30 de jul. de 2013

Losing Grip - Capítulo 03

O restante do dia foi um desafio pra mim, eu não imaginei que atender mesas pudesse ser tão difícil. Eu quase sempre errava os pedidos e algumas vezes quase derrubei a bandeja em cima dos clientes, não sei como não fui demitida, parece que apesar do meu fracasso como garçonete o gerente tinha até que gostado de mim. Eu estava voltando pro apartamento, o sol estava se pondo, mas ainda não estava escuro, o que me aliviou, odeio pensar em andar sozinha por aí quando está escuro. Assim que entrei no prédio segui em direção ao elevador, eu estava distraída, mas percebi que segundos depois que entrei outra pessoa ocupou o lugar, olhei pro lado pra ver quem era e senti meus olhos se revirarem.

-Você? – eu perguntei incrédula, era o mesmo carinha que esteve na lanchonete mais cedo. Ele apenas me olhou, mas não disse nada. –Isso é algum tipo de piada? Você ta me seguindo ou algo assim? –ele apenas riu. – Ta rindo do que? –ele me deixou extremamente nervosa, de novo.

-Eu moro aqui. –ele disse e voltou a encarar a porta do elevador, de repente eu senti um baque e percebi que ele tinha parado.

-Não, não e não. Isso não pode estar acontecendo. –eu disse e comecei a apertar todos os botões. –Essa lata velha precisa andar, eu não acredito que vou ter que ficar presa aqui. –Eu então olhei pro cara ao meu lado e ele estava estático. –Faz alguma coisa, liga pra alguém.

Mas ele não fez nada,ficou ali parado encarando a porta do elevador, ele demonstrava pânico.

-Ótimo, eu estou presa em um elevador com um idiota arrogante que ainda por cima é claustrofóbico. – eu disse e passei as mãos pelos meus cabelos.

-Quem disse que eu sou claustrofóbico? –ele perguntou me encarando. –Ele falava baixo.

-É claro que é. –eu disse simples. –Olha, eu conhecia uma pessoa assim, eu sei do que eu to falando.

-Será que a gente vai ficar preso aqui por muito tempo? –sua respiração estava pesada. Ele se sentou no chão e ficou me encarando.

-Merda! –eu praguejei. –Olha, só tenta ficar calmo ta legal? Eu vou dar um jeito de tirar a gente daqui. –eu então me sentei ao seu lado e tirei meu celular da bolsa.

-Oi Claire, algum problema? –ouvi a voz de Amber.

-Am, eu preciso que mande, sei lá, os bombeiros até o prédio. Eu to presa no elevador.

-Claro, vou ligar agora. Ta tudo bem aí? –ela perguntou preocupada.

-Ta sim, só vai rápido ta legal? –e então desliguei o celular. Olhei pro lado e o carinha estava calado, ele olhava em volta, como se procurasse uma forma de sair dali. –Sabe, ficar assim não vai ajudar, você precisa se distrair.

-E eu vou me distrair com o que? –ele me olhou.

-Comigo. –eu disse como se fosse obvio e ele me lançou um olhar pervertido. –Não dessa forma seu nojento. Conversa comigo, fica olhando só pra mim, esquece que você ta preso em um elevador. –ele então se virou pra mim e ficou analisando todo o meu rosto.

-E vamos conversar sobre o que? –ele arqueou uma das sobrancelhas.

-Você pode começar me dizendo seu nome.

- Justin. –ele disse e voltou à expressão séria.

-Muito bem, Justin. Qual sua idade? –eu faria mesmo um interrogatório a ele? Sim, pelo visto eu faria. Não sei porque, mas olhar dentro daqueles olhos dourados me dava vontade de saber mais sobre o dono deles.

- Você quer realmente saber isso? –ele revirou os olhos, e eu continuei o encarando, esperando por uma resposta. –Tudo bem, tenho 23. Acho que estou um pouco velho pra você. –ele piscou e me olhou debochado.

-Pra sua informação eu tenho 22 anos. –eu disse irritada.

-Então você não tem 17 anos? –ele perguntou como tivesse descoberto a coisa mais incrível do mundo e voltou a me olhar debochado. –Me desculpe, sua cara de criança me enganou.

-Você é um idiota mesmo. Eu to aqui tentando te ajudar e você fica debochando de mim. –eu disse e mudei de posição, de modo a não ficar mais de frente pra ele.

-Ta legal, me desculpa. –ele passou a mão no cabelo. –Você até que é bonitinha.

Eu o fuzilei com os olhos e ele riu. Minha expressão automaticamente se suavizou, sua risada era incrivelmente sexy, eu o fiquei encarando por um momento e quando ele parou de rir fez o mesmo. Nossos olhares se cruzavam e eu me senti totalmente atraída por ele. Eu saí do transe quando senti novamente um baque, o elevador tinha voltado a subir. Ele parou no meu andar e eu saí às pressas do elevador, fiquei extremamente tímida com toda aquela situação. Eu pude notar que Justin vinha caminhando atrás de mim, ele parou na porta do apartamento 63 e tirou uma chave do bolso, ele entrou e antes de fechar a porta sorriu e disse.

-Boa noite, vizinha.

Depois de sacudir a cabeça algumas vezes, eu entrei no apartamento. Como é possível uma pessoa te deixar nervosa, em todos os sentidos que essa palavra possui? Justin tinha conseguido me causar raiva e uma vontade louca de beijá-lo em menos de um minuto. E pra piorar a situação ele estava a um corredor de distancia. Tomei um banho na tentativa de tirá-lo da cabeça, depois de colocar pijama, jantei e fiquei vendo TV, senti meus olhos pesarem e adormeci ali mesmo, no sofá.

Acordei no dia seguinte com meu celular tocando, quando olhei no visor senti meus olhos revirarem.

-Agora você lembrou que tem uma filha? –disse seca, assim que atendi.Era minha mãe.

-Claire, como você está? –ela perguntou ignorando a forma como atendi.

-Ah, eu to ótima. Meus pais me expulsaram de casa, eu tive que me mudar pra um apartamento minúsculo 
em um bairro muito estranho e de quebra to trabalhando como garçonete. Minha vida não poderia estar melhor. –sorri cínica, mesmo que ela não pudesse ver.

-Você ainda irá nos agradecer por isso, Claire. –minha mãe disse firme.

-Claro! Pode esperar por isso sentada. Eu nunca vou perdoar o que vocês fizeram comigo. –eu disse também firme. –Mas pode deixar, logo vocês vão ver o quanto estavam enganados ao meu respeito. Eu sei como ser responsável.

-É o que eu mais quero. –minha mãe disse.

-Agora eu preciso ir, eu tenho muitas mesas pra servir. –e então desliguei o celular.

Que forma ótima de começar o dia. Eu estava um pouco atrasada, coloquei uma roupa qualquer e peguei uma maçã, que fui comendo no caminho. Assim que abri a porta encontrei Justin no corredor.

- Mais um dia de plebeia? –ele me olhou debochado.


-Não enche, idiota. –saí dali bufando em direção ao elevador. Parece que todo mundo resolveu encher meu saco hoje. Justin foi pelas escadas, acho que depois do que ocorreu ontem ele não irá usar o elevador tão cedo.

                                                                      ...
Olá lindezas, como vão? Vim postar o capítulo pra vocês porque não gosto de deixar vocês esperando, mas confesso que esperava por mais comentários, se não estiverem gostando me falem que eu paro, numa boa. Mas quem ta gostando comenta, por favor, é muito importante pra mim. Amanhã minhas aulas voltam e eu não sei se vou conseguir postar com tanta frequencia como foi nos últimos dias, mas prometo tentar ao máximo. Vou divulgar alguns blogs hoje, não tive tempo ler mas são pessoas que eu vejo que sempre comentam aqui e merecem, então entrem lá, só clicar aquiaqui e aqui. Espero que tenham gostado e qualquer coisa só mandar no ask aqui

Ps. no próximo capítulo divulgo mais blogs, inclusive o de quem me pediu a mais tempo.

29 de jul. de 2013

Begin Agaian // Capitulo 5

Sophia p.o.v

Por que diabos eu sonharia com o Justin? Me respondem, mais que merda eu beijei ele, não pera ele me beijou, ou melhor nos dois mais que merda e essa? Por que motivos eu sonharia com Justin, eu sei que aquele garoto era o dos meus sonhos sim o gosto do beijo, ou como eu disse no sonho, o garoto que beija muito melhor do que Pedro, o garoto que beija muito mais muito bem, mais na hora que eu olhei para ele, o mesmo estava parado como uma estatua, me observando, claro deveria estar esperando eu falar algo ou fazer alguma coisa, mais por impulso levantei minha mão e acertei um belo de um tapa na sua cara. O mesmo, colocou a mão no local batido e me olhou com um certo ponto de interrogação.

