21 de mai. de 2014

The boy next door (capitulo 6)

Segunda amanheceu nublada, deixando-me cada vez mais pra baixo. Charlie não me ligara, e quando liguei foi uma garota quem atendeu, liguei para mãe dele e descobri que viajara novamente. Coloquei uma blusa de lã sobre a regata colada, e me dei ao luxo hoje de ir com uma calça quentinha. Sentei-me na beira da cama e peguei o celular.
"Jesse ñ vou poder te pegar, flw." - Charlie.
Joguei-o para longe e desci as escadas para sala. Estava vazia como toda segunda, só que dessa vez um bilhetinho de mamãe, falando que iria a uma festa com papai, voltaria tarde, e bla bla bla. Bebi um pouco de suco e sai para pegar o ônibus para escola. Justin estava sentado sobre o capô do seu carro, falava no telefone com alguém, parecia bem humorado. Ele me olhou e desligou o telefone. Parei ao seu lado. 
"Vizinha!" Ele falou humorado, ajeitando a camiseta social. "Está indo pra onde?" Levantei minha bolsa e sorri. "Vai andando?" 
"Não, vou pegar um ônibus ali em cima." Ele fez um olhar confuso. 
"E aquele seu amigo que vem te buscar?" Charlie, isso ainda rodava minha cabeça. Ele vai se tornar um cara morto se não tiver uma boa explicação. 
"Não pode vir me buscar" Ele poiou a mão sobre o capô e empurrou o corpo para frente. 
"Vem que eu te levo, que pegar ônibus que nada." Neguei. "Vem Jess." 
"Não precisa Justin..." Ele abriu um sorriso largo e abriu a porta para mim. 
"Eu me impressiono com você." Eu o olhei desentendida. "Consegue me fazer uma proposta de sexo sem compromisso no meu primeiro dia aqui, mas não aceita uma carona." Ele gargalhou e foi em empurrando para o carro. O cheiro do seu carro era o mesmo que os das suas blusas, deliciosamente bom. Justin se ajeitou no banco, passou o cinto pelo seu corpo. 
"Por que ele não pôde vir te buscar hoje?" Seus olhos fixados na rua pouco movimentada, ligou o carro. 
"Eu não sei, ele simplesmente me mandou uma mensagem." Ele balançou a cabeça, e sua mão logo segurou a minha. Um choque passou por todo o meu corpo, e eu senti meu estômago dar cambalhotas.
"Desculpa, força do abito." Apertei sua mão, para que ele não a soltasse. Ele me olhou de relance e sorriu. "Coloca o cinto." Concordei e passei-o sobre o meu corpo. 
"Prontinho." Sua mão agora acariciava a minha, de uma maneira carinhosa. 
"Vai fazer alguma coisa hoje a tarde?" Hum... 
"Ah, sei lá." Seus olhos continuaram na estrada, e ai soltou minha mãos ao virar na ultima curva para escola. Meu coração se entristeceu. "Mas por que?" O carro parou em frente a imensa escola. 
"Aquele não é seu amigo?" O carro de Charlie entrava no estacionamento, Clara e suas amiguinhas estavam também. 
"É..." Olhei para Justin, que também me olhou. Gargalhamos. "Ok, me fala o que esta programando para sexta!" Passei a mão sobre seu braço um tanto musculoso.
"Nada de mais, só pra assistir um filme lá em casa." Hum... 
"Oh Bieber, será que ainda não entendeu? Eu não..." Ele me beijou, impedindo-me de falar. 
"Você passa lá depois que voltar da escola. Não é pra atrasar." O olhei e dei um meio sorriso. "Eu juro que não quero sexo. Juro." 
"Ok, sem atraso." Olhei para escola. Olhei para Justin. "Tchau, até mais tarde." Sorri e abri a porta.
"Eu te trouxe até aqui e não ganho nada?" Ele sorriu malicioso. 
"Você acabou de me beijar!" Gargalhei.
"Foi pra você calar a boca, não valeu." Puxei sua nuca e senti seus lábios tocando os meus, o beijo estava lendo e gostoso, eu queria ficar ali para o resto de toda a minha vida, mas eu tinha que ir. Nos afastamos. "Obrigada por me trazer até aqui." Ele sorriu e me puxou, dando-me apenas um selinho. Sorri abobalhada. 
"Agora pode ir." Ele fez um gesto como se estivesse me expulsando. Ri e sai do carro. 
Entrei na escola e pude sentir todos os olhares em mim. Roupa discreta e calça não combina com a vadia. Acenei para todos, mas ainda sim continuei a andar. Avistei Charlie no seu armario bem no fim do corredor. Corri até ele. 
"Como assim você pode buscar a Clara, que lembrando te deu um pé na bunda, mas não pode buscar sua melhor amiga?" Falei em um tom de brincadeira, mas ainda sim pedindo explicações sérias. 
"Ela é minha namorada." Sua voz foi fria. "Bom, nós voltamos." Ele mudou o tom logo após ver a cara perplexa que fiz. "Eu tenho que ir, depois nós conversamos."
"Ok, vai ir lá pra casa hoje?" Ele não respondeu, passou reto. Abraçou Clara e riu de algo que falaram. Estranho. 
A tarde nunca passou tão lenta quanto essa. Peguei o primeiro ônibus que passava perto de casa, apesar de estar lotado e eu com certeza ficar fedendo. Um plano já passava em minha cabeça, chegar em casa, tomar um banho e ai colocar uma roupa um pouco mais bonitinha que essa. Com tanta emoção, acabei despercebendo o caminho, e quando em dei conta já estava no meu ponto. Desci do ônibus e corri a rua abaixo. Passei pela casa de Justin, seu carro não estava ali. Um tempinho a mais. Entrei em casa, corri para o banho.
