10 de set. de 2015

Ana

Oi meninas, tudo bem? Ana aqui mais uma vez. 
Então, eu vim informar que FAREI UM GRUPO DO BLOG NO WHATSAPP UHU 
Então, me mandem seus números nos comentário e eu vou criar o grupo, beijosbeijos, Ana 

7 de set. de 2015

Miles Away 1

Toronto, Canadá
3 anos depois


- Estarei ai em cinco minutos – digo ao telefone atravessando a rua movimentada
- Acho que vai estar em seis – ele diz debochando do outro lado da linha. Sei que está olhando pela janela, com um sorriso de canto nos lábios como sempre faz.
- Você vai perder, e eu quero muitos Temakis como recompensa – ouço seu riso do outro lado e começo a rir junto
- Tudo bem, você tem quatro minutos agora – eu sorrio e desligo o telefone. Corro por entre pessoas e carros, tentando não bater em ninguém, mas é meio difícil quando todas as pessoas de Toronto resolvem sair de casa ao mesmo tempo. Peço desculpas a alguém a cada 10 segundos, e agradeço por estar de tênis e não de salto alto. Chego a frente do prédio e olho o relógio. Dois minutos para subir 32 andares de elevador. Aperto o botão freneticamente até que aporta se abre. Aperto o botão 32 com certa insistência e as portas se fecham. Abro minha mochila e tiro os sapatos de salto alto de dentro dela, tiro meus tênis e calço os saltos, arrumo o cabelo em um coque meio bagunçado e me olho no espelho do elevador. As portas se abrem depois de alguns andares e eu desço.
- Anne, por favor, guarde essa bolsa na minha sala sim – digo assim que passo pela recepcionista que me recebe com um sorriso e pega minha mochila. Sigo para a sala no fim do corredor e a abro assim que a alcanço
- Bom dia, senhores, desculpem o atraso – digo e todas as atenções se voltam para mim.
- Tudo bem Srta. Connor, nós é que estamos adiantados – disse um dos homens na sala.
- Bom, então vamos começar essa reunião? – todos soltam um risinho e eu começo a caminhar para a frente de todos eles. Passo perto de meu pai e lhe dou um leve abraço – Você me deve Temakis, quatro minutos e meio – sussurro em seu ouvido e ele ri.
- Sabe que eu te deixo ganhar, certo? – ele diz depois de eu já estar afastada e os outros dois homens na sala ficam com cara de interrogação.
- Ah claro que deixa – respondo em tom irônico. Pego um tubo tamanho A1 e desenrolo o projeto que está dentro dele.
- Bem senhores, se preparem pra entender a que proporções poderá chegar o restaurante de vocês – digo de maneira segura e coloco o desenho em cima da mesa
[...]
- Eles adoraram – meu pai entra na minha sala extremamente empolgado.
- Isso é ótimo – respondo na mesma animação. Ele tira um papelzinho do bolso e coloca em cima da minha mesa. Eu o puxo e vejo escrito em uma caligrafia legível, porém relaxada.

“Bom, você me convenceu que devo fazer aquelas mudanças no meu restaurante. Que tal se eu te chamasse para sair em forma de agradecimento? Me liga
- Jonas”

Um número de telefone vinha logo em baixo. Encarei meu pai que tinha esperança no olhar.
- Pai, não posso...
- Alice, já se passaram três anos – meu pai, como sempre, tem um tom calmo e reconfortante
- Eu sei pai, mas eu vou sair com os garotos – ele abre um meio sorriso e massageia as têmporas
- Isso é bom, mas me conte novamente: Por que motivo você e Ryan não estão mais  “tendo um lance” – reviro os olhos e bufo
- Ryan gosta de outra garota pai, foram só algumas vezes que nos beijamos, nunca foi nada de mais – meu pai puxa a cadeira a minha frente e se senta com os braços cruzados
- Engraçado, da ultima vez você disse que Ryan não queria algo sério com ninguém. E agora ele esta gostando de uma garota? – bato a mão na cabeça em arrependimento, havia me esquecido o que havia contado a ele antes. – Lice, você precisa esquecê-lo filha, ele te fez tão mal...
- EU SEI PAI – grito apertando os braços das cadeiras. Respiro fundo tentando me acalmar – Eu sei o que preciso fazer, mas não é simples. Eu venho tentando durante o ultimo um ano e meio, juro que estou tentando, mas não é simples
- Sinto muito querida, não deveria ficar falando sobre isso. – ele se levanta e vem até mim me dando um beijo no topo da minha cabeça – Eu sinto muito – ele sussurra
- Eu também pai – respiro fundo – Eu também – automaticamente olho em direção a gaveta da minha mesa (A única que esta trancada) e por um minuto me arrependo de ter jogado a chave pela janela do escritório.

[...]

Entrei no pub e já avistei o pessoal em uma mesa. Um cara cantava alguma música que eu não conhecia e meus amigos tinham uma conversa animada. Me sentei em nossa mesa ao lado de Ryan e ele me deu um abraço de lado e um beijo na cabeça. Todos os outros me cumprimentaram com um toque de mão ou um beijo no rosto.
- E então como foi hoje? – Chris perguntou e a atenção de todos se voltaram para mim.
- Bom... – faço uma pausa dramática – Fechamos o negocio com os caras – todos soltaram um grande grito animado. Eu ri da reação deles e do susto dos caras sentados ao nosso lado. Depois de toda a euforia geral, ficamos conversando por um longo tempo, sobre o que havia acontecido na nossa semana. Sempre fazíamos isso. Nas sextas a noite nos juntávamos no mesmo pub e todos falávamos sobre nossas semanas. Era bem engraçado ouvir as histórias de todos, sempre havia palhaçadas vindas de Chris, Ryan e Chaz. Eles levantavam meu astral de um jeito inimaginável.
- Bom... – Chris chamou a atenção de todos logo após olhar o relógio de pulso. Ele estava de pé em seu lugar na mesa com uma garrafa verde de cerveja nas mãos – Já se passa da meia noite e como todos sabemos depois do dia 14 de maio, vem o dia 15 de maio – eu já sabia do que ele iria falar e comecei a corar – A 20 anos atrás nascia uma pequena garota chamada Alice Burton, e quando ela nasceu ela deu um tapa na cara do médico, por que essa garota não é mole não – assim como eu, todos gargalharam – a seis anos eu conheci essa garota e descobri que ela é a garota mais durona que alguém pode conhecer. É sério, eu já chamei  pra me proteger em uma briga, e ela me protegeu. – novamente todos gargalhamos – Agora falando sério. Eu te conheci Ali, e descobri que eu poderia me aproximar de uma garota sem ficar com ela. Você se tornou minha melhor amiga em pouco tempo e hoje em dia eu confio minha própria vida a você. E para quem não sabe, eu e Ali temos vários segredinhos – eu gargalhei – Ali, eu gostaria de te desejar tudo de melhor hoje, nesse dia que acabou de começar e é seu. Você é a cola que une toda essa galera que esta aqui. Você é tão criança, mas é tão madura ao mesmo tempo. Você sabe guardar segredos, sabe dar conselhos, sabe confortar alguém em um momento muito difícil, mesmo que para isso você tenha que sacrificar uma viagem para a Europa – lanço um sorriso para Chris com meus olhos cheios de lagrimas e os dele também. Sabemos de que momento estamos falando. De quando os avos de Chris morreram em um acidente de carro – Acredito que não falo só por mim quando digo que sou muito grato por tudo que você fez e faz por nós. Se nós somos uma família, você é nossa mãe – as lagrimas caem e eu me levanto indo até ele. O abraço fortemente. – Te amo, Lice – ele sussurra e eu sorrio
- Também te amo Chris – sussurro de volta e ele afaga meus cabelos. Me afasto dele e limpo meu rosto. Me viro para encarar todos que sorriem e vejo Ryan vindo de volta para a mesa com um bolo na mão. Todos começam a cantar parabéns  e eu gargalho.
- Faça um pedido Ali – Chaz diz assim que todos param de cantar. Eu penso em algo realmente bom, mas nada me vem a mente. E então, eu assopro as velas com um pedido bobo em mente. Todos gritam animados e então cortamos o bolo.  Mais uma hora e meia se passa quando decidimos que já é tarde.
- Amanhã todo mundo lá em casa? – Chris pergunta assim que estamos fora do pub – Temos que fazer uma comemoração digna para a Alice – ele pisca para mim
- Eu topo – Chaz é o primeiro a gritar
- Eu também – como eu esperava, Jessie é a segunda a concordar. Ela é tão afim de Chaz que é quase impossível não perceber, mas ele, obviamente, sequer se toca. Garotos.
Logo todos concordam com a idéia de fazer uma grande primeira festa de aniversario para mim. Eu tento protestar, mas é algo falho. No fim das contas Chris acaba me levando
- O que você pediu, Lice? – Chris pergunta repentinamente. Eu mordo o lábio levemente
- Não importa. Esses desejos não se realizam de verdade – digo respirando fundo
- Claro que se realizam, lembra que no ano passado eu fiz o pedido de um carro e aqui estamos nele – reviro os olhos
- Por que você ficou atazanando a vida dos seus pais pra ganhar o carro – eu e Ryan gargalhamos e Chris da de ombros
- Enfim... Se não se realizam , então nos conte – respiro fundo e mordo o lábio
- Eu pedi que ele volte, é um pedido idiota. E eu sou mais idiota que o pedido – Chris me encara. Ele sorri fraco
- Não é idiota, é algo que você quer muito, só isso – balanço a cabeça e sorrio fraco. Depois de quinze minutos de puro silencio Chris estaciona na porta da minha casa. Me despeço dele e entro. Sem sequer trocar de roupa eu me deito e caio no sono, um sono sem sonhos. Somente com um rosto parado, me observando. O rosto que me observa a três anos  enquanto durmo.
Chego a casa de Chris ás 20:30, abro a porta e entro. Nós já havíamos alcançado um nível de amizade em que eu entrava na casa dele sem pedir licença e ele fazia o mesmo na minha casa. Subo para o quarto dele e bato na porta. Ele demora a atender, então eu vou para o quarto de Caitlin. Quando entro ela está passando rimel em seus longos cílios. Ela corre até mim e me abraça me dando os parabéns e mais um monte de felicitações que somente Caitlin Beadles da a alguém. Me sento em sua cama e ela começa a me contar como foi corrido para Chris arrumar toda a festa. Chris havia me convencido que deveríamos fazer uma festa grande já que eu nunca havia feito uma festa assim, eu simplesmente concordei com a história já que discutir com ele não resolveria minha vida.
- Cait, Alice está ai com você? – Chris disse do outro lado da porta. Eu me levantei e abri a porta. Ele sorriu ao me ver e me puxou pela mão até seu quarto. – Feche os olhos – ele diz e eu apenas obedeço. Ouço a porta se abrir e ele me puxa para dentro. Ele fecha a porta atrás de mim e depois me puxa para algum lugar do grande quarto. – Pode abri os olhos – ele sussurra. Eu abro meus olhos e percebo que estou parada ao lado de sua cama.  Quatro livros estão em cima de sua cama. “Quadribol através dos séculos”  “Os contos de Beedle o Bardo” “Animais fantásticos e onde habitam” e “O livro das criaturas de Harry Potter”. Chris sabe como eu estava a procura daqueles livros, e sabe do meu amor por Harry Potter. Me viro para Chris e ele está sorrindo
- Que você possa viajar nesses livros pequena Srta. Granger – ele sempre me chama assim quando livros estam envolvidos. O abraço fortemente e ele retribui o abraço rindo. – Abra os livros na primeira pagina – ele sussurra. Eu me afasto, pego Os contos de Beedle e o abro. Quase abro para trás quando vejo o que está escrito

