6 de nov. de 2014

Trust Me - Capítulo VIII - Devemos?



DEVEMOS?


Cher P.O.V.

Meu coração ficou acelerado ao máximo. As batidas do dentro do meu peito doíam, levei uma das mãos até o peito. Chris estava indefeso, Anne estava mais ainda com cara e pânico sem saber o que fazer. Desespero entrou em mim com tanta facilidade quanto à adrenalina e o êxtase.

- James volta com o carro! – disse em desespero olhando para trás e tentando mexer no volante para fazer o carro retornar.
- Não posso Cher, o carro vai ser alvejado e ele não é blindado. – James conter o tom da voz.
- James eles vão prender o Chris!
- Se formos lá, ele vai morrer Cherry. – pela primeira vez em anos lagrimas começaram a surgir nos meus olhos.

Chris era meu amigo há muito tempo, quase tanto tempo quanto James. Que por mais estranho que seja, foi o mesmo que me apresentou a Christian Beadles. Na época eles não tinham essa briguinha ridícula entre eles. Eles tinham uma amizade apensar de sempre tiverem um pé atrás um com outro. Tudo piorou quando, em uma festa, Chris para lá de bêbado me cantou na cara dura justamente quando James estava perto suficiente. Ele tentou me agarrar ai James não se segurou e deu um bom soco no rosto de Chris. Um dos poucos socos bom de James. Isso geralmente só acontece quando ele está seriamente estressado com algo.
Mas nas idas e vindas dessa amizade, um estava lá pelo outro sempre disposto a ajudar. Eu era a prova disso, já tinha visto isso acontecer muitas vezes. Mas naquela situação em si eu sabia que James estava com a razão, mas eu simplesmente não podia deixar que algo acontecesse como meu amigo.
Eis que vi algo que eu nunca em milhões de anos pensaria que acontecesse. Aquele cara novamente estava ajudando. Austin... Dustin… não era esse o nome. Justin! O homem de olhos castanhos claros. Ele colocou Chris nos ombros e ajudou entrando no carro vermelho que competiu com Katrinna. Ele e Anne entraram no carro junto com Chris e o motorista catou pneu para cima dos carros batendo em um deles, mas conseguiu seguir em frente.

- Vai, vai James! – ele acelerou entrando pelo túnel abandonado.

O túnel era grande e tinha uma iluminação escassa, mas os faróis do carro davam um jeito. Era um túnel antigo de mineração, que mais tarde fora de trem e hoje estava completamente abandonado. Chegando ao final tinha dois caminhos um para esquerda e outro para direita. O da esquerda voltaria para o Galho Quebrado e o da direita iria direto para o centro e é para lá que fomos.
Ficamos rodando pela cidade atrás do carro vermelho, mas não o vimos em nenhum lugar. Rodamos no centro duas vezes e passamos pela periferia e classe media onde esse Justin morava e não conseguíamos achar o carro. Ligava para o celular Chris e só caia na caixa postal, o de Alanna chamava e ninguém atendia. Começava a ficar preocupada com a possibilidade de um sequestro. Pelo celular de James tentava ligar para o de Anne e o mesmo dizia que estava desligado ou fora da área de cobertura.

- Acalme-se Cher, nos vamos acha-los. – ele dizia colocando a mão na minha perna massageando-a tentando me confortar e acalmar.
- Porque Alanna não atende esse telefone? – disse nervosa com a mão no cabelo.
-Deve estar no silencioso. Não fique nervosa, não aconteceu nada com eles.
- Como pode ter tanta certeza? Chris estava ferido, Anne não anda com uma arma e Alanna está para lá de bêbada. Como posso ter certeza de que não aconteceu nada? Esses dois caras veem sendo encrenca desde que apareceram em nossas vidas. – dei um soco no painel do carro.
- Cher você precisa se acalmar ou então sua pressão vai baixar. – ele dizia se controlando para não gritar ao contrario de mim.

Respirei fundo porque ele tinha razão, eu sofria de pressão baixa e quando ficava muito nervosa como estou nesse momento, ela baixa e eu acabo desmaiando sem nem perceber.