- Garota... Você é louca? -falou alisando seu rosto
- Não, eu estou completamente normal -falei indo para cama
- Olha -me puxou- Isso não aconteceu ok? 
- Mais é claro que não aconteceu, você me beijou por que? 
- Eu não te beijei -disse em protesto
- Ah claro que não,  fui eu -falei com sarcasmo
- Foi você sim
- Não mesmo, você não se atreva a falar que fui eu.. -falei- Foi você
- Ah claro foi sim, garota vai dormi -disse indo ao banheiro
- Melhor do que ficar aqui com você -falei e fui me deitar

Deitei do lado direito aonde não precisava olhar para cara dele, sim eu estava irritada com ele, qual é ele que me beijou, ou fui eu? NÃO, não mesmo. Mais o beijo... foi ótimo, o que eu estava pensando? Nossa eu sou uma idiota por ter correspondido o beijo, IDIOTA, mil vezes idiota

Em meio aos meus pensamentos acabei dormindo.

Justin p.o.v

O que foi aquilo? Eu não podia acreditar que tinha beijado ela, ou melhor ela tinha me beijado mais o pior eu correspondi, não tão pior do que ter amado o beijo, não tão pior de achar que ela beija muito melhor do que Cailtin, não tão pior do que ter mudado meu sentimento por ela. Sim antes odiava ela, agora achava ela apenas uma menininha que estava me irritando, que nem Caitlin quando me apaixonei.

Nãoooo isso não, não mesmo

Estava passando uma água no rosto e o sono não vinha, por que isso? Maldito e perfeito beijo. Ouvi um grito me assustei e fui ver o que era... Sophia estava gritando para o nada?

Sophia p.o.v

Eu acordei com uma vós que fazia tempo que não ouvia, e queria muito ouvir para sempre, sim Pedro, mais isso deveria fazer parte de um sonho com ele, ultimamente tenho sonhado demais, mais eu acordei mesmo como poderia estar sonhando, até que senti olhar sobre mim, me levantei e me virei, me assustei com o que eu vi, Pedro estava ali na minha frente?Como? Se ele havia morrido a mais ou menos dois meses? Ele me encarava com um sorriso,  não um sorriso normal era um sorriso travesso, do mal.

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH -gritei
-P-e-e-d-r-r-o? -falei gaguejando
-surpresa em me ver Sophia? 

Logo vi a porta sendo aberta Justin saiu do seu banheiro e perguntou aflito:

-Sophia... Você está bem? O que ta acontecendo?

-Você não esta morto? -falei ignorando a pergunta de Justin
- Am? Morto? Sophia, vocÊ ta louca? -Justin falou 
-Na verdade estou, só que  estou aqui para te proteger, quero que você se afaste de Justin, apenas isso
- Me afastar do Justin? 

Dessa vez Justin ficou quieto observando tudo, ele não podia ver Pedro mais eu podia, por que isso?

- Sim, ele é um perigo para você, E você é minha Sophia minha
- Não vou me afastar do Justin Pedro, você tem que entender eu estou aqui para conseguir uma casa fixa que alias nem achei e outra, eu e Justin mal conversamos não é problema para mim, -falei o olhando, o mesmo estralou os dedos e Justin falou
- Quem é você? - justin falou assustado 
- Como assim ele pode te ver? -perguntei a Pedro
- Eu deixei ele me ver então ele pode -falou- Eu sou Pedro namorado de Sophia
- Ex, Você morreu Pedro não queira me lembrar disso.
- AH claro, ontem você estava toda chorando por mim, agora que beijou esse ai nem se lembra que teve um namorado não é mesmo Sophia? 
- Não eu só... Estou tentando superar, e você não está deixando, não era para você estar no céu não? -perguntei
- Não estou no céu por que não aceitei a luz, quero ficar aqui com você -falou se aproximando
- Se afasta -falei com medo
- Se afasta dela você não ouviu?  -Justin falou se metendo na frente dele
- Ah que coisa mais linda, os pombinhos, inclusive Justin aqui está a foto e a carta que eu peguei sabe estava curioso -falou jogando para Justin
- Então foi você -Justin disse bravo
- Claro quem mais poderia ser? a Sophia? A garota que você machucou com palavras e deixou o braço vermelho por causa de ficar apertando-os? Já deixou ele ver seus braços Sophia? -disse com um sorriso sinico
- Não tem nada nos meu braços Justin -falei
- Claro que tem -disse vindo em minha direção e puxando a manga da minha blusa 
- Sophia... Desculpa -Justin disse aparentemente triste? 
- Você vai dizer desculpa cada vez que der seus ataques em cima dela? Você é um louco completo garoto, não é homem o bastante para enfrentar cara a cara tem que bater é um covarde. -disse rindo
- Pedro vai em bora - eu disse irritada
- Claro meu amor, amanhã talvez eu volte para conversar com vocês. -disse e por fim sumiu

Eu ainda não estava acreditando como isso? Pedro? Ele estava diferente... Comigo... Ele não estava fofo nem mesmo romântico estava agressivo, diferente do que eu conheci, diferente de quem eu me apaixonei, Justin me olhou com uma cara triste por que ele estava assim?

- Justin... o que ouve?
- Seu namorado estava certo, eu sou um covarde, não posso te bater cada vez que me der um ataque eu sou louco mereço estar no hospicio, afinal eu te machuquei por nada, não era você que estava com minhas 
coisas -falou muito abalado
- hey, -falei e sentei do seu lado na cama- Primeiro lugar ele não meu namorado está morto, segundo, você não é nada disso você tem seus motivos e eu entendo.
- Obrigada.
- Pelo o que? -perguntei
- Por me fazer sentir bem
-Sorri- Eu tenho uma ideia -falei- Bora começar tudo de novo, e esquecer tudo de ruim que aconteceu entre nós?
- Vamos. -falou se levantando. Me levantei também
- Olá, me chamo Justin, Justin Bieber -falou estendendo a mão
- Hey, me chamo Sophia Smith -falei apertando sua mão

Rimos.

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EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
Eles estão ficando amigos >< >< ><
estou feliz pela Sophia e Justin :)
Aiiiiii cara eu sei que prometi postar duas três vezes por semana
Mais minhas féria eu viajei e pluft não tinha internet lá :(((((((((
Triste
Eu voltei ontem a noite

MAIS BEM....QUERO COMENTÁRIO por favor ><
Eu amo vocês sério ><
Assim estou pensando que minha IB é chata por que tem um monte de visualização e poucos comentários :(
Bommm vou indo beijinhos ><

20 comentários?

25 de jul. de 2013

Losing Grip - Capítulo 02

Respirei fundo algumas vezes tentando manter a calma. Tudo bem,eu vou passar a noite em um hotel e amanhã eu vejo o que eu faço.Eles não podem estar falando sério,certo? Errado. Todos, eu digo todos os meus cartões estavam bloqueados, não havia um sequer pra contar história. Aquilo parecia um pesadelo, meus pais devem me odiar pra fazer isso comigo. Minha ultima alternativa foi correr pra casa da Amber, tudo bem que minha mãe disse que eu não poderia morar com ela, mas passar uma noite não teria problema algum. Ela me deixou sem alternativas, ou era isso ou eu iria passar a noite na rua. Amber vivia sozinha em um apartamento pequeno, em frente ao Central Park. Poucos segundos depois de ter tocado o interfone, ela atendeu e abriu o portão para que eu subisse. Assim que saí do elevador pude vê-la escorada no vão da porta me olhando preocupada.

- Amber, eu to literalmente na pior. –eu disse e entrei em seu apartamento.

Sentadas no sofá da pequena sala, contei tudo o que tinha acontecido pra ela.

-Eu não acredito que seus pais foram capazes disso. –ela disse assim que terminei de contar tudo, se levantou e ficou andando de um lado pro outro. –Mas não se preocupa, nós vamos dar um jeito, você é a pessoa mais determinada que eu já conheci na vida, você vai sair dessa.

-Eu não sei, Am. Eu nunca trabalhei na vida. Você sabe que eu odeio acordar cedo e ter que fazer o que os outros mandam, eu não sei se consigo.

-Claro que consegue. Trabalhar não é assim tão ruim, depois de um tempo você se acostuma e passa até a ...

-Por favor não diga gostar. –eu a interrompi.

-Tudo bem, não digo. –ela riu.

Ficamos conversando até quase de madrugada, Amber tinha o poder de me fazer rir nas situações mais críticas que existem. No dia seguinte acordei disposta a mostrar que eu sabia como ser responsável, se é isso que meus pais querem, então é isso que eles vão ter. Tomei café com Amber e ficamos discutindo o que eu faria.

-Claire, meu irmão deixou um apartamento vazio na cidade quando se mudou. Se quiser, pode ficar lá durante esse tempo. –ela disse e tomou um gole do seu café. – Não é nada luxuoso, mas pra quem não tem pra onde ir, eu acho que ta ótimo. –ela sorriu.

-O que seria de mim sem você, hein? –sorri.

Amber me entregou as chaves do apartamento e me deu o endereço. Ela não poderia ir comigo, já que precisava estar cedo no trabalho. Quando cheguei ao endereço que estava anotado no papel senti um calafrio me percorrer toda a espinha. O lugar era assustador, os prédios eram antigos e descascados, a maioria deles era coberto por pichações, até mesmo as pessoas que passavam ali eram estranhas, tinham expressões sérias e não pareciam nenhum pouco simpáticas. Estacionei meu carro em um beco que ficava ao lado do prédio, na esperança de que ele não chamasse tanta atenção. Peguei minhas malas com certa dificuldade, o prédio não possuía porteiro ou qualquer outra pessoa que pudesse me ajudar. Pelo menos tinha elevador, ou quase, se é que aquela velharia poderia ser chamada assim. Mas eu não tinha escolha, a não ser que eu quisesse subir as escadas carregando malas que pesavam, provavelmente, mais do que eu. 

