26 de mar. de 2014

One Shot : Diario de Karina

Estranhamente, sempre fui boa em inglês, e não em português, a matéria que eu obviamente deveria ser melhor.
Aliás, esse fora um dos motivos para eu sair do país, e ir para Londres, com 20 anos.
Meus pais nunca apoiaram muito essa ideia de eu morar longe de Portugal, pois sempre foram muito apegados à mim e também à minha irmã, Jenna.
Eu e minha irmã nunca fomos muito proximas, mas sempre nos ajudamos quando precisavamos uma da outra.
Jenna sempre fora a menos, a mais lenta, mas sempre fora também a mais amada pela família.
Como sou a mais velha, a responsabilidade por tudo oque acontecia com ela era minha, claro.
Com 7 anos, ela queimou todo o canteiro de rosas da Nona. No caso, Nona é minha bisavó, que faleceu antes de eu completar 12 anos.
Com 15, Jenna inventou de querer colocar um piercing no freio da língua, e como eu tinha 17 na época, fui junto dela, afinal, tinha mais de 8 piercings, e os tenho até hoje.
Ao chegarmos em casa nesse dia, mamãe me olhou sorridente por eu estar com Jenna. Sem brigar conosco , na verdade comigo por eu ter ido com ela colocar o piercing, e nem nada mais.
Essa fora uma das poucas vezes que a vi sorrindo, desde a morte da Nona.
Assim que completei 18 anos, comecei a juntar dinheiro para ir para Londres. Mais dinheiro na verdade.
Porém, nesse meio tempo, minha mãe se matou.
Jenna estava em uma festa nesse dia, e eu estava na casa de Ariel, uma amiga, junto de uns amigos mais.
Eu me lembro bem desse dia. Na verdade, me lembro muito bem desse dia, cmo se fosse ontem.
Eram 8 horas da noite, quando minha vizinha, Dona Ligia me ligou aos prantos, falando poucas palavras enroladas, das quais sempre me lembrarei.

"Karina Medeiros? - perguntou-me- Aqui é sua vizinha, Ligia. " Ela tentava se acalmar, e até ali, eu não sabia oque tinha acontecido.
"Sim, Dona Ligia. Oque houve com a senhora? " Sempre a respeitei muito. Ela sempre ajudou minha família quando precisavamos, mas isso não vem ao caso agora. Depois dessa pergunta, eu cai ao chão. Dessa vez, era eu quem chorava aos prantos. Era eu quem sentia toda a dor. Como... como se tentassem arrancar minha vida a força.
Corri pra casa logo depois. Estava com medo, assustada, nervosa. Sozinha.
Ao chegar, vi um homem cujo o qual não esperava ver nunca mais. Afinal, fora ele quem quebrara meu coração em pequeninos pedaços quando eu tinha 16 anos.

"Kah, - ele veio até mim, e eu recuei - eu ... sinto muito por sua mãe. " Apesar de tudo, seu sorriso debochado o deixava extremamente sexy.
"Não, você não sente! " Esbravejei. " Saia daqui ! Saia já de minha casa ! " Gritei segurando todas as malditas lagrimas que teimavam em descer pelo meu rosto.
"Mas, Kah eu ... " Não o deixei terminar . Dei-o um forte tapa no rosto, fazendo um barulho alto.
"Saia daqui Justin ! Não quero te ver, nem te ouvir. Apenas suma da minha vida ! " Ele assentiu, e assim fez.
A ideia de sair do país, começou quando fiz 7 anos, e percebi que estava no lugar errado. Quando meu pai se matou. Quando minha vida acabou, mesmo não tendo começado.
E a mesma, se concretizou com 20 anos, exatamente 13 anos depois de eu perder tudo que importava, tudo que eu mais amava na vida.




Oii meninas, tudo bom ? Ana aqui. 
Espero que tenham gostado. Escrevi isso para uma "prova" na escola, e quis compartilhar com vocês. 
Espero que tenham visto meu recado sobre WOC, e que entendam oque estou passando. 
Não estou muito bem, mas sempre que olho o blog me alegro. Obrigada por estarem aqui sempre. 
Amo vocês, beijos beijos, Ana. 
Comentem por favor, estou pensando em fazer a parte 2 dessa 1shot. 
 

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