30 de set. de 2014

Gavetas.

 Arrume as gavetas do coração. Com certeza tem muita coisa que pode ser jogada fora para abrir espaço para novas coisas. 

  Dia 29/09/2014, dez meses sem você.
Oi...sim, apenas oi, sem meu amor, ou meu anjo, ou qualquer outro apelidinho que já te chamei, pois essa não vai ser uma carta em que eu vou declarar saudades, ou o quanto eu te amo, cansei disso. Essa será minha ultima carta. Calma paranoica, essa não é uma carta de suicídio, é  minha ultima carta para você, porque caralho eu finalmente esqueci! Limpei as minhas gavetas!
Faz uns cinco meses que não mando uma carta, e notei na escola que você também notou isso, é bom né? Quando uma pessoa que a gente acha que gosta da gente e ela do nada desaparece. Foi isso que você fez comigo. Anna, não posso falar que sinto raiva de você, pois foi com você que tive os melhores momentos da minha vida, tive momentos inesquecíveis com você, foi com você que vi que um relacionamento é complicado de se levar, principalmente quando se leva sozinho. Eu te agradeço, obrigada, de todo o meu pobre coração, muito obrigada! Se não fosse por você...
Conheci uma garota, ela é incrível, você iria ama-la, bem capaz que fossem grandes amigas, juro! Ela não se parece muito contigo, e nem tem gostos como o seu, ela é meio fresquinha, mas muito engraçada. Ela aceitou meu amor, só isso que ela pediu, o meu simples amor, diferente de você. Ahhh como é bom amar de novo, você não tem noção! Agora tenho um amor puro, sem querer nada em troca, só eu e ela. Nós dois. Confesso que ainda penso em você as vezes, do  nada me vem você a memória, mas não sinto saudade dos seus beijos, não mais, sinto saudade da menina que eu conheci, uma bem idiotinha e meio desajeitada, falando besteiras e me xingando, aquela minha amiga, ahhh essa amiga que eu sinto tanta falta, você não tem noção no quanto eu sinto falta dessa amiga! Meio bizarro né? A cinco meses atrás eu escrevi uma carta tão cheia de melosidade, falando sobre seus beijos, seus abraços, suas caricias, e você nem respondeu, e agora escrevo essas cartas para ela, minha mais linda nova namorada, e envio sempre na casa dela, e sempre quando ela recebe, mesmo que esteja ocupada com alguma coisa do colégio, ela vem aqui em casa, me enche de beijos e abraços, fala que me ama, jura amor...coisa que você nunca fez.
Espero que conheça um cara, e seja muito feliz com ele, que os beijos façam você delirar, coisa que os meus nunca fizeram, que ele mexa com sua rotina, com seu mundo, que tire você dos trilhos, coisa que eu nunca fiz, e que o ame, ame de verdade, que se entregue de verdade, coisa que nunca fez comigo.
Abraços,
Justin. 
P.S: Com essa carta, mando todos os seus pertences que ficaram aqui em casa, seu perfume, aquele ursinho que me deu de aniversario e aquela minha camisa que é sua preferida. Te mando também todas as fotos que guardava aqui, e ai você faz o que quiser com as nossas miseras lembranças. 

Bom gente, aqui é a Carol, e como eu não sei quando vou postar o capitulo, resolvi postar uma coisinha aqui, só pra não se esquecerem de mim. Espero que gostem, beijos. 

27 de set. de 2014

Trust Me - Capítulo IV - Meu Nome é Justin




MEU NOME É JUSTIN

Fechei os olhos e respirei fundo. Os policiais começaram a gritar pedindo para que eu largasse a arma, eu não iria largar. “Larga a arma ou atiramos.” Tive vontade de rir, tive sim. O som de pneus derrapando me fez abrir os olhos. Era o carro azul, ele parou na minha frente e a porta foi aberta. O homem lá dentro de olhos castanho claro gritava me pedindo para entrar no carro. Eu não sei se devia, ele era o inimigo. Entrar no carro dele era como pedir para morrer. Mas não tinha muitas opções. Entrava no carro e tinha uma esperança de sair dali, mas eles podiam me sequestrar ou algo assim. Ou não entrava e iria presa ou alvejada.

- ENTRA LOGO NESSE CARRO! – ele gritava. Grunhi em ódio e entrei correndo.

Os policiais começaram a atirar contra o carro, mas para minha sorte era completamente blindado. Ainda estava para descobrir como mesmo de carro conseguiria sair sem passar por cima dos policiais. Ele acelerou e virou na direção dos policiais, ele ira fazer exatamente o que eu disse: passar por cima dos policiais. Eu não estava levando muita fé que ele iria fazer isso até que ele enterrou o pé no acelerador. Habilidosamente ele passou por entre dois carros da polícia e pelo que vi ele atropelou um dos policiais que atirava contra o carro.
Na saída do Galho Quebrado ele virou na direção direita indo para rodovia. Ele nem ao menos diminuiu a velocidade quando estávamos muito longe do Galho Quebrado. Pelo retrovisor pude ver o amigo dele olhando atentamente meus movimentos esperando que eu fizesse algo ruim suficiente para ele ergue a merda da arma.
Comecei a pensar em James, se ele conseguiu sair do local sem nenhum tipo de dano. Que ele conseguiria sair isso eu sabia, mas em que condições não e isso me preocupada. Pensei em Katrinna e Alanna se também conseguiram sair a tempo. Os equipamentos eram o de menos, custavam caro e repor tiraria dinheiro do nosso bolso, mas nada que não pudesse ser recolocado. Pensei em Chris e por alguns segundos pensei até mesmo em Anne, claro que não passou de meros segundos e para ser bem sincera eu pensei como Chris iria se sentir caso ela fosse morta ou presa. Procurei eu celular nos bolsos e o amigo do motorista de olhos claros apontou a arma para mim.

- O que você está fazendo? – perguntou. Ele tinha uma voz bem grave.
- Procurando meu celular. Abaixe essa arma agora. – falei calma e baixa. Ele não abaixou a arma e aqui me incomodou. – Abaixe a arma agora. – disse firme.
- Abaixe a arma Chaz. – falou o que estava dirigindo. Respirei fundo e continuei a procurar pela calça e casaco, mas não encontrei.
- Merda. – murmurei. Já estávamos bem longe do galho quebrado e estávamos entrando na área de classe média da cidade. Esperei até que ele passasse o mais perto do centro para manda-lo parar o carro.
- Não vou deixar você aqui, é perigoso.
- Tá de brincadeira né? – não pude a grande risada que dei. – Não sou uma adolescente indefesa que não sabe de cuidar. Pare o carro agora.
- Não vai dar princesa. – ele fala sem me olhar.
- Se não parrar salto com ele em movimento. – em resposta escutei as travas das portas sendo ativadas.
- Para o carro agora. – disse começando a ficar seriamente estressada. Para piorar ele não disse nada e eu com minha impaciência e doida para bater nele ou faze-lo sofrer um acidente peguei no volante girando de um lado para o outro. – Deixe-me descer agora!
- Pare de fazer isso sua maluca, vou bater o carro! – ele gritou comigo.
- Abre a merda da porta agora! – gritei de volta. Girei com toda minha força para a esquerda e ele deu uma tapa forte no meu rosto me fazendo ir para trás. – Filho da puta! – dei um soco em seu rosto. Ele levantou a mão para me bater de novo, mas peguei sua mão torcendo o dedão e com minha outra mão livre empurrei a cabeça dele contra o vidro da porta do carro com força.
- Pare de fazer isso sua vagabunda! – ele disse raivoso. Logo senti uma pancada na minha cabeça que me fez perder os sentidos por pelo menos um minuto. O amigo dele, Chaz, tinha me acertado. Quando enfim a moleza tinha passado eu vi pelo retrovisor de fora um carro muito conhecido por mim. Dei uma leve risada.
- Está rindo de que? – perguntou Chaz. Não respondi nada deixei que James respondesse.

Ele ultrapassou o carro de Chaz e seu parceiro e freou o carro fazendo com que o motorista do meu carro fresasse também. Logo o carro de James acelerou absurdamente e ele fez um drift parando o parou de lateral. Meu carro foi freado bruscamente me fazendo ir para frente e quase bater com a cabeça no vidro. James saiu do carro apontando duas armas para o carro e logo vi Alanna e Katrinna também saírem do carro e para minha surpresa Chris apareceu também e eu pude ver uma mancha bem grande de sangue na sua blusa. Ele tinha levado um tiro e mesmo assim estava ali apontando uma arma para o carro do meu inimigo.