“Para Alice Burton
Obrigada por acreditar em Hogwarts, em Harry, Rony, Hermione, em todos os outros personagens e em mim.
Cada fã é um horcrux, e enquanto todas as horcruxes não forem destruídas Harry Potter não acabara.
Feliz aniversario
Always, J.K. Rowling”

Quando termino de ler a dedicatória meus olhos estão cheios de lagrimas. Me viro para Chris e o abraço novamente. Ele ri e eu só sei agradecer.
- Como fez isso Chris? – limpo meus olhos
- Lembra que fui a Londres a umas duas semanas? Ela estava dando autógrafos em uma livraria e eu disse que seria especial para você se ela autografasse seus livros por conta de seu aniversario e ela fez essa dedicatória – dou alguns pulinhos de felicidade e Chris ri. Eu juntos os livros com todo cuidado e os coloco em cima da mesinha de Chris.  Nós descemos juntos para a festa que já acontece lá em baixo. E é surpreendente como já está cheio. Nós vamos para o quintal e seguimos para perto de alguns amigos. Após muito tempo dançando e rindo dos olhares de garotas em cima de Chris (que tirou a camisa, mas não estava querendo provocar), e de ele decidir que ia ficar com uma garota ruiva. Eu  me sentei na espreguiçadeira mais próxima a piscina e relaxei por alguns instantes. Uma mão encostou em meu ombro e eu abri os olhos bruscamente.
- Dormindo no meio da sua festa? – Ryan está sorrindo meio sínico, mas eu tenho que admitir que aquele sorriso é bem interessante de se olhar.
- Não, só estava pensando – declaro meio aérea.
- Eu também estava – ele se senta e encara a garrafa de cerveja. – Eu estava pensando em você – encaro Ryan e ele me encara.
- Ryan, não...
- Eu não posso evitar – ele solta um sorriso de canto – Principalmente quando bebo um pouco além da conta – ambos rimos da situação. Encaro Ryan por longos segundos
- Ryan, eu sinto muito, mas eu não posso fazer isso com você – me levanto – nem comigo – começo a me afastar em direção a cozinha
- Ele não vai volta Alice – Ryan grita e eu balanço a cabeça concordando
- Eu sei – sussurro, mas sei que ele não pode me ouvir. Caminho por entre as pessoas em direção a porta da sala. Dou um encontrão em alguém e caio no chão. A pessoa me estende a mão e eu me levanto.
- Obrigada – digo limpando minha roupa
- Por nada, Alice Burton – meu coração para, eu esqueço como respirar, minha pernas tremem e eu tenho medo de olhar para cima e tudo ser apenas um sonho, mas mesmo assim eu olho e o vejo. Sorrindo para mim. Pulo em seus braços e o abraço pelo pescoço temendo largá-lo. Suas mãos passam ao redor da minha cintura e me erguem no ar. Eu choro e ele ri.
- Você está mesmo aqui? – sussurro perto de sua orelha e ele assente
- Estou sim Honey – eu começo a chorar novamente e ele me coloca no chão. Me afasto um pouco e o encaro. Seus cabelos estão mais curtos e um pouco mais loiros, seu rosto esta mais quadrado, seus braços tem tatuagens, mas seu olhar e seu sorriso são os mesmos.
- Drew – sussurro ainda desacreditada
- Honey – ele diz de volta. Eu o abraço pela cintura e ele ri. Depois de cerca de cinco minutos eu o solto. Ele ainda ri. – Não sabia que ia rolar uma festa para você – ele olha em volta
- Idéia do Chris – ele me encara como se tentasse guardar em sua memória a pessoa que estava a sua frente e eu fazia o mesmo.
- Bieber – ouço Chris atrás de mim e olho para ele. Ele corre e a braça Justin o levantando do chão enquanto eu dou risada da cena. Me apoio no batente da cozinha e encaro de braços cruzados os dois em sua cena. Logo após Chris Chaz e Ryan aparecem e o abraçam também. Eu apenas observo a cena de longe. Chris se aproxima de mim e para ao meu lado.
- Ele voltou – sussurro e Chris sorri
- Sim, Ali, ele voltou – Chris me abraça e me da um beijo na testa - Como no seu pedido - solto um sorriso meio bobo
- É o melhor presente que eu poderia ganhar – sussurro e percebo que estou chorando novamente. Chris se afasta e Justin está ao nosso lado.
- Com licença Chris, eu preciso de outro abraço – Justin diz e Chris se afasta – Eu posso? – ele pergunta para mim e eu sorrio
- Não precisa nem perguntar – me aproximo dele e ele afaga meus cabelos
- Senti sua falta Honey – ele sussurra e dessa vez ele está sério.

- Senti sua falta também, Drew – sussurro de volta. – E como senti - e naquele momento nada mais importa, apenas nós dois, ali, parados, perto do batente da cozinha da casa de Chris, simplesmente sendo eu e ele. Simplesmente sendo nós.