Fui rezando para que o elevador não parasse e por sorte não o fez. Segui o corredor mal iluminado até encontrar a porta certa, número 64. Ao abrir a porta eu senti os pelos do meu braço se arrepiarem, aquele lugar estava imundo. As paredes estavam manchadas, dando ao lugar um ar triste. O banheiro então nem se fala, ele possuía uma espécie de banheira, com um chuveiro em cima e estava imunda, a cozinha não estava diferente. Muito bem, Claire. Você terá muito trabalho.

Para minha sorte, se é que isso ainda existia na minha situação, encontrei um supermercado perto dali. Comprei todo o tipo de material de limpeza que eu encontrei, pelo menos eu ainda tinha um dinheiro na carteira, ou teria que morar em um lugar nojento. Assim que retornei ao apartamento, coloquei roupas confortáveis e prendi meu cabelo. Quando terminei de limpar aquele lugar, já passavam das seis da tarde, eu estava exausta e precisava urgentemente de um banho. E para minha “sorte”, aquele lugar não tinha água quente. Isso não pode estar acontecendo, espero que o meu lugar no céu já esteja reservado e de preferência em uma banheira de hidromassagem. Terminei o banho e coloquei um short de moletom e uma camiseta. Pelo menos não era inverno, ou eu ficaria doente. O apartamento era mobiliado, não eram móveis incríveis, mas estavam em perfeito estado. Fiquei observando o lugar, até que a minha limpeza tinha sido bem feita, nem parecia o mesmo apartamento, exceto pelas paredes manchadas, mas eu ainda daria um jeito um nelas. A campainha então tocou. Era Amber, com as mãos cheias de sacolas.

-Trouxe comida pra você. –ela sorriu e entrou, deixando as sacolas no balcão da cozinha.

-Você é definitivamente a melhor amiga de todas. –eu disse e comecei a guardar tudo na geladeira.

Ela tinha comprado comida chinesa, minha preferida. Comemos as duas sentadas no sofá.

-Tem uma lanchonete aqui perto precisando de garçonete, ela disse.

-Ta e aí? –eu perguntei.

-E aí que você precisa de um emprego. –ela me olhou, como se eu tivesse feito a pergunta mais estúpida do mundo.

-Eu não vou trabalhar como garçonete. Sem chance. –e continuei comendo.

-Claire, você não ta podendo escolher. É só por enquanto, até você encontrar algo melhor.

-Eu já disse que não, Amber. –a olhei seria.


-Contratada. –o homem barrigudo disse. –Pode começar amanhã. Seu turno será das oito da manhã até as seis da tarde. –ele sorriu e então fechou a cara. –Não se atrase.

-Eu não acredito que vou fazer isso. –encarei Amber.

-Meu poder de convencimento é incrível. –ela sorriu debochada. –Agora eu preciso ir, não se atrase amanhã. –ela beijou minha bochecha e saiu dali rindo.

Voltei pro apartamento a passos largos, se aquela rua era estranha à luz do dia, pode apostar, era dez vezes pior à noite. Logo que cheguei, me joguei na cama e agradeci por minha mãe ter ao menos colocado roupas de cama em uma de minhas malas. Acordei no dia seguinte com meu celular tocando, o atendi ainda deitada e de olhos fechados.

-Está na hora de acordar. Não se esqueça que não pode se atrasar pro seu primeiro dia de emprego. –a voz de Amber me fez abrir os olhos e me levantar.

-Eu te odeio sabia?

-Você precisa acabar com esse mau humor de manhã. –imaginei que ela estivesse sorrindo agora, com a mesma cara debochada. –Agora eu preciso ir, bom trabalho. –e então desligou.

Segui pro banheiro e tomei um banho, a água gelada me ajudou a despertar. Tomei café e agradeci por ter uma amiga tão preocupada comigo. Tinha colocado uma roupa qualquer, já que provavelmente eu teria que usar um uniforme.

Na lanchonete, o gerente, o mesmo homem barrigudo, me disse que eu ficaria no balcão durante a manhã, pra me acostumar primeiro e a tarde eu começaria a atender as mesas. E como eu já previa, aquele trabalho era um saco. Eu estava de costas, preparando o café na maquina, ou pelo menos tentando, quando ouvi uma voz me chamar, a princípio não me virei e logo a ouvi de novo.

-Oh mocinha, eu estou falando com você. –ele disse impaciente.

-Será que dá pra esperar? – eu disse nervosa. –Se você não percebeu eu estou ocupada. –assim que me virei achei que estivesse tendo uma miragem. Fiquei o encarando por um tempo, meio atordoada. Cabelos dourados e arrepiados, olhos penetrantes de um tom de mel maravilhoso, boca carnuda e rosada e uma das sobrancelhas estava arqueada o deixando incrivelmente sexy. – Me ... Me desculpa. –sacudi a cabeça tentando sair do transe. –O que você quer?

-Me traz um café. – e revirou os olhos. –Vossa alteza. –ele disse em um tom de escárnio que eu não entendi.

-O que disse? –eu perguntei.

-Que eu quero um café.

-Não. Por que me chamou de vossa alteza? –eu o encarava, ele então sorriu debochado e jogou o jornal que estava em suas mãos no balcão. –Era só o que me faltava.

A primeira pagina do jornal estava estampada com uma foto minha e a seguinte legenda: “Bonequinha de luxo, depois de tanto aprontar, finalmente recebe alguma punição. Claire Wentworth foi expulsa de casa.”

Eu então, servi o café do deus grego, nenhum um pouco educado, sentado a minha frente.

-Eu nunca pensei que veria alguém como você servindo café em uma lanchonete. –ele disse sem perder o ar debochado.

-Você não me conhece. –eu disse seca. Qual é a desse cara hein?

-Sei o suficiente sobre pessoas como você. –ele então tomou seu café, deixou o dinheiro em cima do balcão e saiu dali.


Que cara irritante. Um desperdício já que é tão lindo.

                                                                      ... 
Oi gatonas,como vão? Ta aí o segundo capítulo,eu espero que tenham gostado. Eu sei que começo de fanfic é foda,mas prometo que logo logo melhora e começa a ficar mais emocionante, dessa vez vai ser uma história um pouco mais madura também, tanto pela idade dos personagens quanto pelo romance dos dois. Espero que vocês gostem dessa história também. Bom, é isso. Mil beijos e até o próximo.

23 de jul. de 2013

Losing Grip - Capítulo 01

Cheguei em casa por volta das 4 da manhã. Ainda estava um pouco zonza por conta da bebida e fui andando devagar, prestando atenção em cada passo pra fazer o mínimo de barulho possível. A enorme sala da mansão estava com as luzes apagadas e tive que fazer certo esforço pra não esbarrar em nada, assim que cheguei em frente as escadas tirei meus sapatos e fui subindo sorrateiramente. Praguejei baixo quando vi que a luz do quarto dos meus pais estava acesa. Com certeza levaria uma bronca por chegar a essa hora, em plena terça feira, em casa. Torci para que minha mãe tivesse dormido enquanto lia e se esquecido de apagar as luzes. Ajoelhei-me no chão e fiquei de quatro, fui andando dessa forma pelo corredor na esperança de que nenhum dos dois me visse. Parece que deu certo, assim que passei pela porta do quarto deles me coloquei de pé novamente e segui em direção ao meu quarto que ficava a duas portas dali. Assim que entrei, coloquei meus sapatos num canto e me atirei na cama, nem me dei ao trabalho de trocar de roupa ou tirar a maquiagem, estava exausta e precisava dormir.

Acordei no dia seguinte com a claridade invadindo meu quarto, assim que me sentei na cama me senti zonza, parece que o efeito do álcool ainda não tinha passado totalmente, minha cabeça doía e eu sentia minha boca seca. Segui em direção ao banheiro e me debrucei na pia de mármore, lavei meu rosto em seguida e fiquei me encarando no espelho. Oh céus, eu estou horrível. Meus olhos estavam com olheiras enormes e meu rímel escorrido, meu cabelo formava nós que só seriam possíveis tirar depois que o lavasse. Fiz uma careta e comecei a me despir. Entrei no chuveiro e tomei um banho demorado, eu cheirava a tabaco e cerveja. Lavei meus cabelos, passando os dedos por entre os nós varias vezes na tentativa de me livrar deles, achei que ficaria careca. Assim que terminei meu banho fui direto ao meu closet e procurei por uma roupa confortável. Senti meu estomago revirar e me lembrei que não comia nada desde as oito horas da noite anterior. Fui em direção a cozinha e encontrei Carmen, a cozinheira.

-Bom dia, Claire. –ela sorriu simpática como sempre.

-Bom dia, Carmen. –eu sorri. –Ainda tem daquele bolo de chocolate maravilhoso que você fez ontem? –passei a língua por meus lábios inferiores me lembrando do sabor incrível daquele bolo.

Ela então colocou um prato a minha frente e me serviu com um pedaço.

-Obrigada. –disse antes de atacar aquela delicia.

