pra tanto.
- Oque? –Ele se virou bruscamente para ela- Como não é pra tanto Aurora? Esta garota não tem jeito, nunca para apenas com um rapaz, nunca esta vestida de maneira apropriada, mal sabe oque pretende fazer da vida, quer se mudar, mas mal sabe em que quer se formar. Se ela esta vivendo com o meu dinheiro ela me deve explicações
- Você não precisa ser tão severo querido, ela chegou não faz nem uma semana. –Continuou ela, eu balbuciei entediada com todo aquele drama.
- Por isso mesmo, ela mal chegou e já esta sumindo de casa como filha de família qualquer, ela não é de uma família qualquer Aurora, ela não pode agir dessa forma como se ela não tivesse um pai. Oque diriam meus sócios? Oque diriam todos a nossa volta quando souberem que mal tenho domínio sobre minha própria filha? –Ele se virou para mim.- Onde você estava?
- Com Shepley –Revirei os olhos
- O filho dos Stevs? –Ele relaxou brevemente a face, eu olhei para minhas unhas balbuciando.
- É, o filho dos Steves.
- Isso não justifica seu sumiço.
- Quer que eu justifique em todas as letras o motivo? –Levantei os olhos para ele.
- Não me provoque Margo, eu estou prestes a lhe mandar pra Dallas –Ele caminhou de um lado para o outro impaciente- Você esta proibida de sair sem me dar explicações entendeu? Mas uma dessas e eu te mando pra Dallas.
- Posso subir agora?
- Vai, Margo. Vai logo. –Ele grunhiu entre dentes, eu contentei a vontade de revirar os olhos e me levantei. Sem nem uma pressa.
* * *
07:30 A.M – Centro universitário
Enfim chegando aqueles corredores, eu percebi os mesmos alunos de sempre, havia alguns que eu não conhecia, e nem era da cidade, passar a droga do ultimo ano fora da cidade não me ajudou em nada, meus amigos estavam ali, aquele era o topo, e eu obviamente havia chegado nele.
- Margo -O time de futebol cumprimentaram-me em coro, e eu sorri parando no grupo deles, Brad, lançou-me uma piscadela e eu revirei os olhos -
- Oi meninos.
- Quando chegou, Margo? -Perguntou Bob que agarrava a bola embaixo do braço, oh lembro-me bem o quão agiu esse quarterback é. Pus uma mecha de meus longos cabelos para trás da orelha e sorri
- A alguns dias.
- Acho que não me conhece, mas vi você no jantar ontem. -Um garoto alto e com fortes braços disse-me saindo de trás de Brad eu não o conhecia mesmo.- Sou Kale
- Legal Kale, mas ninguém se importa. -Aquela voz soou tão quente em meu ouvido que quase senti minhas pernas tremerem. Virei meu rosto para olha-lo, e o mesmo estava ao meu lado, seu rosto se levantava em um sorriso cafajeste arranca calcinha. E todos do time que estavam encostados em seus armários com risadinhas baixas calaram-se com a chegada de Cliford, eu não entendia o porquê, eles olharam para ele como se estivessem com medo ou que respeitassem o mesmo.
- Preciso ir meninos, vejo vocês outra hora –Falei sem entender porque eu estava fugindo de Sthanley, acenei com as pontas dos para eles enquanto caminhava em paços rápidos para o mais longe dele. Apressei os paços e logo cheguei a minha sala, que era aula de literatura, eu ainda estava nos cursinhos normais, não consegui me decidir oque realmente queria cursar. Essa sou eu, confusa e extremamente perdida na vida, não sei se devo largar a faculdade e pegar todo dinheiro que conseguir e passar um ano viajando sem rumo pelo mundo, ou se faço advocacia e me torno uma advogada exemplar como papai quer. Eu realmente não sei oque pretendo fazer da minha vida, são tantas escolhas quando se completa 19 anos, eu não me importo com nem uma delas, mas eu tenho que fazê-las. Quase arregalei os olhos ao perceber ele, ele estava ali, de postura firme, seu suéter agora era azul, uma calça jeans escura pendida exatamente a sua cintura me fazia crer o quanto ele parecia ser aquele tipo de professor certinho. Olhei-o abobadamente enquanto ele falava de forma doce sobre um livro que ele dizia ter passado na sexta, Deus eu nunca me interessei tanto por uma aula como estou agora, tão vidrada naqueles olhos, tão embasbacada com aquele homem extremamente inteligente e lindo.
