16 de out. de 2014

Trust Me - Capítulo V - Polícia.



POLÍCIA


Justin P.O.V.

Acordei com minha boca inchada e latejando. Meu nariz estava quebrado e acho que perdi um dente. Estou com uma dor de cabeça sem tamanho. Pensar que ainda tinha que me apresentar na minha agencia e ter que escutar meu chefe a dor só aumentava. Levantei coçando os olhos e tomei dois analgésicos para a dor. Na outra cama ao lado da minha estava Chaz roncando horrores. Dei uma tapa forte na cabeça dele e o mesmo despertou assustado olhando para todos os lados.

- Acorda logo. – estava extremamente mal humorado. – Você vai ter que fazer todo o relatório para o chefe.
- Ah, você só pode está brincando. – Chaz enterrou a cara no travesseiro.
- Eu que apanhei aqui, eu que estou com a boca inchada, eu que quebrei o nariz então não, não estou nem um pouco brincando. Terá que fazer a merda do relatório.

Entrei no banheiro e tentei relaxar com a água quente que descia do chuveiro. Dizer que perdi o anel, apanhei e ainda não consegui nada com Cherry Bomb seria um caos. Talvez eu até fosse cortado da operação o que seria muito ruim, eu perderia a promoção e o aumento de salário e eu realmente precisava disso. Além de tudo eu precisava crescer lá dentro, meu pai me fez prometer que eu seria um grande policial.
Colocando o terno que é praticamente um uniforme porque somos obrigados a usar, calcei o sapato e ajeitei a gravata. Eu odiava essa porcaria de gravata, me incomodava, me sufocava, eu sempre corria para tira-la. Charles saiu do banho e me olhou com uma cara nada boa. Depois foi colocar seu terno também.

- Está tão ruim assim? – eu sabia que era meu olho roxo.
- Não. Está pior. Como uma mulher pode bater tão bem assim? – perguntou calçando os sapatos.
- Com certeza teve um ótimo treinador… e belos olhos verdes. – isso eu me recordava bem.
- Mesmo quase entrando em coma reparou que cor de olhos ela tinha? – ele me olhou sem acreditar.
- Eu não estava ‘quase entrando em coma’. E você sabe como sou nunca peco uma oportunidade de reparar numa mulher.
- Justin, nossa missão não tem nada haver com se envolver com alguma delas. – Chaz como sempre levando tudo a sério.
- Eu não disse que vou me envolver com alguma delas, que coisa! Mas temos que fazer parte do ciclo. – disse indo até a porta pronto para sair.
- Como se eu não te conhecesse. – foi o ultimo comentário que ele fez e me acompanhou até o carro que não era o azul arrumado pela agência que custou milhões, e sim o meu carro sem graça. Um Wolksvagem.

A agência era no centro que era relativamente perto de onde eu moro, num bairro de classe média da cidade. Eu nunca quis ser um policial, mas sempre quis viver a vida no limite, sempre numa adrenalina e correr riscos e ser policial parecia ser o único jeito. Dei-me bem numa delegacia local e depois disso só fui subindo até estar onde estou. Agente do FBI.
O caso da Cher era o que chamávamos de milionário, se conseguíssemos pegar ela e sua equipe isso traria muito dinheiro para agência. Além disso, era um caso “linha vermelha”. Casos de linha vermelha eram casos que você poderia ser morto ou no melhor das situações tivesse que mudar de nome e assumir nova identidade. O final do ano passado eu fui promovido para os casos de linha vermelha e eu não sei exatamente se isso é bom. Quer dizer que você vai ganhar mais, mas em compensação vai se arriscar mais. Essa seria a ultima promoção dentro do FBI, se eu fosse promovido ou seria mais um chefe dos casos milionários ou seria recrutado pela CIA. E a CIA tem seus autos e baixos.
Estacionei o carro e Chaz desceu primeiro que eu. Chaz e eu começamos juntos nesse ramo e estranhamente fomos promovidos juntos, até ano passado. Eu fui promovido e ele não, quando me passaram o caso me perguntaram quem eu queria como meu parceiro e me dispuseram os melhores agentes, mas eu sinceramente não queria nenhum deles. Disse que só trabalharia se me dessem o Chaz e assim fizeram. Se eu tivesse que dividir essa promoção com alguém seria ele. Antes de sair eu peguei um óculos escuro no porta luvas.
Entrando no departamento todos cumprimentaram a mim e Chaz, como de costume. Mas hoje todos pareciam curiosos pelo o que tinha atrás dos óculos. Minha boca inchada não dava para esconder e isso só alimentou a curiosidade por ver todo o estrago. O chefe estava a nossa espera e seguimos direto para sala dele.

- Porque está usando esse óculos agente Bieber? – perguntou sempre muito rígido. Demorei meio minuto para saber o que realmente iria responder.
- Se o Senhor não se importa eu gostaria de permanecer com eles. – por trás dos óculos eu desviava o olhar.
- Importo-me sim, tire-o agora. – respirei fundo e tirei o óculos. – Está se escondendo atrás de um óculos Bieber? O que você aprendeu nesse departamento? Cadê a honra de servir ao seu país?
- Senhor, eu só coloquei para que não houvesse assunto na agência.
- Não quero que isso se repita. Sentem-se. – assim fizemos. – Como você conseguiu esse olho roxo?
- Uma delas me bateu. – ele já começava a rir. – E… levou o anel. – ele ficou sério de novo.
- Não pudemos fazer nada, uma pegava o anel do Bieber e eu fui interferir, mas a outra mirou a arma para mim e revidei. Mas um cara apareceu mirando em mim e em Bieber. Não tivemos escolha. – ele não disse nada apenas abaixou a cabeça e respirou fundo.
- E o carro? – ele nos olhou e eu olhei para Chaz e também me olhou.
- Então… quanto a isso… - Chaz começou.
- Ele está inteiro, mas vai precisar de alguns reparos. – eu logo disse.
- Já gastamos muito dinheiro com esse carro Bieber.
- Eu sei, mas foi inevitável. Os policiais não ajudaram. – era tudo parte do plano. Toda a “cilada”. – Não deixaram muito espaço para a manobra de fuga.
- Não me interessa. Se estragar mais o carro eu pessoalmente vou descontar do seu salário. – depois disso não disse mais nada e nem Chaz, nosso chefe ficou apenas nos encarando e avaliando. – Estamos gastando muito dinheiro com essa missão, e eu não gosto de ter muitos gastos. Quero um relatório ainda hoje, e é bom me deem algo até semana que vem. Podem ir.

Saímos da sala e pra infelicidade de Chaz ele precisaria ter que fazer o relatório que é a pior parte dessa profissão. Tínhamos que bater um texto repassando o acontecimento. Eu odiava fazer isso, não tinha paciência de sentar na frente do computador e ficar digitando, não mesmo.

Continua.
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Desculpem o capítulo pequeno mas eu mal tenho tempo para ficar no computador.
So Sorry!!
- Dricka.

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