Depois que comi me sentei na sala de TV e fiquei pulando de canal em canal na procura de algo decente pra assistir. Acabei parando em um filme que já tinha visto diversas vezes, mas pelo menos consegui me distrair. Já eram três da tarde quando decidi me levantar e fazer alguma coisa. Subi pro meu quarto e peguei meu celular discando o número de Amber, minha melhor amiga desde que me entendo por gente, nos conhecemos no jardim de infância e somos inseparáveis desde então.

-Oi, Claire. –ela atendeu no terceiro toque.

-Oi, Am. Vamos fazer alguma coisa? Aqui em casa está um tédio total.

-Estou trabalhando. Não tenho a vida boa que você tem, preciso pagar minhas contas.

-Oh não, pelo visto estou sentenciada a ver romances pelo resto do dia. –disse com voz dramática.

-Sem essa Claire, olha o tamanho da sua mansão, você com certeza vai achar algo pra fazer. Agora preciso ir, tenho muito o que fazer. Beijo. –ela desligou antes que eu pudesse me despedir.

Tudo bem, não ter o que fazer pelo restante do dia não é assim tão ruim. Acabei ligando pra Henri, um carinha que eu conhecia a duas semanas e acabamos indo ao cinema, não que eu seja muito fã desse tipo de programa, mas como era uma terça feira a tarde, não consegui pensar em algo melhor.

Eram oito da noite e eu tinha acabado de chegar em casa, estacionando meu porshe vermelho na garagem. Notei que o carro dos meus pais estava ali, indicando que já haviam chegado da empresa. Assim que passei pela porta da entrada vi várias malas ao lado da escada. Minha mãe logo apareceu me encarando com uma expressão indecifrável.

-Mãe o que é isso? – disse apontando pras malas. –Nós vamos viajar?

-Não, Claire. –ela disse com a expressão bem séria. Séria até demais pro meu gosto.

-Então o que essas malas estão fazendo aqui? –Eu estava aflita, o jeito com que minha mãe me fitava estava me dando nos nervos.

-Minha filha, sua mãe e eu tomamos uma decisão. –meu pai disse aparecendo ao lado dela e passando o braço em volta da sua cintura.

-Decisão? Como assim?

-Estamos cansados da forma como você tem levado sua vida. Sem o mínimo de responsabilidade, Claire. 
Nós já tentamos de tudo, mas parece que você não nos ouve.

-Espera aí. Também não é pra tanto. –eu disse os olhando nervosa. Estava com um pressentimento ruim.

-Você pensa que eu não vi que você chegou às quatro da manhã? –mamãe disse com a mesma expressão seria.

-Foi só uma baladinha de nada. E nem era tão tarde assim quando eu cheguei, ainda estava escuro. –os olhei inocente, tentando convencê-los de que eu não era tão irresponsável. Minha mãe apenas riu com escárnio.

-Está na hora de você aprender o que é ter responsabilidade. –ela disse.

-Eu ... Tenho. –disse a ultima parte tão baixo que quase não era possível me ouvir.

-A culpa disso tudo é nossa. –meu pai disse. –Sempre te demos tudo o que você quis e nunca exigimos de você o mínimo esforço. Mas chega de passar a mão na sua cabeça Claire. Já que você não muda por bem, terá que mudar por mal.

-O que você quer dizer com isso?

-A partir de hoje você não mora mais nessa casa.

-Estão me expulsando? –eu disse incrédula. –Eu sou filha de vocês. Não podem fazer isso comigo. Eu não posso ser tão irresponsável assim a ponto de ser expulsa da minha própria casa.

-Claire,você já foi presa duas vezes. –minha mãe disse com desgosto.

-Eu já expliquei que foram mal entendidos.

-E as vezes que você bateu seu carro? –ela continuou. –As diversas boates das quais foi expulsa por arrumar confusão. Você tem vivido como uma adolescente. Está na hora de aprender a ser adulta.

-Mas, vocês não podem fazer isso. –eu disse indignada. Eu era filha deles, aquela casa era minha, eles não podiam simplesmente me colocar no olho da rua.

-A decisão está tomada. –meu pai concluiu.

-Olha, eu vou pra um hotel. Amanhã quando estiverem em juízo perfeito a gente conversa.
Eles se entreolharam e meu coração parou. Eu sentia que aquilo não era tudo.

-Você não terá acesso ao dinheiro. Terá que trabalhar, conseguir as coisas por esforço e mérito seu. –minha mãe disse. –E nem ouse correr pra casa da Amber,você terá que morar em um lugar seu,com seu dinheiro.

-Vocês só podem estar brincando comigo. –aquilo era um pesadelo, não podia estar realmente acontecendo.

-Você tem um ano pra nos provar que pode ser uma adulta responsável. –meu pai disse sério. –Se conseguir, pode voltar a morar na mansão e ter acesso ao dinheiro. Está valendo a partir de agora.

-Eu sinto muito minha filha, mas estamos fazendo isso pro seu próprio bem. –minha mãe disse com certa ternura e deixou a sala acompanhada do meu pai.

Eu fiquei ali sozinha com minhas malas, ainda sem acreditar que aquilo pudesse estar acontecendo. Pro meu próprio bem?Que tipo de pais faz isso com a própria filha? Levei todas as minhas malas até meu carro e deixei a mansão. Após dirigir por algumas quadras eu parei o carro. Ótimo,Claire Wentworth se tornou uma sem teto deserdada pela família.

                                                                       ...
Oi meninas,como estão? Bom,esse é o primeiro capítulo da minha nova IB, e eu espero muito que vocês gostem. Eu acho que ela vai ser melhor do que a anterior, já que aquela foi minha primeira. Se gostaram do primeiro capítulo comentem, e qualquer dúvida é só mandar no ask 

22 de jul. de 2013

Losing Grip - Sinopse

Losing Grip
 Sinopse


                                       

 Claire Wentworth era a herdeira de uma das maiores fortunas da cidade de Nova York e vivia sem preocupações ou responsabilidade. Sempre se metendo em confusões ela só quer saber de curtir a vida e tem total aversão a qualquer tipo de trabalho. Seu mundinho perfeito, cheio de festas e viagens, muda completamente quando seus pais decidem expulsá-la de casa para que ela vivesse por conta própria e aprendesse a ser uma adulta responsável. Claire,que nunca trabalhou na vida, vê sua vida de cabeça pra baixo e tem que dar um jeito de sobreviver a um ano sem qualquer luxo. Sua vida se complica ainda mais quando ela conhece Justin,um cara misterioso e sedutor,que desperta nela os mais diversos sentimentos.




                                                 ...
Olá meninas,aqui está,como prometido, a sinopse da nova IB que eu vou postar aqui. Se quiserem que eu poste comentem pra eu saber,quando tiver um numero bom de comentarios eu venho com o primeiro capítulo pra vocês. Beijão. Qualquer dúvida só mandar no ask que eu criei aqui

