Proposta.
Cher
P.O.V.
Sem saída tivemos que recorrer ao
desconhecido.
Nunca me senti a vontade no que eu
não conheço. Nunca me sinto a vontade fora do meu circulo de confiança e
amizade. Mas não tínhamos escolha, para o próximo plano íamos precisar dele,
mesmo que eu fosse contra de todas as formas possíveis. Alanna parecia confiar
cegamente, Katrinna mantia-se neutra quanto a isso. Já sabia o que James
pensava e era o mesmo que eu, não confiava, mas não tinha escolha. Uma sinuca
de bico.
Eis que fui fazer uma surpresinha
para Justin.
Justin
P.O.V.
Estava batendo um relatório nada
produtivo que não tem deixado meu superior nada feliz. A cobrança era alta, era
muito dinheiro gasto e pouco retorno, meu chefe só falta espancar a mim e a
Chaz, porque até mesmo xingar já foi possível. Ele é cobrado e nos cobra ao
quadrado por resultados. Uso toda a inteligência da agencia e não conseguimos
nenhum rastro deles, Cher e seus amigos eram totalmente invisíveis, como se nem
existissem.
Não conseguíamos nada no banco de
dados, tem pelo menos umas mil Katrinnas e outras mil Alannas, mesmo
trabalhando com todos os agentes possíveis não as encontramos. Sem contar que
temos que procurar das diversas formas de escrita, e sem um sobrenome tudo
piora.
Eles usavam nomes e documentos
falsos, até mesmo podiam estar fora do país à uma hora dessas e não conseguimos
saber. Isso completamente inaceitável, tínhamos os maiores recursos e um peso
nas costas, se não conseguíssemos algo até semana que vem seriamos cortados do
caso e o caso passaria para outros agentes e seriamos a piada da agencia.
Chaz estava preocupado e eu fazia a
barra de quem não estava preocupada e que sabia que ia dar certo. Discutimos
ontem pelo meu excesso de perseverança e confesso que já estava irritando até
mesmo a mim, e eu sabia que era apenas uma farsa. Mas alguém tinha que ser
forte ali e Chaz nunca foi o fodão da história. Em resposta eu que tive que
bater o relatório.
[...]
Por volta das seis da noite deixei o
trabalho e como Chaz não tinha carro e morávamos juntos eles ainda ia comigo de
carro para casa. Em nenhum momento ele falou durante o caminho curto até em
casa. Ele olhava para a janela e pediu para que eu parasse em uma cafeteria
antes de seguir até em casa. Comprou dois cafés e uma caixa com rosquinhas que
ele gostava bem mais que eu. Deu-me um dos cafés e continuou em silêncio.
De frente a porta da frente eu vi
que estava arrombada. Olhei para Chaz que já tirava a arma do cós da calça.
Abri a porta fazendo o menos de barulho possível, adentrei com Chaz me dando
cobertura. Estava tudo no lugar, pelo menos na sala, adentrei mais na casa e
fui direto ao escritório e acendi a luz dando de cara com uma mulher sentada na
minha cadeira com os pés apoiados na mesa passei o olho pelo resto da sala e
pude ver Katrinna, Alanna e o acompanhante que sempre estavam com elas como um
guarda-costas.
— O que está acontecendo? –
perguntei ainda com a arma em punho. A cadeira rodou e eu vi Cher com um
sorriso largo.
— Olá! Oh, nossa… que jeito de
receber suas visitas. Abaixe a arma, não estamos aqui para uma guerra, não
hoje.
Fiquei alarmado e surpreso com a
presença de todos ali. E se vasculharam a casa e acharam algo que ligue ao fato
de eu ser um policial? Por sorte meu distintivo estava dentro do bolço e não no
pescoço como de costume. Senti uma gota de suor escorrer pela minha nuca,
estava coagido. Deveria abaixar ou não a arma? Nenhum deles estava com as armas
em punho, mas eu conseguia ver a arma no cós da calça do "segurança".
Tinha a possibilidade de eu abaixar a minha arma e ele levantar a dele metendo
um tiro na minha testa e mesmo se Chaz fosse me cobrir não duvido nada que eles
o fuzilariam. Um pequeno massacre. Um massacre com um lindo sorriso.
— O que querem? – perguntei logo.