- Se eu fosse você abriria a porta desse carro. Para o seu bem sabe. – cruzei os braços. Ele pareceu avaliar as opções e decidiu destravar a porta. Ia abrir a porta para sair, mas ele segurou meu braço e meus pelos do braço se ouriçaram.
- Meu nome é Justin, a propósito. – ele sorriu. Não fiz nada apenas sai do carro.
- Peguem o anel. Tem um amiguinho com ele no carro. – Katrinna e Alanna foram pegar e James me abraçou forte beijando minha testa.
- Você está bem? – murmurou no meu ouvido. Apenas assenti com um movimento positivo apesar da dor de cabeça forte. Dei um selinho nele e fui em direção a Chris que estava encostado no carro com dor.
- Chris precisamos lhe levar para um hospital rápido. – o sague tinha praticamente tomado conta da blusa toda.
- Eu estou bem. – ele colocou a mão ensanguentada no meu pescoço. Fez feição de dor.
- Não está não. – tentei levar ele até o banco do carro, mas sozinha não conseguiria. – James me ajuda aqui. – sem falar nada ele apenas ajudou. Coloquei-o sentado no banco da frente do carro e pedi para que James fosse ver logo as coisas com as meninas para irmos logo a um hospital mais próximo.

Assim ele fez e eu fiquei com Chris e seu sangramento não parava o que me deixava muito aflita. Se ele perdesse sangue demais desmaiaria e isso só complicaria as coisas. “Rápido” gritei para eles. Pude escutar barulhos de socos e armas sendo destravadas. Logo Katrinna e Alanna entraram no carro ainda mirando neles e James entrou no banco do motorista eu coloquei Chris o mais confortável possível e entrei atrás com as meninas. James não economizou o pé no acelerador.
Chegando ao hospital eu não esperei nem James estacionar direito. Abri a porta e depois a dele ajudando ele a sair do carro, logo Katrinna veio me ajudar a subir as escadas com ele. James veio correndo e tomou meu lugar passando o braço de Chris pelo pescoço e Katrinna nem precisou mais ajudar. Assim que entramos com ele na emergência dispuseram uma maca e logo enfermeiros correram para atendê-lo. James me abraçou confortando-me.


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Gente, uma perguntinha.
O que vocês esperam dessa fic?
- Dricka.

26 de set. de 2014

John, Avalanna, e Justin . Leiam por favor.

Olá meninas, tudo bom ? Bem, Ana aqui .
Essa semana aconteceram coisas bem... complicadas para nós todas certo ? Justin conseguiu estourar os tímpanos, e hoje, dia 26/09 fazem dois anos desde a morte da nossa Srta. Bieber, Avalanna Routh.

E bem, pra mim, além disso tudo, me aconteceu algo que eu jamais iriei querer pra ninguém : perder o melhor amigo, e pior ainda, pras drogas.
Johnatan Bastos, sim, ele tinha meu sobrenome, 17 anos, e os olhos mais lindos que vocês podem imaginar existir.
Eu realmente não estou bem, ele era meu anjo, assim como a Avalanna é, e assim como eu digo que Justin é meu anjo também. Meu anjo da guarda, meu amor, meu confidente, meu melhor amigo.
John, eu quero que saiba, que de onde estiver, eu estarei te amando, rezando por você, pensando em você, porquê eu nunca irei te esquecer.
Jamais esquecerei nossas brincadeiras, nossas risadas, nossas brigas sem motivos, nossas viagens para varios lugares, as vezes em que você me protegeu de algo, ou de alguém que não iria me trazer nada de bom, as vezes em que eu te abraçava chorando, e você me falava que tudo ia ficar bem... Sentirei falta de você todo.
Do jeito que me olhava, do seu perfume, do jeito que falava meu nome, do jeito que seu abraço era confortante, do jeito que ria, do jeito que suas mãos encaixavam nas minhas, do jeito em que me falava que tudo ficaria bem, de tudo, até do seu sorriso safado algumas vezes.
Eu te amo, mesmo nunca tendo te dito isso, não como amiga, e sim como algo a mais. Forever J ♥ 



Justin e Avalanna, obrigada por existirem no mundo, e nos céus. Vocês animam o dia de todas as beliebers no mundo, a todo momento.
Amamos vocês demais. Mais uma vez, obrigada por estarem aqui.

Usem essas hastags no twitter, tumblr, instagram, e facebook !! 

#FOREVERJ
#WEMISSYOUSWEETAVALANNA 
#GETBETTERJUSTIN 

25 de set. de 2014

Born To Be Bad - 2º Capítulo -What Is His Problem?



Eu destravei o carro e finalmente sem nem um obstáculo dei a partida podendo ir para casa e em fim descansar após terminar de corrigir algumas provas. Dirigi com meus pensamentos dispersos, tudo se ligava ao que estava acontecendo comigo e Lisa. Tristemente eu sentia ela se afastando, tristemente eu percebia que ela já não estava tão admirada comigo, tristemente eu sentia que ela havia se cansado do modo como eu me comportava. Eu sabia que pra ela eu certamente não era tão encantador como nos primeiros meses que estivemos juntos, provavelmente ela já estava cansada o bastante de meu modo reservado e calado, ela parecia não me suportar, sempre há algo que nos impeça de ter uma noite agradável, sempre há algo que nos impeça de terminar um dia sem brigas.

21 de set. de 2014

Trust Me - Capítulo III - Acordo




ACORDO

Pegamos o carro mais popular para irmos até o endereço. Era um bairro bem movimentado e de classe média, se aparecêssemos com uma R8 ou um Audi chamaria muita atenção. Eu peguei meu Ford que foi um dos meus primeiros carros, fazia séculos que não o usava, mas simplesmente não podia me desfazer dele. Ele tinha um significado para mim, meu pai me deu quando ainda era vivo. Eu usava o Ford para ir à faculdade quando ainda tinha interesse em ingressar em um emprego civil.
Estacionamos e eu mantive os vidros pretos do carro levantados. Primeiro precisaríamos observar o bairro e ver se ninguém iria entrar na casa. Era uma casa relativamente pequena, ela ficava mesmo era no segundo andar, o primeiro era a garagem onde no notebook indicava que estava o carro do ladrão. A porta da garagem estava fechada e na lateral tinha uma escada que levava até a porta de casa no andar de cima. Por fora a pintura da casa era azul e branca e estava descascada e velha.
Cerca de meia hora depois que chegamos vi um homem branco de cabelo castanho médio se aproximar da casa. Ele usava uma calça jeans e blusa branca. Subiu a escada de madeira e entrou na casa nem problemas. Então a porta estava aberta facilitando meu trabalho. No carro estávamos armados até os dentes. James segurava duas metralhadoras em volta do corpo. Eu levava duas HK USP (Match) na cintura. Katrinna trazia um fuzil e uma HK G3-A3. Alanna tinha um Walther MPL e uma HK MP5 A2. Eu não gostava muito de armas grandes, minha arma favorita era a que eu levava comigo a HK USP.
Confesso que a espera estava me deixando louca naquele carro. Minha bunda começava a doer e eu comecei a ficar inquieta. Cerca de quatro ou cinco horas depois decidimos agir. Foi quando a rua ficou o menos movimentada possível. Contei até três e nós quatro saímos do carro e as poucas pessoas que estavam na rua nos olharam assustadas por conta das armas. Pelo tempo que ficamos ali não tinha mais que duas ou três pessoas dentro da casa. Subimos a escada e entramos na casa com brutalidade chutando tudo que vimos pela frente. Ouvimos vozes e a seguimos até uma sala que eu reconheci logo como um escritório. Empurrei a porta com toda a força da minha perna e peguei minhas armas na cintura apontando para os dois caras na minha frente.
Os dois levantaram as mãos instantaneamente. Eles estavam assustados e confusos. O que estava em pé eu reconheci sendo o cara que entrou horas antes na casa. Olhei para o que estava sentado atrás de uma mesa, quando ele olhou nos meus olhos eu o reconheci. Reconheci aqueles olhos. Fui para cima dele e coloquei meu pé encima de uma das pernas dele e coloquei a arma destravando-a apontada na cabeça dele. Aproximei meu rosto do dele o suficiente para sentir a respiração acelerada dele no meu rosto.