Justin P.O.V.

Chaz corria a toda com o carro para um hospital mais próximo. Eu poderia ligar para ambulância dizendo que era o agente Bieber e ela chegaria em menos de cinco minutos. Mas isso estragaria o disfarce e já era qualquer chance de ter êxito nessa missão. O cara baleado dentro do carro estava com uma feição nada boa. O sangue estava jorrando, meu palpite é que ele começava a ter uma hemorragia. O tanto de sangue que saia foi o suficiente para ensopar a blusa e o banco do carro. Eu tirei minha blusa e usei para estancar o sangue, mas logo a mesma também estava ensopada.
Quando enfim Chaz parou em frente ao hospital do centro eu desci correndo do carro e tentei ao máximo fazer ele não sentir dor, mas era quase que impossível. Tínhamos que correr, com a quantidade de sangue que ele perdeu, a qualquer momento ele desmaiaria. Chaz me ajudou a entrar com ele e a brutalidade que abrimos a porta dupla atraiu a atenção de todos e logo os enfermeiros trataram de trazer uma maca.
A mulher de cabelo curto de escuro fez um berreiro no hospital alegando que tinha que entrar com eles. As enfermeiras tentaram a todo custo acalmada, mas a mesma estava irredutível. Chaz e eu tivemos que pega-la a força e coloca-la em uma cadeira, ela estava atrapalhando o fluxo no hospital. Deixei que ele a acalmasse e fui cuidar da bêbada, meu deus que povo problemático. Alanna estava encostada em uma cadeira e olhava fixamente um garotinho que também a encarava. Depois de um tempo eles dois estavam se encarando frente a frente, cara a cara. Estava engraçado o menino estava ficando vermelho e ela com os olhos semicerrados, pareciam um tipo de competição. Bêbados.

- Que foi menino? Vai ficar me encarando? – ela deu um berro do nada, fazendo a criança saltar para trás. – Tá me tirando novinho? – corri até ela e a puxei para longe do menino. – Me solte desconhecido!
- Fique quieta, estamos em um hospital! – disse moderando meu tom.
- Dai? – ela ficou com aquela cara de lerda.
- Por favor, fique quieta. – ela começou a fazer um show, a falar auto e atraiu atenção mais que necessária.
- Senhor, eu vou ter que pedir para que tire sua amiga do hospital, ela está incomodando os outros pacientes. – disse a recepcionista.
- Não teria como dar glicose para ela? Está para lá de bêbada.
- Vou ver o que posso fazer pelo Senhor. – ela disse e sem esperar uma resposta minha saiu adentrando pela porta dupla por onde passou o amigo de Alanna baleado.

 Tempo depois a secretária voltou com um medico que trazia uma prancheta em mãos. Os dois pararam diante de mim e o medico pediu para que eu ajudasse a levar Alanna para a ala de medicação e curativos. Chaz ficou ali na espera junto com a morena servindo de “ombro amigo”. De primeira achei que a amiga loira de Cherry iria fazer o maior escândalo, mas assim que viu o medico mudou de atitude ficando comportada e olhando fixamente para ele. Puder o ver ficar um pouco envergonhado, mas logo tratou de voltar ao profissionalismo.
Foi posta em uma poltrona onde o médico tratou de colocar uma agulha no braço ela ligada a um soro. Ela ficava sorrindo como uma idiota para o médico que só faltava rir. Antes de ele sair colocou um esparadrapo para segurar a agulha no braço.

- Você é tão bonitooooo. – ela disse exageradamente tentando ser meiga.
- E você precisa ficar bem quietinha. – ele disse rindo.
- Nós podíamos brincar com esse termômetro ai no seu bolço, o que acha? – ela disse seguida de risadas exageradas e, tentativa de falha de ser sedutora. Não pude controlar a risada que soltei.
- Você é bem humorada. – ele disse por fim saindo.

