No dia seguinte, quando estava tomando café da
manhã, minha mãe estava lá comigo. Certa vez perguntei por que ela sempre
estava acordada quando eu ia para escola, sendo que ela podia dormir até mais
tarde. Ela me respondeu: “É porque gosto que você seja a primeira pessoa que
vejo no dia”, e eu também gostava que ela fosse a primeira.
- Como foi ontem, Sun? – perguntou.
Contei que tínhamos um show, ela disse que iria.
Uma pessoa na plateia era bom, mesmo que ela fosse minha mãe e eu ficasse
nervosa perto dela. Falei do local, um pouco da playlist e da noite da banda.
Ela assentia com o olhar opaco.
- Está tudo bem? – perguntei em certo ponto.
- Você está feliz, está tudo ótimo. – sorri.
- Tudo bem. Me liga qualquer coisa...
- Ok. Agora vou dormir mais um pouco.
Em todos aqueles anos, eu nunca vira minha mãe
voltar para a cama. A buzina de Chaz me despertou e eu corri para fora.
Entrei no carro e Chaz me cumprimentou e eu ainda
estava muito feliz da nossa apresentação.
Comecei a rir lembrando como ele tinha conseguido aquilo.
- Do que você está rindo? – perguntou.
- Me conta como ela é. – falei.
- Ela quem?
- A sua namorada. – sorri.
- Até você, Summer? – ele resmungou mais para si
mesmo do que para mim. Eu realmente estava curiosa, mas fiquei quieta e dei uma
trégua: afinal, era de manhã e ninguém merece pessoas chatas de manhã.
Mais tarde
- Vamos ter que marcar ensaios extras essa
semana. – falou Chaz.
Nem precisei perguntar por que: o show estava na
minha cabeça. Bom, não era um show, porque as pessoas estavam indo comer e não
ouvir música. E eu esperava que a comida fosse um show, porque eu queria que
houvesse pessoas fora a minha mãe. Sendo realista, sabia que não, porque era
uma quinta feira.
- Okay. – respondi.
Ouvi o celular de Chaz vibrar.
- Justin disse que pode ser hoje.
- Não sei se dá para mim.
- Tem que dar, Summer. É um dos nossos últimos
ensaios até lá.
- Tudo bem, só deixe eu ligar para minha mãe.
Liguei e ela disse que sim. E lá estava eu mais
tarde, como uma nômade, indo para a casa dos Bieber novamente.
Ir lá já estava se tornando parte da minha
rotina. E eu gostava disso e gostava de passar tempo com Pattie cozinhando ou
com as crianças.
- Oi Pattie. – disse a ela, quando adentrei a
cozinha.
- Oi Summer! Hoje vou ter que dar uma saidinha,
esqueci de comprar sal, tem como você olhar as crianças para mim por um
minutinho? Confio em você, mas só para garantir... – ela rabiscou um número em
um guardanapo – esse é meu número.
Subi no quarto de brinquedos, estava feliz porque
ela confiava em mim e porque eu gostava muito de crianças. Nunca tinha pisado
lá naquele quarto – como em muitos lugares daquela casa – mas meu queixo quase
caiu ao ver a quantidade de jogos e bonecas. Pedro, meu irmão mais novo, ia amar
tudo aquilo.
- Summer! – Jaxon e Jazzy exclamaram e me fizeram
olhar para o chão, onde estavam sentados.
- Oi! –
falei me abaixando, enquanto eles corriam para e abraçar.
- Summer – Jaxon começou, tocando meu cabelo –
sua mãe colocou esse nome em você porque seu cabelo parece um sol?
Dei risada.
- Não, é porque ela gosta muito do verão. E gosta
muito de mim também. – respondi.
- Mas – Jazzy falou – como ela sabia que gostava
de você, sendo que você nem tinha nascido?
Pensei em responder que as mães tinham o poder da
premonição (o que deve ser verdade), mas estava com medo de causar um trauma
neles. Mães também erram. E como uma pessoa com premonição erraria? Tudo bem, que nas Visões da Raven ela sempre errava, só que eles nunca iam conhecer esse seriado...
- As nossas mães nos amam desde o primeiro momento
que sabem que nós existimos. É só como funciona o amor. – eu disse.