- O mundo é pequeno mesmo não é? – disse a ele que me olhava agora sem expressão. – Cadê o meu anel?
- Eu não sei do que você está falando. – passei a arma para a garganta dele levantando seu rosto. Levantei meu tronco para encara-lo melhor.
- Ah não? Então me deixe refrescar sua memória. – dei uma pancada na cabeça dele com a arma. – Lembrou agora?
- O anel não está aqui ok? – ele fez uma careta por conta da dor.
- E o que tem dentro do cofre? – disse e atirei no quadro que tinha parede a minha direita.
- O anel não está ali. – disse com dificuldade. Peguei-o pelo colarinho da blusa e o levei até o pequeno cofre batendo a cabeça dele na parede.
- Abra. – ele protestou, mas eu bati com a cabeça dele novamente na parede e ele rangeu os dentes em dor. – Se você não abrir por bem, eu vou bater tanto com a sua cabeça nessa parede que você na melhor das hipóteses tenha apenas uma amnésia e na pior um traumatismo craniano. Mas uma coisa eu te digo, você vai abrir esse cofre. – ele continuou quieto sem se mexer. – Abra o cofre. – ele não se mexeu e eu taquei a cabeça dele de novo na parede e ele gritou de dor.
- Ok, eu vou abrir, mas não tem nada aqui. – ele digitou os números e o cofre abriu e lá só tinha dinheiro, uma arma e um pequeno saco de maconha. Mas nada de anel.
- Não tá aqui. – disse ao pessoal.
- Eu disse.
- Eu quero meu anel moleque. – disse irritada colocando a arma na cabeça dele novamente.
- Eu posso levar para você, onde você quiser. Só me dizer hora e lugar. Eu juro que eu levo.
– Não brinque com a sorte, hoje mesmo eu quero o anel em minhas mãos ou você não vai mais pertencer a esta terra. – disse saindo de perto dele deixando-o no chão. – Me encontre no Galho Quebrado ás uma da manhã. É bom você aparecer mesmo e não tente nenhuma gracinha, lá é a minha área. Vamos. – disse saindo e Katrinna ficou por ultimo dando cobertura para nós.

Entramos no carro e eu dirigi até minha casa que era praticamente do outro lado da cidade, na área nobre. No carro ninguém disse nada e eu também não queria ouvir nada de ninguém. No Galho Quebrado as coisas se resolveriam. Os seguranças barraram o carro pelo fato de ser muito simples. Abaixei o vidro e assim que o segurança chefe me viu abriu os portões e eu estacionei na entra mesmo. Entramos na minha casa e Dorotéia deixou um caso de porcelana cair no chão pelo susto tomado por conta das armas.

- Desculpe Cherry. – ela disse aflita.
- Tudo bem, só limpe. – me joguei no sofá.
- Acha que foi boa ideia deixar ele para entregar no Galho Quebrado? – perguntou Alanna com sua feição duvidosa.
- Eu tenho certeza que o anel não estava lá e…
- Eu sempre confio no que você julga Cher, você sempre acertou, mas acho…
- Se confia porque está contradizendo? Alanna ele não vai poder armar nada no Galho, lá é nossa área. Ele não conhece com certeza, esse cara é novo nisso. – tentei ser o menos rude possível. Uma dor de cabeça forte tomou conta.
- Crianças eu acabei de fazer o almoço, ainda bem que fiz bastante. Venham comer, colocarei a mesa. – todos levantaram inclusive eu, de repente eu fiquei com fome.

Dori colocou os pratos a mesa e nos sentamos. James sentou ao meu lado e Katrinna e Alanna a nossa frente. Dori serviu os pratos com arroz e feijão e colocou uma carne assada com batatadas no centro da mesa e em outra travessa uma salada.

- Comam bem crianças. – ela disse saindo.
- Coma conosco Dori. – pedi a ela, eu não me importava em que ela comesse com a gente, na verdade Dori sempre comia comigo e eu achava ridícula essa história que o empregado não podia comer com o patrão.
- Ah, não querida. Tenho que fazer algumas compras no mercado, estão faltando muitas coisas e eu estava adiando essa visita ao supermercado, mas agora não tem jeito. – ela deu tchau a todos e saiu pela porta da cozinha.


Foi um almoço agradável e risonho. Eram poucas às vezes em que realmente comíamos juntos. Não me lembro de quando foi a ultima vez para ser sincera e não me lembro de ter ficado tão feliz e rido tanto. Serviu para espantar todos os fantasmas da minha mente. Deixamos tudo na pia e as meninas foram para a sala de jogos enquanto eu só queria dormir na minha cama fofa e confortável. Entrei no quarto e fui logo tirando a roupa e guardei minhas armas debaixo da mesa que tinha no canto do quarto. Entrei no banheiro e coloquei a água no quente. Deixei a água cair nos meus ombros relaxando os músculos. Decidi não molhar os cabelos já que iria dormir.
Coloquei apenas um conjuntinho de flanela de cor dourada e cai na cama com tudo. Parecia que não dormia há dias porque eu subconsciente tomou conta e eu dormi muito rápido.
No meu no meu sono, eu acordei com braços me puxando para perto de um corpo quente e grande. Sem muito controle do meu corpo apenas me deixei tomar por aqueles braços acolhedores e fortes. Meu rosto encostou-se entre seu peito e pescoço e seu cheio era familiar e gostoso. Era um cheiro amadeirado. Novamente tudo ficou preto na minha mente.



“Cher acorde já passa das oito.” Uma voz masculina me chamou. Mas dormir parecia bem melhor do que escutar essa voz. Geralmente eu não dormia como uma pessoa normal, eu já cheguei há passar quatro dias em claro. Dormir sempre foi um privilegio não concebido a mim, por isso sempre que podia dava uma cochilada, por isso era tão importante. “Cher meu amor, levante, temos muito que resolver.” Dessa vez a voz veio mais alta me fazendo abrir os olhos e me deparar com outros olhos, olhos verdes como esmeraldas.

- O que houve? – perguntei tentando me manter alerta.
- Está dormindo desdás duas da tarde, já passa das oito agora. As meninas já armarão uma forma de nada dar errado, tivemos que pedir alguns reforços. – James beijou minha testa. Acho que agora seria uma boa hora de falar sobre a nossa relação.
- James. – chamei-o. Sentei-me melhor na cama para encara-lo. – Eu queria fala com você sobre… o que você me falou naquele dia no galpão. – eu o olhava com atenção e vi-o suspirar.
- Cher se você não me quer…
- Eu acho que podemos ir com calma. – subi um pouco o tom de voz para interrompê-lo e ele me olhou sem expressão. – Eu acho que devemos apenas deixar as coisas acontecerem. Eu gosto muito de você James, gosto mesmo. Mas não quero simplesmente falar “aceito namorar você” se realmente não quero. Entenda que eu tenho minha liberdade há muito tempo, vivo minha vida sem dar satisfação a ninguém e isso vai ser uma transição para mim. – foi tudo o que eu consegui dizer, ele estava sem reação nenhuma no rosto apenas me olhava. Quase pensei que ele ia me atacar a qualquer momento. O silêncio ficou vergonhoso para mim. Quando estava prestes a levantar e entrar no banheiro e o mandar esquecer tudo o que eu falei, James me agarrou me abraçando. Caímos na cama.
- Eu só quero uma chance com você Cher, é tudo o que eu preciso. – ele beijou meu pescoço e me olhou.
- Mas vamos com calma, não vem achando que é meu dono não. Não tenho que dar satisfação sempre que vou a um lugar.
- Eu não ligo desde que você esteja comigo. Eu não ligo Cherry. – ele me beijou com sua língua invadindo minha boca.
- Seu nojento, eu acabei de acordar. – fiz cara de nojo.
- Eu não ligo Cher. Vem cá me dar um beijinho. – James ficou balançando a língua como se estivesse lambendo um sorvete.
- Sai daqui, me deixe levantar. Vou tomar banho. – levantei e fui andando em direção ao banheiro.
- Então acho que vou também. – ele levantou indo em minha direção começando a tirar a blusa, mas parei-o.
- Não, não, não. Não vai não. Você vai até a cozinha me trazer um copo enorme de vitamina de morango. – disse empurrando ele para fora do quarto. – Peça a Dori ela vai adorar que você peça a ela para me trazer uma vitamina. – ela ia mesmo gostar, já que eu era uma menina irresponsável que não cuida da própria saúde e blá, blá, blá.

Tomar banho depois de uma transa é gostoso, mas quando acaba de acordar é um pesadelo. Não eu não gostava, qual é, gosto de fazer minha higiene sem ninguém me olhando. Foi um banho rápido apenas para acordar, uma das maravilhas que se faz quando acorda é escovar os dentes, meu deus, não á coisa melhor. Sai de toalha indo para o quarto e James já estava lá com uma bandeja em mãos, ele tinha acabo de entrar no quarto.

- Oh meu bem, que recepção calorosa. – disse olhando para a toalha em volta do meu corpo. Dei língua a ele e entre no closet. Peguei uma calça jeans preta e uma camiseta vermelha, vesti e coloquei um coturno e depois uma jaqueta preta. – Preferia você com o outro figurino. – James disse assim que voltei ao quarto.
- Você está engraçadinho hoje James. – cruzei os braços e colocando o peso em uma perna só.
- Estou feliz. Pela primeira vez em anos. – sorri. Ele me chamou até a cama e colocou a bandeja no meu colo. – Dorotéia disse que você precisa comer e beber tudo. Ela também me falou rapidamente que você não vem se alimentando direito. Quer falar sobre isso? – ele me olhava atentamente.