19 de jul. de 2013

We're the best of friends - Capítulo 20

Segui caminhando com Justin, nossos dedos estavam entrelaçados e ele não soltava minha mão por nada. A festa já havia começado e pessoas sorriam, dançavam, conversavam, bebiam, era um momento de felicidade para todos e agora, pra mim também. Assim que avistamos Pattie seguimos em sua direção.
-Alison, quanta saudade. Olha pra você, é uma mulher agora. –ela dizia enquanto me abraçava.
-Também senti saudade, Pattie. –disse sorrindo sincera.
-Mãe, onde ela está? –Justin perguntou.
-Está brincando. –ela olhou em volta como se procurasse algo,até que parou e apontou. –Ah,ali está ela.
Justin então me puxou,fazendo com que o seguisse em direção a um grupo de crianças que brincava feliz.
-Filha, vem aqui. –ele falou mais alto para que fosse possível ouvi-lo mesmo com o barulho e musica alta.
Uma menina linda começou a vir em nossa direção, a reconheci, era a mesma menina que havia entrado com as alianças. Possuía cabelos dourados, assim como Justin, eram lisos na raiz e terminavam com pequenos cachos na ponta. Ela se parecia muito com o pai, exceto os olhos, possuía duas esmeraldas tão verdes que era impossível não ficar encantado ao olhar, seus olhos eram iguais aos da mãe.
-Vem aqui filha. –Justin estendeu os braços e a pegou no colo. –Essa aqui é a Alison, ela é muito amiga do papai.
-Por que eu nunca vi ela? –ela perguntou.Sua voz era tão doce que um sorriso brotou em meus lábios.
-Ela teve que ficar fora um tempo. –ele disse olhando pra mim. –Mas agora vocês terão muito tempo pra serem muito amigas.
-Amigas? –Seus olhinhos brilharam. –Ela quer ser minha amiga?
-É claro que eu quero. –me apressei em responder. –Se você quiser ser minha amiga.
-Eu também quero. –ela sorriu.
-Então nova amiga. Me diz qual é o seu nome.
-Meu nome é Megan. –eu sorri e olhei pra Justin, que sussurrou.
-É uma forma de manter a mãe sempre com ela. –ele sorriu de volta.
Ficamos mais um tempo conversando com Megan, ela era uma criança adorável, tão educada que eu me pegava sorrindo a todo o momento. Justin tinha feito um bom trabalho. Logo, ela pediu para ir brincar mais e saiu de perto de nós.
-Sua filha é linda, Justin.
-Puxou o pai. –ele me olhou convencido.
-Ah claro. –eu ri.
Fiquei o encarando por um tempo, era tão bom estar ali com ele.
-Ali, eu tava pensando ... –ele então parou de falar.
-Pode falar. –eu o incentivei.
-Você...Você vai ficar aqui?Digo, vai voltar a morar aqui? –ele estava nervoso, era nítido, ele passava as mãos pelo cabelo e me olhava receoso.
-E pra onde mais eu iria? Eu pertenço a esse lugar, Jus.- sorri. –Assim que eu chegar ao hotel eu vou procurar um lugar, um apartamento quem sabe. Não precisa ser muito grande já que vou ser só eu. Ou talvez eu me mude pra uma casa, eu sempre tive vontade de cuidar de um jardim e ...
Justin então me beijou, não durou muito, mas ainda assim foi ótimo.
-Eu quero que more comigo Alison,só nós dois, ou melhor, nós três. Se você aceitar é claro. Mas eu quero muito isso.
-Você tem certeza disso? Você mora com a Megan e de repente aparecer uma mulher lá pra morar com vocês, ela pode se sentir incomodada.
-Claro que não Ali, ela adorou você, eu vi isso nos olhos dela. –ele segurou minhas mãos. –Eu não quero passar nem mais um segundo longe de você. Eu quero me casar, ter filhos com você.
-Casar? Ter filhos? –eu não podia acreditar no que ouvia.
-É,sabe se você quiser a gente pode começar agora. Eu chamo o padre e a gente casa agora mesmo. –ele se inclinou e falou no meu ouvido. –E os filhos se você quiser podemos começar agora mesmo. Sabe, nós temos que recuperar o tempo perdido.
-Me parece ótimo. –sorri.
Nós então saímos de fininho da festa e seguimos pro apartamento de Justin. Era tudo o que eu precisava pra me sentir completamente feliz, ter seu corpo junto ao meu, poder me entregar e amá-lo da melhor forma que eu podia. Só ele sabia como me deixar nas nuvens, com ele era diferente, com ele era amor.
Eu estava deitada no peito de Justin e ele acariciava minhas costas de leve.
-Ali, você se lembra do nosso primeiro beijo? –ele perguntou do nada. E eu levantei a cabeça para encará-lo.
-Aquele em que nós estávamos no meio da rua e eu tinha acabado de cantar pra você me declarando?
-Não. O primeiro de todos. Aquele que só nós dois sabemos. –ele me olhava serio.Eu então sorri e me inclinei pra beijá-lo. Foi um beijo rápido e assim que terminou eu respondi sorrindo.
-Como eu poderia me esquecer?
E assim voltei a me deitar em seu peito e ele voltou a acariciar minhas costas, eu fechei meus olhos e vi aquela cena como se ainda fossemos nós, como se todos esses anos não tivessem passado.
Justin e eu estávamos sentados em baixo de uma árvore, no mesmo parque em que nos conhecemos. Ambos tínhamos 7 anos. Nos encarávamos nervosos e minhas bochechas provavelmente estavam vermelhas como um tomate.
-No três? –ele me olhou nervoso e eu apenas assenti.
-1...2...3 . –eu respirei fundo e fechei meus olhos, logo senti os lábios de Justin nos meus que se afastaram em questão de segundos.
-Não conta isso pra ninguém. Vai ser o nosso segredo,Ali. –Justin disse e sorriu.
-Prometo.
E assim aconteceu o primeiro beijo de ambos. Os primeiros lábios a tocarem os meus foram os do homem que agora eu amava com uma intensidade tão forte que me deixava zonza as vezes. Meu primeiro beijo, aquele que ninguém poderá jamais tirar de mim, foi com o meu melhor amigo e futuro pai dos meus filhos.  

                                                                   Fim

                                                              
                                                                Epílogo
Alguns meses depois ...

Eu estava na cozinha preparando o almoço enquanto Justin assistia a um desenho na TV com Megan, os dois sempre assistiam juntos e quase não piscavam. Justin era um pai excelente, fazia tudo pra sua princesa, desde pentear seus cabelos até servir de cavalinho quando ela queria brincar. Eu sempre me divertia ao ver os dois, era lindo e confesso que algumas vezes me emocionava. Ele tentava de todos os meios suprir a falta de uma mãe. Estava distraída quando ouvi a campainha tocar. Assim que atendi a porta notei que era o correio, assinei onde o entregador me indicou e ele me entregou uma carta, achei estranho e assim que fechei a porta voltei à cozinha. A carta estava endereçada a mim, mas tinha meu endereço em Londres. Ela estava marcada como extravio, não chegou ao destino e foi mandada de volta ao remetente. Abri o envelope com um pouco de dificuldade e assim que abri a carta reconheci a letra de Justin, então comecei a ler.

“ Ali, como vai? Como anda sua vida? Está feliz? Eu espero que sim, pois não consigo imaginar seu rosto se não com um sorriso. Infelizmente não obtive sucesso ao tentar me comunicar com você e então pensei em te escrever. Tenho sentido sua falta desde o dia em que partiu, nada é o mesmo sem você. Sinto falta do seu cheiro, do seu sorriso, do seu olhar doce. Sinto falta do jeito como me beijava, como ficava corada quando eu te deixava sem graça. Sinto falta de te fazer raiva e ouvir você brigar comigo dizendo que eu sou a criatura mais insuportável do mundo, mas que não consegue viver sem mim. Espero que todas essas coisas voltem a ser rotina em breve, porque não consigo me imaginar muito tempo sem você. Meu mundo perdeu a cor e eu desejo todos os dias que você apareça em minha porta dizendo que voltou e que nunca mais vai me deixar. Quero que fique claro, mais uma vez, que eu te amo e nada no mundo vai mudar isso. Eu estarei aqui esperando por você quanto tempo for necessário. Você é parte de mim desde o dia em que nos conhecemos naquele parque e você me chamou pra brincar. Você tomou seu lugar dentro de mim com cada sorriso, cada olhar, cada brincadeira que tínhamos quando pequenos. Vou confessar que te amo desde sempre, e que nunca me permiti dizer isso, por medo. Sempre me senti diferente em relação a você. Sempre te achei incrível e linda ... você é linda e quero que se lembre disso todos os dias. Se conhecer algum cara aí e começar a sair com ele, quero que ele seja do tipo que te trata como uma princesa, quero que ele esteja ao seu lado sempre, em todos os momentos que precisar. Quero que ele te faça rir e brinque com você, porque por mais nervosa que você fique eu sei que você adora. Quero que ele segure sua mão e olhe dentro dos seus olhos. Deixe que ele te proteja e abra a porta do carro pra você. Você merece todos esses pequenos gestos.Não aceite ninguém que faça menos que isso, você merece uma pessoa incrível do seu lado.Me prometa se empenhar nos estudos, por mais chata que a escola de Londres possa ser. Estude e consiga passar na universidade que você sempre sonhou fazer. Fique mais tempo com seus pais , eles te amam e tudo o que eles fazem é pro seu bem. Aproveite cada minuto ao lado do seu pai, vocês já passaram tempo demais separados. Entre em algum curso diferente. Volte a cantar , não te vejo fazer isso ultimamente,sua voz é linda e deve ser ouvida sempre.Se permita viver novas experiências,faça coisas que nunca imaginou fazer algum dia. Arrisque, erre, ria e continue vivendo sua vida da melhor forma possível. Se eu souber que está bem Ali, eu estarei bem também, um pouco vazio sem sua presença, mas estarei em paz. Eu quero que acima de tudo você seja feliz . Eu estarei sempre aqui te esperando, não importa quanto tempo leve. Meu coração é seu.”

Terminei de ler a carta e me senti leve. Nada mais importava agora. Nem todo o tempo que passamos separados fez com o que o amor que eu sentia por Justin diminuísse e agora eu sabia que ele se sentia da mesma forma. Eu estava onde deveria estar, ao lado do homem que eu tinha escolhido pra passar o resto da minha vida.
Segui em direção à sala e me sentei ao lado dele, que me lançou o mesmo olhar doce de sempre. Eu vi em seus olhos os sentimentos mais belos que uma pessoa é capaz de sentir. Nosso amor tinha a forma mais pura de todas, pois além de amantes seríamos sempre, melhores amigos.

                                                                       ...
Olá meninas, como prometido ta aí o ultimo capitulo. Eu espero de verdade que todas vocês tenham gostado da minha história,eu quebrei a cabeça várias vezes pensando nas coisas que vocês iam gostar. E muito obrigada a todas que comentaram, que elogiaram, vocês me deixam muito feliz com cada comentario,muito obrigada. E bom, eu sei que algumas de vocês acharam que poderiam ter mais capítulos,mas a história ta aí, não tinha mais o que colocar,eu não iria jamais ficar aqui enchendo linguiça só pra ter mais capítulos, pq eu sei que ia ficar cansativo. Mas olha, eu já to com outra história em mente, já tenho o primeiro capítulo pronto, e logo logo devo colocar a sinopse aqui. Então quem estiver animada pra próxima IB comenta aí. Um beijão e até a próxima história. 