Vinte minutos depois ela apagou na cadeira e pelo avaliar a bolça de soro ainda demoraria aos montes para acabar. Avisei a uma enfermeira que iria dar uma andada lá fora para ver como o amigo dela estava e pedi para que se ela acordasse avisasse que eu dei uma saída para ver como o amigo dela estava.

Cher P.O.V.

Depois de uma hora e meia rodando pela cidade, James e eu decidimos ir para casa a espera de noticias. Se fosse um sequestro logo ligariam pedindo algum resgate ou coisa parecida. Eu tinha muitas coisas valiosas que consegui com o tempo e subornando muitos consegui outros de outros traficantes, ladrões ou corrupto eu nem sonham que estejam comigo.
Eu estava nervosa e isso era perceptível a qualquer pessoa. Chris é e sempre será como um irmão para mim. No passado se não fosse por ele eu não teria um teto. Nessa época eu vivia na casa de James, e nós brigamos feio e eu saí da casa dele sem nada, apenas com a roupa do corpo. E a única pessoa que morava relativamente perto de James era ele e não pensou duas vezes em me dar um teto. E depois disso eu aprendi a ter meu próprio espaço, minha própria casa e logo corri atrás de uma.
Eu não sabia que horas eram exatamente quando cheguei a minha casa, mas chutava lá pras quatro ou cinco da manhã. A casa estava em completo silêncio e escuridão. James atrás de mim ligou o interruptor de luz iluminando o hall. Joguei-me no sofá ao lado do telefone e James andou para a cozinha. Ele trouxe água e um suco junto com um sanduíche. Tomei apenas a água e ele ficou me olhando.

- Não estou com fome. – disse somente e me ajeitei.
- Toma o suco. – não estava sugesta que eu podia contraria-lo no seu tom de voz.
- James eu estou em uma pilha de nervos, por favor. – disse nervosa.
- Tudo bem. – ele disse depois de um tempo em silêncio vendo que eu não estava brincando. – Só tome um pouco do suco, por favor. – olhei-o e decidi ceder pegando o copo de suco e bebendo um pouco. Ele deixou o sanduíche na mesinha do centro e sentou no sofá. Aconcheguei-me em seus braços.


Não sei exatamente quando dormi, mas acordei com o meu celular tocando. Corri para a mesinha do centro onde o deixei antes de apagar e era Alanna no visor.

- Alô? Alanna?
- Cherry? – ele perguntou com uma voz de ressaca.
- Sim sou eu, Alanna onde você está? – perguntei afobada. James tinha acordado.
- No hospital amiga. – ela disse melancólica.
- Hospital? Qual hospital? Chris está ai também? – perguntei em disparada.
- Do centro. Chris está sim, só não sei em que quarto.
- Estamos indo. – finalizei a chamada.

James já me esperava dentro do carro e foi questão de segundo para sairmos de casa a toda velocidade para o hospital do centro.
Entrei em disparada pela porta dupla e de cara avistei Anne com o cara da corrida de ontem ao seu lado e Alanna no balcão da recepcionista provavelmente escrevendo a ficha de Chris com documentos falsos. E encostado em uma parede próxima estava o homem que sempre acabava metido em algo que relacionava minha família. Não pensei nem duas vezes antes de avançar nele com a mão na sua garganta apertando-a.

- O que você fez com ele? – berrei dentro do hospital deixando algumas pessoas assustadas.
- Cherry para, ele não fez nada, se não fosse por ele teria acontecido algo pior. – Alanna veio correndo colocando a mão no meu braço esticado. Soltei o individuo.
- Será que só uma vez você pode me receber sem que eu leve uma pancada ou que me enforque. – escutei o loiro dizer.
- Acho que não.
- Vocês são os amigos do paciente. – ele deu uma olhada na ficha e depois voltou a nos olhar. – Marcus Oliver?
- Sim – respondeu Alanna.
- Ele está bem doutor? – perguntei preocupada e já me preparando para o pior.
- Está sim, não foi nada grave. Os pontos dele abriram. Mas agora está tudo bem.
- Podemos vê-lo doutor? – perguntou Anne.
- Sim, mas não todos, só poderão entrar três comigo. – nos olhamos e automaticamente saberíamos quem iria entrar.