Na bandeja tinha umas torradas, minha vitamina de morango, geleia de amendoim e uma maçã. Peguei uma torrada e passei um pouco da geleia e mordi. Bebi um pouco de vitamina e voltei a olha-lo.

- Não é nada demais James, Dori que é chata mesmo. Para ela tenho algum transtorno alimentar. – disse somente comendo mais da minha torrada deliciosa.
- E você tem? – ele me olhava duvidosamente e me avaliando se me pegaria em uma mentira.
- A não ser que exista um transtorno sobre pessoas que só querem comer besteiras, não eu não tenho. – dei uma longa golada na vitamina de morango.
- Então é só uma adolescente teimosa? – ele riu de mim.
- Ah, por favor. Tenho 24 anos muito bem distribuídos. Não querendo me gabar, mas o tempo está á meu favor. – comecei a comer outra torrada com geleia de amendoim.
- É você é uma coroa dando caldo. – ele começou a rir e eu joguei a maçã nele. – É melhor não ficar me tacando sua comida, terá que comer tudinho, amorzinho. – sorriu sínico.




Já estávamos saindo de casa, dois furgões com equipamentos e armamento. Katrinna estava no telefone com alguém que já estava no Galho Quebrado. Alanna estava digitando freneticamente no computador e James estava mexendo nas armas colocando-as no ponto. Apenas eu não estava fazendo nada. Todos pareciam tão concentrados no que estavam fazendo, Katrinna falava severamente no telefone, Alanna ficava com os olhos rodando de um lado para o outro na tela e James… bem agora ele me olhava. Estava parada no meio da sala apenas observando todos e vendo o quanto imprestável sou.
James me chamou com um movimento com a cabeça e eu andei até ele que sorriu. Colocou três armas na minha frente e ficou me olhando. Isso me fez voltar anos na minha vida, quando eu nem sabia segurar uma arma.

– Escolha uma arma. – James disse no meu passado.
- Para que? – questionei assustada com o tamanho das armas.
- Vou te ensinar a atirar. – disse me olhando seriamente. Naquela época James me dava medo, sempre sério e quase nunca via seus dentes. Ele quase nunca sorria.
- Eu não quero…
- Não tem que querer. Você tem que aprender se não vai morrer. Isso não é um jogo que você tem vidas, ou pode reiniciar. Não é como na escola que se você errar hoje pode tentar de novo amanhã. – ele pausou e respirou fundo. – Preste atenção. Você escolheu essa vida Cher, e nessa vida você tem que saber atirar. Nessa vida terá que matar e machucar pessoas porque se não fizer, eles fazem com você. Terá que mentir e não confiar em ninguém.
- E porque devo confiar em você para me ensinar a atirar? Quem me garante que não irá me matar ou ensinar errado? – ele sorriu amostrando toda a carreirinha de dentes brancos. E acho que foi bem ali que me senti totalmente atraída por James.
- Não deve, não confie. Vai ter que jogar com a sorte e ser esperta. – ele pausou e tirou uma mecha de cabelo do meu rosto. – Mas… eu nunca conseguiria atirar em você. E não deixaria você inofensiva para ninguém. – ele selou meus lábios. Afastei-me assustada. James deu uma leve risada.
- Escolha. – ele se referia as armas. Olhei-as e peguei a que era menor e parecia menos inofensiva e mais fácil de manusear. Ele soltou um risinho. – Atire.

Respirei fundo e mirei a arma para o alvo que era um boneco. Nele tinha números pintados de tinta vermelha na cabeça e no peito. Respirei fundo e contei mentalmente até três e atirei fechando os olhos. O impacto da bala saindo da arma me fazendo ir um pouco para trás e erra o alvo.

- Coloque um pé na frente e um pé a atrás. – ele veio para trás de mim e ergueu meus braços novamente. A mão que não estava segurando a arma ele colocou em baixo da outra. – Mantenha seus braços firmes e mire passando apenas um pouco do ponto. E nunca, nunca feche os olhos. – James apertou meu dedo no gatilho e a bala acertou bem no meio da cabeça do boneco. Logo ele afastou seu corpo do meu e aquilo não me agradou muito. – Repita isso o máximo que conseguir. Está vendo aqueles números lá? A cada vez que acertar no ponto marcado vai acumulando dinheiro, vamos ver se consegue tirar algum centavo de mim.

Ergui meus braços e fiz exatamente o que ele tinha me dito para fazer. Mirei no corpo que parecia mais fácil. Contei até três e atirei. Ao menos tinha acertado o boneco e não a parede. Mas não tinha acertado o ponto desejado. Mirei de novo e atirei.”


O barulho do tiro em meus ouvidos me fez voltar ao atual. James ainda sorria, mas estava nervoso e me chamava diversas vezes. Balançou as mãos na frente do meu rosto e sorriu aliviado assim que pisquei e sorri.

- O que foi? – perguntei.
- Pedi para que escolhesse a arma que vou usar hoje. – ele disse me olhando estranhamente. Olhei para as armas e peguei a maior e mais monstruosa. – Estava mesmo de olho nessa.
- Eu sei você adora tudo que é grande e intimidante.
- É por isso que te adoro. – ele piscou e beijou minha bochecha.
- Vamos logo, Chris está com tudo pronto apenas nos esperando. – Katrinna disse chamando minha atenção.
- Chris? Vocês chamaram justo ele? – perguntei sem acreditar.
- Tem algo contra ele que eu não sabia? – perguntou.
- Contra ele nada, mas a vadia que anda com ele sim. Sabem o que Anne aprontou comigo.
- Não tivemos escolha, Hayden e Patrick estão em Londres e ultimamente ninguém está querendo ajudar. Não pelos velhos tempos, só ajudam se pagar e o preço está bem alto. – terei que engolir à vadia então.
- Tudo bem então, mas se ela provocar só um pouquinho ou se atravessar na minha frente não me segurem. Vamos para o carro.

Os portões abriram e eu saí com o furgão primeiro junto com o James e as duas foram no outro. O Galho Quebrado era um pouco longe e afastado da cidade. Lá era aonde acontecia os rachas e festas. Nenhum policial dava as caras lá, eles sabiam o que acontecia e rolava lá, mas não ousavam colocar o pé. Até porque os organizadores molham muito bem a mão neles. Mesmo que tenha um chamado de reclamação eles fingiam que atendiam o chamado.
Passaríamos pela cidade sem problemas e sem chamar a atenção de ninguém. Ninguém acharia estranhos os carros passando em velocidade normal, mas se tivéssemos correndo com certeza acarretaria atenção e curiosos. Sem falar que alguma patrulha com certeza seguiria a gente.
James ligou o rádio – sim tínhamos rádio no carro, às vezes era estressante ter que esperar aqui dentro e ajudava a aliviar a tensão muita das vezes. Tocava um rock dos anos 90 e James cantava como se estivesse dentro do show. Eu não conhecia muito a musica, mas nas vezes que fui a casa dele tocava essa mesma musica. Ele colocou a mão na minha perna quando paramos em um sinal vermelho. Olhei para a rua pelo vidro-fume e estava cheia de gente andando na calçada. Mães com crianças no colo e casais se beijando. Pessoas com pressa para chegar em suas casa e homens engravatados deixando suas empresas.
Pouco tempo depois chegamos ao nosso destino: Galho Quebrado. Eu nunca descobri porque tinha ganhado esse nome. Disseram-me que é porque do alto de um helicóptero quando se olha para cá tem um formato de um galho quebrado. Mas se isso é evidente até hoje eu não sei.
Katrinna e Alanna desceram primeiro do carro. James desligou o rádio e desceu também. Peguei a arma no porta-luvas e coloquei no cós da calça. Desci e fechei a porta do furgão com força. Olhei em volta e vi várias pessoas ‘trabalhando’ e se posicionando. Claro todos me conheciam. Olhei e vi James me esperar na frente do carro. Andei até ele e o mesmo pegou na minha mão. Olhei para as duas juntas e olhei para ele depois.

- Algum problema em segura-la? – James perguntou.
- Não… só é diferente. Mas eu gosto. – sorri sem mostrar os dentes. Ele sorriu de volta começando a andar. Olhei o horizonte e pude ver Chris andando em nossa direção com um sorriso no rosto. Logo pude ver Anne com ele. Vadia.
- Cherry Bomb, quanto tempo. – ele disse assim que ficamos perto suficientes.
- Christian Beadles, não faz nem dois meses. – disse. – Glorioso tempo se me permite dizer, claro a culpa não é sua. – disse olhando diretamente Anne.
- O tempo continua a seu favor, se me permite dizer. – ele me analisou dos pés a cabeça como sempre. James fez um barulho como se estivesse coçando a garganta, com certeza não gostou nem um pouco da olhada do Chris. – James…
- Christian. – eles nunca se gostaram muito. O que era bem estranho, eu não gostava de Anne, mas adorava Chris e James gostava de Anne, mas não gostava de Chris. O mesmo olhou para nossas mãos dadas.
- É o que estou pensando? – eu não sabia exatamente como responder essa pergunta. Eu ia dizer que não, mas James respondeu na minha frente.
- É exatamente o que você está pensando, então é melhor não ficar muito perto. – Chris em resposta apenas riu. Eu não tinha gostado muito da resposta dele, Chris era meu amigo e podia ficar perto o quanto quisesse. Claro que eu entendia perfeitamente o perto de James.