17 de jul. de 2013

We're the best of friends - Capítulo 19

Me instalei em um hotel que ficava próximo ao parque principal da cidade. Já era tarde da noite e eu estava exausta, tomei um banho rápido e assim que deitei na cama dormi. Quando acordei o sol invadia a janela do quarto, me proporcionando uma sensação revigorante. Assim que me levantei fiz minha higiene e coloquei uma roupa leve, tomei café no hotel e saí. Segui caminhando em direção à casa de Trish que não ficava muito longe dali, eu precisava encontrá-la antes do casamento, precisava saber como estava sua vida, conversar sobre assuntos bobos, precisava da minha amiga de volta. Assim que cheguei à porta de sua casa toquei a campainha e esperei ansiosa até que alguém atendesse. Assim que a porta se abriu me deparei com uma Trisha deslumbrante, ela sempre foi linda, mas estava ainda mais. Seus cabelos estavam um pouco acima dos ombros e ela possuía os mesmos olhos brilhantes de sempre, era uma mulher agora, uma mulher radiante.
-Eu pensei que não viria. –ela disse me olhando incrédula.
-E eu perderia esse momento histórico? Nem que o casamento fosse no Japão. –sorri e ela logo abriu os braços me tomando em um abraço apertado e reconfortante. Era tão bom vê-la, só agora eu percebi de fato o quanto ela havia me feito falta todos esses anos.
-Vamos entrar. –ela disse assim que nos soltamos uma da outra e me pegou pela mão me puxando pra dentro.
-Filha! Anda logo, você precisa se aprontar, o casamento é em algumas horas. –pude ouvir a mãe de Trisha gritar e assim que chegamos à sala ela me olhou sorrindo.
-Alison, que bom que veio querida. Trisha estava em tempos de ficar louca pensando que não teria sua melhor amiga presente em seu casamento.
-Eu não deixaria de vir por nada no mundo. –sorri.
-Ai! –Trish, que já estava sentada em uma cadeira, gritou enquanto uma mulher arrumava seu cabelo. –Cuidado aí ou eu vou ser uma noiva careca.
-Me desculpe. – a mulher disse sem graça.
-Ali, senta aí. –Trisha me indicou uma cadeira que estava na sua frente. –Alguém arruma o cabelo dela, por favor.
E então um homem que estava parado em um canto começou a mexer no meu cabelo e logo depois uma mulher começou a fazer minha maquiagem. Tudo o mais natural possível, já que o casamento aconteceria à tarde em uma cerimônia ao ar livre.
-Sabe Trish. –eu disse enquanto a mulher passava sombra em meus olhos. –Nunca pensei que veria você casar tão cedo.  Fico muito feliz por você e Tyler.
-Eu também nunca pensei amiga, mas Tyler me fez mudar. Ele é diferente, me faz rir, me entende, me escuta, ele me trata tão bem que as vezes me pergunto se mereço alguém tão bom quanto ele. Eu encontrei minha alma gêmea. É meio clichê, mas não vejo outras palavras que descrevam isso melhor.
Assim que terminaram de me arrumar me olhei em um espelho e estava linda. Meu cabelo estava solto e levemente ondulado e a maquiagem era leve, apenas realçando meus traços. Logo que Trisha ficou pronta correu pra dentro do quarto pra colocar o vestido. Minutos depois ela saiu e estava linda. Não pude evitar sorrir ao vê-la daquele jeito. Ela se olhou no espelho satisfeita e a felicidade que sentia transbordava por seus olhos e sorriso. Me despedi dela e disse que a encontraria mais tarde no casamento, pois precisava voltar ao hotel e terminar de me arrumar.
Assim que cheguei tirei meu vestido da mala e o vesti, logo em seguida coloquei meus sapatos e um par de brincos que tinha ganhado dos meus pais quando me formei na universidade. Ao me olhar no espelho me senti bem, eu estava linda, me sentia linda. Quando me dei conta já estava na hora do casamento. As borboletas no estomago tomaram conta de mim, parecia até que era eu quem iria se casar. Eu estava nervosa, eu iria rever todas as pessoas com quem cresci e acima de tudo iria rever Justin. Não sei como seria nosso reencontro, depois de tantos anos. Não sabia como ele estava, se estava com alguém.  Me senti insegura, mas uma hora ou outra eu teria que vê-lo, teria que falar com ele e perguntar o porque dele não me procurar todos esses anos. Deixei o hotel e peguei um taxi. Assim que cheguei ao local da cerimônia algumas pessoas vieram falar comigo, me perguntavam sobre minha vida em Londres e se eu tinha voltado pra sempre. Eu estava distraída quando ouvi uma voz atrás de mim.
-Olha se não é Alison Smith. –assim que me virei me deparei com um lindo homem, um pouco mais alto, mais forte, mas com o mesmo sorriso encantador de sempre.
-Mike! –disse sorrindo e me jogando em seus braços. –Senti tanto sua falta.
-Eu também pequena. Mas olha pra você. –ele disse me colocando a sua frente e me olhando de cima em baixo. –Está linda. Ainda mais do que antes. –ele sorriu.
-Você também ta um gato. –sorri e notei uma mulher loira que assistia a tudo um pouco desconfortável.
-Alison, essa aqui é a Vanessa. Minha namorada.
-Muito prazer. –eu sorri e ela me retribuiu. –Mike se deu bem, você é muito bonita.
-Obrigada. –ela sorriu um pouco tímida.
Logo avistei Tyler parado perto do altar e resolvi ir falar com ele.
-Oi, Ty. –disse me aproximando.
-Não acredito que veio. –ele disse vindo em minha direção e me abraçando.
-Meus parabéns. –sorri. –Eu quero que vocês sejam muito felizes, você sabe disso.
-Eu sei, Alison. E eu estou muito feliz que esteja aqui.
-Tyler, a noiva chegou. –Justin disse se aproximando de nós e assim que me viu ficou estático.
Senti uma corrente elétrica percorrer por todo meu corpo, minhas pernas tremiam e minhas mãos suavam. Ele estava ali, na minha frente, depois de cinco anos. E meu Deus, como estava lindo, ainda mais lindo. Estava mais alto, seus ombros mais largos e mais forte. Seu cabelo estava levemente arrepiado e o smoking que usava o deixava sexy. Ele se tornara um homem incrivelmente lindo.
-Oi, Justin. – eu disse, dando fim aquele silencio torturante.
-Oi, Ali. Você está ... Está linda. –ele disse e veio em minha direção.
-Todos em seus lugares, a cerimônia vai começar. –disse uma mulher, provavelmente a cerimonialista, fazendo com que Justin parasse onde estava.
-Eu... Eu vou me sentar. –eu disse por fim e saí dali, com as bochechas queimando.
Tentei ao máximo prestar atenção nos noivos, mas era praticamente impossível. Meus olhos iam a todo o momento em Justin, que por ser um dos padrinhos estava no altar. Em alguns momentos nossos olhares se cruzavam, mas eu logo tratava de desviar. Eu queria me levantar dali e sair correndo, queria gritar, me esconder e fugir de todos os sentimentos que se instalaram em mim no momento em que pus meus olhos nele. Assim que ouvi o padre dizer que os noivos podiam se beijar me levantei e segui caminhando pelo jardim. Depois de um tempo andando pude ouvir a voz de Justin.
-Alison, espera! –ele disse correndo em minha direção.
-O padrinho não deveria deixar o altar. É falta de educação sabia? –eu disse sem me virar pra olhá-lo.
-Nós precisamos conversar. –ele disse ofegante em conseqüência da corrida.
Eu me mantive calada por alguns segundos e comecei a sentir as lágrimas traiçoeiras queimando em minhas bochechas.
-Depois de cinco anos você acha que é hora de conversarmos? –eu disse ainda de costas pra ele.
-Olha pra mim, Ali. –pude ouvir seus passos indicando que ele se aproximava. –Por favor. –ele disse isso em um sussurro e eu pude sentir sua respiração quente bater em minha nuca me fazendo arrepiar.
-Eu não consigo. –e de fato não conseguia, o aperto que sentia em meu peito era tão grande que eu sentia que meu coração poderia parar de bater a qualquer instante.
Justin então, se colocou em minha frente e eu senti suas mãos quentes em minha bochecha.
-Por que você ta chorando Ali? –ele perguntou doce.
Eu então me permiti olhar em seus olhos e dizer tudo o que eu sentia.
-Como você acha que eu me sinto hein? –disse com lágrimas ainda caindo dos meus olhos. –Como você acha que foi pra mim, ficar cinco anos sem ter noticias suas? Como você acha que foi ficar te esperando no aeroporto e entrar naquele avião sem me despedir? –nesse momento minha voz se tornou mais alta. –Foi tão fácil assim me deixar ir? Você não se preocupou nem em saber se eu estava viva. Por que, Justin? Por quê? Você tem idéia do quanto eu fui infeliz nos primeiros anos? Você consegue imaginar quantas noites eu dormi chorando, pensando que você tinha me esquecido? –eu chorava incontrolavelmente agora, me lembrando de toda dor que senti.
-Eu tentei Ali, eu juro que eu tentei de todas as formas me comunicar com você. Eu fui ao aeroporto aquele dia. Eu vi seu avião decolar e voltei pra casa desolado por não ter conseguido chegar a tempo. –ele falava um pouco alto também. –Eu te escrevi Alison e eu nunca tive resposta.
-Nenhuma carta sua chegou as minhas mãos, nenhum telefonema, nada. –eu falei mais alto ainda dessa vez, queria me livrar de tudo o que eu sentia, talvez eu me sentisse melhor depois de falar tudo o que vinha guardando todos esses anos. –Você não sabe o quanto foi difícil pra mim.
-E você acha que pra mim foi fácil? –ele falou alto e me olhou incrédulo. –Você achar que foi fácil ver uma das pessoas que eu mais amo no mundo partindo? Meu mundo desabou depois que você se foi Alison e no meio de todo esse sofrimento eu me vi sozinho com uma criança. Eu tive que educá-la, amá-la, tudo isso sozinho.
-Como assim sozinho? Você tinha a Megan. –eu disse sem entender muito bem o que ele queria dizer.
-A Megan morreu Alison. –ele gritou e lágrimas escorreram de seus olhos.
-Mas...mas como assim morreu? Como? Quanto? –eu não podia acreditar naquilo.
Justin ficou calado por um tempo e ficamos nos encarando, enquanto ambos chorávamos. Ele então respirou fundo e falou mais calmo dessa vez.
-Ela morreu no parto. –ele fez uma pausa, aquilo parecia ser doloroso demais pra ele. –Quando ela estava no oitavo mês de gestação ela me ligou desesperada dizendo que estava sangrando muito e que não sabia o que fazer. Eu a levei as pressas pro hospital, depois de longas horas esperando, o médico me disse que tinham ocorrido complicações e que foi necessário fazer um parto ás pressas. Ele me disse que Megan tinha dado a luz a uma menina linda e saudável. Por um momento meu coração se encheu de alegria, minha filha estava bem, mas a pior noticia veio depois, quando ele me disse que Megan não tinha resistido.
Eu fiquei em silencio por um momento, apenas encarando Justin que chorava ao se lembrar daquilo.
-Minha vida ficou uma loucura depois disso, Ali. –ele disse com a voz embargada. –Eu não sabia o que fazer, eu nunca tinha cuidado de uma criança antes. Eu sei que deveria ter feito mais pra conseguir me comunicar com você, mas estava tudo tão confuso. Me desculpa. –ele me olhava com lágrimas nos olhos.
Eu então fui em sua direção e lhe abracei, ambos chorávamos. Depois de cinco anos eu podia sentir seu cheiro novamente, sentir seus braços em volta de mim. Não havia melhor sensação no mundo.
-Não me deixa de novo, Ali. Eu preciso de você. Sempre precisei. –ele segurava meu rosto entre suas mãos.
-Nunca mais. –eu disse e por fim o beijei. Depois de tantos anos sem sentir seus lábios nos meus, seu beijo ainda era do mesmo jeito, doce e quente. Suas mãos percorriam delicadamente minhas costas nuas, devido ao decote que o vestido possuía na parte de trás. Afundei minhas mãos em seus cabelos na tentativa de trazê-lo mais pra perto de mim e ele apertou minha cintura me puxando, querendo fazer o mesmo. Mas não era possível, não existia uma só parte do meu corpo que não estivesse colada à Justin. Nosso beijo era urgente, havia um misto de sentimentos que me faziam ficar zonza. Eu ficaria agarrada a ele, beijando seus lábios, por toda a eternidade se me fosse possível. Eu não poderia me afastar dele novamente. Não mais.
Assim que nos desvencilhamos do beijo secamos nossas lágrimas e ficamos nos encarando por um tempo.