- Psiu –Ouvi alguém me chamar quando finalmente tirei meu material da minha Channel, me virei
- E ai, Gina? –Falei levantando meus lábios em um largo sorriso.
- Fiquei sabendo que esteve no jantar –Ela disse- Mal pude ir, Enzo me levou a um concerto.
- Enzo? Enzo Peterson? Não me diga que esta transando com um dos irmãos Peterson? –Sussurrei interessada
- Quem falou transando? Estou namorando. –Ela mordeu o lábio rosado.
- Com a empresa de sapatos que os pais deles possuem até eu viraria uma freira por eles –Não escondi um risinho
- Duvido, você mal chegou e fiquei sabendo que dormiu com o Sthanley. –Ela sussurrou- Seria um sacrifício ser uma freira no seu caso
- Como não me render a Sthanley, ele tem um olhar arranca calcinha que é impossível recusar qualquer coisa a ele –Ri baixinho
- Ele se faz de difícil, não fica com todas. Eu queria ter a sua sorte
- Bom saber disso. –Molhei os lábios, não estava dando a mínima para Sthanley mas era bom saber que ele era um cafajeste respeitado.
- Perdão minhas queridas, mas eu espero realmente que a conversa seja tão relevante a ponto das senhoritas ignorarem oque eu estou a explicar lá na frente -Me virei imediatamente sentindo a voz próxima do professor, caramba ele estava bem a minha frente, e os olhares atentos em mim e Gina, ele era tão gostoso que quase tive uma hemorragia nasal, segurei-me para não morder os lábios enquanto o olhava, ele agiu como se não me conhecesse e se no sábado eu não tivesse lhe dado um banho de Margarita. Seu olhar continuava frio
- Você não é minha aluna. –Vi sua sombra celhas se juntarem. Seus olhos castanhos fitavam-me firme
- Eu sou oque você quiser professor - Escorei meu cotovelo na carteira e mordi a tampa da caneta ouvindo alguns risinhos contidos nas cadeiras da frente.
- Se não é minha aluna eu presumo que não possa assistir à aula, ou melhor, atrapalhar aula. –Ele disse firme, eu continuei embasbacada.
- É meu primeiro dia, pois. Pode checar lá, sou Margo Campbell.
- Há sim –Ele abriu a boca como quem se lembrava de algo, porque ele agia como se eu não fosse ninguém? Qual era o problema dele?- Se é assim, eu peço que fique alguns minutos após a minha aula, me avisaram a poucos dias que a senhorita chegaria, tomei a liberdade de imprimir sua apostila.
- Se você quiser eu posso ficar até horas depois da aula –Continuei mordendo a tampa da caneta novamente ouvindo os risinhos, vi seus lábios se comprimirem demonstrando seu desconforto com o meu tom.
- Apenas não atrapalhe a aula senhorita. –Ele voltou ao seu posto e eu suspirei, até seu andar era bonito. Relaxei na cadeira deixando minha caneta de volta a mesa, e mordi o lábio dessa vez fazendo questão de prestar atenção na aula. Esse era o lado bom da universidade, era onde você podia desejar um aluno incrivelmente sexy como Sthanley, e ter fantasias logo em seu primeiro dia com um professor de literatura.
* * *
10 A.M. Nova York
Quando finalmente vi todos se levantando, eu peguei meu gloss dentro do estojo e passei-o nos lábios enquanto olhava-me no meu pequeno espelhinho que eu também levava no estojo –Nunca se sabe quando iremos ficar alguns minutos depois da aula com um professor tão lindo e inteligente-
- Quer que eu te espere, Margo? –Gina parou ao meu lado, só então eu percebi que com aquele vestidinho rodado e curto ela também tentava discretamente chamar a atenção do professor.
- Quero, preciso ir ao shopping - Limpei o canto dos meus lábios olhando-me no reflexo do pequeno espelho.
- Ok, te espero na saída do campus.
- Ok, agora eu vou conhecer me querido professor direito. –Sorri enquanto enfiava as coisas no estojo e também dentro da minha Channel. Levantei-me, concertei meu decote. Lá em baixo, na sua mesa ele estava disperso arrumando sua mesa, distraído com tanto trabalho que mal percebeu quando eu me escorei em sua mesa, sorri docemente quando ele levantou os olhos para mim.
- Margo Campbell –Ele forçou um sorriso, uma pitada de repulsa tinha seu tom
- Quanto repúdio - Fiz-me amuada.
- Aqui esta sua apostila - Ele empurrou às folhas guardadas em uma pasta rosa bebê a mesa, ele evitava olhar em meus olhos.