Chris tinha 25 anos com cara de um garoto de 18 anos. Eu sinceramente não gostava de caras assim, eu gostava de homens e não de garotos. Tinha olhos e cabelo castanho. Boca fina e uma pinta perto da mesma do lado direito. Corpo atlético e definido. Anne tinha uma pele bronzeada que eu secretamente tinha inveja. Olhos escuros e cabelo na altura dos ombros em um corte meio Chanel pretos. Uma boca levemente carnuda e tinha as bochechas levemente marcadas.
Depois da breve conversa que tivemos, Chris nos levou para ver como tinha organizado tudo. Anne desgrudou dele, e era melhor assim. Eu sinceramente não estava prestando muita atenção, já James escutava tudo e debatia algumas coisas. Eu sabia o porquê disso tudo, era para me manter segura. Se algo acontecesse ele saberia o que fazer. Depois desse tour eu sentei sozinha em uma cadeira e coloquei meus pés em outra. Enfiei as mãos dentro do bolço da jaqueta e fiquei ali apenas olhando os outros fazendo algo. E mais uma vez me senti como se eu não fosse tão boa assim. Como se eu não valesse de verdade. Como se não fosse uma peça importante no jogo e sim um pião. James sentou ao meu lado e sem dizer nada e ficou olhando tudo como eu.
Naquele momento eu parei para pensar se eu podia me abrir com ele. Se eu poderia falar o que estava me incomodando. Mas logo me veio à mente o que rolou com Chris.
- Não gostei do que disse a Chris. – disse baixo.
- O que exatamente?
- Sobre ele ficar perto de mim. Ele é meu amigo James, e pode ficar perto o quanto quiser. – continuei com o tom baixo e ele suspirou.
- Cher, ele te cantou na minha frente. E você sabe que desde que se conhecem ele tem interesse em você. – ele também disse baixo.
- Mas você também sabe que não passa de uma atração idiota, porque disse não a ele. – ele não disse nada por um tempo.
- Eu sei, mas eu ia agradecer se você não ficasse tão perto dele. – agora eu quem não disse nada.
- Se eu tiver que tratar Chris diferente, você também vai ter que fazer a mesma coisa com Anne. Então como vai ser? – ele me olhou.
- Eu não vou me afastar de Anne.
- E nem eu de Chris. Viu? É a mesma coisa. Anne também dá em cima de você, mas eu não vou te privar de falar com ela, a não ser que você me prive de falar com alguém. – ele voltou a olhar o horizonte e pareceu pensar no assunto.
- Tudo bem, me desculpe. Ficara tudo como está. – ele disse depois de um tempo.
- Estão chegando, todos a seus postou. – alguém gritou.

Eu não tinha me tocado de quanto tempo tinha passado. Mas estava na hora. Levantei e fui direto à mesa peguei minha arma. Nós estávamos em uma área escondida de onde pegaríamos o ladrãozinho. Sai do ‘esconderijo’ sozinha e James estava escondido estrategicamente se caso ele tentasse atirar em mim, além de outras pessoas posicionadas nas montanhas com armas de longa distancia. Logo vi o carro azul chegando, não dava para ver nada lá dentro, pois o vidro era fume. Cruzei os braços e o carro parou perto de mim e logo a porta do motorista abriu e saiu o homem lá de dentro que eu não sabia o nome e nem tinha interesse em saber.
Ele andou até estar a dez passos de mim. Queria logo acabar com aquilo então fui direto ao assunto.

- Me entregue o anel. – ele ficou me olhando dos pés a cabeça e respirou fundo.
- Antes de eu entregar o anel, tenho uma proposta a lhe fazer. – ele colocou a mão dentro no casaco, na mesma hora tirei a arma e mirei nele. Ele parou e me olhou. Tirou devagar a mão de dentro do casaco e junto com ele o anel. – Abaixe a arma. – ele pediu e eu abaixei. – Eu lhe entrego o anel e em troca quero que me dê uma coisa.
- O que? – perguntei.
- Te dou o anel se me deixar entrar para sua equipe. – eu ouso, mas não creio no que ele acabou de falar.
- Você quer o que? – tive que perguntar novamente acreditando seriamente que tinha ouvido errado.
- Que me deixe entrar na sua equipe. – não, eu não tinha escutado errado.
- Porque eu ia te querer na minha equipe? – perguntei rindo.
- Sou eficiente, e posso ajudar. E você vai ver que vai precisar mais de mim do que eu de você. – arquei as sobrancelhas.
- Isso é uma ameaça?
- Nunca. – ele disse somente ficando quieto. Eu não iria aceita-lo na minha equipe. Não mesmo.
- Você não vai entrar na minha equipe. – disse séria.
- Então você não vai ter seu anel. – eu podia ver o desafio nos seus olhos.
- Se você não me entregar eu atiro em você. – ele sorriu.
- Se você atirar em mim, meu amigo dentro do carro atira em você. – olhei para o carro e a janela estava abaixando revelando o amigo dele que era o mesmo que estava na casa dele mais cedo.
- Se ele fizer isso vocês vão se arrepender. – eu não tinha medo de levar um tiro, apesar de nunca ter experimentado isso.
- Por quê?
- Atire e verá. Agora me dê o anel ou eu vou mesmo atirar. Mas não vou atirar para te matar, primeiro vou acertar uma artéria sua na perna. Depois se você tiver sorte eu não te mato. Então, você vai querer saber se Deus está a seu favor ou não?
- Acho que vou ter que correr o risco. – ele disse depois de um tempo. Levantei a arma e mirei na sua perna, pude ver o amigo dele se posicionando para atirar. Deixei de mirar sua perna e agora estava mirando sua cabeça. Vi um pânico nos seus olhos.
- Dê tchau para esse mundo. – quando ia apertar o gatilho escutei a sirene do carro de polícia. Logo estava vendo as luzes azul e vermelha no meu campo de visão.


Depois disso foi tudo muito rápido e confuso na minha cabeça. Foi como se tivessem me desligado completamente. Via várias pessoas correndo, homens descendo das montanhas e tentando levar tudo de volta a seus furgões. Fiquei sem ação nenhuma e fiquei parada ali só vendo a polícia se aproximar e todos correndo para seus carros. Até mesmo o homem em que antes eu mirava uma arma estava correndo para seu carro. A polícia ficou mais e mais perto até me encurralarem. O galho quebrado era um ligar sem saída. Só tinha uma saída e uma entrada e elas eram no mesmo lugar. Eu não tinha para onde fugir. Logo estava cercada de caras apontando uma arma para mim.

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Aaaaah gente vocês estão gostando mesmo mesmo?
- Dricka 