Eu, Anne e James seguiram o médico até o segundo andar. O quarto do Chris era o ultimo. Assim que entramos Chris sorriu e Anne foi tentar abraça-lo, mas acabou causando-lhe dor.

- Por favor, ele precisa ficar em repouso absoluto. – Anne se afastou.
- Doutor pode repetir isso para ele, por favor? – pedi olhando para Chris.
- Repouso absoluto, rapaz.
- Ouviu Marcus? Repouso, eu repito repouso, nada de querer sair de madrugada. – briguei com ele e o mesmo revirou os olhos.
- Isso mesmo, deve fazer o menor esforço possível. Se precisar de algo, peça a alguém até mesmo se precisar ir ao banheiro. Até esses pontos cicatrizarem preciso que fique o máximo de tempo deitado.

[...]

Para o final da tarde Chris foi liberado e teve que ser levado até o carro de cadeira de rodas. Levei-o até em casa junto com Anne, James e Alanna. Não vi onde foi parar os outros dois e também não estava preocupada. Deixei Chris e Anne em casa e o ajudamos a levar para o seu quarto, não ficamos muito tempo lá e logo eu fui para casa com James e Alanna pegou um táxi para casa dela.


*Doze dias depois

- Como vamos achar alguém? – perguntava Katrinna nervosa.
- Exatamente, como? – reforçou Alanna. – Hayden e Patrick não voltaram ainda e eu nem sei quando voltam. Sumiram o mapa, não consigo entrar em contato de jeito algum.
- Chris não pode entrar em missão e Anne não serve para nada. – Katrinna estava praticamente gritando para os quatro cantos daquele galpão.
- Gritar comigo não melhora a situação em nada. – disse mantendo a calma.
- Poderíamos treinar Anne. – sugeriu Alanna.
- Mesmo que eu fosse, e eu não vou, ela também não ajudaria em nada. Todos os magnatas dessa cidade a conhecem. – parei para refletir. – Precisamos de alguém que não seja conhecido e que passe despercebido.
- Onde vamos arrumar alguém assim de confiança? – James se pronunciou pela primeira vez naquela conversa.
- Eu… eu não sei. – coloquei as mãos na cabeça em desespero. O silêncio estava instalado e era perturbador, isso nunca tinha acontecido, nunca ficamos nessa situação. Sempre achávamos uma conclusão para tudo e pela primeira vez me senti coagida
- E se… - manifestou-se Alanna. – Pode ser maluquice, mas… lembram-se daquele homem que ajudou a mim e a Chris no hospital?
- Muito vagamente… - isso era com completa mentira, eu tinha uma memória fotográfica.
- Lembro-me bem. – disse James.
- Eu pensei que se treinássemos ele, ele não poderia ajudar? – não era uma ideia louca, mas ainda assim tinha um pé atrás.
- Quem é esse? – perguntou Katrinna.
- O mesmo cara que roubou o anel. – James explicou.
- Veja, ele já ajudou até mesmo você Cher. E se não fosse ele eu não sei o que podia ter acontecido com Chris.
- Pode ser… quer dizer, precisaríamos treina-lo, mas é uma solução, não é? – Katrinna aderiu à ideia.
- Mas quem garante que ele não vai rouba-la em benefício próprio? – James levantou algo que eu já tinha em mente.
- Não temos muitas opções se não percebeu. – Alanna insistiu.

- Acho que a maior questão aqui é: devemos confiar nele?

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CONTINUAAAAA
AAAAH RECEBI 9 COMENTARIOOOS SURTEEEEI AQUI SOCORRO!!!
MUUUUITO OBRIGADA MEUS AMORES!!!
Gabriela respondi lá sua pergunta baby.
GOTARAAAAM?



Gente eu vou começar uma nova fic no meu blog novo e se vocês gostam do meu trabalho, do modo que eu escrevo, por favor, acessem ele e sigam para poderem acompanhar quando for postada.


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