-Eu quero que conheça uma pessoa, Ali. –Justin disse e segurou minha mão.
                                                                  ...
Olá meninas, como vão? Vim postar bem rapidinho pra vocês dessa vez hein e acho que o capítulo ta bem grandão. Espero muito que tenham gostado, de verdade. Tenho que avisar pra vocês que a história está muito próxima do fim, esse é o penúltimo capítulo. Se vocês quiserem saber como termina é só comentarem muito, assim que esse post tiver 40 comentários eu venho com o ultimo capítulo pra vocês. Um beijão e até o próximo.

15 de jul. de 2013

We're the best of friends - Capítulo 18

Assim que encontramos nossos lugares, minha mãe e eu nos sentamos uma ao lado da outra. Meu assento era na janela, o que de certa forma me aliviou um pouco, eu poderia curtir meu silencio olhando as nuvens que passavam ao meu lado. A viajem inteira foi de silencio total, quando eu não estava dormindo eu colocava meus fones de ouvido e esquecia do mundo. Eu me sentia vazia, não só por Justin, mas por toda uma vida que foi deixada pra trás. Eu tinha esperança de que voltaria algum dia, mas no fundo eu sabia que se acontecesse, não seria tão cedo. Eu estava assustada, teria que terminar o colégio com pessoas que eu não conhecia, eu seria a novata do sotaque estranho pra eles e eu não queria isso, eu queria minha vida de volta, meus amigos de volta, até meus professores eu queria de volta.
Assim que aterrissei em Londres eu senti os efeitos do clima úmido, meu cabelo logo ficou com frizz e começou a ondular nas pontas. Ótimo, terei que aprender a conviver com chuva e cabelo de chapinha. Eu mereço. Encontramos meu pai nos esperando e assim que pegamos nossas malas seguimos em direção a nossa nova casa.
-Seu quarto já esta pronto Ali, espero que goste. –meu pai disse animado enquanto dirigia. –Mas se quiser mudar alguma coisa fique a vontade.
-Eu tenho certeza que vou gostar pai. –minha voz soou estranha e rouca em conseqüência das longas horas que passei sem falar. Tentei parecer o mais animada possível, meu pai estava muito feliz e eu não queria estragar isso.
Assim que o carro parou, olhei pela janela e me deparei com uma bela casa, não era luxuosa, mas era maior do que a antiga. Nós descemos do carro e eu segui meus pais, assim que minha mãe entrou começou a elogiar, dizendo ao meu pai o quanto ele tivera bom gosto para escolher os móveis e os objetos de decoração. Eu ouvia aquilo e me sentia nauseada, a casa era linda, mas eu não me importava com isso, tudo o que eu queria era pegar um avião e voltar pra minha antiga casa. Meu pai logo me indicou onde ficava meu quarto e eu subi as escadas e encontrei a porta que ele falou. Ao abri-la vi um quarto lindo e me senti grata por todo o cuidado que meu pai tinha comigo. Comecei logo a arrumar minhas coisas e colocar minhas roupas no closet. Quando terminei já era tarde.
Os próximos dias eu passei tentando me comunicar com meus amigos, mas não obtive sucesso. Não era sempre que conseguia ligar nos seus celulares e devido ao fuso horário não os encontrava online. Eu me sentia sozinha, na escola eu não tinha amigos, apenas conhecidos, pessoas que tinham as mesmas aulas que eu. E lá era diferente, era rígido, eu não via os professores sorrindo ou fazendo piadinhas na sala de aula na tentativa de deixar a aula menos tediosa. Eu tentava de todo jeito me comunicar com meus amigos, mas nossos horários não batiam. Eu conseguia algumas vezes falar com Trisha, mas por meros minutos, eu apenas perguntava se ela estava bem e ela fazia o mesmo, não tocávamos no nome de Justin e eu fiquei sem noticias dele. Eu esperava que ele me ligasse, que me procurasse, eu precisava falar com ele, ouvir sua voz dizendo que tudo ficaria bem, mas isso não aconteceu. E então se passaram dias, semanas, meses, anos sem que eu soubesse qualquer coisa sobre ele.
5 anos depois
Eu tinha acabado de me formar em direito, como eu sempre tinha sonhado. Eu ainda morava com meus pais, meu pai estava cada dia se saindo melhor no trabalho e minha mãe também, ela dava aulas de piano para crianças e se dedicava a cuidar do lar. Eles estavam felizes e eu, com o tempo, passei a me sentir feliz ali também, ou talvez tivesse apenas me conformado com a idéia. Tinha feito amigos e trabalhava em um escritório de advocacia, ainda não tinha muitos casos, mas eu estava crescendo no ramo e me sentia cada vez mais realizada com a minha profissão. Vocês devem estar se perguntando se depois de tantos anos eu esqueci Justin, e a resposta é não. Eu não deixei de pensar nele um dia sequer nesses cinco anos que se passaram, e não tinha me envolvido com nenhum cara aqui em Londres.Eu saía com eles, mas nada sério, nenhum conseguiu causar em mim os efeitos que Justin causava. E mesmo que eu tenha ficado todo esse tempo sem ter noticias dele, não houve um dia em que eu não sentisse sua falta.
Eu estava voltando pra casa, era uma quinta feira e eu estava exausta, fiquei estudando um caso o dia inteiro e tudo o que eu precisava agora era um banho quente e minha cama.
-Oi mãe, oi pai. –disse assim que entrei em casa e os encontrei vendo TV na sala.
-Oi filha, como foi seu dia? –minha mãe perguntou.
-Exaustivo. –disse e tirei meus sapatos. –Se não se importam eu preciso tomar um banho. –e segui em direção as escadas indo direto pro meu quarto, lá tirei minha roupa e entrei no banheiro. No banho deixei que a água caísse em meus ombros levando embora toda a tensão que se concentrava ali.
Assim que terminei meu banho coloquei um pijama e fui pra cozinha em busca de algo pra comer. Assim que entrei vi minha mãe preparando um sanduíche, assim que ela terminou colocou o prato na minha frente.
-Obrigada. –sorri.
-Tem uma carta pra você. –minha mãe disse e me entregou o envelope. Por um momento meu coração parou, pensei que ele pudesse ter me mandado uma carta, depois de todos esses anos. Pensei que finalmente teria noticias de Justin.
Assim que abri o envelope me deparei com um convite de casamento, e o que mais me espantou foram os nomes dos noivos. Trisha e Tyler iriam se casar, em uma cerimônia no sábado. Espera, esse sábado.
-O que é ?- minha mãe perguntou curiosa.
-Um convite de casamento. –entreguei a ela o envelope. –Trisha e Tyler vão se casar.
-Você vai? –minha mãe me perguntou analisando o convite.
-Como não iria? É o casamento de Trisha.