Justin 
Molly tomava seu café de uma forma lenta, fazendo-me ficar cada vez mais preocupado. A olhava sério.
"Fala logo o que aconteceu Molly." Ela bebeu mais um pouco do café.
"Eu estou nervosa." Aquilo me assustou. "Faz um tempo que me sinto assim..." Por favor, não fale o que estou pensando. "Bom.." e eu senti ela puxar minha nuca com rapidez, colar nossos lábios, fiquei imovel, sem reação. Afastei-a com delicadeza.
"Molly, você é linda, inteligente, e muito bacana." ela sorriu. "mas não vai dar. Você só tem 14 anos, e eu tenho quase 22." e seu sorriso desapareceu. Droga. "Eu realmente queria gostar de você como gosta de mim." Ela concordou, séria. "Mas eu só consigo te ver como a menininha que eu tenho que cuidar, para que babacas como eu não a machuque, mas parece que eu vou ser esse babaca." Ela riu. Isso! "Fala alguma coisa, está ficando constrangedor já." Ela olho para o celular.
"Eu tenho que ir, até mais." E então saiu. Estranho. Fiquei chateado por ela. É tão estranho.
Entrei na rua de casa, pude ver Jesse parada em frente a minha porta, com o celular na mão. Estava linda, com uma calça jeans e uma blusa de lã roxa indo até a sua coxa. Já era duas horas, e com certeza ela estaria brava comigo. Parei o carro logo a frente, mas ela continuou fixada no celular. Sai do carro e andei até encontrar seu corpo, a abracei sem ser correspondido.
"Adoro quando finge estar bravinha desse jeitinho." Beijei seu pescoço.
"Você está atrasado." Jesse me afastou, ainda escorada na porta.
"Eu sei, desculpa." Ela concordou. "Agora sai dai, tenho que abrir a  porta." Senti um leve tapa no meu braço, puxei sua cintura. Jesse entrou toda envergonhada, apesar de não ter ninguém em casa, apenas nós dois.
"O que foi?" Perguntei, fechando a porta e trancando.
"É que você só conhece o meu quarto, enquanto você pode me mostrar sua casa inteira." Ela olhou em volta. Gargalhei. "Bom, essa sua demora resultou em algo para comer?"
"Eu esqueci! Desculpa." Ela deu de ombros. "Você está com fome?" Ela negou. "É sério, apesar de tudo eu tenho umas besteirinhas aqui, você quer?" Jesse concordou e foi sentar-se no sofá.
"Qual filme vamos assistir?"
"Na verdade eu não tenho filme nenhum, só queria ficar deitado com alguém, está muito frio," Jesse fez uma cara indignada. "Se quiser ir subindo lá pro quarto, eu vou ver se acho algum filme." Jesse concordou e subiu. Subi pro quarto com um salgadinho e refrigerante, e o poderoso chefão. Jesse estava sentada na cama mexendo na coberta. Sorri.
"Eu achei um filme, e tem salgadinho se quiser." Ela me olhou surpresa e concordou. "Quer colocar uma roupa mais confortável?" Negou e tirou as sapatilhas brilhantes. "Certeza?"
"Sim." Ela sorriu.
"Você está de calça jeans." Jesse deu de ombros. "Tira pelo menos a calça."
"Eu estou bem!" Ela deitou e se cobriu.
O filme passava, mas eu não conseguia prestar atenção, Jesse passava a mão na minha barriga e beijava meu pescoço.
"Oh Jess, e você ainda fala que não quer nada?" Ela riu e logo parou tudo que estava fazendo e só me abraçou. Sua cabeça encostou no meu ombro.
"Esse filme da sono." Não pude negar.
Um barulho irritante tocava em meu ouvido. Jesse acordou assustada e atendeu o celular.
"Mãe eu estou na casa de uma amiga da escola." Ela falou, mexendo as mãos freneticamente. "Eu sei que deveria ter ligado para avisar." Ela suspirou. "Eu sei, eu sei, não queria ficar sozinha em casa." Calou-se. "Amanha cedo eu volto, prometo." Ela segurou minha mão. "Eu também te amo, boa noite." Jesse se deitou novamente. "Posso dormir aqui hoje?"
"Não, vou trazer algumas garotas, preciso que saia." Falei sério.
"É sério Justin."
"Claro que pode né!" Falei, e a puxei para mais perto. Seus lábios tocaram os meus, os beijos estavam mais selvagens, e logo a vi seminua em baixo do meu corpo.
A campainha tocou, Jesse ainda dormia, desci as escadas para atender. Katie estava na porta. Garota não me complica. 
"Oi! O que faz aqui?" Perguntei, deixando uma brecha para ela entrar. 
"Bom, eu estava aqui perto e pensei em te trazer um café, e bom, nós terminarmos o que estavamos começando á alguns dias atras." Os cafés foram colocados em cima do sofá, e seus braços enrolados ao meu pescoço. A soltei. "Oh Justin, adoro difceis." E ela logo me puxou para um beijo. Tentava me soltar, mas ela me apertava, e não queria a machucar. Nos separei. 
"Não precisa parar, já estou de saida." Jesse apareceu e logo saiu.


Acho que foi o maior capitulo que já fiz, espero que esteje bom. Beijos. Obrigado pelos comentarios.

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