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Boa noiteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee rsrs
Como vão todos? bem? bem?
Ta ai gente o primeiro capitulo de Miles Away como Fic. Espero profundamente que gostem.
Postei logo após a Sinopse? Sim. Estava ansiosa demais pra postar e não aguentei. Agora vou ficar atualizando o blog de dois em dois segundos pra ver se alguém já viu, se alguém já comentou, pq eu sou assim.
Obrigada pelos comentários tão carinhosos, por todo o amor comigo e com as minhas OneShots. E espero ver todo esse amor com Miles Away.
Sou muito grata por cada uma de vocês que leem aqui.
MUITO OBRIGADA BRIGADEIROS DO MEU CORAÇÃO.

Desejo a todos uma semana abençoada.
Beijoooooos com gosto de brigadeiro.

Miles Away - Sinopse

[...] - Temos uma segunda favorita? - perguntou ele sorrindo.
- Sim - ri fraco e encarei seus lábios. Afastei-me e prendi o cabelo.
Passageiros do vôo 3757 favor comparecer ao portão de embarque 2
Encarei Justin e ele sorriu fraco de canto
- Chegou a hora [...]

- Você sempre será o meu melhor amigo, trouxa - digo só para que ele ouça
- Você sempre será minha melhor amiga, idiota [...]

- Eu amo você Drew - ele parece um pouco surpreso (eu também estou), mas sorri. Não sei exatamente qual o foi o sentido daquela frase (amor de amigos ou amor de amor), mas sei que o amo.
- Eu amo você Honey - aquelas palavras enchem meu coração, eu não me apego a nenhum sentido daquela frase, me apego somente ao fato de ele me amar. [...]

Naquele momento eu percebo, que não importa o que acontecera nas nossas vidas daqui pra frente, não importa aonde nós vamos, não importa quantas milhas de distancia existam entre nós. Nós sempre seremos melhores amigos e sempre teremos um ao outro. E eu sou imensamente grata por isso.



PS: Para quem não leu a OneShot clique aqui e leia



Três anos se passaram desde que o destino decidiu separar Alice e Justin. Durante três anos eles seguiram suas vidas um sem o outro. Porém o destino é traiçoeiro e em uma bela noite ele decide que é hora de juntar esses dois novamente.
Quanto três anos podem mudar duas pessoas? Quantas coisas podem acontecer? Quantos momentos podem ser recuperados? E quantos não?
É engraçado como a vida é feita de desencontros e de caminhos que dão no mesmo lugar e não se cruzam. Mas é como dizem: Um dia tudo e todos se encontram

6 de ago. de 2015

OIIIII GENTEEEEEE

OIIIII MENINAS E MENINOS,

Aqui é a pessoinha que chama vocês carinhosamente de BRIGADEIROS.
Tudo bem com vocês? Como vão? Como andam? Como respiram? rsrs
Então, tava aqui outro dia sentadinha no meu trabalho, pensando em algo para fazer enquanto não tinha projetos para desenhar e pensei "Será que Miles Away ficaria legal se, por acaso, se tornasse uma fic mesmo?" Então comecei a escrever uma especie de continuação para ela.

PORÉM

Eu quero saber se vocês querem. Por que, de verdade, eu não quero postar para ninguém ler.

Então quero saber a opinião de vocês sobre isso. Vocês querem a Fic? Querem que eu continue da onde parei? Querem que eu conte a história anterior aos acontecimentos citados?

Para quem não faz ideia do que eu estou falando, não faz ideia do que é Miles Away, clica aqui e descobre.

Me deem suas opiniões, digam o que acham da minha ideia, ou simplesmente me digam um oi. To sentindo falta do dialogo aqui nesse lugar.

Podemos combinar assim então?

Dependendo, se esse post tiver comentários, eu faço outro post dizendo qual foi a decisão.


Um beijo e um queijo pra vocês, brigadeiros

13 de jun. de 2015

PROM?

- Justin! - o grito enquanto ele corre colina acima. Ambos rimos da situação, mas ainda assim quero bater nele por me assustar com aquele papo da aranha estar no meu ombro.
- Me pegue se conseguir Cecíl - seu sorriso é radiante e faz o mundo girar melhor. Corro mais rápido e sinto minhas pernas doerem, mas ignoro a dor e até o alcançar. Quando o alcanço pulo em suas costas e ele me derruba no chão. Sinto todo meu corpo travar quando ele começa a me fazer cócegas, porém gargalho e ele faz o mesmo e isso é maravilhoso de se ouvir. Quando as cócegas cessam meu corpo relaxa. Quando encaro seus olhos ele estão tão dourados que penso estar olhando para ouro.
- Cecí, eu preciso te dizer algo - ele segura minha mão e calmamente eu me sento na grama.
- Pode dizer Justin - ele se aproxima um pouco de mim
- Cecilia eu... I can do it like a brother Do it like a dude - a voz sai de sua boca, mas não é a voz de Justin e sim da Jessie J.