Na sexta feira a noite eu já estava pousando nos EUA. Depois de cinco anos veria meus amigos novamente. Uma sensação estranha percorreu todo o meu corpo quando passei pelas ruas da cidade que morei toda minha vida. Lembranças passavam por minha mente fazendo meus olhos marejarem. Eu estava de volta. Depois de cinco anos eu havia voltado.

                                                                           ...
Olá minhas lindonas, como vão? O capítulo não ta muito grande, mas essa semana ainda devo postar o outro, se tiver bastante comentarios é lógico. Então se estiverem curiosas pra saber como vai ser o reencontro da Ali com o Justin é só comentar muito. Espero que tenham gostado do capítulo, eu sei que não ta dos melhores, mas prometo que o proximo vai ser muito bom e bem grande. Então é isso beijos e até o proximo. Não se esqueçam que qualquer duvida podem perguntar no ask que fiz, esse aqui . Beijoooos

10 de jul. de 2013

Begin Again // Capitulo 4

LEIAM AS NOTAS FINAIS PLEASE

"Senti seus lábios nos meus, não sabia quem era. tudo estava escuro, mais o gosto de seus lábios, ó sim não havia coisa melhor, muito melhor do que o Pedro, mais quem era ele? O beijo estava mais profundo mais apaixonante...Mais romântico...oh deus o que era aquilo? O garoto que sabe dar o melhor beijo do planeta? O garoto que sabe deixar uma garota nas nuvens? Quem era esse garoto?"

Acordei com o meu despertador tocando aceleradamente, nossa...que sonho foi aquele? Sentei-me na cama e levei minhas mãos até meus lábios era como se o gosto de seu beijo estivesse aqui nos meus lábios. Olhei para o lado e Justin dormia, levantei-me e peguei minha toalha, minha roupa e fui tomar um banho pensando nesse maldito e prazeroso sonho.

Depois de um bom café rindo bastante com Natan fomos para empresa aguentar mais um dia de trabalho, chegando na mesma, fui direto para minha sala, já que tinha algumas papeladas que não havia lido e nem mesmo assinado ontem.

- Hey Sop posso entrar?
- Sop? 
- Novo apelido gostou?
- É nada mal -ri- pode entrar sim Natan
- Então Sop, tenho uma grande novidade para você
- Novidade, estou precisando disso - falei curiosa
- vamos tirar férias mês que vem- falou sorrindo
- Férias? Mais mal entrei aqui
- Mais, mês que vem é Dezembro, natal e logo ano novo, final de janeiro nós volta, não está feliz
- Ah claro estou sim -falei desanimada mais sem ele perceber
- Ótimo, vou para minha sala qualquer coisa me chama ok?
-é... claro

Natan saiu e eu fiquei mais desanimada ainda, seria ótimo trabalhar no natal assim poderia me distrair afinal com quem irei passar o natal e o ano novo? Com meu cachorro? ah claro nem um cachorro eu tenho, que tal com um completo estranho, lindo e arrogante que dividi o quarto comigo? Ele deve ter sua família para visitar....Então acho que vou ficar sozinha mesmo. No quarto relembrando do que eu fazia quando Pedro ainda era vivo.


****

Mais tarde,depois de ter almoçado com Natan e ido trabalhar mais um pouco voltei para meu quarto e encontrei Justin revirando a sua gaveta, logo que ele notou que eu estava  ali olhou para mim com uma cara nada boa.

-VOCÊ -falou gritando e apontando o dedo na minha cara.
-ih, eu o que em? -falei com tédio
- Garota eu disse para você ficar longe daquela gaveta ok? LONGE.
- Eu nem mexi mais ali Justin. -falei com dor afinal ele estava de novo apertando meus pulsos
- Ah é? Então me explica cade a última carta que Caitlin me deu? E cade a foto que eu mais amava de nós dois
- Você quer que eu fale algo que eu eu nem se quer sei? -falei
- Você esta me provocando SOPHIA.
- Olha até que você sabe meu nome -falei com deboche
- Não brinca comigo -falou com raiva... Seus olhos estavam vermelho.

Como assim eu não estava com medo? Ontem eu fiquei com medo muito medo, mais agora, era como se eu soubesse o que ia acontecer, e queria que acontecesse, mais o que iria acontecer? Ele me pegar pelos cabelos e me matar ? Ontem eu estava com medo...Mais agora...Depois daquele "sonho" sobre o garoto eu não sinto medo é como se...se eu pudesse enxergar através dele. O que é isso agora? 

- Me larga. -disse firme
- Ah é? E o que você vai fazer em ?
- Justin você bebeu? Fumou?
- Não te interessa -falou por fim me largando e indo no banheiro.


Eu não havia pegado carta e nem mesmo foto, mais se ele diz que pegaram quem foi? As empregadas que arrumam aqui que não foram, elas não mexem nisso, e para que iriam pegar uma carta e uma foto?

Minha preocupação agora era Justin, o que ele tinha nos olhos? O que ele usou? Estava vermelho...Mesmo ele me queimando eu me preocupo com meu colega de quarto, não quero ter um colega de quarto bebado ou até mesmo drogado.

***

Já era noite, não estava com fome, não iria jantar, eu estava na salinha da suite, lendo um livro de romance, Querido John, e Justin apareceu sentando no sofá e ligando a TV.

- Justin
- Que é?
- Olha para mim -falei e ele olhou
- Que que é?
- O que você usou garoto? Drogas? Bebidas?
- Eu já disse...Não te interessa -falou se levantando.
- Ah me interessa sim. -falei o puxando
- Para que interessa para você em? Me diz? O que você quer? Veio para atormentar minha vida garota? Você perdeu seus pais e seu namorado, nossa acho que eles agradeceram a deus por ter tirado eles da terra, por que eles não te aguentavam mais garota, você é metida, encosto, uma completa idiota.

Naquele momento só tinha lágrimas nos meus olhos, por que ele falou isso? Ele se ouviu por acaso? Ele não sabe como isso me machuca? Não sabe? Mais pera...como ele sabia que eu havia perdido meus pais? Ele só sabia da parte do Pedro não a do meus pais.

- Como você sabe dos...meus pais? -falei chorando mais ainda
- Tenho meus contatos, e não chore você sabe que o que eu falei é verdade
- Justin -lágrimas caiam sobre meu rosto mais eu tinha que falar - você se ouviu garoto? Me diga, você sabe como isso me machuca? Você sabe? Não claro que não, você só perdeu sua namorada, não seu pai e sua mãe, e mesmo que perdesse, iria ter avó e avô e eu? NEM ISSO NÃO TENHO. -chorava mais ainda.


Mais logo algo aconteceu, os olhos de Justin ficaram brancos de novo, o vermelhão havia saido, ele estava normal de novo.

- Sophia... O que eu disse....Me desculpa eu estava com efeito das...
- Das?
- Drogas- abaixou a cabeça - Me desculpa
- Justin você não sabe o quanto me machucou seu completo idiota. -falei indo em direção da minha cama.
- Não... Sophia -me puxou- Eu sei o que você passou ok? Eu só estava com raiva, pegaram minha carta e minha foto e....
- Precisa descontar nos outros? -falei interrompendo 

Narração de fundo

Ambos estavam tão perto um podia sentir a respiração de cada um se misturar em uma só, e quando os olhos dos mesmos se encontraram foi como se um ima um puxava o outro, e quando perceberam seus lábios já estavam grudado como o ima, e dando inicio a um beijo...Mesmo nenhum dos dois querendo, eles não conseguiam se afastar era mais forte do que eles, claro que não era amor nem paixão nem mesmo atração era apenas um beijo, mais foi quando eles se separam pela falta de ar que Sophia percebeu esse era o garoto do seu sonho.

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Ok, eu sei que vocês estão aponto de vim aqui em casa de noite e puxar meus pés u.u, mais o que eu vou fazer? Estava muito mal cheia de problemas por isso fiquei mais de um mês sem postar me desculpa mesmo eu amo vocês e pretendo postar 3 ou até 4 vezes por semana ok? Conforme eu poder, vocês já estão de férias? Eu ainda não, começa segunda agora :)
Espero que vocês não tenham ficado bravas comigo, por que eu amo vocês, e quero continuar com minhas palhaçadas e continuar a compartilhar minha vida com vocês ok ? 

Então alguma novidade? 

Posso pedir 20 comentários?

Um beijo para vcs e espero q me perdoem :)))))))))))))