20 de mar. de 2015

Nocaute ― Capitulo 1

   
Mas eu mudei quando te olhei
Você me fez pensar pra frente
Por mais que eu tente desviar
Tô sempre em sua direção
Parece que eu soltei do mundo
۞
Dez anos depois
Justin levantou da cama, cabeça doendo. Sentiu o corpo inteiro doer. Desceu as escadas. Pegou um remédio, bebeu. Pegou o telefone. Uma foto da sua filha. Discou o numero da ex esposa. Três toques. Atendeu.
― Fala Justin. ― Falou, seca. 
― Bom dia para você também Carmen, dormi muito bem também, e você? ― Falou, rindo. 
― O que você quer? ― Falou, mais uma vez, seca. 
― Quero ver minha filha, hoje. ― Falou, agora sério. 
― Já falei, esse não é seu final de semana. ― Falou, mais séria ainda. 
― Pelo amor Carmen, para de birrinha! Eu só quero passear com a Babi hoje. Juro que levo ela hoje pra sua casa. ― Implorou. 
― Quero ela em casa ás seis horas! ― Falou. ― E nada de falar para ela implorar pra dormir na sua casa. 
― Eu já falei que você é espetacular? ― Justin falou, sua voz suave e cheia de emoção. 
― Até daqui a pouco. ― Carmen riu. Desligou 
Justin se espreguiçou. Sorriu para si. Estava com saudade da filha. Subiu as escadas. Entrou em um banho morno e delicioso. Seu corpo relaxou. A cabeça ainda latejava. Saiu. Colocou uma blusa xadrez vermelha, uma calça preta. Espreguiçou-se. Pegou a chave do carro. 
Parou em frente a um prédio, deixou o carro ali mesmo na rua. Correu para o portão. Apertou o botão. 
― Oi Jeff, sou eu. ― Falou, com a voz serena. O portão abriu. 
Entrou no saguão. Acenou para um rapaz jovem sentado atrás do balcão. Apertou o botão do elevador. Esperava. 
― Justin. ― Jeff o chamou. ― Chegou uma carta para você. 
― Carta? ― Questionou. Quem em pleno seculo XXI manda carta? 
― Sim. ― Jeff confirmou. Puxou a carta de uma das cartinhas atrás dele. 
O elevador chegou. 
― Quando eu descer eu pego. Valeu por não ter entregue a Carmen. 
Entrou no elevador. 21. Subiu. Bateu na porta. Carmen abriu. Justin sorriu. 
― E você veio. ― Falou, abrindo um espaço para ele passar. 
― Estou com saudade dela. ― Falou. Sentou-se no sofá. 
― Vai lá acorda-la. Ela vai amar ver o papai Justin
― Que papai Justin o que, sou o unico pai dela. ― Justin deu um beijo na bochecha de Carmen. Seguiu para o quarto de Babi. Entrou. A menina dormia calmamente em sua cama. Justin começou a soprar seu ouvido. Recebeu um tapa. 
― Ei meninha, que isso? Já está batendo no seu velho? Olha, olha. ― Falou, vendo seus olhos se abrirem lentamente. 
― Papai! ― Falou, coçando os olhos. 
― Bom dia meu amor. ― Falou, depositando um beijo na bochecha da menina. ― Levanta, toma um banho, fica bem bonitinha, vamos passear hoje. 
― Vamos pra onde? ― Perguntou, olhando fixamente pro pai. 
― Depois resolvemos isso. ― Deu mais um beijo na filha. ― Papai está te esperando na sala. 
Justin foi para sala. Carmen trazia duas xícaras cheias de café. 
― É por isso que eu te amo! ― Justin falou. Carmen o encarou feio. ― Ih, verdade, o grandão está ai? ― Perguntou. Pego uma xícara de sua mão. 
― Não, o Jordan não está aqui. ― Carmen falou, rindo. ― Para de chamar ele de grandão. 
― E ele é o que? O braço dele é maior que minha cabeça. ― Justin gargalhou das suas próprias palavras. 
― Para Justin! Depois a Babi fala isso na frente dele, ai você se encrenca. ― Brincou, bebeu um pouco do seu café. 
― Obvio que minha amada ex esposa vai me salvar do novo namorado. ― Bebeu um pouco do café. ― Como eu amo seu café. 
― Justin, você está se alimentando direito? ― Carmen perguntou. 
― Estou Carmen. ― Falou, rindo. 
― Você está tão magro. ― Analisou todo seu fisico. ― Está comendo o que? 
― Como todo dia naquele restaurante ao lado do meu serviço. ― Falou, bebendo mais um pouco do café. ― Não sou igual seu namorado, bombadão. 
― Então, ainda não vou ter uma loirinha burra pra zoar? ― Perguntou Carmen. 
― Não é só porque você é uma morena, gostosa, esperta, e linda, que pode ficar ofendendo minhas loirinhas. ― Falou. Carmen lhe deu um tapa. Riu. ― To brincando. Ainda não arranjei nenhuma namorada não. 
― Sua mãe me ligou. ― Carmen falou, mudando completamente de assunto. 
― E o que ela queria? ― Perguntou, apreciando seu café. 
― Queria conversar, oras. ― Carmen falou. Justin continuou apreciando seu café, a espera dela terminar de contar o acontecimento. ― Falamos sobre a Babi, sobre ela, sobre mim, sobre o filho dela, e ela falou que ia te mandar alguma coisa, mas até hoje não chegou.
― Chegou sim. ― Justin falou.
― Chegou não, Jeff não me entregou nada. 
― Lógico, a carta é minha. 
― É uma carta? ― Perguntou Carmen, se  interessando pelo assunto,
― Não te interessa, curiosa. 