Abro meus olhos e ainda estou em meu quarto. Meu celular toca ao som de Do it like a Dude, o que me indica que é Justin me ligando. Atendo sem mais delongas  e ele parece chorar do outro lado.
- Justin?! - me sento bruscamente na cama, preocupada. - O que aconteceu? Por que está chorando? - ele funga do outro lado e eu sei que nada esta bem.
- Nós terminamos - ele diz entrecortadamente - Acabou. Depois de dois anos e quatro meses acabou. E no dia do baile Cecí. No dia do baile de formatura. - olho meu criado mudo e lá esta o convite do baile. Ao seu lado meu relógio indica 5:45 da manhã.
- Quando isso aconteceu? - me levanto e vou ao banheiro lavar meu rosto.
- Agora a pouco. Ela me ligou e disse que estava terminando comigo. - bufo e bati na pedra fria de mármore da pia
- Não acredito que ela terminou assim - coloco meu celular no viva voz e amarro meus cabelos frustrada.
- Cecília o que eu faço agora? - ele pergunta meio dramático do outro lado.
- Saia de baixo desse cobertor do homem aranha, tome um banho, se vista de maneira belíssima que daqui a trinta minutos eu passo na sua casa... E não discuta comigo - ele ri fraco e eu sorrio - Trinta minutos - desligo o telefone e tomo um banho rápido. Me visto com tênis, jeans, uma camiseta cinza e uma jaqueta college por cima. Pego as chaves do carro e acelero para a casa de Justin . Paro o carro na frente da casa e corro para as escadas de entrada. A porta esta aberta então eu subo e entro no quarto. Justin está vestido de maneira deplorável, apenas as calças e tênis estão bons. Ele usa uma camisa social vermelha que usou três anos atrás, e um moletom surrado cinza.
- Jus qual é. Eu disse belíssimo - vou até o guarda roupa e pego uma blusa de basquete azul que cobre a bunda dele e uma jaqueta de couro preta - Toma veste - ele me encara com os olhos vermelhos 
- Não quero – bufo
- Justin Drew Bieber, você tem cinco segundos para levantar e se vestir e eu não estou brincando - ele bufa e se levanta. Tira o moletom e desabotoa a camisa. Quando ele retira a mesma eu percebo o quão definido é seu abdômen.
- Você é muito chata - me afasto dele e vou até o pote de balas na mesinha. Meu Deus como ele é bonito. Ele havia se vestido. Vou até ele e arrumo seu cabelo que facilmente se alinha.
- Agora está bonito. Vamos - sigo para fora e ele me segue. Pego duas maçãs e entrego uma para ele. - Finja estar feliz - mordo minha maçã e ele revira os olhos.
- Não sei fazer isso - lhe dou um tapa de leve no braço 
- Você finge bem pros seus amigos populares - ele me deu um tapa na cabeça e eu me desequilibrei caindo. Ele gargalhou e eu desisti de brigar com ele. - Idiota - me levantei e segui para a porta. Entrei no carro e ele entrou também.
- Não quero ver a Tiffany - resmunga ele
- A gente vai se vingar - ele arregalou os olhos - Calma, não vou fazer nada demais. 
- O que pretende fazer? - ele pergunta 
- Ela começou a namorar com você pela popularidade, e terminou por que todos a adorariam por terminar com o capitão do time de basquete no dia do baile. Agora nós vamos mostrar pra ela que você ta legal e que já tinha outra pessoa com você. - ele riu
- E quem seria essa pessoa? - mordi o lábio
- Eu - ele me encarou e parecia pasmo
- Você vai fazer isso por mim?
- Vou, afinal você é meu melhor amigo - "E tem vantagens" penso e sorrio
- Valeu Cecíl - ele beija minha bochecha e eu coro um pouco.
Paro o carro no estacionamento da escola e nós descemos do carro. Andamos lado a lado até entrarmos na escola. Então Justin me abraça pela cintura e eu me assusto.
- O que você está fazendo? - ele afunda o rosto em meu pescoço
- Só tornando tudo mais real - ele cheirou meu pescoço e eu ri. - Você mudou de perfume - comenta ele me soltando da cintura e passando seu braço sobre meus ombros.
- Anda notando meu cheiro Bieber? - dou risada e ele ri fraco
- Sempre notei - o encaro por dois segundos e depois encaro o além novamente.Todo mundo na escola sabia que eu gostava do Bieber desde a sétima série, mas ele parecia não perceber isso. No primeiro ano do colegial quando ele e Tiffany começaram a namorar, eu comecei a negar que gostava dele, e até tentei ser amiga da garota, mas nós vivemos em mundos diferentes. Desde então eu apoio ele nesse relacionamento e em todas as outras coisas na vida dele. Sempre estive ao lado dele, e ajudá-lo agora não seria algo tão ruim para mim.
- Cecí? - ele me tira de meus devaneios e eu o encaro. Percebo que estou sorrindo e paro imediatamente
- Sim - respondo meio constrangida
- Em quem estava pensando? - arregalo os olhos e sorrio fraco
- Como assim em quem? - ele da aquele sorriso de canto maravilhoso que só ele tem
- Você tava com aquela cara de quando ta pensando em alguém que gosta - gargalho meio forçadamente - E agora ta tentando disfarçar que ta nervosa - bato em seu peito e ele ri
- Não é ninguém - ele me olha de canto e eu empurro seu rosto com a mão 
- Cecília me conte quem é esse cara - bufo e ele gargalha. Olho para frente e Tiffany está vindo com suas serviçais 
- Rápido me abrace e sorria - ele assim fez e eu fiz o mesmo. O encarei e acariciei seu rosto de maneira carinhosa. Percebi um bando de pessoas parar a nossa frente e nós paramos. Encarei Tiffany e quis pular em seu pescoço.
- Oi Justin - aquela voz irritante ecoou e Justin segurou minha mão.
- O que quer? - ele perguntou
- Só quero me desculpar por terminar com você no dia do baile - ela soltou um sorrisinho cínico
- Não tem problema - o tom de Justin foi indiferente.
- Não? - ela pareceu surpresa
- Não. - ele apertou minha mão e sorriu para mim
- Eu já pretendia levar outra pessoa ao baile - ela arqueou uma sobrancelha - E antes que pergunte quem eu lhe respondo: A Cecília - o encarei de olhos arregalados
- Eu? - ele me encarou de maneira cúmplice como sempre fazíamos - Sim, eu. Aliás, o pedido foi lindo Justin. - o abracei e ele me envolveu em seus braços.
- Hum... Cecília no baile com você? - ela riu fraco junto com suas seguidoras - Okay. Espero ver vocês lá então - e ela saiu rindo. Quando ela virou no corredor eu me separei de Justin
- Que merda você fez? Você sabe que eu não vou ao baile - ele passou as mãos nos cabelos e me encarou com olhos de criança pidona
- Por favor, Cecíl - pensei na primeira desculpa que me veio à cabeça
- Não tenho um vestido - ele revira os olhos
- A gente compra hoje - penso em outra desculpa
- Não tenho grana - ele me segura pelos ombros
- Eu pago tudo que você precisar pro baile. Vamos por favor - reviro os olhos sem mais desculpas e sem ter como lutar contra aqueles olhos
- Ta. Eu vou - ele festeja me abraçando e me girando no ar - Justin! - grito enquanto gargalho.

[...]

Na hora do almoço eu e Justin saímos da escola no meu carro e vamos ao shopping para comprar tudo. Ele me leva a uma loja de vestidos de festa e assim que entramos uma mulher chega com um sorriso enorme
- Posso ajudar? - encaro Justin e ele parece estar controlando bem a situação.
- Ela quer um vestido para um baile de formatura - ele aponta para mim e sorri.
- Okay. Alguma preferência? - ela me encara
- Que não seja bufante, muito menos ridículo e não seja grudado - sorrio e ela solta uma risadinha.
- Okay. Que tal você e seu namorado se sentarem perto do provador ali?- ela aponta para um provador, um sofá e um espelho gigante de frente para os dois outros itens. - Enquanto eu pego alguns para você provar - assinto e sigo Justin. Nos sentamos no sofá e ele parece tranqüilo.
- Prometo que não vou demorar pra escolher - ele me encara e sorri bagunçando meu cabelo
- Pode demorar não me importo - ele se deita em meu colo e eu faço carinho em seu cabelo com as unhas
- Não fique assim - ele me olha e ri fraquinho
- Assim como? - ele faz carinho no meu joelho
- Baixo astral - ele ri, mas sem o mínimo de vontade
- Vai ficar tudo bem - sem pensar muito me curvo e lhe dou um beijo no rosto. Ele parece um pouco surpreso (já que não faço isso normalmente) e cora um pouco-
 Sim, vai - ele sorri e a moça chega com um monte de vestidos. Respiro fundo e depois solto o ar com força
- E lá vamos nós

[...]

Já estava cansada de colocar e tirar tantos vestidos. Estava para sair do provador e desistir de toda aquela idéia quando alguém bateu do outro lado da porta
- Cansei de vestir todos esses vestidos. Chega - gritei fechando o zíper da calça 
- Tenta esse, por favor - a voz de Justin pediu do outro lado. Bufei abrindo a porta. Justin arregalou os olhos e depois desviou o olhar. Então percebi que estava só de sutiã. - Hum... Eu encontrei esse ali e achei legal. - puxei o vestido de sua mão e fechei a porta com minhas bochechas queimando. Tirei a calça e coloquei o vestido.
Era bem bonito até. Era tomara que caia dourado e justo até a silhueta e depois era solto e tinha balanço em um tom marsala e ia até um pouco acima do joelho. Abri a porta do provador e fiquei de frente para o espelho. Era muito bonito. Virei-me para Justin e ele parecia impressionado
- E então? - ele levantou e caminhou até mim, me fez girar um pouco e depois assobiou
- Ta linda - fiquei vermelha e ele riu fraco.
- É esse? - assinto e vou para o provador

[...]

Acabei comprando um scarpin preto básico e discuti com Justin sobre ir ao cabeleireiro e venci. Então resolvemos ir ao Mc Donald's. Pedimos nossos lanches de sempre, o do Justin um quarteirão com coca e batatas e o meu um Mc lanche feliz com batata grande e milk shake de morango. Quando peguei meu Jake dentro da caixinha meus olhos brilharam e Justin riu.
- Que criança - ele gargalha e eu enfio algumas batatas na boca dele.
- Blá blá blá - bufo e como uma batata. Ele bagunça um pouco meu cabelo e eu rio
- Você é uma idiota - lhe dou alguns tapas fracos e ele gargalha
- Trouxa - mordo meu lanche e Justin ri mais.
 - O que foi? - pergunto depois de engolir
- Você bate como uma garotinha - jogo uma batata nele que acerta sua boca
- Eu sou uma garotinha, qual a sua desculpa? - ele fechou a cara e eu gargalhei. Ele se aproximou e começou a fazer cocegas. Ele sempre fazia isso (as vezes ele me empurrava) já que não podia me bater. 
- Quem é uma garotinha?
- Você - ele continua
- Quem? - o ar começa a me faltar pelo tempo gargalhando e eu me rendo
- Eu, eu, eu. Agora para - ele me solta. Eu enxugo algumas lagrimas que começaram a se formar e ele ainda esta rindo. Tento lhe dar um tapa de leve no rosto, mas ele segura minha mão e me puxo para mais próximo de si. Fico gelada e imóvel. Ele aproxima seu rosto do meu pescoço e puxa o ar. Eu me arrepio e ele ri fraco.
- Você definitivamente mudou de perfume - ele se afasta um pouco, mas ainda esta bem próximo de mim - E desde quando tem arrepios? - ele sorri de canto
- Desde sempre - declaro e me impressiono em como minha voz sai firme, mas percebo minha mão tremendo e Justin também percebe e ri.
- Por que esta nervosa? - ele me provoca, mas o porquê disso eu não sei.
- Não estou nervosa, idiota - reviro os olhos e puxo meu braço 
- Não? - ele se aproxima mais. Eu tento ir para trás, mas a parede esta ali. Ele sorri de canto
 - Não - ele coloca mão em meu rosto e eu resolvo fazer algo idiota. - Justin, para de brincadeira idiota - começo a rir e ele faz o mesmo
- Quase te peguei - gargalho e ele me acompanha se afastando
- Não - ele faz a cara de vencedor
- Você até tremeu - busquei uma desculpa
- Tremi por que a Tiffany estava do outro lado - ele se virou rapidamente e não havia ninguém lá. Assim como não havia ninguém ali cinco minutos atrás.
- Obrigado - ele agradece e eu apenas sorrio desacreditada de como ele acreditou
- Vamos, temos um baile de formatura para ir - me levanto e ele faz o mesmo 

[...]