- Então você já sabe que ama uma pessoa desde o
momento que você vê ela? – perguntou meio enrolada, tentando realmente
entender.
- Acho que desde o momento que começa a enxergar
ela. – disse, pensando na diferença de ver e enxergar. Via muita gente todo
dia, mas as que eu enxergava eram poucas. As que eu sabia um pouco da história
e dos pensamentos. Acredito que a partir desse momento as coisas começam a funcionar
e no fundo a gente sabe.
- Então eu te amo. – ela disse me abraçando.
- Ei – Jaxon abandonou o carrinho e correu até
mim – eu também te amo!
- Eu também amo vocês. – disse no meio do abraço
apertado e duplo. Com crianças era tão mais fácil amar e ser amado...
Mais tarde Justin chegou e assim que ouvi o carro
estacionar, desci com as crianças. Pattie ainda não tinha chegado e Chaz estava
assistindo televisão, jogado no sofá.
- Cadê minha mãe? – Justin perguntou, olhando
para as crianças e para mim depois.
- Oi. – murmurei.
- Oi Justin! Oi Justin! – falavam as crianças, o
qual ele respondeu apenas com um “oi”.
Chaz explicou que Pattie estava no mercado e Justin
não falou nada, apenas que era ruim ensaiar com as crianças por perto, e eu sei
que é, porque Pedro também me interrompe sempre que estou ensaiando. Mas Justin
não poderia ter dito aquilo. Jazzy abriu o berreiro e os olhos de Jaxon se
encheram de lágrimas.
- A gente... – ela disse desesperada e tomando
fôlego – não ia atrapalhar Justin.
- A gente gosta de te ver cantando. – Jaxon disse
e eu abaixei para falar com eles.
Não era grande coisa, eu sei, mas isso os havia
magoado. A minha experiência com Pedro havia me ensinado como agir com crianças
e eu senti os dois se pendurarem no meu pescoço.
- Ó – eu disse quando eles pararam de chorar um
pouco – Hoje não dá para a gente ensaiar com vocês. Mas outro dia a gente faz
um show especial para vocês e para o Pedro.
- Quem é Pedro? – perguntou Jazzy se afastando.
- Meu irmão. – sorri para ela.
Justin pediu desculpa para eles, abraçando os
dois simultaneamente. Isso significava que não poderíamos tocar uma ou duas
músicas para as crianças? Quando Pattie chegou e eles subiram para o andar de
cima, Justin se virou para mim:
- Não diga o que não sabe. – o tom frio.
Almoçamos quietos. Ryan não tinha chegado e
quando chegou Justin não explodiu nem nada: só ficou quieto. Ensaiamos, cada um
concentrado em seu próprio instrumento. Vi Chaz parecer cansado atrás da
guitarra. Não entendia nada, como sempre. Era um saco ser a novata. Eu não
entendia das coisas, eu não entendia em qual frequência Justin estava
sintonizado.
Naquela mesma tarde combinamos o horário e quem
levaria tudo para o local. Justin, pois ele tinha o carro mais espaçoso.
E eu nunca me senti tão desanimada para fazer uma
apresentação. Justin tinha o poder de deixar todo mundo mal.
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Hey! Como estão vocês?
Sei que Drummer Girl estava "drummindo" aqui no blog, mas ela está de volta. É que eu tive que viajar, e estava postando o "Sete Dias" que algumas nem comentaram o final :( Mas tudo bem! Tenho planos para essa fic, espero de coração que gostem...
-Não estou no direito de pedir muitos comentários, mas que tal 7?
Beijos,
Audrey.
Continua perfeito a melhor imagina que eu leio ♥
ResponderExcluirO que tem nesse Justin? hahahha
ResponderExcluirContinua, esta muito perfeito.
Continuaa.logp.;),Hey bcs.sabem.ondr.esta.a.criadora do.blog?,ela.sumiuu,e.nem terminou a.fanfic.dela ;) Amoo Drummer Girl <3
ResponderExcluirContinua lindaaaa!! Ta perdeito!!
ResponderExcluirQuando que o Justin vai começar a ser mais legal?
ResponderExcluirContinuaaaaaaaaaaaaa