17 de set. de 2014

Love is unpredictable - Capitulo Dois

Assim que me sentei ao lado de Alby e Rony eles se desgrudaram de imediato, Rony arrumando o cabelo e a blusa e Alby revirando os olhos prestes a me xingar.
- Alby, preciso que faça algo para mim hoje depois do almoço – ele geralmente fazia o que eu lhe pedia, não só pelo fato de ser meu amigo, mas por que ele sentia como se tivesse uma divida comigo pelo que fiz por ele quando chegou aqui
- Diga sargento – fez uma continência desnecessária ao dizer aquilo
- Preciso que leve o novato para dar uma volta pelo lugar – Rony me encarou por um segundo e depois se levantou parando de frente para mim
- Duds não pediu a você que fosse? – indagou.
- Sim, mas eu não chego perto desse garoto para nada, a não ser que queiram ver ele na enfermaria – ambos me olharam com cara de interrogação e eu fui obrigada a lhes contar toda a história.
- O garoto já chegou querendo cantar de galo – Rony soltou de maneira sarcástica – Qual é Cecília vai dizer que isso não te deixou, pelo menos um pouco, atraída por ele? – gargalhei por conta de sua pergunta, e ela revirou os olhos como sempre fazia quando debochavam dela, e no caso era sempre eu quem debochava dela. Digamos que Rony é o tipo menininha tentado ser sexy e acaba sendo vadia, mas no fundo é uma boa pessoa, eu acho.
- Nem um pouco – me recompus e sequei uma lagrima no canto do olho – Você pode fazer isso pra mim Alby? – Rony o encarou como se tentasse intimidá-lo já que ela odiava quando ele fazia o que eu lhe pedia pra fazer.
- Não, ele não pode
- Alby? – ignorei o comentário de Rony, quase sempre eu o fazia. Ela era o tipo que era minha amiga, mas estava sempre a fim de arrumar encrenca comigo.
- Tudo bem, deixa o garoto comigo – Rony cruzou os braços roliços e tatuados contra os peitos e bufou mais alto que um touro em uma tourada.
- Ok Albert, vai lá e faça o que a Cecília te pede, parece um cachorrinho – ela saiu pisando firme e o barulho de suas botas militares batendo no chão ecoaram por toda quadra e alguns olhares se voltaram para ela.
- Até a noite ela irá se acalmar – Alby concluiu e eu apenas assenti, depois de alguns minutos conversando sobre coisas aleatórias, Alby se juntou aos de mais garotos para uma partida de futebol. Diferentemente de mim, Alby tinhas muitos amigos e todos naquele lugar gostavam muito dele, mas nem sempre foi assim. Houve uma época que ele era quieto, ninguém sabia seu nome ou idade, ele não tinha amigos, e era um tremendo bebê chorão. Um dia Rick e sua gangue de valentões o encurralaram atrás da quadra e lhe disseram que quebrariam todos os dentes dele, eu estava procurando Alby por que Duds queria conversar com ele e um bando de garotas disse que tinha o visto atrás da quadra com Rick, quando cheguei lá ele haviam socado o rosto de Alby e estavam prestes a fazer algo pior, naquele dia eu quebrei o braço de Rick e tirei dois ou três dentes de cada um de seus parceiros, e disse a todos que quem fizesse algo a Alby teria o mesmo destino dos valentões, desde então Alby conversa com todos e todos gostam dele, ele é grato até hoje pelo que fiz naquele dia. Sai de meus devaneios quando uma mão passou em frente a meu rosto e quando direcionei meu olhar a seu dono o ódio me subiu aos olhos.
- Acho que começamos errado – ele disse com um sorriso irônico no rosto e eu estava começando a odiar aquele sorriso
- Você começou errado – voltei minha atenção para o jogo, que alias estava bem interessante, senti sua mão tocar meu rosto e virar o mesmo para encará-lo, segurei sua mão e apertei-a até a expressão do garoto se tornar pura dor. – Acho que não deixei bem explicado – virei seu braço e o coloquei nas costas do garoto quase tocando-o na nuca – não toque em mim garoto, ou vou ter que te mandar para a enfermaria antes mesmo que você possa me pedir desculpas. Duds me pediu que não deixa-se ninguém te machucar, mas vale a pena ouvir algumas broncas da velha Duds só pelo prazer de te ver com o braço e o rosto completamente quebrados. – ele gemia de dor e quando apertei seu braço ele gritou, um grito tão apavorado que fez todos olharem para nós com uma expressão de terror. – Fui clara dessa vez loiro de farmácia? – perguntei baixo
- Sim – sua voz saiu tão tremula quando eu esperava, eu o soltei e massageou o braço e a mão – Clara como água – ele sorriu mais uma vez – Só que você não sabe com quem está lidando, eu não desisto fácil do que quero. E talvez até o próximo fim de semana eu esteja na enfermaria, mas vale a pena só por ver o quanto eu mexo com você – ele piscou para mim e se sentou ao meu lado
- É o que veremos – me levantei – Alby, o garoto grande ali – apontei para Alby que acabara de tirar a camisa – Vai te levar para conhecer o lugar – o deixei ali sozinho e fui em direção ao campo de futebol, resolvi que jogaria com os garotos. [...] A tarde (quase noite) chegou e o jogo havia acabado. Eu estava cansada e precisava de um banho, estava subindo as escadas quando ouvi Alby me chamar, esperei por um segundo e depois fiz sinal para que ele me seguisse.
- Nós vamos sair hoje, você vem? – o olhei com desanimo e ele passou seu braço em volta de meus ombros – Vamos lá vai ser divertido
- Alby eu estou cansada, acabei de terminar um jogo difícil com os garotos, quero me deitar e dormir – ele fez bico e eu ri de sua tentativa frustrada de me convencer
- Por favor, vamos, Rony não vai e eu pago uma bebida pra você – o olhei de canto e ele sorriu
- Tudo bem – ele sorriu
- Vamos sair as nove – ele me soltou – a propósito, o garoto, Justin, é legal. Você deveria dar uma segunda chance pra ele - e seguiu para seu quarto, continuei subindo e quando cheguei ao meu quarto logo fui para o banheiro, tomei um banho moro e me vesti para sair com o pessoal. [...] Estávamos em um tipo de balada e eu estava sentada no bar enquanto todos dançavam animadamente, estava bebendo uma cerveja quando vi alguém conhecido entrar no local, eu não acreditava no que meus olhos viam, depois de tantos anos, como ele podia estar ali no mesmo dia que eu? Droga! Me virei de costas e percebi que outro conhecido se aproximava, Justin. Ele era melhor que o outro.
- Hey Justin – o chamei um pouco mais alto e ele seguiu até mim sorrindo. Só estando em uma situação muito difícil para chamá-lo
- Pode dizer Cecília – ele se sentou em minha frente e eu respirei fundo.
- Hum... Er... Sabe... Eu acho que começamos realmente de um jeito errado. – tentei parecer o mais atirada possível – Então – olhei por cima do ombro percebendo que ele se aproximava – quer sair daqui e ir pra um lugar mais legal? – ele sorriu de canto e se levantou
- Vem – segurando minha mão ele seguiu para a outra saída e em questão de alguns minutos estávamos do lado de fora, soltei todo ar preso em meus pulmões e tentei controlar minha respiração. O pânico havia tomado conta de mim e eu devia estar com uma cara horrível, já que o semblante no rosto de Justin mudou de cafajeste para preocupado.
- Está tudo bem Cecília? Você está pálida – eu assenti e o puxei pela mão, seguindo pela rua pouco iluminada. Senti um puxão e parei ao perceber que Justin havia se soltado de mim. – Cecília o que está acontecendo? Normalmente você me bateria, e olha que eu só te conheço desde hoje cedo. – prendi o cabelo em um coque e o encarei.
- Eu só me senti mal – menti – E Alby disse que você parecia um cara legal e que eu deveria tentar te dar uma segunda chance. É o que estou fazendo. Ta a fim de comer um hambúrguer? – nem tudo era mentira, eu ia tentar lhe dar uma segunda chance, mas sabia que isso não daria certo. Só queria ficar bem longe daquele lugar.

- Tudo bem – ele assentiu me olhando de maneira estranha, o levei até o Rock’n’Roll Burguer. Durante o caminho fomos conversando, Justin falava de sua vida e eu só ouvia. Ele contava coisas sobre seus avos e sobre seus irmãos, mas não tocava no assunto de por que ter ido para um internato. Chegamos ao Rock’n’Roll e entramos, fizemos nossos pedidos e nos sentamos, Justin começou a contar coisas engraçadas e ele realmente parecia um cara legal

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Hey gente,
Ta ai o outro capitulo. Como vocês estão?
Eu pensei em criarmos um grupo no Whatsapp, o que acham?
Digam-me

Live long and Prosper
Beijos da Ké

Ps: Eu sei que esse cap ta meio ruim, mas o próximo vai ser ótimo, prometo de dedinho.

14 de set. de 2014

Trust Me - Capitulo II - Intrometido - Parte II



INTROMETIDO - PARTE II

Estava concentrada totalmente na planta do banco. Katrinna preparava a vã junto com Alanna que colocava todo o equipamento. James… bem, James eu não sabia onde estava. Eu estava um pouco nervosa, eu achei que o roubo seria apenas semana que vem, mas quando Alanna me ligou dizendo que seria hoje, pois ela finalmente conseguiu invadir o sistema.

- Cadê o anel falso? – perguntei ainda encarando a planta. O anel era uma réplica exata do verdadeiro que iriamos pegar essa noite. O anel não passava de vidro e metal pintado.
- Eles fizeram um ótimo trabalho dessa vez, dá para confundir os dois. – Katrinna colocou a caixinha do anel aberta em cima da planta. Era verdade, o trabalho ficou impecável. Nada mais que justo pelo preço que pagamos. Senti uma mão no meu ombro e olhei para o dono.
- Obrigada. – disse para James que segurava minha peça de roupa preta. Ele também não estava devidamente vestido para a ocasião. – Não vai se vestir?
- Vamos? – ele me puxou pela mão até o banheiro.

James começou a tirar a roupa primeira. Virei de costas para ele e puxei minha blusa de gola alta tirando-a. Tirei a calça e peguei a blusa preta de manga comprida colocando-a. Vesti a calça também preta e coloquei um cinto, a calça estava caindo, parece que eu emagreci. Virei novamente para James e ele já estava vestido. Sentei no vaso e calcei o tênis, James se apoiou na parede para calçar o dele também.