- Desculpe atrapalhar sua aula.
- Você não foi a primeira - Ele dessa vez levantou o rosto para sorrir.
- Obrigado por fazer isso por mim. –Peguei a pasta.
- Não fiz só porque foi pra você, eu só não gosto de atrasar meus alunos.
- Desculpe por derramar margarita em você –Continuei
- Não tem problema,o suéter já esta lavado. –Ele murmurou sem olhar-me nos olhos
- Mesmo assim... Eu queria me desculpar.
- Já disse, esta tudo bem, senhorita Campbell –Ele grunhiu ainda sem me olhar, aquilo estava sendo frustrante, ele mal olhou para meu maldito decote.
- Estava falando sobre Geoffey Chaucer, certo? –Murmurei agora tendo completamente sua atenção, o vi pegar um óculos em sua mesa e coloca-lo logo em seguida me fitou mas não olhou para meu decote, ele só podia ser gay.
- Como sabe?
- Deve ter ouvido falar do meu pai, nasci rodeada por esses escritores ingleses. –Murmurei, no entanto aquilo era uma grande mentira, li Geoffey Chaucer por vontade própria, há uma parte de mim que insiste em ser nerde e não convidativa, há uma parte de mim que conhece cada frase de livros de Shakespeare e cada frase de Voltaire. Mas não acho que gostar desses escritores possam me fazer ser alguém desejável, por isso preciso esconder essa parte.
- Certamente então tu não terás problemas em me trazer o trabalho sobre o livro Contos da Cantúaria na quarta. –Ele pois sua bolsa típica de professor por cima do ombro e concertou os óculos de forma extremamente encantadora.
- Claro, professor –Molhei os lábios, pensei que ele demonstraria desconforto com meu ato mas tudo que ele fez foi continuar me olhando. Ele era gay, sem dúvida
- Me traga uma resenha desse livro na quarta e te garanto pontos extras, ok?
- Obrigado professor. –Forcei um sorriso e apontei pra porta caminhando até a mesma, frustrada por ele estar sendo tão sério e certamente como um homossexual, quem resistiria a olhar para meu decote? Isso não tem uma explicação lógica- To saindo.
- Até quarta. –Ele abaixou os olhos. Concertei minha Channel no ombro e bufei saindo da sala, frustrada, era isso que eu estava, bastante frustrada. E eu não iria para as aulas seguintes porque droga, aquilo me deixou mais do que irritada, ele mal olhou em meus olhos ou meu decote, oque lhe custava um olhar? Creio que não seria muito, porque ele sorria bastante durante o período da aula dele, fazia piadas com o conteúdo e conversava com os outros alunos. Respirei fundo, eu precisava beijar alguém para acabar com aquela sensação de desprezo, eu me senti rejeitada, ninguém nunca me rejeitou antes, ninguém nunca evitou olhar para mim.
Meus cabelos louros e brilhosos faziam inveja a qualquer universitária, minhas pernas naturais e torneadas, meus lábios, meus olhos, meus seios, tudo em mim era convidativo. Por que diabos ele rejeitaria uma pessoa como eu? Meu corpo colidiu com outro duas vezes maior que o meu, fazendo-me voltar alguns paços, fiquei um pouco desnorteada com a pancada
- Hey, vai com calma minha flor –As mãos dele impediram-me de me estabacar no chão como uma bigorna.- Me desculpe, esta tudo bem?
- Qual é o seu problema? Esta me seguindo? –Grunhi impaciente para Sthanley
- Te seguindo? –Sorriu sacana- Por que eu faria isso?
- Só saia da minha frente.
- Qual é Margo, eu fui tão ruim assim? –Riu divertido, eu revirei os olhos.
- Já disse que evito qualquer contato com caras que eu tenha dormido, é uma regra que passarei a seguir estritamente a partir de agora. –Grunhi
- Porque esta tão irritada?
- Me recuso a continuar falando com você, eu pensei que estava falando meu idioma, mas parece que você não entende –Dei a volta pelo mesmo ouvindo-o gargalhar, respirei fundo ainda frustrada. Eu precisava beijar alguém mas esse alguém não podia ser Sthanley, ele esta querendo aproximação de mais, e a ultima vez que isso aconteceu resultou em seis meses em um apartamento de um francês sentimental.
Oi pessoal, então esse é o segundo capítulo, desculpem a demora, vou tentar postar com mais frequência, digam se estão gostando, preciso da opinião de vocês sabe? Bom, é isso até o próximo capítulo
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