Quando termino de passar meu batom a campainha toca e logo escuto Justin e meu pai conversarem. Minha mãe adentra o quarto sorrindo e para surpresa com a "mudança de estilo".
- Querida, você está linda - sorrio para ela. - Justin chegou - assinto. Sinto meu corpo gelar e minhas mãos começarem a tremer. Minha mãe se aproxima e me abraça, como se eu estivesse indo embora de casa. - Eu sei que gosta dele Cecília - meus olhos se arregalam e ela se afasta de mim.
- Como...? -ela ergue uma sobrancelha antes que eu consiga terminar minha pergunta
- Eu sou sua mãe Cecília, e também, qualquer pessoa consegue ver em seus olhos. - abaixo um pouco a cabeça e ela segura meu queixo - Eu sei que esta fazendo isso só para ajudá-lo, mas acho que deveria tentar contar isso pra ele hoje. - ela sorri do modo acolhedor que só ela consegue.
- Vou tentar - ela sorri e se retira do quarto. Arrumo um pouco mais o cabelo e saio. Quando chego ao alto da escada Justin olha para cima e parece surpreso. Termino de descer os degraus e ele se aproxima de mim.
- Você esta muito bonita Cecíl – sorrio
- Você também Bieber - ele da o braço para que eu entrelace no dele e seguimos para a porta
- Tchau, não vamos te esperar - diz meu pai e eu gargalho. Vamos até o carro dele e entramos. Ligo o radio e uma música agitada começa. Justin entra e da a partida. Vamos até o local do baile cantando e rindo. Quando Justin para o carro ele me encara.
- Vamos - tento abrir a porta, mas a mesma esta trancada.
- O que houve? - pergunto o encarando. Ele me analisa e sorri de canto. - O que foi? Tem algo errado? - me encaro e ele ri fraquinho.
- Não – responde sem parar de me encarar
- Então o que foi? – pergunto sustentando seu olhar sobre mim
- Hoje, quando estava em casa me arrumando Ryan apareceu por lá. – reviro os olhos. Ryan é do time e vive sendo ridículo.
- E? – pergunto em desdém
- Eu contei a ele que viria no baile com você – espero que ele continue e ele respira fundo – E ele me disse algo que não sai da minha mente
- O que? –pergunto agora um pouco mais tensa
- Ele me disse que você gosta de mim e qualquer pessoa pode ver isso – arregalo os olhos, minha primeira reação para disfarçar é rir. E eu gargalho
- Como é? – continuo gargalhando – Justin você não pode acreditar nas asneiras que o Ryan diz – o encaro e nada de diferente parece acontecer. Ele não parece decepcionado com minha resposta e isso me chateia. Isso é um sinal de que ele não sente o mesmo por mim.
- Eu sei. Foi só uma idéia maluca que ficou na minha cabeça – ele ri e para de me encarar – Vamos nessa então – assinto e ele destrava a porta. Saio do carro e ele se junta a mim. Ele passa sua mão em volta de minha cintura. Quando chegamos a porta uma mulher pergunta se pode tirar uma foto nossa e Justin diz que sim. Ele para ao meu lado e eu sorrio, quando a mulher conta diz que vai tirar a foto Justin lambe minha bochecha e eu rio. A mulher gargalha e vem nos mostrar a foto. Acaba ficando bem engraçada. Depois de limpar minha bochecha entramos no local da festa e logo de cara vemos Tiffany beijando um cara loiro que eu suponho ser Troy. Justin aperta minha mão e eu me viro para ele.
- Fique calmo. Venha comigo. Vamos falar com seus amigos populares – o puxo pela mão e sigo para uma grande mesa cheia de pessoas populares. Logo percebo olhares de Christian em cima de mim. De todos naquela mesa, ele era o que mais me irritava. Sempre fazendo piadinhas sobre mim e as vezes dizendo coisas sórdidas, mas hoje ele me encara. O olhar de quando ele quer uma garota. Justin me abraça pela cintura e os caras na mesa nos encaram.
- Hey Biebs – Chaz diz e se levanta vindo até nós – E... Uou... Cecília. Você está gata – elogia e eu sorrio. Charles sempre foi o mais aceitável dali
- Valeu Charles – lhe dou um beijo no rosto e ele sorri.
- Eu não ganho um beijo também? – a voz irritante de Christian soa atrás de Chaz e eu reviro os olhos.
- Jamais Christian – declaro e todos riem. Nos sentamos e todos conversam sobre coisas populares das quais eu não faço idéia. Muito tempo se passa e eu agradecia por ter levado meu celular. Quando levanto os olhos percebo Tiffany vindo em nossa direção e me aproximo do ouvido de Justin, tentado parecer casual e fazendo parecer que estou tentando chamá-lo para algo provocante.
- Não olhe agora, mas Tiffany esta vindo para cá. Quer vê-la com raiva? Então finja que estou te dizendo algo provocante – lhe dou um beijo leve no lóbulo e sorri de canto. Não me afasto tanto. Ele vira e nossos rostos estão bem próximos um do outros. Ele morde levemente o lábio inferior e coloca a mão em minha perna. Viro-me para frente e vejo Tifanny parada atrás de Chris
- Não é que vocês vieram mesmo – ela ri em deboche – Mas Justin amorzinho, você não me engana. Só veio com ela por que eu te deixei no dia do baile – Justin aperta um pouco minha perna e eu coloco minha mão sobre a sua e ele relaxa
- Tiffany, sinto muito, mas eu não vivo minha vida para você – ela ri
- Justinzinho – reviro os olhos – Você chorou por que terminamos – todos na mesa seguram o riso e Tiffany encara Justin com olhar de vitoria. – Admite que veio com ela só pra não ficar por baixo – Quando Justin pensou em abrir a boca eu o parei.
- Justin, bem que você disse que a voz dela faz os ouvidos sangrarem. Por isso estava chorando hoje cedo, completamente compreensível – declaro e todos na mesa riem.
- O que você...? – ela começa, mas eu a interrompo
- Vamos dançar Jus? – pergunto para Justin e ele assente. Levanto-me e Justin faz o mesmo. Seguimos para a pista de dança, Justin pede que eu espere e vai até o DJ e logo a musica fica lenta. Ele vem até mim e estende a mão eu dou risada e a seguro fazendo uma pequena reverencia de princesa. Nos aproximamos e começamos a dançar lentamente.
- Lembra que quando éramos crianças dizíamos que estaríamos juntos no baile de formatura e dançaríamos uma musica lenta juntos? – dou uma risada fraca e ele faz o mesmo
- Eu vestia os vestidos de festa da minha mãe e você usa um terno do seu pai. Íamos para o quintal e dançávamos até termos outra idéia de brincadeira. – ele riu
- Nossos pais sempre diziam que íamos namorar um dia – ele me gira, como quando éramos mais novos.
- Sim, sempre diziam – sei que Justin esta meio triste por falar nos pais. Eles faleceram quando tínhamos 14 anos. Um acidente de carro. Justin ficou semanas na UTI em coma. Quando acordou eu lhe dei a noticia sobre seus pais. Lembro que durante aquelas semanas eu sempre ia da escola para o hospital e do hospital para a escola. Quando ele teve alta, os avos dele já estavam morando por lá. Quando Justin fez 16 anos eles voltaram para sua cidade e Justin passou a morar sozinho. Sempre ia à minha casa e meus pais o adoravam. Nunca precisou trabalhar, já que os pais lhe deixaram uma herança e tanto, mas sempre éramos monitores em um acampamento para crianças no verão.
- Obrigado – ele diz me tirando de meus devaneios
- Tudo bem, o baile é até suportável – ele ri
- Não por isso. Por tudo. Por ser minha melhor amiga, por estar comigo em momentos difíceis, por me apoiar, por me deixar pegar sua família emprestada – ri – Por sempre segurar minha mão quando eu tive medo. Obrigado Cecíl – sorrio para ele
- Obrigada também Justin. Por me deixar fazer parte dessa doideira de vida que é a sua, por ser meu melhor amigo sempre, por entrar pra minha família, por ir para os acampamentos de verão comigo, por me trazer ao baile – ele ri e eu faço o mesmo. O abraço subitamente e ele me envolve em seus braços.
- Justin eu gosto de você – digo repentinamente e ele me afasta me encarando pasmo.
- Você... - ele começa e é interrompido
- E AI GALERINHA – o DJ grita e eu me assusto – Chegou a hora de anunciar o rei e a rainha do baile – todo mundo grita e Justin pede pra que eu espere. O cara tem dois envelopes na mão e depois de enrolar bastante abre o primeiro que é o do rei do baile. O que não é novidade pra ninguém
- JUSTIN – todos gritam e batem palmas e ele segue para o palco. Ele recebe uma coroa e sorri para todos. Eu sempre achei que uma coroa combinaria com ele. E estava certa. Ele ficou la enquanto o cara abria o outro envelope com o nome da rainha do baile. Dessa vez ele fez mais suspense, mas nem tanto
- TIFFANY – todos gritam novamente e batem palmas e Tiffany segue para o palco. Recebe sua coroa e suas flores que entrega para uma garota segurar. O DJ avisa que haverá a dança do rei e da rainha. Justin é um pouco resistente a segurar a mão dela, mas acaba segurando e eles seguem para a pista de dança. As pessoas se afastam conforme eles vão chegando e eu faço o mesmo. A musica começa e eles dançam. Parecem realmente um casal. Quando a musica para as pessoas gritam para que eles se beijem. Tiffany beija Justin que não se nega a nada. Ele desce a mão pelas costas dela e segura sua bunda. Encaro a situação perplexa e percebo algumas amigas de Tiffany rirem de mim. Afasto-me e sigo para a saída. Tiro os sapatos e corro para casa. Quando chego lá entro correndo e peço a minha mãe que caso Justin pergunte de mim, ela diga que eu não cheguei em casa. Ela concorda e eu corro para meu quarto. Jogo-me na cama e durmo. 