- Levante. – pediu James com a escuta nas mãos. Levantei e suspendi minha blusa. Ele encaixou a caixinha no meu bolço e a prendeu. Eu poderia colocar em mim mesma, mas desde o desabafo dele eu tento parecer que estar tudo normal. Se eu negasse acho que ele entenderia errado, então apenas deixei. Girei para o fio passasse em volta do meu corpo e coloquei o fone. Ele me encarava sem expressão, eu dei um leve sorriso e beijei sua boca. Peguei a outra escuta e ele se virou para que eu colocasse. Fiz o mesmo processo que ele fez comigo e ele beijou minha testa.
- Está tudo bem? – perguntei vendo um semblante triste.
- Vai ficar assim que isso tudo acabar.
- Lembre-se do que eu te disse, nada vai me acontecer porque você vai estar lá.

Saímos do banheiro e Alanna terminava de colocar o resto das coisas no furgão e Katrinna abria os portões. Entrei na Ferrari que só tinha a lataria da Ferrari, o carro estava completamente mexido por dentro. Katrinna trocou o motor por um mais potente e mais rápido. Colocou cilindros de hidrogênio e outras coisas que apenas Katrinna conhecia. Usaremos na fuga, elas duas ficarão no furgão e eu e James dispararemos na Ferrari.

- Podemos ir? – perguntou Katrinna.
- Vamos logo. – James sentou no banco do carona. Sai com o carro e Alanna trouxe o furgão para fora. Katrinna fechou as portas e acionou o sistema de segurança. Entrou no furgão e elas foram à frente.

O furgão também tinha o motor alterado para se algo desse errado. James e eu pegamos outro caminho, não podíamos dar bandeira. Eram duas da madrugada, não teriam muitas pessoas na rua, e iriamos por lugares ainda mais desertos possíveis. No meio do caminho James colocou a mão na minha perna. Eu olhei para o local totalmente inquieto. Eu ainda não tive tempo para parar e refletir sobre tudo o que ele dissera, mas respirei fundo e tentei evitar pensar naquela mão. Eu não via problema em a mão dele estar ali, o problema era o quanto aquilo significava para ele.

Chegando ao banco parei o carro na lateral que iriamos sair e quando passei pela frente para estacionar eu vi o furgão parado e o motor e faróis desligados. Fiz o mesmo com a Ferrari e descemos. O cofre do anel ficava no ultimo andar e entraríamos pela saída de ar do telhado. Vesti a mascara e James também. Chequei os bolsos e constatei que o anel falso estivesse ali. Acionei a corda do cinto e ela agarrou no telhado. James fez o mesmo e acionei para que subisse. No telhado eu já fui direto para a grade de ar. Desparafusei e puxei a grade, quando estava prestes a entrar James segurou meu braço.

- Deixe-me ir à sua frente. – pediu James. Voltei para trás e ele foi à frente.

Começamos a descer pelo duto que quanto mais fundo íamos mais sem ventilação ficava. Por sorte eu não sofria de claustrofobia ao contrario começaria ater o ataque e provavelmente desmaiaria. Além da falta de ar o duto era relativamente apertado. A coluna começara a doer pela posição que tínhamos que ficar – de quatro como um cachorro. Não dava para fazer nada, tínhamos que nos mover o mínimo possível. No meio do caminho James parou subitamente o que me fez dar uma cabeçada na bunda dele.

- O que houve? – perguntei.
- Não dá para seguirmos em frente. Tem um ventilador.
- O quê? – eu lembrava-me exatamente o caminho e na planta não tinha nenhum ventilador. – Alanna. – chamei no ponto de escuta. Ela respondeu. – O caminho está bloqueado, me dê outra rota.
- Bloqueado? Como assim?
- Só me dê outra rota rápido. O ar está quente.
- Espere só um instante. – levou dois minutos contados na minha mente para ela voltar a responder. – James a sua frente tem uma passagem para a esquerda e para direita, certo? – James concordou. – Vá para a esquerda e depois vire à direita. – fizemos o que ela instruiu e James parou novamente.
- Vou para frente ou esquerda agora? – ele perguntou.
- Vá para esquerda. Não tem como colocar vocês dentro no cofre, terá que abrir por fora.
- Maravilha, era tudo o que eu queria. – ironizei.
- Vão ter dois seguranças na entrada, apaguem eles. – Katrinna disse. Provavelmente olhando as câmeras de segurança. – Esperam. – ela disse. – Tomem cuidado, os dois seguranças estão apagados. Não sei quem está da dentro perdemos a conexão da câmera de dentro do cofre.

Rapidamente eu e James saímos do duto. James tirou a arma da cintura e eu peguei a minha também. James encostou-se à parede foi aos poucos andando e olhou por uma brecha.

- Alanna você desativou o sistema? – perguntou James no ponto.
- Ainda não…
- Então nem precisa. – James entrou no cofre já aberto com a arma apontando para alguém. – Nem pense em fazer isso. – entrei atrás dele também com a arma apontada. Dei de cara com alguém que soube que era um homem pela estrutura óssea e corporal. Ele olhos olhou e usava uma máscara como a nossa, e tudo o que eu pude ver foi os olhos avelã. Ele moveu novamente a mão para pegar o anel. Então teríamos que lidar com outro ladrão?
- Não se mexa. – disse assim que ele ameaçou pegar novamente o anel. – Saia de perto do anel.
- Porque eu deveria fazer isso mesmo? – sua voz era grossa e rouca.
- Por que eu sou um ótimo atirador, e esse anel é nosso. – James respondeu.
- Não estou vendo o nome de ninguém aqui, e eu perguntei a ela e não a você. – o homem a minha frente era atrevido e não sabia com quem estava mexendo. James deu uma longa suspirada. Os olhos avelã pegaram o anel, e James chegou para frente me colocando atrás dele. – Ora cara, eu não tenho uma arma. Se quiser o anel vamos brigar por ele mano a mano. Vocês são dois contra um, seria injustiça, e já que não luto com mulheres, vamos ser eu e você. – não podíamos arriscar, James era muito bom atirando, mas lutando não era tanto assim. Eu era melhor. E se esse cara fosse melhor que James ele ganharia fácil.
- Não. Eu vou lhe dizer o que vai acontecer. Você vai me dar esse anel ou eu atiro.
- De acordo com os meus dados, os sensores vão reativar em menos de 30 segundos. Essa porta vai se fechar e trancar nós três aqui dentro. – ele dizia olhando o anel de diamante oito quilates.
- Estamos mais perto da porta, podemos fugir já você não terá a mesma sorte. – disse o desafiando com os olhos e ele me encarou. Ele soltou uma risada desdenhosa.
- Eu vou sair daqui, e vou sair com esse anel.
- Eu acho que não. – disse me posicionei pronta para correr na direção dele. Só teríamos mais dez segundos se o que ele disse fosse verdade.
- Você             quer o anel? – ele perguntou, mas eu não respondi. – É claro que quer, estamos aqui para isso, não? – sem mais nem menos ele jogou o anel no chão que rolou até fora do cofre.

Quando pensei em correr para pegar, o desconhecido já estava na minha frente. Ele era bem rápido, mas não o suficiente. Logo estávamos em uma competição dentro do banco podendo chamar a atenção dos vigilantes. O olho avelã acabou nos levando até uma saída que era na parte de trás do banco. Eu não sei o que ele tinha nas pernas que nem mesmo James conseguia chegar perto o suficiente para pega-lo. James era um ótimo corredor, eu acabei de crer, corria muito mais que eu. O desconhecido entrou em um carro e disparou pela avenida. Gritei em frustração, o pior de tudo era que o filho da mãe ficou com o anel. Tirei a porcaria da máscara e posso saber que meu rosto está vermelho em raiva.
Ouvi um carro derrapar atrás de mim. Era James na Ferrari. Ele abriu o a porta do banco do carona e gritou “Entra”. Pulei para o banco e ele pisou no acelerador antes mesmo deu fechar a porta do carro.

- O que está acontecendo? Cadê vocês? – perguntou Alanna no ponto.
- Estamos no carro numa perseguição. Tinha outra pessoa lá, ele chegou primeiro que nós e pegou o anel. Estamos atrás deles. – disse praticamente gritando. James achou o carro dele e estava o perseguindo, o carro fazia muitas curvas e eu era jogada de um lado para o outro.
- Vocês estão indo para o centro Cher. Precisão para se não serão seguidos, tem carros da polícia lá. – disse Katrinna.
- Eu não posso perder esse anel. Não temos escolha.