— Conversar querido. – o sorriso continuava no rosto fino e levemente bronzeado
de Cher. O que me levou a pensar por onde ela estava e se estava de bobeira só
pegando um sol enquanto eu me matava em procura-la. Agora ela está na minha
casa.
— Pode falar.
— Abaixe a arma. – ela pediu e eu nem ao menos percebi que continuava com a
arma em sua direção. – Obrigada. Queiram se sentar, por favor. – Chaz e eu nos
sentamos nas duas cadeiras de frente para ela.
— Quais são seus nomes mesmo? – ela nos olhava com muita atenção.
— Justin.
— Chaz.
— Justin e Chaz de que? – olhei para Chaz e o mesmo de olhou e arqueou
levemente a sobrancelha em sinal de negação. Isso era perigo. Dar nossos
sobrenomes era o fim. Não sabia quais recursos eles tinham e se puxassem minha
ficha? Estaríamos perdidos, meu registro estaria lá bem grande “AGENTE DO
FBI".
— Só Justin e Chaz. – disse
somente, cortando o assunto.
— Ok, só Justin e Chaz. – ela
respirou fundo. – Se bem me lembro, você queria uma… “vaga”. – ela fez aspas no
ar. – Uma vaga que nunca existiu. E que nunca irá existir. – ela pausou e ficou
nos olhando.
— E… - Chaz indagou para que ela
continuasse.
— E, que estamos precisando de
reforços. E se por acaso não falamos a mesma língua, isso quer dizer que irão
nos ajudar e somente isso. E claro, serão pagos por isso. – ficou nos olhando a
espera de alguma reação.
— O que exatamente quer nossa
ajuda? – perguntou Chaz.
— Vou considerar isso como um sim.
– ela disse e eu olhei para Chaz e balançou a cabeça levemente como se disse
“precisamos de algo, acorde”. – É bem simples, se realmente concordarem serão
que… ajudar-nos a roubar algo da casa de alguém.
— Isso parece fácil demais. Não
acho que precisem de ajuda ou algo do tipo. – disse e ela assentiu com um aceno
de cabeça.
— Sim, mas é ai que você se engana.
Tal pessoa que vamos entrar na casa é… digamos assim… muito conhecida por
qualquer um de nós e o mesmo nos conhece, a segurança da casa estará reforçada
e quem você acha que eles irão observar mais? Um meramente desconhecido ou a
nós? – ela disse como se fosse obvio e olhando por esse lado realmente era.
— Então nós que vamos fazer o
trabalho pesado? – Chaz disse e eu estranhei-o.
— Eu não diria que distrair a
atenção para nós seja realmente fácil, se suspeitarem de um de nós, você não é
nem capaz de imaginar o que acontece.
— Esperem, vocês são convidados ou
sei lá, para uma festa de uma pessoa que vocês são… inimigos? – perguntei
completamente confuso.
— Sim. – todos eles disseram juntos.
— Já ouviu a expressão: “mantenha
seus amigos perto, e seus inimigos mais perto ainda?”. Verá que isso acontece
muito esse mundo. – ela se recostou na poltrona. – Então, o que me dizem?
— Estamos dentro. – respondeu Chaz
por nós. Com isso Cher levantou-se e foi andando em direção à saída, mas antes
de sair olhando de volta para nós de cima a baixo e fez cara de desdém.
— Terno né? – estalou a língua no
céu da boca. – Não quero nem saber o que estavam fazendo, mas não apareçam
assim na segunda-feira as dez da manha no Delphi.
Depois ela saiu e as meninas a seguiram, o homem
que sempre a acompanhavam foi o ultimo a sair, mas não sem antes nos olhar bem
de cima abaixo e depois lançar um sorriso de deboche.
Continua
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Eu não ia postar essa semana, por dois motivos.
1 - eu só tenho mais 4 cap prontos
2 - recebi tão poucos comentários que me desanimou.
Essa fic não é movida a comentário, jamais será. Nunca fiz isso e nunca farei, achoo que a pessoa comenta se ela quiser, se si sentir a vontade e se gostar da fic também.
Por fim, venho perturbar novamente sobre minha nova fic que eu postei a sinopse no meu novo blog.
Quem quiser dá uma passadinha lá e slá dá um oizinho :3
Querem que eu faça um ASK??
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