Quando acordo o sol ainda não havia nascido. Levanto-me e vou até minha mesinha estudos. Abro meu notebook e entro no meu e-mail. Respondo a um e-mail e vou até meu closet. Pego minha mala e a jogo em cima da cama com algumas roupas. Dobro todas e guardo na mala. Entro no banheiro me livrando do vestido e tomo um banho longo e quente. Entro novamente em meu closet visto um moletom GG e um short. Penduro o vestido em um cabide e o encaro por um minuto
- Você poderia ser usado por alguém que fosse ter uma boa lembrança de quando usou você – solto todo o ar pela boca e saio do closet. Quando entro no quarto ele está lá. Parado perto da janela encarando minha mala. O encaro e sorrio
- Aonde vai? – seu tom já me diz tudo. Se ele pudesse desfaria aquela mala agora mesmo
- Justin... Eu ia te contar, mas não tive tempo. – ele deu alguns passos e se sentou na cama
- Bom... Agora temos tempo – ele cruza os braços. Ele ainda está com seu smooking, mas sua camisa branca esta com manchas de batom (da mesma cor do que Tiffany usava) e seu cabelo esta desarrumado.
- Justin, eu fui aceita no MIT – ele arregala os olhos e levanta num salto
- Você vai para Massachusetts? – assinto e ele volta a se sentar meio pasmo – Você nem me disse que tinha se inscrito – aberto as mãos dentro do bolso do moletom.
- Eu não achei que fosse passar – mordo o lábio. Ele me encara como se dissesse “Really bitch?
- Você sabia que ia passar. Nunca conheci ninguém tão inteligente quanto você – aperto mais as mãos – Quando você vai? – ele pergunta passando as mãos pelos cabelos
- Assim que o dia amanhecer – ele se levanta e vem até mim.
- COMO É? - ele esta de frente para mim. E como sempre foi, eu tenho que olhar um pouco para cima para falar. – Mas as aulas estão longe de começar – argumenta
- Eu sei, mas eu preciso resolver coisas da minha matricula, minha casa lá, emprego, coisas assim – ele parece não acreditar. Eu não olho em seus olhos por que sei que ele descobrira.
A verdade é: Eu nem me inscrevi para o MIT. O diretor da escola encaminhou meu histórico para o diretor do MIT e eles me ligaram. Eu tinha até hoje para decidir se iria. E eu decidi. Eu iria para o MIT. Iria morar em Massachusetts.
- Cecília você não pode estar falando sério – me afasto dele e vou até a mesinha. Abro a gaveta e pego a passagem aérea. Entrego para ele. Ele lê toda a passagem e depois me encara – Cecíl... – ele diz um pouco baixo
- Justin... Vão ser ótimos anos, eu vou fazer engenharia nuclear, vou ter aulas maravilhosas, vou fazer o que gosto de fazer e... – ele me interrompe
- Você acredita no que está dizendo? – ele pergunta de maneira direta.
- Claro que acredito Justin. – solto um riso fraco e ele balança a cabeça negando
- Não acredita. Você está mentindo para si mesma, e tentando mentir para mim também – ele me segura pelo ombro e eu sinto meu corpo arrepiar.
- Justin é isso que eu quero fazer e... – ele me interrompe novamente
- Por que você vai para lá?
- É obvio que...
- Não. Não quero saber isso. Quero saber o real motivo pelo qual você vai – ele encara meus olhos de maneira profunda e eu tento não desviar. O que, obviamente, falha
- Eu vou para lá por que eu sempre quis ir para o MIT Justin. A vida não é um eterno colegial. Uma hora a gente precisa crescer – ele levanta meu queixo e me faz encará-lo
- Eu te magoei não foi? Te magoei quando beijei a Tiffany no baile – me nego a ter uma expressão de pânico no rosto
- Não Justin. Eu só te contei aquilo por que precisava te contar antes de ir. Eu não esperava que seu sentimento fosse recíproco. Eu sabia que não era – respiro tentando não chorar – Você não me magoou Justin – ele balança a cabeça negativamente
- Então por que foi embora e pediu pra sua mãe me dizer que não estava aqui? – aperto minhas mãos ainda no bolso do moletom
- Eu fui embora por que surtei. Qual é, é estranho contar para o seu melhor amigo que gosta dele. E eu não estava em casa. Passei naquela sorveteria para comprar um sorvete grande. Quando cheguei minha mãe já estava dormindo – caminhei até a janela e me sentei nela. – Eu sinto muito se deixei uma impressão errada, mas eu não sabia o que fazer – ele se virou para mim, mas não vem ate mim. Mantemos silencio por um longo tempo e eu sei no que ele está pensando: Que eu devo estar mentindo. E estava, mas ele não precisava saber
- Fico feliz que tenham voltado – digo um pouco mais baixo do que pretendo, mas forço um sorriso e faço com que pareça sincero.
- Obrigado, eu acho – ele responde meio sem jeito. Ele tira um papel do bolso e caminha até mim. – Eu queria que ficasse com isso – ele me estende o papel e percebo que é uma foto. A foto que tiramos quando chegamos ao baile. Sorrio olhando a foto
- Sem photoshop, sem mentiras, sem atuações, somente dois idiotas sendo amigos idiotas – digo e ele ri. Continuo encarando a foto. Depois de algum tempo levanto e caminho até ele. O abraço e choro. Não por ele ter beijado Tiffany, mas de saudades. Uma saudade que sei que vou sentir quando for para Massachusetts.
- Vou sentir sua falta JB – ele me abraça com força
- Vou sentir sua falta Cecíl – só ele me chamava de Cecíl e só eu o chamava de JB. Ficamos assim por algum tempo até que me afasto e vou até o closet. Pego uma caixa e volto ao quarto me sentando na cama. – Os tesouros de Cecíl – era assim que ele chamava aquela caixa. Já que eu guardava coisas importantes ali.
- Acho que tem algo aqui que te pertence – ele parece intrigado e se senta ao meu lado. Retiro de lá uma pedra azul. Quando fomos juntos ao caribe, éramos crianças e eu encontrei aquela pedra. Justin ficou maravilhado com ela, e eu disse que um dia eu a daria a ele.
- A pedra – ele diz rindo um pouco – Não acredito que ainda tem isso – eu a seguro entre os dedos e encaro-a
- Eu disse que te daria um dia. – a coloco em sua mão e ele parece surpreendido
- Cecí... – eu nego com a cabeça
- Quero que tenha algo para se lembrar de mim – ele me encara
- Eu vou te visitar em Massachusetts, não é um adeus – eu sorrio fraco
- Justin, nós sabemos que você vai começar sua faculdade de música. A faculdade rouba muito tempo. Eu quase nunca vou estar disponível, você também não. Vamos aceitar os fatos: Não vamos nos ver por um bom tempo – ele baixa a cabeça e fecha mão que esta com a pedra.
- Obrigado Cecí – ele diz baixinho
- Não me agradeça Justin – ele me encara e eu sorrio para ele. Ele sorri e eu brevemente me arrependo da decisão, mas passa. É hora de seguir em frente.