― Ta bom, né. ― Carmen bebeu um pouco do café. ― É aquela cartinha que você tanto procurava? 
― Cadê a Babi que não vem logo. ― Justin falou, olhando para o relógio de pulso. 
― Ai, ta bom, não pergunto mais. 
― Não, não é isso, é que pra aproveitarmos bem o dia, precisamos sair rápido. ― Justin falou. ― Já que alguém só nos deu até as seis horas. 
― Sem mimimi, esse é o meu final de semana! ― Carmen reclamou. 
― Você já vê a Babi a semana inteira. 
― Vem com essa não, que você que leva ela pra almoçar todos os dias. 
― Você janta com ela, toma café, coloca pra dormir, quer mais o que? 
― Meu final de semana!
― Quer vir com a gente? ― Justin perguntou, sorrindo. 
― Não vou negar, eu quero sim! ― Carmen sorriu. 
― Ok então. ― Justin falou. Analisou-a de corpo inteiro. ― Mas por favor, toca essa roupa. ― Carmen deu-lhe um tapa. Levantou-se e seguiu para o quarto. 
۞
Lindsay seguiu o aeroporto, seu coração na mão. Voltou para Los Angeles. Viu sua familia a espera-la. Sua garganta secou. Começou a chorar. Correu. Correu com três malas enormes e uma bolsa. Correu mais do que pensava. Coração batendo forme, como estava com saudades. Abraçou todos. Irmã. Pai. Mãe. Sobrinhos. Cunhado. Chorou mais.
― Jesus, que saudade de vocês. ― Lindsay falou, limpando as lágrimas, borrando toda a maquiagem. 
― Oh minha mimada, vem aqui. ― Jannet, sua irmã, a abraçou mais uma vez. ― Você está toda suja de preto. 
― Vocês borraram minha maquiagem. ― Chorou. 
― Bom, vamos guardar isso no porta malar. ― James, seu cunhado, falou. Pegou duas das malas. 
― Ai, obrigada! ― Lindsay falou, arrastando uma das malas. ― Desculpa por fazer vocês virem. 
― Você acha que alguém aqui queria perder? ― Jannet falou. ― Holly ta empolgada desde a semana passada, Marcus mal dormiu essa noite. 
― Meu Deus! Ainda bem que eu trouxe presente para todos! ― Lindsay riu. Olhou para sobrinha. Olhos cor de mel. Um aperto no seu coração. 
"Eu amo seus olhos ―" Lindsay falou, sorriu besta. 
"Eu te amo moreninha. ―" Justin falou. 
 ― Lind! ― Jannet a balançou. 
― Oi! ― Respondeu. 
― A mala! ― Jannet falou, gargalhando. 
― Ai, desculpa! Que vergonha, eu viajei aqui! ― Lindsay riu. 
Entraram no carro. Lindsay foi no carro com os pai. Sentou-se no banco de trás, na janela. O caminho. Dois prédios. Pontos turisticos. As ruas famosas foram se distanciando. 
" Caralho! Sua casa é muito longe! ―"  Justin riu. 
" A minha casa? Lógico que não! ―"  Falou Lindsay, rindo ainda mais. "Não sei como aguenta morar perto de toda barulheira.―"  Falou ela. 
"Melhor coisa meu amor, morar perto de tudo! Posso esbarrar com o Will Smith a qualquer minuto! ―"  Justin falou. Mandou um beijo para Lindsay. 
"Posso dormir em paz a qualquer minuto! ―"  Lindsay falou. Mandou dois beijos. 
"Você venceu! ―" 
Finalmente chegaram a uma casa longe do centro, muito longe. O carro da sua irmã chegou logo em seguida. Lindsay se despreguiçou. 
― Vamos tirar as malas do carro! ― Jannet falou, puxando a enorme mala. ― Vem ajudar preguiçosa! Quero ir no shopping hoje, preciso comprar roupas pro Marcus, e quero que a famosa e talentosa estilista Lindsay me ajude. 
― Com o maior prazer! ― Falou. Correu para o carro da irmã, pegou uma mala. 
۞
Justin levava Babi nas costas, Carmen atrás tirando foto. Os três riam sem parar. Sentaram em uma mesa da praça de alimentação. 
― Quer comer o quer? ― Justin perguntou. Olhou para Carmen. Olhou para Babi. 
― Frango. ― Babi falou. 
― Frango? ― Justin olhou para Carmen. 
― Frango! ― Carmen falou. Sorriu. 
۞
― Fala pra sua mãe Marcus, já deu né? ― Lindsay falou para o sobrinho. ― Fala pra ela que estamos com fome! 
― Só a Holly mesmo, a unica que não reclama aqui. ― Jannet falou, rindo. 
― Tia! ― O sobrinho a chamou. ― Me leva nas costas? ― Sua voz saiu manhosa. 
"Amor, da um beijo? ―" Justin pediu com a voz manhosa. 
― Levo meu amor! Sobe ai! ― Lindsay abaixou. O sobrinho enrolou os braços em volta do pescoço da tia. Seguiram correndo para praça de alimentação. Lindsay paralisou. 
― Olha! ― Jannet falou logo atrás. ― Não é aquele seu namoradinho... 
― Justin...
۞
Trutaaaaaas, como eu amei os comentarios! Juro, essa fic vai até o fim se continuar assim! Preciso do apoio de vocês para continuar escrevendo, preciso que estejam gostando pra poder ter inspiração. Eu adoro vocês. Comentem. 

2 comentários:

  1. Ai meu Deus *-*
    Continua por favor amor, tá muito perfeito. Se logo no começo está assim.. kkk <3
    CONTINUA LOGO <3
    Xoxo :*

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  2. continua, continua, continua...
    por favor super curiosa
    amei flor!!

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