POLÍCIA
Justin
P.O.V.
Acordei com minha boca inchada e
latejando. Meu nariz estava quebrado e acho que perdi um dente. Estou com uma
dor de cabeça sem tamanho. Pensar que ainda tinha que me apresentar na minha
agencia e ter que escutar meu chefe a dor só aumentava. Levantei coçando os
olhos e tomei dois analgésicos para a dor. Na outra cama ao lado da minha
estava Chaz roncando horrores. Dei uma tapa forte na cabeça dele e o mesmo
despertou assustado olhando para todos os lados.
- Acorda logo. – estava
extremamente mal humorado. – Você vai ter que fazer todo o relatório para o
chefe.
- Ah, você só pode está brincando.
– Chaz enterrou a cara no travesseiro.
- Eu que apanhei aqui, eu que estou
com a boca inchada, eu que quebrei o nariz então não, não estou nem um pouco
brincando. Terá que fazer a merda do relatório.
Entrei no banheiro e tentei relaxar
com a água quente que descia do chuveiro. Dizer que perdi o anel, apanhei e
ainda não consegui nada com Cherry Bomb seria um caos. Talvez eu até fosse
cortado da operação o que seria muito ruim, eu perderia a promoção e o aumento
de salário e eu realmente precisava disso. Além de tudo eu precisava crescer lá
dentro, meu pai me fez prometer que eu seria um grande policial.
Colocando o terno que é
praticamente um uniforme porque somos obrigados a usar, calcei o sapato e
ajeitei a gravata. Eu odiava essa porcaria de gravata, me incomodava, me
sufocava, eu sempre corria para tira-la. Charles saiu do banho e me olhou com
uma cara nada boa. Depois foi colocar seu terno também.
- Está tão ruim assim? – eu sabia
que era meu olho roxo.
- Não. Está pior. Como uma mulher
pode bater tão bem assim? – perguntou calçando os sapatos.
- Com certeza teve um ótimo
treinador… e belos olhos verdes. – isso eu me recordava bem.
- Mesmo quase entrando em coma
reparou que cor de olhos ela tinha? – ele me olhou sem acreditar.
- Eu não estava ‘quase entrando em
coma’. E você sabe como sou nunca peco uma oportunidade de reparar numa mulher.
- Justin, nossa missão não tem nada
haver com se envolver com alguma delas. – Chaz como sempre levando tudo a
sério.
- Eu não disse que vou me envolver
com alguma delas, que coisa! Mas temos que fazer parte do ciclo. – disse indo
até a porta pronto para sair.
- Como se eu não te conhecesse. –
foi o ultimo comentário que ele fez e me acompanhou até o carro que não era o
azul arrumado pela agência que custou milhões, e sim o meu carro sem graça. Um Wolksvagem.
A agência era no centro que era
relativamente perto de onde eu moro, num bairro de classe média da cidade. Eu
nunca quis ser um policial, mas sempre quis viver a vida no limite, sempre numa
adrenalina e correr riscos e ser policial parecia ser o único jeito. Dei-me bem
numa delegacia local e depois disso só fui subindo até estar onde estou. Agente
do FBI.
O caso da Cher era o que chamávamos
de milionário, se conseguíssemos pegar ela e sua equipe isso traria muito
dinheiro para agência. Além disso, era um caso “linha vermelha”. Casos de linha
vermelha eram casos que você poderia ser morto ou no melhor das situações
tivesse que mudar de nome e assumir nova identidade. O final do ano passado eu
fui promovido para os casos de linha vermelha e eu não sei exatamente se isso é
bom. Quer dizer que você vai ganhar mais, mas em compensação vai se arriscar
mais. Essa seria a ultima promoção dentro do FBI, se eu fosse promovido ou
seria mais um chefe dos casos milionários ou seria recrutado pela CIA. E a CIA
tem seus autos e baixos.
Estacionei o carro e Chaz desceu
primeiro que eu. Chaz e eu começamos juntos nesse ramo e estranhamente fomos
promovidos juntos, até ano passado. Eu fui promovido e ele não, quando me
passaram o caso me perguntaram quem eu queria como meu parceiro e me dispuseram
os melhores agentes, mas eu sinceramente não queria nenhum deles. Disse que só
trabalharia se me dessem o Chaz e assim fizeram. Se eu tivesse que dividir essa
promoção com alguém seria ele. Antes de sair eu peguei um óculos escuro no
porta luvas.
Entrando no departamento todos
cumprimentaram a mim e Chaz, como de costume. Mas hoje todos pareciam curiosos
pelo o que tinha atrás dos óculos. Minha boca inchada não dava para esconder e
isso só alimentou a curiosidade por ver todo o estrago. O chefe estava a nossa
espera e seguimos direto para sala dele.
- Porque está usando esse óculos
agente Bieber? – perguntou sempre muito rígido. Demorei meio minuto para saber
o que realmente iria responder.
- Se o Senhor não se importa eu
gostaria de permanecer com eles. – por trás dos óculos eu desviava o olhar.
- Importo-me sim, tire-o agora. –
respirei fundo e tirei o óculos. – Está se escondendo atrás de um óculos
Bieber? O que você aprendeu nesse departamento? Cadê a honra de servir ao seu
país?
- Senhor, eu só coloquei para que
não houvesse assunto na agência.
- Não quero que isso se repita.
Sentem-se. – assim fizemos. – Como você conseguiu esse olho roxo?
- Uma delas me bateu. – ele já
começava a rir. – E… levou o anel. – ele ficou sério de novo.
- Não pudemos fazer nada, uma
pegava o anel do Bieber e eu fui interferir, mas a outra mirou a arma para mim
e revidei. Mas um cara apareceu mirando em mim e em Bieber. Não tivemos
escolha. – ele não disse nada apenas abaixou a cabeça e respirou fundo.
- E o carro? – ele nos olhou e eu
olhei para Chaz e também me olhou.
- Então… quanto a isso… - Chaz
começou.
- Ele está inteiro, mas vai
precisar de alguns reparos. – eu logo disse.
- Já gastamos muito dinheiro com
esse carro Bieber.
- Eu sei, mas foi inevitável. Os
policiais não ajudaram. – era tudo parte do plano. Toda a “cilada”. – Não
deixaram muito espaço para a manobra de fuga.
- Não me interessa. Se estragar
mais o carro eu pessoalmente vou descontar do seu salário. – depois disso não
disse mais nada e nem Chaz, nosso chefe ficou apenas nos encarando e avaliando.
– Estamos gastando muito dinheiro com essa missão, e eu não gosto de ter muitos
gastos. Quero um relatório ainda hoje, e é bom me deem algo até semana que vem.
Podem ir.
Saímos da sala e pra infelicidade
de Chaz ele precisaria ter que fazer o relatório que é a pior parte dessa
profissão. Tínhamos que bater um texto repassando o acontecimento. Eu odiava
fazer isso, não tinha paciência de sentar na frente do computador e ficar
digitando, não mesmo.
Continua.
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Desculpem o capítulo pequeno mas eu mal tenho tempo para ficar no computador.
So Sorry!!
- Dricka.
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