Como Katrinna tinha dito, acabamos no centro e logo pude ouvir a sirene do carro da polícia atrás de nós. Mas o carro da polícia não era páreo para o meu e nem do ladrão com o meu anel. Logo o som das sirenes foi ficando mais fracas até não escutarmos mais.
Estávamos na cola do carro dele que era um azul. Ele não teria como escapar agora, James continuava sem medo acelerando, mas a rua era curta e não dava para cortar por nenhum dos lados. James pediu para que eu segurasse o volante. Ele pegou a arma e colocou o tronco para fora da janela e começou a atirar no carro. Era blindado. Voltou a atirar, mas dessa vez foi nos pneus. Bem na hora o carro passou por um quebra-molas e James errou o tiro.
Voltou a sentar e pegou o volante jogando a arma no painel. As balas tinham acabado. James soltou diversos palavrões. Eu fiz o mesmo que ele e comecei a atirar contra o pneu, mas eu não atirava e logo minhas balas acabaram em vão.

- Cherry, James vocês estão indo para a linha do trem, cuidado! – Alanna e Katrinna avisaram ao mesmo tempo.

Na mesma hora escutamos o barulho do sinal do trem chegando. Merda. James pisou ainda mais fundo no acelerador e acabou batendo do carro azul. O mesmo acelerou ainda mais vendo o trem chegando e eu estava calculando na mente se daria para os dois carros e cheguei à conclusão que iriamos perder o carro azul de vista. Meu carro não iria passar, não iria dar tempo, o carro azul ia passar raspando no trem. Quando estávamos na boca para atravessar os trilhos comecei a gritar com James.

- FREIA, FREIA JAMES. FREIA AGORA! O CARRO NÃO VAI PASSAR! – o carro derrapou, e por um instante achei que não pararia a tempo e que o trem passaria por cima de nós. Fechei os olhos e fui jogada para frente. O carro parou e eu abri os olhos. Tínhamos quebrado o bloqueio para fechar a pista, mas o carro parou a milímetros do trem que passava a todo vapor a nossa frente. Era um trem de carga com pelo menos trinta vagões. James saiu do carro gritando em fúria.
- Que merda! Perdemos o anel de vez. – sai do carro também.
- Nós não perdemos não, eu gravei a placa do carro. Nós vamos pegar o anel James. – disse indo até ele segurando seu rosto para que ele se acalmasse e prestasse atenção em mim.
- Você está bem? – disse pegando no meu rosto e examinando meu corpo.
- Estou James. – ele pareceu não escutar já que continuou a me olhar procurando por algo. – Eu disse que estou ok? – ele apenas assentiu com a cabeça e me abraçou.
- Vocês precisam sair desse lugar, a polícia pode chegar a qualquer momento. Não estou conseguindo pegar o sinal completamente, mas eles estão pertos. Saiam dai. – disse Alanna. – Estamos indo para o galpão.

Fizemos o mesmo que as garotas e fomos para o galpão sem passar pelo centro. Estava sem transito pelo fato de ser de madrugada, então não demoramos muito para chegar. Entramos com o carro e Alanna e Katrinna já estavam tirando o equipamento do furgão.

- O que houve? – perguntou logo Katrinna. Eu sinceramente não estava querendo falar sobre o acontecimento. Precisava pensar em como recuperar o anel. Localizar o carro seria fácil, isso se não tivessem dado fim a ele. Na verdade eu ainda não tinha entendido porque o carro tinha placa. Carros de fuga não tinham placa justamente para não localizarem. E mesmo assim dávamos fim à maioria dos carros. James passou as pressas por mim e logo vi que eu quem teria que explicar o ocorrido. Respirei fundo.
- Para resumir tudo, quando entramos no cofre que já estava aberto, tinha outro cara roubando o anel. Ele foi esperto e conseguiu sair do banco com o anel, perseguimos-o até os trilhos, mas o carro dele conseguiu passar antes do trem chegar e nós o perdemos. Mas o carro tinha placa e eu lembro a numeração.
- Tinha placa? Que estranho… - Alanna ficou com cara de interrogação.
- Muito estranho, mas por outro lado isso é muito bom. E ele pode ter transformado o próprio carro e ser novo no ramo. – Katrinna deu uma hipótese.
- Pode ser, mas tem algo errado nisso.
- Você viu o rosto dele, ou algo que possamos usar como referencia? – perguntou-me Alanna. Logo pensei nos incríveis olhos avelã.
- Não. A única coisa que dava para ver eram os olhos.
- Quer que eu procure o carro agora Cher?
- Agora não Alanna. Estou morrendo de dor de cabeça, depois vemos isso. – não, eu não estava com dor de cabeça nenhuma, mas eu simplesmente queria sentar e não pensar em nada. Meu humor havia mudado totalmente. Corria o risco de eles sumirem com o carro, mas eu realmente queria correr esse risco.

Sentei no meu amado sofá de couro de depois me afundei ali. Fiquei ali em silêncio sem pensar em absolutamente nada. Eram poucas as vezes que eu conseguia deixar minha mente completamente no vazio, na paz. Estava curtindo isso quando o sofá afunda do meu lado. Pela vibração do corpo perto do meu e pelo cheiro eu sabia que era James. Respirei fundo, eu gostava do cheiro dele. Ainda continuei de olhos fechados quando ele me puxou para perto dele e colocou minha cabeça na sua perna acariciando meu cabelo.
Aquilo foi suficiente para que eu me perdesse no inconsciente da minha mente e dormisse.



“Cherry” eu escutei alguém me chamar. “Cherry acorde” novamente me chamara, mas dessa vez o som foi mais alto e eu acordei. Era Alanna.

- Aconteceu algo? – perguntei sentando.
- Não, eu quero que me dê à numeração da placa para eu rastrear. – olhei para o sofá e James ainda estava lá, mas dormia com o rosto apoiado na mão. Levantei com cuidado para não acorda-lo e segui Alanna até os computadores. – Digite aqui a placa. – passei a mão no rosto tentando dispersar o sono e cosei a têmpora. Busquei na memoria a e comecei a digitar. Apertei em localizar. – Irá demorar um pouco porque estou pegando o programa da polícia e como não posso entrar diretamente o programa é um pouco lento.
- Tudo bem. – disse somente. – Onde está Katrinna?
- Ela foi a casa dela fazer algo, ou sei lá. – apenas assenti e nenhuma das duas disse mais nada. – Cher… o que está rolando realmente entre e você e o James?
- Eu não sei. Eu gosto dele e tudo mais, mas não estou aberta a relacionamentos sérios. Não quero ficar dando satisfação aonde vou ou com quem estou. – eu disse sem pensar. Alanna e eu éramos amigas de longa data, em uma época que eu contava absolutamente tudo para ela. Acho que seria bom compartilhar isso com ela, seria um problema a menos.
- Eu não sei se você percebeu, mas… uma coisa que eu venho notando é o interesse de Katrinna nele. Repare como ela olha para ele, e sempre quando James vai falar com ela, ela é extremamente doce e certa vezes até mesmo atirada. – então não foi coisa da minha cabeça.
- Sim eu reparei Lanna. – eu tinha apelidado ela assim ainda quando éramos do colegial e fazia anos que não a chamava assim, mas pelo visto ela gostou de me ouvir chamando-a assim de novo já que sorriu. – Eu achei que era coisa da minha cabeça. Ontem eu podia jurar que vi ódio nos olhos dela para cima de mim. Mas foi questão de segundos para ela camuflar.
- Eu já tentei arrancar alguma coisa dela quanto em relação a ele, mas ela se recusa a falar sempre mudando de assunto ou dando de desentendida. – assenti e fiquei pensando se contava ou não sobre a breve declaração de James.
- Lanna… - chamei-a. – Se eu hipoteticamente dissesse para você que James se declarou para mim, o que você falaria? Hipoteticamente falando.
- Não pode ser… ele… é sério? – ela segurou minha mão.
- Sim. – disse simplesmente na esperança dela me ajudar. – Não foi uma declaração de verdade, foi mais um desabafo. Mas no fim eu achei bem fofo. James não é um amor de pessoa, e vê-lo daquela forma foi extremamente diferente, mas fofo.
- Wow. Eu não esperava por isso. Mas… bem, não sei o que ele te disse, mas ele é um gato. E eu acho que você devia deixar rolar, vocês formam um lindo casal. Mas deixe claro para ele suas intenções e diz que não é nada sério, que é como um teste para vocês. – parei para pensar naquela possibilidade e não custava nada tentar. Quer dizer, eu iria deixar bem claro que eu não devia satisfação e que seriamos dois amigos que se pegam. Se bem que isso já é o que acontece. Alanna tem razão eu só devia deixar rolar e dizer minhas intenções.
- Eu te amo cara. – abracei-a. – Não sei o que seria de mim sem você.
- Eu te digo o que você seria sem mim, não seria nada amorzinho. – ela piscou.
- Sempre tão humilde você Lanna. – ouvimos o computador apitar e olhamos para a tela que dizia a localização do carro. Olhei para Alanna sorrindo. – Te pegamos filho da puta.


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Gostaram?
- Dricka.