[...]

Três meses depois

A aula de Design e Projetos de Sistemas Nucleares acabou e eu me sentia maravilhada com aquilo. Era simplesmente fascinante.
- Cecília – alguém me chama e quando me viro vejo Tyler.
- Oi Tyler – digo e ele sorri meio tímido
- Eu gostaria de saber se você quer ir comigo a uma festa – aperto minhas mãos e olho para meus pés
- Eu sinto muito Tyler, mas eu tenho um trabalho para terminar e não posso. Tchau – saio andando antes que ele se pronuncie. Eu preferi não me aproximar dos caras dali por um tempo. Ainda estava mal por causa do que ocorreu com Justin e queria dar um tempo.
Não via Justin desde aquele dia no meu quarto. Não lhe contei o horário do meu vôo. Passamos a nos falar por mensagens algumas vezes por dia, mas já fazia algumas semanas que não conversávamos. Fiquei sabendo por Chaz que ele e Tiffany iam muito bem, então resolvi não atrapalhar isso.
Avistei Cassie vindo em minha direção animada. Cassie era minha amiga e nós dividíamos um apartamento, não muito longe do campus. A conheci no dia que fui a secretaria fazer minha matricula. Conhecidentemente ela estava fazendo a dela também, mas ela cursava arquitetura. Naquele dia, depois de um almoço e um passeio pela cidade resolvemos morar juntas. Ela vinha do Canadá, Toronto. Tinha cabelo enrolados e os olhos pretos mais escuros que já vi na vida. Era amável e adorava romances.
- Nós vamos sair hoje. E isso não é um pedido – reviro os olhos e bufo
- Cassie – digo meio manhosa – hoje eu não...
- Calada, nós vamos e não tem discussão – solto um risinho fraco e ela ri vitoriosa – Vamos – ela me puxa pelo braço e me arrasta pelo campus.
Quando chegamos ao apartamento eu tomo um banho rápido e me arrumo. Cassie disse que era uma festa de algum amigo dela. Não entendi bem ao certo. Fico na sala encarando uma parede branca. Deixo minha mente viajar e meus olhos acabam me levando a foto. Ela está na estante em um porta-retratos. Caminho até a foto e a seguro nas mãos. Justin esta lambendo meu rosto e eu estou gargalhando de olhos fechados.
- Sinto sua falta JB – sussurro baixinho e abraço a foto por alguns segundos. A deixo em cima da estante quando ouço Cassie vir pelo corredor. Viro-me para ela e ela parece impressionada.
- Cecília, você está linda – ela sorri e faz sinal para que eu gire e assim eu faço enquanto dou risada
- Você também está Cassie – ela agradece com uma pequena reverencia e pega as chaves do carro.
- Vamos – assinto. Saímos de casa e trancamos tudo.
Quando chegamos ao lugar da festa já eram 22:00. Agradeço mentalmente por não termos aula no outro dia. Era uma espécie de salão de festas. Quando entramos tinha uma decoração bem legal. Alguns balões, luzes piscando, uma mesa com bebidas, outra mesa com alguns doces e comidas, um DJ e um palco. Não sabia que música estava tocando, mas era bem animada. Logo encontramos uma mesa e nos sentamos. Algumas pessoas conhecidas da faculdade estavam ali, e Cassie conversava com elas de maneira simpática. Eu não podia dizer o mesmo de mim. Estava cansada e só queria dormir. Festas ultimamente me deixavam desanimada. Levanto-me e vou beber algo. Encontro uma daquelas travessas cheias de ponche vermelho e encho um copo de plástico laranja com ele. Tem gosto de cereja. Volto para a mesa, mas Cassie nem o resto das pessoas estão ali. Começo a andar pelo local e não os acho. Quando me viro pensando em ir embora um cara me segura pelos ombros.
- Você é Cecília? – ele pergunta e eu me afasto um pouco
- Sim – respondo meio receosa. Ele sorri
- Preciso que venha comigo – ele estende a mão. Eu me nego no começo, mas depois não vejo mal algum. Ele me puxa até um lugar próximo ao palco onde só existe uma cadeira. – Espere aqui – antes que eu possa perguntar o que esta acontecendo ele sai correndo. Eu me sento e fico esperando algo acontecer, mas por um longo tempo nada acontece. E então as luzes se apagam. Eu agarro a cadeira, mas não ouso me levantar. A musica Flashlight da Jessie J começa a tocar uma luz se acende. Uma imagem aparece no pano branco do palco. Sou eu quando era criança junto com Justin. Meu corpo treme. Outras imagens minhas com ele passam e então um vídeo começa e a musica fica mais baixa, como se fosse de fundo.

“- O que estão fazendo? – a voz de Pattie ecoa. Me lembro daquele dia. Ela havia comprado a câmera recentemente eu e Justin tínhamos 7 anos
- Mamãe, mamãe – Justin corre para a mãe e para sorridente
- O que foi querido? – ela pergunta carinhosa como Pattie sempre fora
- Ela aceitou, ela aceitou – responde Justin sorridente e saltitante. Eu sorrio ao me lembrar do que vem a seguir
- Ela aceitou o que? – Pattie ri com a confusão do pequeno
- Cecíl aceitou meu pedido. Quando formos grandes ela vai ao baile de formatura comigo – ele salta e a música começa a aumentar novamente.”

Mais fotos começam a passar como se passassem em ordem cronológica. Uma foto de nossa primeira tatuagem passa. Fizemos aos 16 anos, depois que Justin acordou do coma. Não contamos a ninguém que faríamos. Era uma ancora no começo da curva do braço. Minha mãe quase nos matou, mas entendeu nossos motivos depois. Instintivamente toquei a tatuagem e sorri. Mais um zilhão de fotos passaram e então a ultima elas foi a do dia do baile da escola e nesse mesmo momento a música acabou. Um holofote parou no palco e nada aconteceu por um momento e então um barulho como se alguém batesse no microfone soou.
- Você aceitou meu pedido aquele dia – a voz de Justin ecoou por todo o lugar – mas no dia do baile de verdade eu te decepcionei. Não levei você como minha parceira de verdade. Fingimos tudo para deixar outra garota com ciúmes. – ele riu fraco. Onde ele estava? – Depois que consegui isso, você foi embora. Você veio para Massachusetts. E cara, eu não imaginei que fosse possível alguém ficar como eu fiquei. – a luz foi para o canto do palco e então Justin apareceu ali. Andando para o centro do palco. Ele parou no centro e uma luz fraca veio em minha direção. Ele me encarou e sorriu.
- Você sempre foi minha melhor amiga, nós sempre cuidamos um do outro, sempre fomos confidentes um do outro. – ele fez uma pausa, molhando os lábios como sempre fazia – Sabe, quando meus pais morreram, eu estava na escuridão. Eu não saberia seguir, eu não saberia me levantar se você não estivesse lá. Você sempre foi minha lanterna nos momentos escuros. Você sempre me guiou. Você sempre esteve lá. E eu fui tão burro, tão cego em não perceber que você estava lá, não só como minha amiga, mas como alguém que gostava de mim, mas eu fui mais cego e burro por não perceber lago muito importante: Eu também gostava de você. Caramba, eu gostava tanto de você que quando aquele Andrew quebrou seu coração eu fui atrás dele e dei uma surra nele – eu solto uma risada fraca. Ele coloca uma das mãos no bolso da calça social.
- Sabe Cecíl – ele olhou para as pessoas no lugar – Só eu posso chamá-la de Cecíl – todos gargalham e ele volta sua atenção para mim – Sabe Cecíl... Eu sempre te olhei de um jeito diferente, mas eu nunca pensei que fosse como alguém que eu gostasse. – ele ri fraco – Naquele dia quando você me disse que gostava de mim, meu coração chegou na boca e voltou para o peito, mas então eu agi como um idiota. Eu achei que não fosse bom para você. E durante toda a minha caminhada até aquele palco para receber a coroa de rei do baile eu pensei nisso. Quando beijei Tiffany eu queria que você deixasse de gostar de mim por que eu não queria estragar tudo. Eu fui a sua casa e sua mãe me disse que você não estava lá eu subi até sua janela e você estava dormindo. Eu fiquei lá esperando você acordar. Quando te perguntei sobre pedir pra sua mãe mentir pra mim e você me contou a história da sorveteria ao invés de dizer a verdade eu soube que havia quebrado seu coração. E eu me senti como Andrew e quis quebrar minha cara. Continuei com Tiffany por uma semana depois daquilo, mas não havia uma noite que eu não ia até sua janela e me sentava lá e esperava que você aparecesse. E então eu percebi algo que sua mãe já sabia – ele ri e eu também – Eu gostava de você. E eu não te tirava da cabeça. Eu fui para a faculdade e todas as vezes que eu entrava na aula eu pensava “A Cecíl sempre adorou piano, principalmente quando eu tocava para ela” quando eu ia para a aula de violão eu pensava “A Cecíl adora o barulho que os dedos fazem ao deslizar pelas cordas do violão”. Em uma aula eu enchi uma folha do meu caderno com seu nome. Eu não me concentrava em nada. E então um dia passando por um grupo de estudantes de poesia um deles disse ao outro que quando uma garota maravilhosa diz que gosta de você e você começa a sentir algo estranho dentro de você desde então isso não quer dizer que você passou a gostar dela também. Isso quer dizer que você sempre gostou dela também. – seco o canto do meu olho quando uma pequena lagrima se forma ali.
- Eu fui um idiota com você. Você me deu seu coração de tantas formas diferentes e muitas vezes eu quebrei seu frágil coração, mesmo sem saber. Eu quero que me perdoe por isso minha pequena Cecíl. – ele desce do palco e a luz o segue. Ele caminha até mim e para em minha frente. Eu o encaro e percebo algumas olheiras.
- Eu não sabia o que fazer, mas então eu me lembrei daquele vídeo onde eu te pedi pra ir ao baile comigo e você aceitou. Porém o baile já havia passado. E então eu descobri o número de Cassie e ela me ajudou a criar um novo baile aqui. E eu tenho uma pergunta pra te fazer Cecília Snow – ele se ajoelha e alguém trás um buque de tulipas e o entrega a ele. – Tulipas por que você acha rosas clichês – dou risada assim como todos no local – Cecíl você quer ir ao baile comigo? – ele estende o buque e eu percebo a expectativa de todos
- Você veio até Massachusetts só para me levar ao baile e acha que vou dizer não? – ele ri e eu pego o buque. Ele se levanta e alguém chega perto de mim. Percebo que é Cassie
- Pode deixar o buque comigo – entrego a ela e Justin estende a mão para mim.
- Você aceita dançar comigo madame? – dou uma risada e seguro sua mão
- Claro que sim gentil cavalheiro – ele ri e entrega o microfone a um garoto. A música Flashlight começa novamente. E começamos a dançar. Ele me gira algumas vezes durante a dança o que me lembra nossa infância. Quando a música acaba ele faz sinal para que eu espere e vai até o garoto do microfone.
- Bom... Eu não vim de Atlanta até Massachusetts para lhe trazer ao baile – ele admite e eu fico imóvel – Eu percebi que você, Cecília Snow, foi algo maravilhoso que sempre aconteceu na minha vida. E eu não posso simplesmente ser um idiota que sai por aquela porta depois de te levar ao baile. – ele respira fundo – Você me deu seu coração muitas vez, como eu já disse, e todas essas vezes eu não conseguia ver. Agora que consigo ver claramente, eu gostaria de saber se você está disposta a me dar seu coração novamente. Eu prometo que vou cuidar dele com todo o meu coração. – ele vem em minha direção e novamente se ajoelha. Segura minha mão de maneira suave e lagrimas já se formam em meus olhos – Cecíl você quer ser minha parceira nessa eterna dança que é a vida? Quer ser sempre minha melhora amiga? Minha confidente? Enfim... Cecíl você quer ser minha namorada? – as pessoas parecem não respirar para ouvir o que tenho a dizer.
- Sim JB. Sim. Sim. Sim – eu digo alto e ele se levanta. Sem muito enrolar ele me beija. Um beijo cheio de urgência e paixão. As pessoas gritam a nossa volta, mas nada importa. Somos nós dois. Um do outro. Quando o ar acaba ele se afasta um pouco encostando nossas testas. Nossas respirações estão descompassadas Ambos sorrimos como idiotas. Um garoto chega com uma caixinha preta e entrega a Justin. Ele abre e lá tem duas alianças de compromisso. Ambas têm um ancora gravada do lado de fora. Justin pega uma delas e coloca no meu dedo. Eu pego a outra e coloco em seu dedo. Ele me levanta e me gira no ar com um abraço. Eu gargalho. Ele me coloca novamente no chão e me beija. Dessa vez um beijo mais calmo, porém com a mesma paixão.
- Eu esperei por isso durante os últimos três meses, na verdade acho que esperei por isso a vida toda, só não percebi – ele diz depois de nos afastarmos
- É recíproco – declaro e ele sorri. Começam a tocar uma musica e as pessoas resolvem dançar. Eu e Justin ficamos encostados no palco. Uma de suas mãos em minha cintura e minha cabeça apoiada em seu ombro.
- Como vamos fazer em relação a distancia? – pergunto subitamente e Justin ri. Ele me puxa pela mão e começa a dançar comigo
- Bom... O MIT tem faculdade de música e bem... eu fui aceito – ele diz de maneira indiferente, mas depois sorri. Eu o abraço forte e ele gargalha. Ficamos dançando abraçados por um longo tempo.
- Eu te amo Cecíl – ele diz e eu sorrio sem me afastar
- Eu também te amo JB – digo ainda colada a ele. Aquela sensação era maravilhosa
- You’re my flashlight – ele canta baixinho e eu sorrio.

Por toda a minha vida eu esperei por ele. Como ele mesmo disse “Eu era sua lanterna nos momentos escuros”. Estar ali naquele momento com Justin, sabendo que moraríamos um perto do outro e que tínhamos uma vida inteira pela frente, e que provavelmente passaríamos ela juntos era lago realizador. Viver sem saber o que realmente é sentir o amor é como viver no escuro. Quando você encontra esse amor e se dispõe a senti-lo a deixar que ele tome conta de você é como encontrar uma lanterna no meio da escuridão.

Naquele momento eu agradeço por ter encontrado minha lanterna no meio da escuridão.

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Oi oi Brigadeiros. Bom está ai mais uma Oneshot.
Era pra eu ter postado ontem, mas não rolou então postei hoje.
Espero que tenham gostado, por que eu gostei de escrever. E sim eu estava escutando a música Flashlight quando escrevi o final de PROM? hahaha

Meus brigadeiros fico muito agradecida pelos comentários e pelas views em Miles Away. Obrigada pelo carinho de vocês  = )

Eu não tenho mais o que dizer por aqui. 

Então Tchau, um beijo e um queijo. E até a próxima, Bigadeiros <3 span="">